...O Início o meio e o fim...
Dentro de cada um de nós há pelo menos uma vaga esperança de um mundo novo. Não importa se somos ignorantes ou letrados, pobres ou ricos, pagãos ou cristãos. O fenômeno é tão antigo quanto a mais antiga civilização. Até Karl Marx, que tentou destruir a religião, chamando-a de “o ópio do povo”, dizia que a história caminha para a remissão do homem de todas as injustiças, mazelas e desigualdades. Embora por vias totalmente opostas, o cristão também nutre essa visão escatológica, que termina com “novos céus e nova terra” (2 Pe 3.13).
Muito antes de Cristo, os chamados pagãos tinham uma coleção de mitos que anunciavam profundas mudanças escatológicas. Na mitologia romana, Anquises, aquele pastor de Tróia que se casou com a deusa Vênus, explicava ao filho Enéias: “A maioria das almas anseia, mais cedo ou mais tarde, pelo céu aberto, e vêm para beber o esquecimento e nascer outra vez”.
Segundo a mitologia escandinava, haverá primeiro uma catástrofe: “A terra será submergida pelo mar. O sol se tornará preto. As estrelas brilhantes cairão do céu. O próprio céu se queimará. A morte chegará aos deuses, aos gigantes, aos duendes e anões, aos homens e mulheres, aos filhos e filhas de Ask e Embla.” Mas, depois, “a terra se erguerá uma segunda vez, bela e verde. Balder e Hoder, filhos de Odin, voltarão a viver. Os rios se encherão de peixes e os campos de milho. E pelos campos da nova terra, admirados com o que foi e o que será, os filhos de Lif e Lifthrasil encontrarão na grama o tabuleiro de ouro onde os deuses jogavam seus jogos, e se lembrarão de Odin, o Mais Alto, o Pai de Tudo, e de seus filhos em sua glória, nos palácios dourados de Asgard.”
E na mitologia iraniana, “quando o tempo se aproximar do fim, Saoshyant, o sábio, virá para preparar o mundo para ser renovado e ajudar Ahura Mazda, aquele que sabe, a destruir o cruel Ahriman. Então o tempo chegará ao fim e haverá um novo começo para o mundo. Saoshyant levantará os mortos, Ahura Mazda unirá corpo e alma. O novo mundo será imortal. Aqueles que viveram até a idade adulta, serão trazidos de volta na idade de 40 anos; aqueles que morreram crianças serão trazidos com a idade de 15 anos; todos viverão felizes com suas famílias e amigos.”
Muito antes de Cristo, os chamados pagãos tinham uma coleção de mitos que anunciavam profundas mudanças escatológicas. Na mitologia romana, Anquises, aquele pastor de Tróia que se casou com a deusa Vênus, explicava ao filho Enéias: “A maioria das almas anseia, mais cedo ou mais tarde, pelo céu aberto, e vêm para beber o esquecimento e nascer outra vez”.
Segundo a mitologia escandinava, haverá primeiro uma catástrofe: “A terra será submergida pelo mar. O sol se tornará preto. As estrelas brilhantes cairão do céu. O próprio céu se queimará. A morte chegará aos deuses, aos gigantes, aos duendes e anões, aos homens e mulheres, aos filhos e filhas de Ask e Embla.” Mas, depois, “a terra se erguerá uma segunda vez, bela e verde. Balder e Hoder, filhos de Odin, voltarão a viver. Os rios se encherão de peixes e os campos de milho. E pelos campos da nova terra, admirados com o que foi e o que será, os filhos de Lif e Lifthrasil encontrarão na grama o tabuleiro de ouro onde os deuses jogavam seus jogos, e se lembrarão de Odin, o Mais Alto, o Pai de Tudo, e de seus filhos em sua glória, nos palácios dourados de Asgard.”
E na mitologia iraniana, “quando o tempo se aproximar do fim, Saoshyant, o sábio, virá para preparar o mundo para ser renovado e ajudar Ahura Mazda, aquele que sabe, a destruir o cruel Ahriman. Então o tempo chegará ao fim e haverá um novo começo para o mundo. Saoshyant levantará os mortos, Ahura Mazda unirá corpo e alma. O novo mundo será imortal. Aqueles que viveram até a idade adulta, serão trazidos de volta na idade de 40 anos; aqueles que morreram crianças serão trazidos com a idade de 15 anos; todos viverão felizes com suas famílias e amigos.”
Ontem, os indígenas brasileiros alimentavam a esperança de “uma terra sem males”. Hoje, os esotéricos alimentam a esperança de “uma era de ouro”, a era de Aquário, quando desaparecerão a fome global, a ameaça de guerra nuclear, a destruição do meio ambiente, a Aids, a criminalidade etc.
O animal não tem esperança, nem sabe o que é esperança. A esperança é um fantástico problema do ser humano, “o único animal que tem a curiosidade de querer saber de onde vem, para onde vai e o que é que é”. E, na vida, “só existe um homem perdido: aquele que perdeu a esperança”.
O animal não tem esperança, nem sabe o que é esperança. A esperança é um fantástico problema do ser humano, “o único animal que tem a curiosidade de querer saber de onde vem, para onde vai e o que é que é”. E, na vida, “só existe um homem perdido: aquele que perdeu a esperança”.
A revista Época em uma de suas edições fez a clássica pergunta “Para onde caminha a humanidade?” e obteve a seguinte resposta: “Para a utopia dos vales, onde corre o leite, o mel, ou para a barbárie, para a emancipação de todos os sentidos, ou para a destruição do homem pelo homem”. Mesmo que estejamos caminhando para “a destruição do homem pelo homem”, mesmo que experimentemos uma catástrofe mundial (de acordo com a mitologia escandinava), mesmo que o nosso planeta seja incendiado — “nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça”. (2 Pe 3.13).
Na esperança cristã, a humanidade caminha para um mundo novo. Mas não será por meio da evolução, das reencarnações, das religiões, da globalização, da guerra, do terrorismo, do pacifismo, da falida ONU, do nirvana nem do esforço humano. Será por meio de uma intervenção direta de Deus, por ocasião da parúsia de Jesus Cristo.
6 comentários:
Indicação de livro.
O Jesus dos Evangelhos: Mito ou realidade?
Um debate entre William Lane Craig e John Dominic Crossan
Paul Copan
Edições Vida Nova
Edinei
OBRIGADO EDINEI PELA SUA PARTICIPAÇÃO.
CONFESSO QUE NÃO CONHEÇO ESSE LIVRO "O Jesus dos Evangelhos: Mito ou realidade? Um debate entre William Lane Craig e John Dominic Crossan.
QUANTO AO DEBATE ENTRE WILLIAN LANE CRAIG X BARTH D. EHRMAN (SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS: EVIDÊNCIAS)ESTE DEBATE EU CONHEÇO.
PARA MIM FOI UMA SURPRESA SABER QUE O JOHN DOMINIC CROSSAN ESCREVEU UM LIVRO JUNTO COM WILLIAN CRAIG, POIS AMBOS SÃO DE ESCOLAS COMPLETAMENTE OPOSTAS, A NÃO SER QUE SEJA UM LIVRO DE CONTRA-ARGUMENTAÇÕES.
DE QUALQUER FORMA OBRIGADO!
Humbero,
Este livro ainda será lançado. E trata-se de um debate mesmo.
Edinei
Caro Humberto,
Tenho lido seus artigos e sei que você deve pesquisar várias fontes de consulta, porém raramente apresenta a bibliografia consultada. Por isso gostaria que você fornecesse pelo menos uma lista resumida de livros que tratam de assuntos como: O Jesus histórico; Crítica textual; Inerrãncia das Escrituras e também obras dos críticos, céticos e agnósticos.
Pode mandar para o meu e-mail
edinei.stott@gmail.com
Edinei
Edinei mais uma vez grato pelos seus acessos ao blog "Em Busca do Jesus Histórico". Quanto a não citação das fontes, por recomendação de um corpo jurídico, fui aconselhado a não citar as fontes, pois é ledo engano assumir, que citando as fontes onde o autor autoriza a reprodução do seu trabalho, assim você não incorre no crime de apropriação de obras indevidamente. Ocorre que o blog Em Busca do Jesus Histórico tem um termo judicial onde me concede total veiculação de obras desde de que eu não altere o seu conteúdo sem a necessidade de citar as fontes e autores.
Em relação as literaturas sobre a pesquisa do Jesus Histórico realmente são imensas, mas posso sugerir alguns autores que você lendo todos seria ótimo mas, alguma coisa já vai te dar um grande suporte histórico, filológico, filosófico, e inter-disciplinar sobre esse tema tão complexo. Então segue:
John Dominic Crossan; Bart D. Ehrman; David Flusser; John P. Meier; Albert Schweitzer; André Leonardo Chevitarese; Gerd Thiessen; Elaine Pagels; Geza Vermes.
Estou lhe informando pelo nome dos autores porque, a pesquisa sobre o Jesus Histórico não é uniforme, ou seja, não existe um consenso sobre a identidade de Jesus, "trocando em miúdos" alguns acreditam ver um Jesus muito mais com raízes helênicas do que judaicas, outros ao contrário, um seleto grupo observa Jesus como um "Cínico" uma linha de filósofos.
Bem! A variedade é imensa, e por isso o blog do Jesus Histórico não se posiciona tendenciosamente por nenhum lado, deixando que o leitor por si mesmo descubra e monte o quebra cabeça chamado "Jesus Histórico".
Pelo Google você pode digitar e ver a bibliografia desses autores e cada um desses irá ajudá-lo a compor sua visão.
Caso você more no Rio de Janeiro lhe aconselho a entrar no site do meu amigo Ms. André Leonardo Chevitarese que é tido como a maior autoridade em relação as pesquisas sobre o Jesus Histórico e acompanhar as palestras que desenvolvemos na UFRJ, seminários sobre Jesus Histórico.
Um Abraço!
Caro Humbero,
Muito obrigado pelas indicações. Alguns destes autores, já tenho algumas de suas obras, mas outros ainda preciso adquirir.
Pb. Edinei, Th.B
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