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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ouvindo os Dois Lados: Modernismo x Racionalismo


BATALHANDO PELOS PRINCÍPIOS QUE CRISTO ESTABELECEU

A LONGA E DEPLORÁVEL HISTÓRIA DO MODERNISMO TEOLÓGICO -Título original em inglês: The Modernistic Attack Upon The Bible In These Last Days

É impossível entender o que está acontecendo em nossos dias sem um conhecimento da história do modernismo teológico. O modernismo enfraquece a fé das pessoas na Bíblia e estabelece a plataforma para o sucesso da teoria da evolução.

O modernismo não enfraqueceria a Igreja da Inglaterra e outras denominações se não tivesse sido tão amplamente aceito. Charles Darwin foi até mesmo honrado pela Igreja da Inglaterra com uma sepultura na Catedral de Westminster.

O modernismo pavimentou o caminho para ataques furiosos contra a Bíblia pela imprensa secular.

A nona edição da Enciclopédia Britânica, publicada em 1878, incluiu trabalhos de críticos da Bíblia, fazendo com que este criticismo se tornasse disponível para os povos de língua inglesa em geral pela primeira vez. Desde então o assalto a Bíblia pela imprensa popular tem se tornado comum.

A Newsweek, Time, The New York Times, The London Times, National Geographic, CNN, BBC e outras incontáveis vozes influentes regularmente publicam reportagens criticando a Bíblia. Tal fato se tornou plenamente aceitável. O modernismo pavimentou o caminho para a rápida propagação da filosofia da Nova Era.

A Nova Era é baseada na premissa modernista de que o registro histórico da Bíblia não é exato e que o Cristo Bíblico não é verdadeiro. A Nova Era também emprega métodos engendrados de modernistas para interpretação não literal. O modernismo pavimentou o caminho para os ataques violentos das versões modernas da Bíblia.

A maioria dos fundadores do moderno criticismo textual, que nos deram as Bíblias modernas, eram comprometidos com o modernismo teológico. O modernismo pavimentou o caminho para a corrupção do cristianismo popular.

É o modernismo que pode explicar a reportagem da revista Newsweek de 31 de agosto de 2009, intitulado “We Are All Hindus Now.” [Somos Todos Hindus Agora]. O artigo diz: “De acordo com recentes dados de uma pesquisa conceitual, pelo menos, estamos aos poucos nos tornando mais semelhantes aos hindus e menos parecidos com cristãos tradicionais no modo em que pensamos sobre Deus, sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre a eternidade. ... O Rig Veda, o mais antigo escrito hindu, diz assim: ‘A verdade é uma, mas a sabedoria que fala dela é através de muitos nomes’.

Um hindu acredita que existam muitos caminhos para Deus. Jesus é um caminho, o Corão é outro, a prática da yoga é um terceiro. Nenhum é melhor do que outro, são todos iguais... De acordo com o Forum Pew 2008 avaliou que 65% acreditam que muitas religiões podem levar a vida eterna – incluindo 37% de evangélicos.

Para Stephen Prothero, professor de religião na Universidade de Boston, os americanos tem como marca uma propensão para a religião do tipo cafeteria-delicatessen muito semelhante ao espírito do hinduísmo... sobre qualquer prática. Se for para a prática da yoga, está bem –se for para a prática da missa católica, está bem. E se for para uma missa católica e também para a yoga, o budista aceita obras, isto é bom também”.

Em nossa opinião, esta observação está correta... o cristianismo na América está a milhas de distância daquele mostrado nas Escrituras. Mas ainda existe uma pequena porção bíblica nele. Para descobrir a razão disto, deve-se entender o surgimento e a difusão do modernismo teológico sobre os dois últimos séculos.

O MODERNISMO FOI PROFETIZADO NA BÍBLIA

A ascensão do modernismo teológico não é surpresa alguma para um crente na Bíblia. As profecias do Novo Testamento sobre a trajetória da era da Igreja descrevem um grande abandono da fé verdadeira entre os aqueles que professam ser cristãos. Considere por exemplo estas duas passagens:
2 Timóteo 3:1 - 4:4 Esta profecia fala de uma apostasia indiscriminada (abandono da fé bíblica) no fim desta era. Esta não é uma descrição do mundo como um todo; é uma descrição de cristãos professos. Estas pessoas têm “aparência de piedade” (3:5) e rejeitaram a sã doutrina (4:3), ao passo que o mundo nunca teve nada em comum com a sã doutrina. É nos dito que esta apostasia iria aumentar por toda a era da igreja (3:13), mas outras passagens indicam que ela explodirá no fim desta era.

Se observarmos as características desta apostasia, veremos que o modernismo teológico é descrito em grandes detalhes.

1. Orgulho (3:2) Modernismo é caracterizado por orgulho do intelecto e da erudição. Eles rejeitam a sabedoria do passado.

2. Blasfêmia (3:2) Modernistas tem blasfemado de Deus e O rejeitado, negando a divina inspiração de Sua Palavra, chamando-O de “amedrontador”, renunciando Seus milagres e negando que Jesus é Deus.

3. Profanidade (3:2) Modernismo na doutrina tem andado de mãos dadas com o modernismo na vida, com relativismo na moral. Muitos dos pais do modernismo teológico, incluindo Paul Tillich e Karl Barth, foram adúlteros. Alguma das denominações modernistas tem usado até mesmo pornografia em seu ensino. Por exemplo, em 1988, uma comunicação da Igreja Metodista Unida emitiu uma declaração sobre o erotismo, aprovando a sexualidade explícita na pornografia considerando-a como não “violenta ou coerciva”. Como vemos, os modernistas estão na vanguarda na aceitação da homossexualidade em suas igrejas.

4. Calunioso ( 3:3) Modernistas são desonestos. Um pastor crente na Bíblia amigo de um estudante que tinha lido os escritos de modernistas concluiu: “modernistas mentem”. Eles fazem mau uso da Palavra de Deus e torcem a verdade. Eles também torcem aquilo que os crentes na Bíblia acreditam.

5. Desprezo pelos crentes na Bíblia (3:3) Modernistas desprezam os pregadores que crêem na Bíblia. Eles os hostilizam, particularmente quando são desafiados pela verdade.

6. Sempre aprendendo e nunca chegando ao conhecimento da verdade (3:7) O modernismo não tem um credo estabelecido exceto que a Bíblia não é infalivelmente inspirada. Isto tem sido constante por dois séculos.

7. Resiste a verdade (3:8) O modernismo não se contenta em pregar suas próprias doutrinas; ele se opõe a verdade Bíblica, as vezes atrevidamente, as vezes ocultamente.

8 - Réprobos em relação a fé (3:8) O modernismo é fundado sobre este princípio. Começou pela rejeição da fé doutrinária do Novo Testamento.

9. Rejeição intencional da verdade (4:3-4) O problema com os modernistas não é que eles sejam inocentemente ignorantes em relação a verdade, mas sim que eles a tem rejeitado conscientemente.

10. Retorno as fábulas (4:4) O modernismo é impregnado de fábulas. Alegam por exemplo, que houve duas criações em Gênesis 1-2, o documentário da teoria do Pentateuco, os três Isaías, o mítico documento de Qunram sobre o qual os Evangelhos foram alegadamente baseados, etc

2 Pedro 2:1 - 3:7 Esta profecia também vislumbra os “últimos dias” (3:3) e descreve os falsos mestres que iriam proliferar. Novamente, temos uma perfeita descrição do modernismo teológico.

1. Eles ensinarão terríveis heresias sobre Cristo (2:1). Isto é precisamente o que o modernismo tem feito ao negar o nascimento virginal de Cristo, Sua vida sem pecado, Seus milagres, Sua morte em lugar do pecador e Sua ressurreição corpórea.

2. Muitos os seguirão (2:2). Como podemos ver, o modernismo tem ganhado seguidores em massa.

3. Eles blasfemam do caminho da verdade (2:2). Isto aconteceu por causa de suas heresias e suas vidas imorais. Os descrentes dizem: “Se isto é cristianismo, eu não quero ter nada com ele”. Cristianismo modernista tem produzido agnosticismo e ateísmo desenfreado onde quer que tenha entrado. Pessoas que tem crescido em volta deste tipo de cristianismo espiritualmente impotente acabam por rejeitá-lo. O catolicismo romano e a igreja ortodoxa grega tem produzido o mesmo efeito.

4. Eles são avarentos (2:3, 14, 15). A cobiça é o que impulsiona o modernismo. O que motiva um modernista para que afirme que cristãos pensem como ele, do que crer nos fundamentos da verdade? Dinheiro! Prestígio! E satisfação de ver outros também cobiçarem.

5. Eles são rebeldes em relação a absoluta moralidade bíblica (2:6, 10, 14, 18-19). Isto é uma expansão do tema que começou na profecia de 2 Timóteo 3. Em 2 Pedro 3:3, temos uma indicação que esta é a maior motivação dos modernistas, a rejeição da verdade. Eles se recusam a obedecer aos mandatos da Escritura.

6. Eles estão sem vida espiritual (2:17). Tendo rejeitado o Todo-Poderoso Deus Senhor Jesus Cristo e o Evangelho, eles não tem vida espiritual para oferecer a um mundo necessitado.

7. Eles são caracterizados pelo orgulho. (2:18). Vemos isto na 2 Timóteo 3.

8. Eles são escarnecedores (3:3). Eles não estão satisfeitos em rejeitar a Bíblia; eles querem zombar dos ensinos tradicionais. Isto faz lembrar das palavras do bispo Episcopal John Spong em seu livro Rescuing the Bible from Fundamentalism [Regatando a Bíblia do Fundamentalismo]: “É claro que essas narrativas [da Bíblia] não são literalmente verdade. Estrelas não passeiam pelo céu, anjos não cantam, virgens não dão a luz, magos não viajam a uma terra distante para presentear um bebê e pastores não vão procurar um recém nascido”. O nome de Spong não está na Bíblia, mas sua zombaria está!

9. Eles negam a segunda vinda de Cristo (3:4). Este tem sido um princípio do modernismo desde seu começo. Eles negam as profecias bíblicas da segunda vinda totalmente ou as alegorizam.

10. Eles defendem uma doutrina uniformitarista [N.T.: Teoria segundo a qual as grandes modificações ocorridas na Terra, no passado, resultaram não de catástrofes em grande escala, mas de processos geológicos contínuos, como os que ocorrem no presente] e negam que houve um dilúvio que cobriu toda a terra (3:4-5). O modernismo teológico se amarrou a teoria da evolução desde seu começo no século 19.

11. Eles são conscientemente ignorantes (3:5). Novamente, os modernistas não são meramente ignorantes; eles são conscientemente ignorantes. A verdade pode ser encontrada na Bíblia e é bem substanciada por fatos, mas os modernistas se recusam a acreditar.


O COMEÇO E CRESCIMENTO DO MODERNISMO

A metade do século 18 trouxe a era da “iluminação”, em que o racionalismo foi positivamente encorajado por Frederico II, o “rei filósofo”, que reinou sobre a Prússia por 46 anos (1740-1786). A “era do iluminismo” deveria ser de fato chamada de “era da descrença”. Frederico II foi “um profundo racionalista e patrono no ‘livre pensamento’. O sinal de uma cruz, se dizia, era suficiente para ofendê-lo” (Iain Murray, Evangelicalism Divided, p. 5). O dicionário Oxford de 1934 definiu corretamente o termo “iluminismo” como sendo “superficial e pretensioso intelectualismo, excessivo desprezo pela autoridade e tradição”.

Seguem alguns dos nomes mais proeminentes no desenvolvimento do modernismo teológico:

Gotthold Ephraim Lessing (1729-81) poeta alemão, dramaturgo, teólogo e luterano deísta. Ele é conhecido como “o pai do criticismo alemão” (Minute History of the Drama, 1935). Quando jovem se engajou na tradução das obras de Voltaire, que viveu por algum tempo na Alemanha, mas abandonou tal empreitada e desenvolveu sua própria filosofia descrente. Lessing foi uma proeminente voz de uma nova proposta sobre a história do homem que levou ao conceito de “desenvolvimento orgânico”. Lessing considerava a história como um contínuo processo pelo qual um deus imanente vai de forma gradual educando a humanidade. A humanidade é vista como um indivíduo gigante que vai se desenvolvendo desde a infância passando pela juventude até a maturidade; sempre mudando, mas sempre o mesmo indivíduo e em cada estágio de desenvolvimento vai adquirindo avançados conceitos éticos. A palavra germânica aplicada a este processo é aufheben [N.T.: elevar]. A revelação foi meramente a instrução progressiva da raça e não foi negada para ser omitida, mas também não foi sempre intencionada para ser fixa, dada uma vez por todas. Requereu ser mudada de era em era. Este processo de educação religiosa das raças, em que necessariamente há avanço na doutrina, eventualmente tornou-se o conceito de desenvolvimento orgânico”. (James Sightler, Tabernacle Essays on Bible Translation, 1992, pp. 8, 9).

Johann Gottfried Eichhorn (1752-1827) desenvolveu e popularizou a teoria de Jean Astruc. Foi Eichhorn que fez a distinção entre “baixo criticismo” e “alto criticismo”. Baixo criticismo é o exame de manuscritos para “recuperar” o melhor possível do texto original de um documento, enquanto que alto criticismo é a investigação de questões tais como autorias, datas e historicidade da Bíblia. (Ambos, baixo e alto criticismo vieram do mesmo caldeirão de ceticismo e ambos tem minado grandemente a fé nas Sagradas Escrituras porque são baseadas erradamente à fé). Eichhorn audaciosamente se engajou no criticismo bíblico, afirmando que o Pentateuco não foi escrito por Moisés como ensinou Jesus Cristo e os apóstolos e como tradicionalmente o povo de Deus acreditava, mas que foi editado como uma composição de diversos documentos e tradições. “Esta teoria foi depois estendida e desenvolvida na tese Graf-Wellhausen, o qual via todo o Pentateuco como o produto de vários extratos de tradições orais, desenvolvidas com o passar do tempo e os escritos registrados muito tempo depois que os eventos ocorreram” Biblical Criticism).

H.E.G. Paulus (1761-1851) de Heidelberg, Alemanha, fez uma divisão naturalista para explicar os milagres de Cristo. Ele afirmou, por exemplo, que Jesus não caminhou de fato sobre a água, mas que Ele estava caminhando sobre a terra e por causa da neblina e da névoa parecia que Ele estava caminhando sobre a água. Ele afirmou que Jesus não morreu na cruz, mas somente desmaiou, e com a umidade de baixa temperatura da tumba reviveu; e depois de um terremoto ter movido a pedra, Ele saiu do sepulcro e apareceu aos discípulos. É claro que isso tudo teria sido quase como um grande milagre como foi a ressurreição!

Frederick Schleiermacher (1768-1834) de Halle, Alemanha, exaltou a experiência e sentimentos acima da doutrina bíblica. Ele usou linguagem cristã tradicional, mas lhe deu um novo e herético significado. Enfatizou a necessidade de conhecer Cristo através da fé, mas isto não significava crer na Bíblia como a verdadeira Palavra de Deus tanto historicamente quanto infalivelmente; ele se referia meramente a própria intuição humana ou subconsciente. Não era pela fé na Palavra de Deus, mas “fé na fé”. Ele não considerava as verdades bíblicas históricas como necessárias para a fé. Assim Schleiermacher podia dizer: “Com meu intelecto eu sou um filósofo, e com meus sentimentos sou um devoto; mais do que um cristão” (citado por Daniel Edward: “Schleiermacher Interpreted by Himself and the Men of His School”, [Schleiermacher interpretado por si próprio e o Homem e sua Escola] British and Foreign Evangelical Review, Vol. 25, 1876, p. 609). Schleiermacher impediu a pregação doutrinária do púlpito (Iain Murray, Evangelicalism Divided, 2000, p. 11). “Schleiermacher é corretamente visto como a fonte principal da massiva mudança que ocorreu nas denominações protestantes históricas durante os dois últimos séculos ... em sua separação do conteúdo intelectual do cristianismo (a revelação bíblica objetiva) do “sentimento” cristão. Schleiermacher pareceu prover um meios por onde a essência do cristianismo pode restar não afetada, não importando o quanto da Bíblia foi rejeitado. A hostilidade do criticismo pela Escritura por esta razão não necessariamente é vista como uma ameaça a “fé”... o cristianismo, conclui-se, pode ter êxito independente se a Bíblia foi preservada como a Palavra de Deus e este pensamento foi o mais apelativo dos estudos teológicos do século 19 e tornaram-se cada vez mais destrutivos” (Murray, p. 11). Schleiermacher pavimentou o caminho para a visão neo evangélica que o homem pode ser um genuíno cristão e “amar o Senhor” mesmo que rejeite a doutrina bíblica. Por esta razão Billy Graham pode ter doce comunhão com modernistas céticos e papas e bispos católicos romanos.

Ferdinand Christian Baur (1792-1860), fundador da escola de criticismo do Novo Testamento de Tuebingen (Alemanha), afirmou que o Evangelho de João não foi escrito até 170 d.C. e que somente quatro das epístolas de Paulo foram de fato escritas por ele. Argumentou que o Novo Testamento foi meramente o registro natural das igrejas primitivas. Ele ensinava que Paulo pregou uma ressurreição espiritual ao invés de uma ressurreição corpórea e que somente depois da morte do apóstolo, durante a controvérsia com os docetistas é que a pregação da ressurreição corpórea teve início. Baur também promoveu a doutrina do “desenvolvimento orgânico” que “a igreja como o corpo literal de Cristo na terra empreendeu progressivamente elevadas verdades, mas sempre infalível e autoritativa em qualquer ponto ao longo da história” (James Sightler, Tabernacle Essays on Bible Translation, 1992, p. 9). A escola de Tuebingen foi muito influente em espalhar o modernismo teológico.

David F. Strauss (1808-74), um pupilo de Baur, “disseminou a ideia de que os elementos sobrenaturais e messiânicos presentes nos Evangelhos eram mitos”. Negou a divindade corpórea de Cristo. Seu livro Das Leben Jesu (A Vida de Jesus -1835) foi muito influente. A tese de Strauss é que todos os quatro Evangelhos são uma grande parábola; uma grande massa de lendas trazidas de muitas fontes, algumas até mesmo de origem pagã, aplicadas com motivos de esperança e benevolência em seus seguidores, por um obscuro profeta galileu que se promoveu inconscientemente, não apontando para o Deus de Moisés e Elias, cruel e vingativo e mesmo imoral como Strauss e os transcendentalistas o sentiam ser, mas um elevado, sintético, platônico, que foi beneficiário de avançados conceitos éticos no século 19” (Sightler, Tabernacle Essays on Bible Translation, p. 9). Strauss espiritualizou a ressurreição. A sua “Vida de Jesus” foi traduzida para o inglês em 1846 por Mary Ann Evans (que foi pelo ensinada por George Eliott), autor de Silas Marner, “que no processo se rendeu a fé evangélica no qual ela tinha sido criada” (Sightler, p. 9).

John Stuart Mill (1806-73) publicou seu sistema de lógica em 1843, em que afirmava que a única fonte válida de informação é o sentido físico e a investigação cientifica, renunciando assim a fé. Mill teve uma grande influência na Universidade de Cambridge e por toda a Inglaterra no campo acadêmico.

A teoria Graf-Wellhausen foi assim batizada pelos seus criadores Julius Wellhausen (1844-1918) e Karl Heinrich Graf (1815-69). (Wellhausen publicou a Prolegomena, a história do Antigo Israel em 1878). De acordo com esta teoria, o Antigo Testamento não é a divina revelação de Deus, mas meramente o registro da evolução da religião judaica. Wellhausen tinha a opinião que “a religião judaica tinha evoluído a partir do desenvolvimento de primitivas histórias dos tempos dos nômades para o elaborado e institucionalizado ritualismo do período dos séculos antes de Cristo” (The History of Christianity, Lion Publishing, 1977, p. 554). Wellhausen negou a historicidade de Abraão, Noé e outros personagens bíblicos. Afirmou que Israel não conhecia o Deus Jeová até Moisés lhes ensinar sobre Ele no monte Sinai. Afirmou que as leis e o sistema sacerdotal não foram dados através de Moisés, mas foram desenvolvidos depois que Israel já estava estabelecido em Canaã e em alguns casos, depois do exílio babilônico; que a maior parte do Pentateuco foi escrito durante a época dos reis de Israel como uma “piedosa fraude”. Esta teoria teve, em suas diversas mutações várias formas e detém uma vasta influência na educação da maior parte das denominações e tem afetado dramaticamente o ensino “evangélico”.

Considere algumas descrições gerais dos efeitos do modernismo teológico na Europa e na Inglaterra durante o século 19:

O testemunho do historiador James Good:
“O racionalismo foi uma terrível onda que varreu a Alemanha como uma inundação” (James Good, History of the Reformed Church of Germany 1620-1890).

O testemunho de R.L. Dabney em 1881:
“Enquanto os eruditos e instituições de ensino alemãs têm estado demasiado ocupados com seus trabalhos, a nação como um todo tem sofrido um lapso em direção a um estado de semi-paganismo” (“The Influence of the German University System on Theological Education,” Discussions: Evangelical and Theological).

O testemunho de L.W. Munhall: “A condição de declínio espiritual das igrejas… o ceticismo, infidelidade e ateísmo prevalecendo de forma alarmante entre o povo da Alemanha, Suíça e Holanda, é sem dúvida, quase totalmente tributado aos que defendem a tese do criticismo, presente em uma grande maioria de proeminentes pastores e teólogos professores nestas terras. A mesma condição pode ser medida na Inglaterra, Escócia, Nova Inglaterra e em cada comunidade onde este criticismo é crido por qualquer número considerável de pessoas e abertamente defendido (L.W. Munhall, The Highest Critics vs. the Higher Critics, 1896).

O testemunho de Matthew Arnold sobre as condições encontradas na Grã-Bretanha no século 19:
"Clérigos e ministros estão cheios de lamentações sobre o que eles chamam de difusão do ceticismo... as especulações do dia estão operando entre o povo...” (Literature and Dogma, 1873, p. vi).

O testemunho do historiador S.M. Houghton:
“O fato é que a Alemanha, por volta da metade do século 19 foi inundada pela descrença. Os seminários e faculdades, bem como as igrejas, contribuíram para isto. O seu próprio livro de hinos foi revisado para privá-los de muito do conteúdo evangélico. A filosofia foi colocada no lugar da teologia e a Bíblia assaltada com selvageria. Milagres pararam de ser contados como milagres; eles são agora explicados de outra forma. As profecias bíblicas são desacreditadas. A deidade de Cristo foi roubada. Sua ressurreição é dita que nunca aconteceu. Tampouco Ele morreu de fato, mas sofreu um desmaio, ou se retirou depois de Sua suposta morte para algum lugar conhecido somente por seus discípulos. D.F. Strauss chocou com seu livro “A Vida de Jesus” (publicado entre 1835-36) o qual admitia uma estrutura de fato, mas afirmava que muito do conteúdo dos quatro Evangelhos foi pura mitologia. Julius Wellhausen (1844-1910) alcançou notoriedade por atacar o ensino ortodoxo no tocante a autoridade, unidade e inspiração das Escrituras e muitos infelizmente seguiram os seus passos. Ele foi o pioneiro da visão da alta crítica e sob sua influência muitos teólogos por todo o oeste europeu e Estados Unidos questionaram ou abandonaram a autoridade de Cristo” (Sketches from Church History, p. 239).

O testemunho de Charles Haddon Spurgeon, que passou os últimos anos de sua vida lutando contra a “degradação” na teologia que havia minado a União Batista Inglesa. Em 1887, Spurgeon escreveu as seguintes palavras:
“UMA BRECHA ESTÁ SE ABRINDO ENTRE OS HOMENS QUE ACREDITAM EM SUAS BÍBLIAS E OS HOMENS QUE FORAM PREPARADOS PARA INVESTIR CONTRA A ESCRITURA... aqueles que estão do lado doutrina evangélica estão em aberta aliança com os que chamam a queda do homem de fábula, que negam a personalidade do Espírito Santo, que chamam a justificação pela fé de algo imoral e que não existe um período de provação depois da morte... participar de adoração pública está diminuindo cada vez mais e reverência pelas coisas santas é considerado como algo vão. Acreditamos solenemente que isto é grandemente atribuível AO CETICISMO QUE TEM SE MOSTRADO NOS PÚLPITOS E SE ESPALHADO ENTRE O POVO” (Sword and Trowel, November 1887).

Spurgeon assim nos descreve a baixa condição espiritual que existia na Grã-Bretanha em sua época como o resultado da difusão do modernismo. A apostasia do fim dos tempos estava florescendo. Enquanto Spurgeon lutava contra o modernismo na União Batista, a mesma batalha sendo travada (e perdida) em outras denominações, incluindo Anglicana, Congregacional, Presbiteriana, Luterana e Metodista. (Uma excelente perspectiva sobre a batalha de Spurgeon pode ser encontrada na obra de Iain Murray: The Forgotten Spurgeon [O Spurgeon Esquecido], Edinburgh: The Banner of Truth Trust).

O testemunho da Liga Bíblica, que foi formada na Grã-Bretanha em 1892:
“Spurgeon em seus dias via a apostasia como uma goteira; no tempo da fundação da Liga Bíblica (1892) tornou-se um córrego, pouco tempo depois expandiu para um rio, e hoje se tornou um autêntico oceano de descrença. A maior parte dos homens que estavam nos marcos antigos desapareceu de vista.

A vida em terra se tornou uma viagem em um oceano desconhecido em um barco de erva daninhas 'lançado para lá e para cá, e levado por todo vento de doutrina.'

Nunca antes na história da humanidade os “homens que com astúcia enganam fraudulosamente”(Ef 4:14) estiveram em tão grande evidência. “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. (2 Tim. 3:13)”. (“The Bible League: Its Origin and Its Aims,” Truth Unchanged, Unchanging, Abingdon: The Bible League, 1984).

A VITÓRIA DO MODERNISMO

No século 20 o modernismo teológico já estava impregnado na maior parte das denominações na Europa e América e por todo o mundo.

Na primeira parte deste século, as denominações americanas testemunharam a controvérsia entre fundamentalistas e modernistas. Homens que zelavam pela verdade resistiram a maré do modernismo, mas a batalha foi perdida e as denominações não se voltaram mais para a Bíblia. Considere alguns exemplos de quanto o modernismo teológico tem se tornado a corrente em voga nas denominações.

Em 1976, Harold Lindsell afirmou:
“Não é injustiça alegar que entre denominações como a Episcopal, Metodista Unida, Presbiteriana Unida, Igreja Unida de Cristo, a Igreja Luterana na América e a Igreja Presbiteriana Americana NÃO EXISTA UM ÚNICO SEMINÁRIO TEOLÓGICO QUE TENHA UMA FIRME POSIÇÃO EM FAVOR DA INFALIBILIDADE BÍBLICA” (Harold Lindsell, Battle for the Bible, Zondervan, 1976, p. 145).

O seminário Jesus ilustra o ataque do modernismo. Consistindo de alguns “experts em religião e estudiosos do Novo Testamento”, o seminário teve início em um encontro em março de 1985 com o objetivo de descobrir quais palavras dos Evangelhos eram autenticas.

Ao longo dos anos 80, os participantes do seminário Jesus fizeram votações sobre a autenticidade das palavras ditas por Cristo encontradas nos quatro Evangelhos usando esferas ou bolas. Depois de discutir uma passagem, os “eruditos” modernistas faziam a votação. Vermelho indicava uma forte possibilidade de autenticidade; rosa, uma boa possibilidade; cinza, uma fraca possibilidade; e preto, branco ou sem cor, nenhuma possibilidade. As cores, portanto, indicavam vários graus de dúvida sobre a Palavra de Deus.

Em 1993 o seminário Jesus publicou “Os Cinco Evangelhos: Uma Pesquisa Sobre as Autênticas Palavras de Jesus”, que incluiu uma nova tradução chamada: “A Tradução dos Eruditos”. O código de cores foi incorporado ao texto para descrever o grau em que as várias porções dos Evangelhos são consideradas autênticas.

O seminário concluiu que Jesus disse somente 18% das palavras que Lhe são atribuídas na Bíblia. De acordo com este grupo de eruditos modernistas, Cristo não falou as bem-aventuranças no sermão da montanha; não disse nada sobre dar a outra face; não falou a parábola do semeador, a parábola das dez virgens, a parábola das dez peças de dinheiro, ou a parábola dos talentos; Ele não disse: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;”. Ele não orou no jardim do Getsêmane; Ele não disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” e outras passagens associadas com a Ceia do Senhor, Ele não disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”ou “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” quando Ele estava na cruz. O seminário Jesus chegou a conclusão que Cristo não caminhou sobre as águas, ele não alimentou milhares de pessoas com alguns poucos peixes e pães, não profetizou a Sua morte e ressurreição ou segunda vinda, não conduziu a última ceia como registrado nas Escrituras, não apareceu diante do sumo sacerdote ou diante de Pilatos, não ressuscitou corporalmente ao terceiro dia e não ascendeu aos céus.

De acordo com o seminário Jesus: “A HISTÓRIA DO JESUS HISTÓRICO TERMINOU COM SUA MORTE NA CRUZ E A DECOMPOSIÇÃO DE SEU CORPO” (Religious News Service, March 6, 1995).

Um dos integrantes do seminário Jesus, Marcus Borg, fez a seguinte declaração a imprensa religiosa em 1992:
“EU NÃO VEJO A TRADIÇÃO CRISTÃ COMO VERDADE EXCLUSIVA, OU A BÍBLIA COMO A ÚNICA E INFALIVEL REVELAÇÃO DE DEUS... eu sou um dos cristãos que não acreditam no nascimento virginal, nem na estrela de Belém, nem na jornada dos magos do oriente, nem em pastores que vieram a um estábulo como fatos da história” (Bible Review, December 1992).

A TRAJETÓRIA DO MODERNISMO DESDE A VIRADA DO SÉCULO 20

A descrença que tinha começado como um córrego no século 18 e tornou-se um rio no século 19, transformou-se em um verdadeiro oceano de descrença no século 20. Como o modernismo que estava adormecido no século 18 e se arrastou no século 19, saltou no século 20.

- Albert Schweitzer publicou The Quest for the Historical Jesus [A Busca pelo Jesus Histórico] afirmando que Jesus não foi o Messias sobrenatural, o eterno Filho de Deus, mas um simples homem que pensando que a destruição do mundo era iminente tentou chamar a atenção das pessoas através de sua própria morte.

1907- Walter Rauschenbusch publicou Christianity and the Social Crisis [Cristianismo e as Crises Sociais], popularizando o não bíblico “evangelho social”. Outros influentes nomes do movimento “evangelho social” foram Washington Gladden e Charles Sheldon, autor da obra In His Footsteps [Em Seus Passos].

1910 - Adolf Harnack que no meio cristão apareceu em uma versão traduzida para o inglês, pregando sobre a paternidade de Deus. As leituras foram primeiro entregues na Alemanha, na Universidade de Berlim durante o inverno de 1899-1900.

1913 - Ferdinand de Saussure e seu curso de linguística geral foi publicado postumamente, marcando o nascimento da moderna linguística, negando Deus e a natureza absoluta da linguagem. De acordo com Saussure, o significado da linguagem não é algo para ser recuperado em um sentido absoluto, mas algo que cada pessoa cria por si mesma. Cinquenta anos depois, em seu livro Toward a Science of Translating, Eugene Nida reconheceu a influência de Saussure em sua própria teoria de equivalência dinâmica.

1918 - Harry Emerson Fosdick (1868-1969), pastor da influente igreja Riverside de Nova Iorque, publicou The Manhood of the Master [A Maturidade do Mestre], negando que Jesus Cristo é Deus.

1919 - Walter Rauschenbusch publicou A Theology for the Social Gospel [Uma Teologia do Evangelho Social] que troca a Grande Comissão de pregar o Evangelho a toda a criatura pelo objetivo de transformar a sociedade, buscando construir assim o reino de Deus na terra.

Karl Barth (1886-1968) publicou a primeira parte de seu comentário sobre a epístola aos Romanos.

Emil Brunner Barth (1889-1965) e Reinhold Niebuhr (1893-1971) foram os pais da neo-ortodoxia, que esconde sua descrença sob os termos usados pela teologia ortodoxa, dando um significado herético através de linguagem obscura (como por exemplo, falar sobre a “ressurreição corpórea” de Cristo ou da “segunda vinda” ou da “inspiração da Escritura”, mas não acreditando nessas doutrinas em um sentido tradicional). De acordo com a neo-ortodoxia, a Bíblia em si não é a objetiva e infalível Palavra de Deus, mas simplesmente se tornou a palavra de Deus por causa da experiência de existir através dos tempos.

1921 - Rudolf Bultmann (1884-1976) publicou The History of the Synoptic Tradition [A História da Tradição Sinótica], um primeiro passo em direção a sua tentativa de "desmistificar" o Novo Testamento. Em outro livro, Jesus and the Word [Jesus e a Palavra], Bultmann afirmou: “Podemos agora saber que não conhecemos quase nada sobre a vida e personalidade de Jesus”.

1924 – A Igreja Metodista Episcopal aprovou a ordenação de pastoras.

1925 – A tentativa de ligar os macacos ao homem foi defendida em Dayton, Tennesse, e crentes na Bíblia deram seu apoio mostrando pela mídia secular sua alegria pela suposta linhagem.

Alfred Whitehead (1861-1947) publicou Science and the Modern World [Ciência e o Mundo Moderno]; Whitehead foi uma proeminente voz do “processo teológico”, que ensina que o Deus da Bíblia não é onipotente, mas é sujeito ao processo de mudança “levado pelos agentes do livre-arbítrio; Deus não pode forçar alguma coisa a acontecer, mas somente influenciar o exercício deste livre-arbítrio universal através da oferta de possibilidades; porque Deus contém um universo de mudança, Deus é mutável (isto quer dizer, Deus é afetado pelas ações que ocorrem no universo) sobre o curso do tempo”. Outros proponentes deste “processo teológico” são Charles Hartshorne (1897-2000), John B. Cobb e David Ray Griffin.

1926 – Depois de um debate de quase cinco horas, a Convenção Batista do Norte votou por uma margem de três votos a um pela não expulsão da igreja Riverside de Nova Iorque por causa da militância modernista do pastor Harry Emerson Fosdick.

1927 – O bispo metodista Francis McConnell de Nova Iorque, negou a divindade de Jesus Cristo. Ele disse: “Esta tendência de deificar a Jesus não é mais pagã do que cristã?”.

1928 – O missionário metodista E. Stanley Jones escreveu: “se a infalibilidade verbal é insistentemente defendida, então certamente é muito precária” (p. 257).

1930 – A Igreja presbiteriana na América aprovou a ordenação de mulheres como anciãs.

1931 - Henry Sloane Coffin, presidente emérito da Union Seminary e antigo moderador da Igreja Presbiteriana escreveu: “Certamente... hinos ainda perpetuam a teoria que Deus perdoa pecadores porque Cristo comprou este perdão pela Sua obediência e sofrimento... Não há sangue que possa limpar o registro do que já foi feito... A cruz de Cristo não tem o significado de buscar o perdão” (Coffin, The Meaning of the Cross, pp. 118-121).

1932 – A Convenção Batista do Norte foi tão infiltrada pelo modernismo teológico que um equeno grupo de homens saiu dela e formou a Associação Geral de Igrejas Batistas Regulares - GARBC (General Association of Regular Baptist Churches).

1934 - William Temple, que se tornou arcebispo de Canterbury, disse: “... um ateísta que vive em amor é salvo pela sua fé em Deus cuja existência (sob este nome) ele nega” (Nature, Man and God, p. 416).

1935 - George A. Buttrick, pastor presbiteriano que se tornou presidente do Concílio Federal em 1940, escreveu: “Infalibilidade literal na Bíblia é um forte impossível de ser defendido... Provavelmente poucas pessoas que afirmam “crer em cada palavra da Bíblia” de fato crêem. Esta declaração em manter tal linha de lógica é arriscar uma viagem para um asilo de loucos” (Christian Fact and Modern Doubt, p. 162).

Emil Brunner publicou Unser Glaube (em alemão: Nossa Fé), no qual comparou a voz de Deus na Bíblia com a voz de um orador em uma gravação antiga. Como pode ser reconhecida igualmente a voz do orador da gravação seja tosca e por outro lado imperfeita, a voz de Deus pode ser reconhecida, entretanto a Bíblia é (supostamente) cheia de erros e mitos.

1936 – A Igreja Presbiteriana na América estava tão impregnada com o modernismo teológico que um pequeno grupo de conservadores saiu dela e fundou a Igreja Presbiteriana Ortodoxa.

1937 - O New York Times de 19 de março mostrou Pierre Teilhard Chardin (1881-1955) como o padre jesuíta que acreditava que o homem descendia de macacos. Teilhard fez mais. Ele tentou integrar religião com ciência e aplicar evolução na história humana, o que levaria a humanidade em direção a um "ponto ômega" de paz e unidade. Ele acreditava que a humanidade estivesse envolvida na "noosfera" ou rede de comunicação planetária.

1943—Pio XII, na sua Divino Afflante Spiritu, tornou-se o primeiro papa a endossar o uso do "criticismo cientifico” na Escritura.

1944 - G. Bromley Oxnam, bispo metodista e um dos primeiros presidentes do Conselho Mundial de Igrejas, endossou a chamada de Deus do Antigo Testamento de um "Tirano Sujo" em seu livro de 1944 “Preaching in a Revolutionary Age”. Oxnam escreveu: "Hugh Walpole, em Wintersmoore, conta a respeito de um pai e seu filho na Igreja. Na leitura do Antigo Testamento o menino aprendeu sobre o Deus terrível que enviou pestilências para as pessoas e criou serpentes para atacá-las. Naquela noite, quando o pai passou pelo quarto do menino, este o chamou, envolveu os seus braços ao redor do pescoço do seu pai, e o puxando para si, disse: 'Pai, você odeia Jeová. Assim como eu. Eu detesto esse tirano! ' Nós temos por muito tempo rejeitado uma concepção de reconciliação associada historicamente com um ideal de divindade que é repugnante. Deus, para nós, não pode ser pensado em um Ser bravo, terrível, vingador que por causa do pecado de Adão tem que ter o seu pedaço de carne de Shylock [N.T.: O agiota implacável em “O Mercador de Veneza”, de William Shakespeare. Ele exige um quilo de carne a partir do personagem-título da peça, após a inadimplência comerciante em sua dívida]. Não é nenhuma maravilha que o menino foi honesto em mostrar justificável repugnância ao dizer 'Tirano” (pg. 79).

1945 - Harry Emerson Fosdick, em uma carta escrita em janeiro de 1945 a um indivíduo que o indagara de Indiana, disse: "Claro que eu não acredito no nascimento virginal ou nessa doutrina substituitória antiquada da expiação, e eu não conheço nenhuma pessoa inteligente que a creia" (The Christian Beacon, January 3, 1957). Fosdick se tornaria o pregador de rádio do Conselho Federal de Igrejas na América (o precursor do Conselho Nacional de Igrejas) depois de sua formação em 1950.

1946 - A Convenção Batista do Norte celebrou sua reunião anual na Fountain Street Baptist Church, Grand Rapids Michigan. O pastor anfitrião, Duncan Littlefair, fez as seguintes declarações publicadas em seus sermões: "Deus pode ser identificado como um pedaço desta matéria-prima universal... Deus é uma parte de um grande todo e como tal constantemente está sendo quebrado e destruído e frustrado. ... Eu tenho que dizer que Deus não é eterno. ... Não há nenhuma razão qualquer que seja a natureza de Deus para assumir que ele é o mais forte ou o maior no universo ou que ele pode exercitar a sua 'vontade' como bem entender. ... Baseados em nossos estudos e proposições temos que dizer que Deus não é onisciente e não pode 'nos conhecer' em qualquer sentido normal do termo porque ele não é uma pessoa. ... Jesus não é e não pode ser Deus".

1948 - O recém estabelecido Conselho Mundial de Igrejas adotou uma confissão de fé fraca o bastante para prover praticamente qualquer tipo de heresia e até mesmo pregar universalismo, participando de adoração sincretista e outras atividades com religiões pagãs.

Harold Ockenga cunhou o termo "Neo evangelicalismo" e anunciou que a sua geração tinha “repudiado o separatismo" e pretendia colocar uma face mais positiva e intelectual no cristianismo. Olhando de volta 38 anos depois, Ockenga disse: "A chamada para um repúdio ao separatismo e a convocação para o envolvimento social recebeu uma resposta amável de muitos evangélicos" (prefácio de Ockenga para a obra de Harold Lindsell: The Battle for the Bible, 1986).

Em seu livro “Mahatma Gandhi: An Interpretation”, o missionário metodista E. Stanley Jones afirmou que foi para a Índia converter o pagão, mas que no fim o pagão o conquistou; ele se transformou em um adorador de Gandhi e um promotor do pacifismo.

1950 - O teologicamente liberal e comunista Conselho Federal de Igrejas na América (mais tarde renomeado como Conselho Nacional de Igrejas) foi formado.

1951 - Paul Tillich (1886-1965) começou a publicação de sua Teologia Sistemática, ensinando através de obscura e complicada linguagem um cristianismo filosofal, em que a teologia nunca é dogmática, mas está sempre em processo de mudança, que Deus, o "fundamento do ser", pode ser conhecido somente através de mitos. "Na melhor das hipóteses, Tillich foi um panteísta, mas seu pensamento vai ao limiar do ateísmo".

O influente teólogo Nels Ferre escreveu: "De fato, a referência no Evangelho de João para a reivindicação dos judeus para o efeito que eles não nasceram em adultério, poderia dar crença externa a um nazista a reivindicação de que Jesus era alemão. Maria, lembramos, foi achada grávida antes do casamento dela com José. Nazaré era ocupada por uma guarnição romana onde os soldados eram mercenários alemães. Jesus também é apresentado ao longo da história da arte, como é afirmado, tendo sido loiro. Isto é supostamente antinatural para os países mediterrâneos onde esta mesma tradição começou e foi continuada. Consequentemente, Jesus deveria ter sido filho de um soldado alemão!” (Ferre, The Christian Understanding of God, p. 191).

1955 - O bispo James Pike da Igreja Episcopal disse, "eu abandonei o navio na doutrina da Trindade. Eu lancei fora a doutrina do nascimento virginal de Jesus Cristo" (Christian Beacon, March 17, 1955).

1956 – É formada a revista Christianity Today, com Billy Graham e Carl Henry como seu primeiro editor chefe. Esta revista seria a primeira voz com ênfase positiva, não julgadora, não separatista, intelectualmente respeitável do cristianismo neo-evangélico.

1957 - A cruzada evangelística de Billy Graham em Nova Iorque foi patrocinada pelo Conselho Protestante, marcado por proeminentes teólogos liberais e modernistas. Aqui Graham começou a sua longa prática de elogiar os modernistas, quando gastou aproximadamente 10 minutos elogiando Jesse Baird, um famoso liberal e apóstata, o chamando de grande servo de Cristo. Esta cruzada foi o catalisador para o rompimento de Graham com fundamentalistas como Bob Jones Sr. e John R. Rice.

Leslie Weatherhead, metodista, que negou a expiação pelo sangue de Cristo disse: "Graham está ajudando a encher nossas igrejas. Nós podemos ensinar teologia para as pessoas quando tivermos alguém para ensinar" (Leslie Weatherhead: A Personal Portrait, 1975, pág. 199).

Na sua cruzada na cidade de São Francisco, Billy Graham elogiou o bispo modernista James Pike o fazendo ocupar a plataforma e conduzir a oração. Graham também falou na Grace Cathedral pastoreada por Pike. Graham elogiou Pike novamente em 1960 na sua cruzada em Detroit.

1958 - Um relatório oficial da cruzada de Graham em São Francisco informou que dos aproximadamente 1300 católicos que tinham comparecido, "praticamente todos permaneceram católicos, continuado a rezar para Maria, a ir à missa, e a se confessar a um padre" (Oakland Tribune, Wed., Dec.17, 1958).

O presidente desta cruzada era bispo metodista Gerald Kennedy que negou praticamente toda doutrina da fé cristã e que tinha endossado em 1953 o livro blasfemo de Nels Ferre “The Sun and the Umbrella”.

Quando a Igreja Unida de Cristo foi formada nos Estados Unidos através de uma fusão de congregacionalistas com evangélicos e a Igreja Reformada, adotaram a declaração de fé Unitariana.

1961 - Michael Ramsey, arcebispo de Canterbury, disse,: "O céu não é um lugar somente para cristãos... eu espero ver alguns dos atuais ateístas lá". (The Daily Mail, Oct. 2, 1961).

Os unitarianos na América se uniram com os universalistas para se tornarem a Associação Universalista Unitariana, unindo em um só conglomerado descrentes e ateístas, rejeitando a Bíblia e o Deus que ela apresenta, ao mesmo tempo aceitando praticamente qualquer religião, filosofia ou divindade aparte da Bíblia.

1962 - “Por volta de 1962 ficou evidente que havia alguns no Seminário Teológico Fuller que já não acreditavam na inerrância da Bíblia, tanto entre alunos quanto entre os professores (Harold Lindsell, The Battle for the Bible, pg. 106); David Hubbard que se tornou o presidente do seminário em 1963 se referiu sarcasticamente a doutrina da inerrância da Bíblia como "uma teoria teológica igual ao gás que enche um balão; um só vazamento e a Bíblia inteira vem abaixo”.

1963 — O bispo anglicano John A. T. Robinson escreveu em seu livro popular “Honest to God” que "o quadro inteiro de um ser sobrenatural que vem do céu para ‘salvar’ a humanidade do pecado... é francamente incrível para o homem desta era” (pg. 78). Robinson expressou um ponto de vista ateístico, dizendo: "Talvez, afinal de contas, os freudianos tenham razão, que um Deus tal como o da teologia popular tradicional -- seja uma projeção, e talvez estejamos sendo chamados para viver sem esta projeção de alguma forma" (pp. 17, 18). Na publicação deste livro, Hugh Montefiore, bispo de Birmingham, disse a Robert Runcie que se tornaria o Arcebispo de Canterbury em 1980: "John Robinson escreveu um livro que vai causar o caos -- ele vai contar para o mundo o tipo de coisas que nós realmente acreditamos" (Humphrey Carpenter, Robert Runcie: The Reluctant Archbishop, pg. 159). Claro que isso nunca resultou em caos, pela simples razão que o anglicano comum não se preocupa em nada com doutrina.

1964 - Uma pesquisa religiosa extrapolou isso, mostrando que por volta de 60.000 membros das três principais denominações nos Estados Unidos (Igreja Unida de Cristo, Metodista Unida, e Episcopal) são ateus ou agnósticos (Christianity Today, Nov. 20, 1964). A mesma pesquisa mostrou que 43% dos protestantes não acreditavam no nascimento virginal. --------- Quando perguntado se os cristãos congregacionalistas "acreditavam no nascimento virginal”, um porta-voz da Igreja Unida de Cristo (uma fusão de congregacionalistas com evangélicos e a Igreja Reformada) respondeu: "Provavelmente, a maioria não”. (Douglas Horton, “What Is A Congregationalist?” St.Louis Globe Democrat, 5 aug. 1964).

1965 - Harvey Cox, professor batista da escola de divindade de Harvard, publicou Secular City - “Celebrating the Advent of Secular Urban Civilization and the Retreat of Traditional Christianity”. Cox pulou na carroça da teoria de que "Deus está Morto" dizendo, "é muito cedo para falar, sem dúvida, mas pode bem ser que nossa palavra inglesa para Deus terá que morrer, confirmando na mesma medida o julgamento apocalíptico de Nietzsche que 'Deus está Morto' “.

1966 - Langdom Gilkey da Escola de Divindade da Universidade de Chicago relatou que: "Os mais jovens nem mesmo levantam o assunto do nascimento virginal ou do pecado original. Eles estão discutindo a existência de Deus. E se não houver Deus, você não tem que discutir sobre quaisquer das outras doutrinas" (“Theology,” Time magazine, Nov. 11, 1966, p. 57).

1967— Em relação à negação pública do bispo James Pike sobre a Trindade e outras doutrinas cardeais da fé cristã, a Igreja Episcopal nos Estados Unidos adotou uma resolução que declara que toda heresia é um anacronismo. Pike tinha “abandonado o navio da doutrina da Trindade" e chamado o nascimento virginal de "um mito primitivo".

1968 - Uma pesquisa religiosa feita por Jeffrey Hadden mostrou que aproximadamente 60% do clero metodista nos Estados Unidos não acreditava no nascimento virginal de Jesus Cristo e pelo menos 50% não acreditava na Sua ressurreição corporal.

Troy Perry fundou a Igreja Metropolitan Community Church, em Los Angeles, que se tornou a igreja mãe da primeira denominação cristã predominantemente homossexual. Até 1988 afirmava ter 38.000 membros em 200 congregações espalhadas pelo mundo.

Na sua autobiografia espiritual, “Song of Accounts”, E. Stanley Jones, missionário metodista, disse: "Não acreditamos que o Novo Testamento seja a revelação de Deus--isso seria a Palavra ter se transformado em "tinta de impressora “(pg. 377). 1971--Sete mil pessoas se espremeram na catedral episcopal de São João, Nova Iorque, para uma missa comemorativa ao terceiro aniversário do musical da Broadway “Hair”. O evento foi marcado pela presença de mulheres sem sutiã, trajes sensuais, banda de rock e milhares de balões coloridos ("Troubadours for God”, Time, May 24, 1971).

Na Igreja presbiteriana da Quinta Avenida em Nova Iorque, um ministro batizou um bebê "em nome do Pai, do Espírito Santo, e de Jesus Cristo Superstar", uma referência ao blasfemo musical que descreve o Senhor Jesus como um pecador comum ("The New Rebel Cry: Jesus Is Coming!” Time, June 21, 1971).

1972 - Cecil Williams, pastor da Igreja metodista Glide Memorial, de São Francisco, disse: "eu não quero ir para nenhum céu... eu não acredito neste assunto. Eu acho que tudo isso é um monte de -----”. [N.T.: tivemos que deletar o restante de sua explicação].

William Johnson da Associação Golden Gate do Norte da Califórnia, vinculada a Igreja Unida de Cristo se tornou a primeira pessoa abertamente homossexual a ser ordenada por uma das principais denominações nos Estados Unidos. Quando perguntado se poderia ser um bom ministro sem ter uma esposa, Johnson respondeu: "Eu realmente não sinto necessidade de uma esposa. Eu espero algum dia compartilhar uma relação de profundo amor com outro homem" (New York Times, May 2, 1972).

O Seminário Teológico Fuller mudou formalmente sua declaração doutrinária para refletir a heresia que estava sendo ensinada desde o começo dos anos 60. A declaração original dizia que a Bíblia é "plenamente inspirada e livre de todo erro em todas as suas partes". A nova declaração eliminou "livre de todo erro em todas as suas partes", levando-a para o campo de visão herético mantido pelo presidente David Hubbard e de muitos professores do Fuller de que a Bíblia contém erros.

A Igreja Episcopal São Clemente de Manhattan em 1972, apresentou "um batismo teatral onde mostrava painéis com as fotos dos irmãos Kennedy e de Martin Luther King Jr., um homem se barbeando em um banheiro aberto cantando ‘We Shall Overcome’, três jovens nuas tocando kazoos e esparramando água uma piscina de plástico, um ator que executava uma cena em uma banheira e queima de incenso" (Thomas Reeves, The Empty Church: The Suicide of Liberal Christianity, 1996, p. 154).

Em 1972 na sua conferência quadrienal, a Igreja Metodista Unida formalmente aprovou uma política de pluralismo doutrinário fundamentado em “quatro pilares de autoridade”: Bíblia, tradição, experiência, e razão.

1973 - Gustavo Gutierrez publicou “A Teologia da Libertação”, tornando-se uma proeminente voz pela liberação teológica, o qual via a salvação em termos de libertação da sociedade das injustiças sociais e econômicas. É o marxismo misturado com o cristianismo.

J. Kincaid Smith testemunhou que quando se formou na Hamma School of Theology, um seminário da Igreja luterana, que as seguintes condições predominavam: "Para o melhor de meu entendimento, nenhum de meus colegas, nem eu, acreditam em qualquer dos elementos milagrosos da Bíblia, em qualquer coisa sobrenatural, nem em seis da criação, nem que Adão e Eva foram pessoas reais e históricas, nem que Deus realmente falou com as pessoas, nem no dilúvio com a Arca de Noé, nem na divisão do Mar Vermelho. Acreditamos que nada na Bíblia do Antigo Testamento predisse alguma coisa sobre Jesus de Nazaré, que Jesus não foi profetizado no Antigo Testamento. Nem no nascimento virginal. Um de meus professores do Novo Testamento foi movido a escrever um poema para a ocasião da sua posse. Era um erudito a serviço da Capela Universitária de Wittenberg. Na ocasião ele especulou que o pai de Jesus era um soldado romano itinerante. Ele plenamente negou a real divindade de Cristo" (Christian News, April 29, 1985).

1974 - O assunto de março da revista Eternity continha um artigo escrito por Bernard Ramm intitulado "Bem-Vindos, novos evangélicos". Depois de listar cinco características (eles não estão interessados em questões sobre doutrina ou a controvérsia sobre a evolução ou os detalhes das profecias Bíblicas ou em debates sobre a infalibilidade das Escrituras, eles dão mais importância a psicologia do que a correção doutrinária), Ramm disse que deu boas-vindas a estes “evangélicos". 1976—O bispo James Thomas, da Igreja Metodista Unida, disse por ocasião da conferência quadrienal desta denominação: "Nós não acreditamos... em conceitos doutrinários rígidos para nos manter firmes em um mundo que está em constante mudança" (F.E.A. News & Views, May-June 1976).

1977 - Anne Holmes da Igreja Unida de Cristo se tornou a primeira mulher abertamente lésbica ordenada por uma grande denominação protestante. Um ano depois, Ellen Barrett se tornou a primeira mulher declaradamente homossexual a ser ordenada na Igreja Episcopal. Ela disse em relação a sua amante lésbica: "é o que alimenta a minha força e compaixão, e o que me trouxe ao ministério" (“The Lesbian Priest,” Time magazine, January 24, 1977).

1978 - Em seu livro The Worldly Evangelicals, Richard Quebedeaux declarou: "... é um fato bem conhecido que um grande número, se não a maioria, das faculdades e seminários em questão hoje já não acreditem na plena inerrância da Bíblia, até mesmo em situações onde os seus mantenedores ainda lhes exijam que assinem a declaração tradicional de que a Bíblia é 'verbalmente inspirada', 'inerrante', ou 'infalível em todas as suas partes', ou afirmar em outras palavras claramente definidas a doutrina da inerrância...”.

1979 - O Presbitério Nacional da Igreja Presbiteriana (nos E.U.A.) votou por uma margem de 165 a 59 a aprovação para ordenar Mansfield Kaseman como pastor embora ele negasse abertamente a divindade, nascimento virginal, impecabilidade e ressurreição corporal de Jesus Cristo. Quando perguntado se "Jesus é Deus", Kaseman respondeu, "Não, Deus é Deus". Mesmo diante dos apelos para que reconsiderasse esta decisão, o presbitério da denominação manteve Kaseman no cargo. 1981--Robert Bratcher, tradutor da Bíblia na Linguagem de Hoje, disse: "Somente ignorância voluntária ou desonestidade intelectual podem responder a reivindicação de que a Bíblia é inerrante e infalível. ... Nenhum crente amante da verdade, temente a Deus, e que honre a Cristo deveria ser culpado de tal heresia. Investir a Bíblia com as qualidades de inerrância e infalibilidade é a idolatrá-la, é transforma-la em um falso deus" (The Baptist Courier, Greenville, SC, April 2, 1981). Bratcher nesta ocasião estava falando a um seminário nacional patrocinado pela Comissão de Vida Cristã da Convenção Batista do Sul em Dallas, Texas.

O autor cristão popular Malcolm Muggeridge escreveu, "A história de Jesus como contada nos Evangelhos é verdade até onde pode ser acreditada; sua verdade deve ser procurada nos corações dos crentes em vez da história" (Muggeridge, Jesus, The Man Who Lives).

1982 - Robert Runcie, Arcebispo de Canterbury, quando perguntado na época da páscoa por um repórter pelo significado da cruz, respondeu: "sobre isso, eu sou um agnóstico" (Sunday Times Weekly Review, April 11, 1982). Seis anos depois Runcie disse: "A Igreja tem que se manter firme na dianteira contra o pensamento conservador".

Robert Schuller publicou Self-Esteem: The New Reformation, redefinindo o cristianismo nos termos da sua teologia do amor-próprio, declarando, por exemplo, que pecado é a falta de amor-próprio e nascer de novo significa que devemos ser mudados de uma negativa para uma positiva auto-imagem “(Schuller, Self-Esteem, p. 68).

Neste mesmo ano, somente 15% dos estudantes do Seminário Teológico Fuller mantinham a convicção dos fundadores do seminário de que a Bíblia é inerrante (George Marsden, Reforming Fundamentalism, p. 268).

Uma pesquisa do instituto Gallup em 1982 revelou que 34% dos metodistas acreditavam que o serviço comunitário é mais importante que proclamar o Evangelho.

1983 - O Conselho Mundial de Igrejas em sua assembléia geral apresentou uma dança pagã por uma mulher hindu do sul Índia. Era uma "dança clássica Bharathanatyam", executada para a “deusa mãe terra” hindu.

O Novo Conselho Nacional de Igrejas apresentou orações a Deus como o "Pai e Mãe." O comitê fortemente pró-feminista, encabeçado por um luterano, reclamou que o antigo idioma da Bíblia sobre Deus o Pai foi "usado para apoiar a autoridade excessiva dos pais" (Richard Ostling, “O God Our Mother and Father,” Time magazine, October 24, 1983).

1984 – Os editores da Christianity Today examinaram a teologia de Robert Schuller e concluíram que ele não é um herético.

A Igreja Metodista Unida aprovou um relatório que chamou todas as suas igrejas para se referir a Deus e a Jesus Cristo somente em termos de linguagem inclusiva--em outras palavras, não se dirigir a Deus como "Ele" ou como "Pai."

Charles Keysor afirmou que um pastor que apóia o sistema da Igreja Metodista Unida pode "ser qualquer coisa, de um silencioso conservador a um universalista agnóstico, ou até mesmo um comunista" e que "o clima na Igreja Metodista Unida é estranho e não hospitaleiro a fé evangélica sincera" (Christianity Today, Nov. 9, 1984).

Pouco antes de sua morte, o famoso líder evangélico Francis Schaeffer, publicou o livro “The Great Evangelical Disaster”, advertindo que: "Dentro evangelicalismo há um número crescente de pessoas que estão modificando as suas visões sobre a inerrância da Bíblia de forma que a autoridade plenária da Escritura está sendo completamente cortada”.

O Conselho Mundial de Igrejas publicou “No Longer Strangers” ensinando as mulheres a rezarem a Deus pelos seguintes nomes: Senhora da paz, Senhora da sabedoria, Senhora do amor, Senhora do nascimento, Senhor das estrelas, Senhor dos planetas, Mãe, presença, poder, essência, simplicidade...

A Catedral Episcopal de São João o Divino de Nova Iorque exibiu uma estátua da crucificação feita de bronze com 1,21 metros mostrando um Cristo com corpo feminino e nu (“Vexing Christa,” Time magazine, May 7, 1984).

David Jenkins, consagrado bispo de Durham [Inglaterra] em julho, descreveu a doutrina da ressurreição corporal de Jesus Cristo como uma “escamoteação com ossos” (no programa de rádio da BBC “Poles Apart”). Jenkins disse que o corpo de Cristo poderia ter sido roubado pelos discípulos ou ainda poderia estar na tumba. No típico falar dobre liberal, ele afirmou que, entretanto, milagres bíblicos como a ressurreição não são eventos literais, são "reais". Falando para o Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra no dia 6 de julho de 1986, Jenkins foi ovacionado quando advertiu que: "ser contra em associar milagres com Deus é afirmar que nenhuma igreja pode decidir de forma exata o que Deus é e o que ele quer" (Associated Press, St. Louis Post Dispatch, July 7, 1986).

O Teólogo luterano Dorothee Soelle escreveu: "Em minha própria reflexão teológica, minha afirmação de Deus como fêmea parece apropriada, especialmente quando eu quero enfaticamente diferenciar meu idioma desse Deus patriarcal. ... Não faz sentido algum postular o poder absoluto de Deus... quem precisa de um Deus como esse? " (To Work and to Love: A Theology of Creation, Fortress Press, pp. 6, 14).

M. Scott Peck estabeleceu a “Foundation for Community Encouragement” para "forjar uma nova cultura planetária". Peck afirma ser um cristão e os seus livros são populares tanto em livrarias cristãs quanto nas de Nova Era. Em seu livro de 1978 “The Road Less Traveled”, ele disse, "Deus quer que nós nos tornemos como Ele mesmo (ou Ela ou consigo mesmo). Estamos crescendo em direção a divindade. Deus é o objetivo da evolução". Um revisor do The New York Times disse: “a principal audiência deste livro está no vasto cinturão bíblico”. [N.T.: região localizada no sudeste dos Estados Unidos, conhecido por ser predominantemente de linha evangélica conservadora – no idioma inglês é chamado de “Bible Belt”].

1985 - A Igreja Episcopal São Lucas em Mineápolis promoveu uma campanha publicitária com o slogan, "A Igreja Episcopal dá as boas-vindas a você, não importando a raça, credo, cor ou o número de vezes que você nasceu”.

Herman Hanko, professor no Seminário Reformado Protestante em Grandville, Michigan, observou: "É quase impossível achar um professor evangélico nas escolas teológicas de nossa terra e no estrangeiro que ainda se mantém inflexível em relação a doutrina da inspiração infalível da Bíblia. O perigo insidioso é que a alta crítica é promovida justamente por esses que reivindicam acreditar na inspiração infalível" (Hanko, The Battle for the Bible, pp. 2, 3).

No dia 13 de maio, um evento ecumênico televisionado na Catedral de Newcastle da Igreja da Inglaterra mostrou hindus cantando, dançando, e oferecendo flores a um ídolo, muçulmanos lendo o Corão, e um guru Sikh honrando a sua divindade. O deus hindu Rhama foi proclamado como senhor e rei. O evento mostrou somente uma referência específica a Jesus Cristo, um hino de encerramento de linha Trinitariana (“Conservative Evangelicals claim there are serious errors in the Church of England,” The Christian News, April 15, 1985).

Vinte igrejas episcopais em Memphis, Tennessee, fizeram um anúncio declarando: "Em uma atmosfera de direito absoluto e injustiça, aqui há um pequeno lugar para respirar. ... a Igreja Episcopal é totalmente comprometida com a preservação do diálogo aberto e da fé não dogmática. Existimos para contar ao mundo sobre um Deus que nos ama apesar do que temos feito ou do que acreditamos. Até mesmo se nós não acreditarmos nEle, Ele acredita em nós. Não nos sufocamos com absolutos" (Christian News, Oct. 14, 1985).

William Schultz, presidente nacional da Associação de Universalista Unitariana, disse: “Universalistas Unitarianos estão abertos a verdades de todas as grandes tradições religiosas, como também da ciência e da experiência humana. Deus é muito grande para ser limitado por um dogma. Acreditamos que o foco da religião deveria estar nesta vida, em lugar de uma preparação para uma perspectiva de vida depois da morte" (St. Petersburg Times, Nov. 16, 1985, Religious Section, pp. 6, 7). 1986--O serviço de abertura da Sexta Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas em Vancouver, Columbia Britânica, mostrou índios pagãos norte-americanos que construíram um altar e uma "chama sagrada" nas quais lançaram oferendas de peixe e tabaco para satisfazer aos seus deuses da natureza, e ao redor eles dançaram. Três hindus, quatro budistas, dois judeus, quatro muçulmanos, e um Sikh eram os convidados oficiais da Assembléia, e havia leituras dos escritos hindu, budista, e muçulmano. No relatório do Secretário Geral para a Assembléia, Philip Potter, disse que “Deus unirá todas as nações na suas diversidades em uma casa".

Em 1986, haviam 20.730 mulheres ordenadas ao ministério de tempo integral em denominações norte-americanas, que representando 7,9% de todo o "clero" norte-americano (National & International Religion Report, March 13, 1989).

O Dia de Oração para Paz Mundial aconteceu em Assis, Itália, em outubro, conduzido pelo Papa João Paulo II. Unidos ao Papa estavam os representantes de 32 denominações Cristãs e organizações (incluido YWCA, Reformados Quakers, Menonitas, Aliança Batista Mundial, Discípulos de Cristo, Federação Mundial Lutarana, Anglicana, Ortodoxa e Católica Romana) e várias religiões não cristãs (hindu, Sikh, budista, Judaica, Islãmica, afro animistas norte-americanos, Xintoístas, religião de Zoroastro, Baha'i). Das orações combinadas desta multidão misturada, disse o Papa: "É urgente que uma elevação de preces em coro, e com insistência, da terra para o céu, pergunte ao Onipotente, de quem serão as mãos que conduzirão o destino do mundo, para o grande dom da paz" (The Tidings, April 11, 1986). O evento foi repetido em 1993 e 2002.

A Casa dos Bispos da Igreja da Inglaterra publicou “The Nature of Christian Belief”, dizendo que em relação à ressurreição de Cristo uma palavra como "corporalmente" é "inadequada ou até mesmo um termo enganoso e não faz justiça a Bíblia".

David Jenkins, bispo anglicano de Durham, disse que Deus pode ser uma mulher. “Claramente Deus não é exclusivamente masculino. Ele (ou ela?) deve refletir tudo o que é feminino. E ele/ela vai além de tudo isso” (Australian Beacon, October 1986).

A Sociedade de Bíblia da Austrália publicou um livro que mostrou Jesus Cristo como uma caricatura de um "HOMEM de AÇÃO."

1987- Michael Saward na Inglaterra descreveu a superficialidade do cristianismo evangélico de seus dias como "uma geração educada em guitarras, coros, de grupos de discussões nos lares, como um deles disse para mim, não usam palavras com precisão porque a imagem é dominante, não usam a Palavra; equipados não para dominar a doutrina, mas sim para ‘compartilhar’... suspeitando da definição e dos rótulos" (Evangelicals on the Move, p. 92).

1988 - Depois de participar de um culto de adoração em um templo budista, o bispo episcopal John Spong disse: "Como o cheiro de incenso encheu o ar, eu me ajoelhei diante de três imagens de Buda, sentindo que a fumaça pudesse levar minhas orações para o céu. ... Minha convicção é que o verdadeiro Deus... está dentro e além de todas estas tradições de adoração antigas. ... quando eu visito um templo budista que não é para mim um lugar pagão... eu não farei qualquer tentativa adicional para converter o budista, o judeu, o hindu ou o muçulmano. Eu estou contente de aprender deles e caminhar lado a lado com eles para o Deus vivo, eu acredito, além das imagens que nos ligam e encobrem tudo" (Spong, “A dialogue in a Buddhist temple,” The Voice, Jan. 1989; this is the official publication of the Diocese of Newark, New Jersey, of the Episcopal Church USA).

1989 - Uma extensa pesquisa feita entre pastores e o laicato da Igreja presbiteriana [dos E.U.A.] mostrou que somente 5% dos pastores acreditavam que a Bíblia deveria ser tomada literalmente, enquanto 75% acreditavam que aqueles que não ouviram falar de Cristo não serão condenados (National & International Religion Report, Mar. 13, 1989).

1990 - O Conselho Mundial de Igrejas em sua Sétima Assembléia em Canberra, Austrália, abriu com adoração pagã feita por aborígines que "trajados com tangas e penas e com seus corpos pintados com motivos tribais, dançavam em roda de um altar tocando tambores em uma tradicional cerimônia de purificação” (Christian News, Feb. 18, 1991, p. 1). Em seu pronunciamento diante da Assembléia, a teóloga feminista presbiteriana Chung Hyun-Kyung da Coréia do Sul invocou os espíritos “da morte da Terra, Ar, e Água" e disse, "eu já não acredito mais em um onipotente, machista, Deus guerreiro que salva todos os bons e castiga todos os maus".

1991 - Em seu livro “Rescuing the Bible from Fundamentalism”, o bispo John Spong da Igreja na Episcopal disse: “É claro que essas narrativas [da Bíblia] não são literalmente verdade. Estrelas não vagueiam, anjos não cantam, virgens não dão a luz, magos não viajam a uma terra distante para presentear um bebê e pastores não vão procurar um salvador recém nascido”.

1992 - Em seu livro The Battle for the Resurrection, Norman Geisler documentou a negação da ressurreição corporal entre evangélicos proeminentes, incluindo George Ladd do Seminário Fuller, E. Glenn Hinson do Seminário Teológico Batista do Sul e Murray Harris do Trinity Evangelical Divinity School. De acordo com estes, o corpo de Jesus desapareceu na ressurreição e Ele ascendeu imediatamente a céu; os aparecimentos subsequentes dele eram em uma forma visível mas não material através do que Ele se acomodou a compreensão humana.

1993 - A Associação de Clérigos de Salem, Massachusetts, deu boas-vindas um alto sacerdote de uma convenção de feiticeiros em sua sociedade.

David Wells, professor no Seminário Teológico Gordon-Conwell, publicou “No Place for Truth: or Whatever Happened to Evangelical Theology”, o qual a revista Time descreveu como "uma acusação pungente da corrupção teológica do evangelicalismo”.

Em uma conferência ecumênica em Mineápolis os participantes das principais denominações protestantes adoraram a Deus como um ser feminino e Chung Hyung Kyung da Coréia disse a multidão: "Minhas entranhas são budistas, meu coração é budista, meu cérebro direito é confuciano, e meu cérebro esquerdo é cristão".

Durante um culto de Páscoa, uma sacerdotisa da catedral Episcopal de Chicago disse que se Jesus voltasse ele desejaria que todo o mundo fosse livre para desfrutar do sexo, em qualquer forma que pudesse ser (“Show and Tell,” The Living Church, June 20, 1993).

1994 - Descrevendo a superficialidade teológica do evangelicalismo na última metade do século 20, David Wells disse: "O mar que se vislumbrou como sendo de uma milha de largura se mostrou ser só de uma polegada de profundidade" (Wells, God in the Wasteland).

O London Sunday Times de 31 de julho relatou que em uma conferência para “ateus cristãos”, que pelo menos em 100 Igrejas da Inglaterra os sacerdotes não acreditam em um Deus externo, sobrenatural.

Thomas Oden advertiu que seminários teológicos estão "inundados em "suposições sobre o anti-sobrenatural e que não há absolutos. De fato, "muito do pensamento de se inquirir por heresia tem se tornado uma nova heresia " (Oden, “Measured Critique or Ham-handed Trivia?” In Trust, Spring 1994, pp. 24-25).

Em outubro, o sacerdote Matthew Fox da Igreja Episcopal realizou a “missa planetária” na Grace Cathedral, São Francisco. Incorporou música rave, dançarinos girando, um altar na forma de um sol e de uma lua crescente, exercícios de tai chi chuan, referências a "Deusa Mãe" e a santidade da terra. O bispo William Swing disse: “Eu fui muito carregado por aquilo” (“It’s All the Rave,” The Living Church, November 27, 1994).

Na Convenção Geral da Igreja Episcopal nos Estados Unidos, o bispo da Carolina do Norte se desculpou por ter ofendido as mulheres chamando Deus de "Pai" (“Revival or Decline?” The Evangelical Catholic, March-April 1995, p. 10). 1995—Referindo-se a uma conferência teológica patrocinada por InterVarsity Christian Fellowship e Wheaton College, Carl Henry alertou que “não se apresentou um único representante da ortodoxia evangélica histórica comprometido com autoridade inquebrantável da Bíblia” (Calvary Contender, July 1, 1995).

O Mistério de Salvação, publicação da Comissão de Doutrina da Igreja da Inglaterra, declarou, "... hoje para muitos cristãos a idéia de um Deus que se oferece como substituto para nossos pecados é profundamente repelente" (pg. 122).

Dave Tomlinson, um professor evangélico da Igreja da Inglaterra, escreveu: “Retidão doutrinária pouco importa a Deus e assunto de placas de igrejas muito menos... São Pedro não nos está perguntando qual igreja pertencemos, ou se acreditamos no nascimento virginal; a palavra 'evangélico' nem mesmo entra na conversão" (Tomlinson, The Post-Evangelical, pp. 61-62).

Se referindo aos seus alunos, o professor Christopher R. Seitz da Escola de Divindade da Universidade de Yale queixou-se: “A maioria não sabe os nomes da metade dos livros da Bíblia, se Calvino viveu antes ou depois de Augustinho, se a ira de Deus é um meio de como entender um julgamento final" (“Pluralism and the Lost Art of Christian Apology,” In Trust, Summer 1995).

1996 - No dia 20 de abril, 80 teólogos evangélicos famosos e líderes de igrejas assinaram a Declaração de Cambridge, advertindo: "... a palavra 'evangélico' ficou tão inclusiva que perdeu seu significado. … Como a autoridade Bíblica foi abandonada na prática, como suas verdades tem se enfraquecido na consciência cristã, e suas doutrinas perderam a importância, a igreja está sendo crescentemente esvaziada de sua integridade, autoridade moral e direção".

George Carey, Arcebispo de Canterbury, bateu contra os fundamentalistas "que colocam a Bíblia acima e além da investigação humana" (Christian News, Dec. 9, 1996).

1997 - Em uma entrevista com Robert Schuller, Billy Graham disse: "Deus está convocando as pessoas do mundo pelo Seu nome, se eles vêm do mundo muçulmano, ou do mundo budista, ou do mundo cristão ou o mundo não crente, eles são os membros do corpo de Cristo porque eles foram chamados por Deus. Eles podem nem mesmo saber o nome de Jesus, mas eles sabem que em seus corações precisam de algo que não têm, e eles se voltam para a única luz que eles têm, e eu penso que eles são salvos, e que vão estar conosco no céu" (broadcast on Robert Schuller’s Hour of Power, May 31, 1997).

Oliver Barclay escreveu, "Nenhuma universidade na Inglaterra ostenta agora a frase 'o temor do Senhor é o princípio da sabedoria' " (Barclay, Evangelicalism in Britain: 1935-1995: A Personal Sketch, p.129).

Uma pesquisa religiosa mostrou que a vasta maioria de jovens que professam ser cristãos na Inglaterra não vê nada errado com sexo fora do casamento; 85% de católicos romanos e 80% de anglicanos têm esta mesma visão (Religious News Service, June 18, 1997).

A homossexualmente-orientada Universal Fellowship da Metropolitan Community Church foi admitida no Conselho Ecumênico do Sul da Califórnia. A Universal Fellowship habitualmente executa casamentos homossexuais.

1998 - O arcebispo de Canterbury George Carey disse: "Para muitos de nós na Igreja, o liberalismo é um elemento criativo e construtivo para explorar a teologia de hoje. ... Constituiria o fim do Anglicanismo como uma força significante em um contexto de cristianismo mundial se perdêssemos este ingrediente vital" (Church of England Newspaper, April 9, 1998, p. 8).

Carl Trueman da Universidade de Aberdeen escreveu: "É necessário somente uma olhada em muitas das obras que surgem de eruditos evangélicos contemporâneos para concluir que a noção de autoridade bíblica como compreendida em quaisquer de seus modos clássico-ortodoxos foi substituída em geral ou pelos conceitos de neo-ortodoxia ou simplesmente pelo silêncio nos assuntos mais espinhosos" (“The Impending Evangelical Crisis,” Evangelicals Now, Feb. 1998).

1999 - O cardeal católico Francis Arinze, da Thanksgiving World Assembly (Dallas, Texas) em março, disse que uma pessoa poderia ir para o céu sem aceitar a Jesus. Recorrendo a um documento do concílio Vaticano II ele disse que: “a grande salvação de Deus não só inclui os cristãos, mas judeus, muçulmanos, hindus e as pessoas de boa vontade" (Dallas Morning News, March 20).

Os representantes da Federação Luterana Mundial e da Igreja Católica Romana se encontraram em Augsburg, Alemanha, no dia 31 de outubro e assinaram a “Declaração em Comum da Doutrina da Justificação". A Declaração apóia a posição católica que boas obras e sacramentos são necessários para a salvação.

2000 - Em um artigo postado no The Bulletin, Peter Carnley que foi eleito chefe da Igreja Anglicana na Austrália declarou em abril que o autor do livro de Atos escreveu em ignorância quando declarou que Jesus Cristo é o único meio de salvação (Atos 4:12).

Um relatório da doutrina do Inferno patrocinada pela Aliança Evangélica do Reino Unido declara que muitos evangélicos rejeitam a doutrina de que Inferno é um lugar de tormento e apóiam a doutrina da aniquilação. 2001--Três congregações unitarianas nos Estados Unidos realizaram rituais de feitiçaria e se referiram a uma divindade feminina em seus serviços. O mais recente a fazer isto é a Pleasant Valley Unitarian Universalist Church em Garland, Texas. Eles usam velas que representam "os elementos da terra, ar, fogo, e água" e sermões focalizados em temas sobre as coisas da terra.

Uma organização chamada Standing Together Ministries foi estabelecida para promover diálogo entre os cristãos evangélicos e mórmons. O seu fundador Greg Johnson escreveu um livro junto com Steve Robinson, um mórmon, intitulado "How Wide the Divide”, concluindo que as divisões entre mórmons e crentes na Bíblia não são tão grandes quanto antigamente se pensava.

Enquanto estava em uma mesquita muçulmana no Bahrein, o arcebispo de Canterbury George Carey, disse: "Maomé foi claramente um grande líder religioso cuja influência em milhões foi para o bem" e escarnecendo de cristãos que pregam uma salvação exclusiva e sustentam a declaração de que "Jesus é o único caminho".

A Igreja presbiteriana (dos E.U.A.) em sua Assembléia Geral em julho rejeitou a declaração que só podem ser salvas as pessoas pela fé em Jesus Cristo. Ao invés, foi aprovada uma declaração vagamente formulada que Cristo é "exclusivamente Salvador", isto necessariamente não significa que não podem ser salvos os não cristãos pelas próprias suas religiões.

2002 - Os mais de 1185 participantes presentes ao encontro de clérigos femininas da Igreja Metodista Unida Internacional em San Diego se uniram em apoio a homossexualidade. Lésbicas foram representadas por mulheres que usavam roupões pretos e segurando cartazes onde se lia, "Nós também fomos batizadas”, enquanto as pastoras as cercavam para descrever "um anel de solidariedade" com os homossexuais.

Em agosto, Rowan Williams (que foi consagrado arcebispo de Canterbury seis meses depois), diante do sol do amanhecer e com orações cantadas "ao deus antigo e a deusa da terra", foi introduzido na ordem dos Druidas Brancos. Esta ordem foi fundada em 1792 por Edward Williams, e ainda que alguns afirmem que não tem nenhuma associação pagã, na realidade bebe abertamente das fontes hindu e druida. Edward Williams ajudou a fomentar o Unitarianismo em Gales.

2003 - A feminista Patricia Ireland, antiga presidente da National Organization for Women (NOW), foi designada como a nova executiva principal nos 145 anos da Y.W.C.A (Associação Cristã de Jovens Mulheres). Nos anos noventa a pró-aborto, pró-lésbica Patricia Ireland viveu com outra mulher em Washington.

Na 55ª reunião anual da Sociedade Teológica Evangélica, os membros votaram para não expulsar dois membros, Clark Pinnock e John Sanders que aderiram a heresia do teísmo aberto. Esta teologia nega a presciência e onisciência de Deus, reivindicando que Ele não sabe o futuro perfeitamente. O teísta aberto Gregory Boyd diz: “Deus não pode saber de antemão as decisões boas ou ruins do povo que Ele criou até que ele cria essas pessoas e elas por sua vez, criam as suas decisões”.

O ápice da filosofia do cristianismo rock & roll foi alcançada com a publicação de Thomas Nelson “Revolve: The Complete New Testament”. Elaborado no formato de uma mundana revista para meninas adolescentes, completada com fotografias de belas modelos e rapazes, com inclinação e valorização da beleza carnal, sugestões de como se divertir com o namorado (a), encorajamento para se sentir confortável usando trajes de banho, um teste para determinar se você é introvertido ou extrovertido, e muitas outras coisas vãs que distraem e até mesmo contradizem a mensagem da Bíblia.

No dia 7 de junho a Diocese Episcopal de New Hampshire elegeu o primeiro bispo abertamente homossexual na história da Comunhão Anglicana. O bispo recentemente eleito, Gene V. Robinson, tinha quebrado o seu solene juramento de matrimônio 13 anos quando deixou sua esposa e duas filhas jovens e passou a viver com um dos membros masculinos de sua denominação.

2004 - Falando no dia 31 de janeiro a 700 delegados na reunião anual da sua diocese, Peter James Lee, bispo episcopal da Virgínia, disse, "Se você tiver que fazer uma escolha entre heresia e cisma, sempre escolha heresia."

Em fevereiro, a 27ª edição do Lariat, o periódico da Universidade Baylor, a maior universidade batista do mundo, apresentou um editorial defendendo o casamento homossexual.

ADVERTÊNCIA FINAL

Estas informações são somente a "ponta do iceberg", mas estes fatos são suficientes para revelar que o cristianismo foi corrompido profundamente em nossos dias, e a prática da separação bíblica é mais necessária hoje do que em qualquer outra época. Por modernismo, o assobio da serpente escorregando pode ser ouvido ainda perguntando, "É assim que Deus disse?”. O povo de Deus têm que ir adiante até Cristo "fora do arraial" do cristianismo apóstata (Hebreus 13:13). A Palavra de Deus nos exorta “saí do meio deles, e apartai-vos” (2 Coríntios 6:17). Devemos evitar os que ensinam o contrário da verdade apostólica (Romanos 16:17) e que tem uma forma de piedade mas negam a sua eficácia (2 Timóteo 3:5).

Muitos jovens têm abandonado a fé ao entrarem em escolas teológicas modernistas e ao lerem literatura modernista.

Devemos ter certeza de nossa salvação da mesma forma que temos a unção do Espírito Santo (1 João 2:27) e estejamos fundamentados na Palavra de Deus de forma que possamos exercitar um agudo discernimento espiritual (Atos 17:11).

Temos que ensinar os membros da igreja nas Escrituras como também na história básica e nos princípios das heresias que nos confrontam em todos os lados. É dito que a CIA, a Agência Central de Inteligência, tem como uma de suas atribuições proteger a moeda norte-americana de falsificações treinando seus agentes através da análise de notas genuínas. Na realidade, este treinamento consiste em comparar as notas genuínas com as falsas e conhecer os métodos que estas notas foram falsificadas. Este é o método que nós vemos nas epístolas do Novo Testamento. Praticamente cada uma delas contém tanto as verdades quanto claras advertências sobre certas heresias específicas, e este é o exemplo de como igrejas de hoje têm que ensinar aos seus membros.