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segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Elo Que Nos "Acorrenta" não é o Elo Que nos Une! Pe. Fábio de Melo (Amigo)

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Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis] "estar longe de") tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação.

Apostasia da Fé Cristã, ou seja, do Cristianismo primitivo, na ótica das diversas religiões cristãs, é controversa. Existe uma notória diferença entre apostasia da Fé Cristã e apostasia de uma determinada organização religiosa. As igrejas cristãs trinitarianas consideram apostasia o afastamento do fiel do seio da igreja invisível, o Corpo de Cristo, para abraçar ensinos contrários aos fundamentos bíblicos, o que é denominado heresia e contrário a um ensino mais básico do cristianismo. Este tipo de apostasia é considerado extrema ingratidão e ponto central entre todas as igrejas trinitarianas.

Segundo o Código de Direito Canônico de 1983 e atualizado em 2009, apostasia é o repúdio total à fé cristã, que difere do cisma que é a recusa em submeter-se à autoridade do Papa ou à comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos e também da heresia que é a negação ou dúvida pertinaz sobre qualquer verdade de fé divina. Ainda segundo o Código de Direito Canônico, o apóstata da fé incorre em excomunhão latae sententiae, isto é, aquela em que o fiel incorre no exato momento em que apostata.

No protestantismo apostasia é o esfriamento da fé, o abandono dos princípios bíblicos. Uma igreja ou um indivíduo apóstata é uma igreja ou indivíduo que aderiu ao mundanismo e aos costumes seculares, substituindo os princípios de Deus. De modo mais abrangente, pode-se dizer que um cristão ou igreja são apóstatas quando deixam de seguir os fundamentos da Palavra de Deus, desviando-se da verdadeira fé e voltando-se para o mundanismo, satisfazendo somente os desejos carnais.

A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos considera a mudança de religião um direito humano legalmente protegido pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos: “A Comissão observa que a liberdade de "ter ou adotar" uma religião ou crença implica necessariamente na liberdade de escolher uma religião ou crença, incluindo o direito de substituir a sua religião ou crença atual por outra ou para adotar pontos de vista ateus ... Artigo 18.2: Atos de coação que prejudique o direito de ter ou adotar uma religião ou crença, incluindo o uso de ameaça de força física ou sanções penais para obrigar crentes ou não-crentes a aderir a determinadas crenças religiosas e congregações, ou a abjurar de sua religião ou crença, ou se converter.

Por que as religiões de matriz africana são o principal alvo de intolerância no Brasil?

A BBC Brasil ouviu especialistas sobre as razões da hostilidade contra as religiões de origem africana e o que pode ser feito. Para eles, há duas explicações. Por um lado o racismo e a discriminação que remontam à escravidão e que desde o Brasil colônia rotulam tais religiões pelo simples fato de serem de origem africana, e, pelo outro, a ação de movimentos neopentecostais que nos últimos anos teriam se valido de mitos e preconceitos para "demonizar" e insuflar a perseguição a umbandistas e candomblecistas. 

O problema se torna pior quando é dito que não há previsão para a criação" da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância como determinou a Lei Estadual 5931, aprovada em 25/03/2011. 
A liberdade de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal do Brasil.

Concluído o prefácio supracitado muito necessário para dirimir dúvidas ou equivocadas conclusões, vamos ao assunto!

1. Existem muitas religiões de matriz afro no Brasil além do candomblé e da umbanda.

2. Nem tudo é "macumba".

3. E, geralmente, chamar de "macumbeiro" é uma ofensa.

4. Oferenda é um gesto de gratidão aos deuses.

5. Por isso, dizer "chuta que é macumba" é extremamente desrespeitoso.

6. Orixá não é signo.

7. Exú não é demônio.

8. Exú é, sim, uma figura de extrema importância na relação entre deuses e humanos.

9. Não fazemos pacto com o demônio.

10. Muitas destas religiões de matriz afro seguem os mesmos princípios de outras religiões, que todos conhecem.

11. Não acreditamos na Bíblia.

12. Não ficamos possuídos em nossas cerimônias religiosas.

13. Nem todos os terreiros são adeptos do sacrifício de animais.

14. E quando são, os animais mortos são servidos para alimentação nas cerimônias.

15. Não invadimos seu espaço, então não invada nosso terreiro.

Minha intenção aqui não é fazer uma apologia sobre as doutrinas das religiões afro-brasileiras. Contudo de forma honesta irei divulgar o site de onde retirei esses 15 tópicos. Nesse site cada item é explicado de forma mais apropriada. https://www.buzzfeed.com/ramosaline/coisas-que-pessoas-de-religioes-de-matriz-afro-gostariam?utm_term=.tc7Njae3o#.tn7VB9QGA

Uma vez que cada um dos tópicos supracitados contém na sua página sua defesa apologética, e, as devidas considerações sobre a Liberdade de Crença que nossa pátria nos concede; irei me posicionar dentro das Tradições Judaico Cristãs. Que podem ser  lidas como conjunto de crenças em comum do judaísmo e o cristianismo, bem como a herança das tradições judaicas herdadas pelos cristãos. Este termo é apropriado para caracterizar, como principal fonte doutrinária das crenças judaicas e cristãs, o conjunto de livros composto pelo Velho Testamento e o Novo Testamento.

O midiático Padre Fábio de Melo foi notificado por dizer que não tem medo de “macumba”. Durante sua homilia o padre Fábio de Melo exortava os fiéis a não terem medo do mal. Em determinado momento se dirigiu a quem faz macumba...

"Você tem um poder dentro de você, e foi o senhor que disse, lá no final do Evangelho. Você tem o poder de fazer milagres, tem o poder de expulsar demônios. E você treme toda quanto vê aquela galinha preta na porta da sua casa. Se você achar, se de fato acreditar, que uma galinha preta na porta da sua casa com um litro cachaça e uma farofa de banana tem o poder trazer destruição na sua casa, na sua vida, você não conhece a força do Cristo ressuscitado. Com todo respeito a quem faz macumba, pode fazer, pode deixar na porta da minha casa que, se tiver fresco, a gente come. Com todo o respeito por quem acredita nisso, mas não é uma compreensão cristã."

Sempre manifestei publicamente o meu respeito a todas as religiões. O candomblé fez parte da minha origem. Nunca quis ofender ou desmerecer quem quer que seja. Apenas expressei, durante uma celebração cristã, convicções cristãs. Peço perdão aos que se sentiram ofendidos. https://twitter.com/jornaloglobo/status/994579405430317056 
Eu não sou proprietário da verdade. Eu estou em busca dela. Quero o esclarecimento espiritual que me coloque ao lado de todos. Diferentes e iguais a mim. Somos irmãos e não me sinto melhor que ninguém. Se fui infeliz na forma como expressei o meu não crer, perdoem-me.
Já fiz um contato com o babalorixá Ivanir dos Santos. Ele foi extremamente gentil comigo. Nosso desejo é esclarecer que tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não cremos, mas conviver harmoniosamente, colaborando na construção de um mundo melhor.
O mundo já está dividido demais para que criemos outras divisões a partir de nós.

Importante!

Atualmente, a maioria dos crimes de preconceito religioso no país são enquadrados no Artigo 208 do Código Penal, que estabelece detenção de um mês a um ano, ou multa - que pode ser aumentada em até um terço, no caso do emprego da violência -, para os casos de intolerância, como o dos jovens que destruíram um centro espírita no Rio, em junho passado.

No entanto, muitas lideranças de religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, pedem para que os casos de preconceito contra fiéis ou desrespeito a templos e imagens sejam julgados sob Lei Caó, que pune com reclusão de um a três anos, além de multa, quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, etnia ou religião.


A pergunta que se faz é: porque ou por quem (Mídia/Globo) o Pe. Fábio de Melo se sentiu intimidado por conta do vídeo? Em qual trecho da sua homilia ele foi persuadido a afirmar que foi desrespeitoso e intolerante com adeptos das religiões de matrizes africanas? Ele acredita que foi ofensivo ao descrever os elementos que servem para o preparo da magia, encantamento, bruxaria, ou qualquer outro nome que é dado - galinha preta, cachaça, farofa, banana? Achou que foi sarcástico ao afirmar que se o despacho estivesse fresco ele comeria?  Ou achou que foi desrespeitoso ao afirmar que essas práticas não tem o poder de destruir a casa ou a família de um cristão? Ou como foi dito no início desse texto está aos poucos vivendo a Apostasia? 

"Eu não sou proprietário da verdade. Eu estou em busca dela. Quero o esclarecimento espiritual que me coloque ao lado de todos. Diferentes e iguais a mim. Somos irmãos e não me sinto melhor que ninguém. Se fui infeliz na forma como expressei o meu não crer, perdoem-me."

"Já fiz um contato com o babalorixá Ivanir dos Santos. Ele foi extremamente gentil comigo. Nosso desejo é esclarecer que tolerância religiosa não significa abrir mão do que cremos ou não cremos, mas conviver harmoniosamente, colaborando na construção de um mundo melhor."

"Sempre manifestei publicamente o meu respeito a todas as religiões. O candomblé fez parte da minha origem. Nunca quis ofender ou desmerecer quem quer que seja. Apenas expressei, durante uma celebração cristã, convicções cristãs. Peço perdão aos que se sentiram ofendidos."

Três afirmações covardes  e infelizes! Primeiramente, Pe. Fábio, se o Candomblé algum dia fez parte da sua origem, aqui o termo "origem" fica vago, de qualquer forma isso deveria ser passado e jamais servir como álibi para justificar o injustificável, ou seja, tentar mudar a ordem das coisas. Sobre a "Verdade"! O senhor sempre será o "Dono da Verdade" quando essa Verdade for pautado e  tiver o respaldo pela nossa regra de Fé a Bíblia Sagrada. Livro este que a Nós Cristãos tem significado Único!

E por último!

Algo que pode passar despercebido ou como ato de humildade para os seus seguidores e admiradores como Eu; o fato de tantos pedidos de desculpas e perdão! Nas suas súplicas até parece que o senhor está diante de uma Divindade ou semideuses! Todos que ouviram a sua pregação, ou a grande maioria, compreenderam perfeitamente as suas colocações em relação a Macumba. O senhor como a maioria dos brasileiros tem esse nome como uma definição genérica de Fazer o Mal! Agora, quer seja esse nome ou Candomblé, Umbanda, Magia Negra, o Mal sempre será o Mal não importa o rótulo da religião. 

Não houve sermão de Intolerância, o que houve foi um acovardamento seu! Deixasse que qualquer parte, pretensamente ou não, ajuizasse essa ação contra o senhor. Que se levasse a juízo! 
O que não pode ser admitido é que o senhor, um padre, homem religioso, público, fique refém da consciência dos outros!

As pregações são cristãs e não podem ser modificadas! Não estamos julgando pessoas e sim praticas! Quem pratica o Mal é do Mal! Ou o senhor quer modificar a Bíblia para acomodar as minorias Poderosas!!!

Pense na confusão que o senhor está causando na cabeça do católico, do protestante, do cristão, que lhe assiste, quando lê ou vê o senhor se acovardando diante de uma atitude correta que é Falar a Verdade! Pregar a Bíblia!

Peça perdão a Deus, peça perdão aos seus fiéis, peça perdão ao seu bispo, arcebispo...

Ir para dentro de um terreiro de religiões de Matrizes Africanas não é sinal de respeito mas sinal de desrespeito com a sua fé cristã! 

Repito, se alguém se sentiu ofendido que telefonasse para a sua assessoria e travasse um diálogo diretamente com o senhor. Mas qual o caminho que procuraram? O caminho judicial, o caminho da intolerância, o caminho da intimidação. 

Quero continuar sendo abençoado pelo senhor Pe. Fábio; e que Deus lhe dê Sabedoria e intrepidez para discernir sobre os que falam a Verdade dos que tiram Vantagem!

Amém!

Estamos vivendo tempos estranhos! Cães adestrando donos; Filhos disciplinando pais; Alunos agredindo professores. Isso tudo me faz refletir e tentar interpretar o sentido original da frase "Se o que é errado ficou certo As coisas são como elas são". A frase é dúbia para o ouvinte ou leitor e talvez até mesmo provocativa para o letrista (Lenine).
  
Após ter um vídeo divulgado na internet com declarações polêmicas sobre as religiões afrodescendentes, o padre Fábio de Melo foi notificado ontem por intolerância religiosa. O autor da ação foi o babalaô Ivanir dos Santos, presidente da Comissão Estadual de Combate à Intolerância Religiosa, que pede que o padre retire o material das redes por o considerar depreciativo. Em uma conversa com Ivanir, Fábio de Melo reconheceu o erro e prometeu se retratar.
No sermão, gravado em abril durante a Festa da Divina Misericórdia, em Cachoeira Paulista, o padre afirmou que os fiéis não têm de temer a 'macumba' e que ainda comeria a oferenda. A publicação já tem mais de 95 mil compartilhamentos e mais de 2,7 milhões de visualizações.

"Vocês têm o poder de expulsar demônios. Se você achar, se você de fato acredita que uma galinha preta na porta da sua casa com um litro de cachaça tem o poder de trazer destruição na sua casa, na sua vida, você não conhece a força do Cristo ressuscitado. Com todo respeito a quem faz a macumba, pode fazer na porta da minha casa que se tiver fresco a gente come", disse ele, na missa.
Para o babalaô Ivanir, o padre associou as religiões afro-brasileiras ao demônio. "Foi um discurso de incentivo ao preconceito. Logo depois da notificação, no entanto, ele me ligou e reconheceu o erro, disse que não era a sua intenção. Fábio também se comprometeu a retirar o vídeo, publicado por diversas páginas no YouTube, e combinou uma visita na próxima semana ao Centro Espírita Caboclo Pena Branca, destruído por criminosos na terça-feira", afirmou Ivanir.


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