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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os Profetas de Jó



“Por que não morri ao nascer?
Por que não expirei ao sair do ventre?” OS
PROFETAS
DE

Por que dar nome a um texto de “Os profetas de Jó”, quando em parte alguma do livro ele é chamado de profeta? Quais revelações apocalípticas ou proféticas saíram da boca de Jó? O que poderia caracterizar Jó como um profeta?

De fato, em momento algum ele é apresentado como profeta ou se considera como tal, assim como, jamais anunciou um fim catastrófico ou vaticínio vindouro. Tinha apenas a certeza de que era homem justo e que estava sendo punido covardemente. Todavia, Jó poderia ser considerado “Voz profética” contra a injustiça, a miséria, a angústia; “Voz profética” em favor do pobre, do humilhado, do necessitado, do errante e do enfermo; “Voz profética” ao confrontar o insondável, o misterioso, e o ambíguo caráter de Deus. A verdade é que Jó, após o seu martírio, foi o primeiro justo a comprovar que todos os homens estão sujeitos aos caprichos de YHWH.

Uma sincera leitura da Bíblia sobre a criação do Homem, o pecado de Adão, o dilúvio universal, os descendentes de Noé, a maldição dos filhos de Cão e a primeira guerra entre irmãos, o chamado de Abrão, o nascimento de Ismael e Isaque e a segunda guerra entre irmãos, o Êxodo do Egito e a expulsão das nações de suas terras, as leis morais e capitais do Pentateuco, e a evolução da religião de Israel, podem ajudar muito na compreensão do duvidoso caráter do Deus de Israel “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe”.

Para que haja luz sobre este esboço, adianto que tudo é um terrível equívoco, a começar pela frustrada criação do Homem e a enigmática entrada do Mal no mundo. Só existe uma maneira de compreender a irracionalidade deste mundo nefasto, é compreendendo de que tudo não passa de um grande equívoco. Um ato de criação de um Ser ou vários que num determinado ou prévio momento decidiu criar e promover o caos. Um palco armado com personagens estabelecidos como numa tragicomédia Dantesca. Deus o criador, o Homem a criatura, e o Diabo o destruidor, elementos fundamentais para um cenário de injustiça, medo, catástrofe, morte, miséria. Deus cria o mundo, forma o Homem, e paralelamente surge um ser supostamente criado, de nome incerto: serpente, dragão, diabo, acusador, Satanás, trabalhando em oposição a tudo o que é perfeito. E com esses personagens ativos, o palco para a tragédia humana está formado.

Num primeiro ato Deus cria o Mundo e o Homem e vê que tudo é perfeito, num segundo ato se arrepende e amaldiçoa o mundo e o Homem, e num terceiro ato torna anátema a enigmática serpente. E assim, é dado o pontapé inicial de um quebra-cabeça imperfeito.

O que se desenvolve neste longa-metragem de terror de péssima qualidade é o desejo de um Deus ciumento, vingativo, obsessivo, que a todo custo tenta conseguir adoração e exclusividade da sua criatura. Como não obtém sucesso, então, ataca com violência, atrocidade, e extermínio. Porém, nem enviando peste, fome, seca, praga, guerra, exílio, canibalismo, anjo destruidor, YHWH consegue seu intento.

Quando o mais verdadeiro seria reconhecer o erro da criação do Homem ou admitir prazer e sadismo na destruição. Mas devemos avançar e falar sobre o personagem Jó figura central desta mensagem polêmica. Ele clama contra o que acontece de mais perverso, injusto e, vergonhoso ao Homem. Jó representa o choro de uma mãe que perdeu seu amado filho para o motorista imprudente, para a doença fatal, para os assassinos à espreita, para a bala perdida, para o bêbado ao volante, para o traficante violento, para o médico irresponsável, para os governantes malignos. Jó representa o clamor das crianças aidéticas, desnutridas, apodrecidas, malcheirosas, amaldiçoadas sem causa, da África. Jó representa o pranto sem fim das famílias enlutadas pelas guerras do poder. Jó representa todo o homem íntegro e reto que se desvia do mal, mas que inexplicavelmente torna-se seu alvo das desgraças da vida.

O pobre Jó não entendia seu sofrimento, assim, como milhões e milhões que no momento em que escrevo estão sendo tragadas pela tragédia. Então vem a pergunta: A quem clamar por justiça? Somos doutrinados a reconhecer YHWH como Deus Poderoso, Aquele que livra o aflito, o necessitado, O que faz o morto ressuscitar, que ampara o órfão e a viúva, que alimenta o faminto, que sacia o sedento, O que não toma o culpado por inocente e nem o inocente por culpado, O que abate o soberbo e exalta o humilde, Aquele que julga com retidão. Enfim, poderia ficar horas citando todas as supostas virtudes e bondades de Jeová. Por que então o Mal prevalece? Por que temos de nos contentar com as injustiças e retardar o tempo da justiça para uma época futura e incerta? Por que se conformar com a destruição dos justos e o triunfo dos ímpios? Por que ignorar as promessas de Deus de vida em abundância? Por que se ocultar numa religião para não enxergar as aberrações da vida? Por que eximir Deus da culpa pelo caos da sua criação e culpar o Homem por toda a dor?

Jó homem íntegro e reto que se desviava do Mal e temente a Deus sentiu na própria carne o absurdo de Deus. Clamou por um árbitro, um juiz que fosse colocado para que seu litígio fosse apreciado. Jó tinha convicção, por isso clamou: “Ainda que Ele me mate, eu não negarei a minha justiça”. Ah meus irmãos! Como é fácil dizer que adoramos a Deus, que vivemos para servi-lo, que o amamos de todo o coração, quando tudo vai bem. Ah meus irmãos! Como é fácil ficar quieto sem querer chamar a atenção de Deus quando o problema não é nosso. Ah meus irmãos! Como somos massa de manobra nas mãos de um livro que tem a pretensão de revelar um Deus Soberano que mata, ataca, destrói, extermina, e impede a piedade em favor de crianças e mulheres amamentando.

Alguns dias atrás me perguntaram: Crês em Deus e na Bíblia? E disse: Sim, creio em Deus, porém não creio que a Bíblia possa revelar Deus. Como muito bem disse São Jerônimo em um dos poucos momentos de sobriedade “A verdade não pode existir em coisas que divergem”. Como disse também Norman Champlin “Em algumas passagens da Bíblia, o melhor que se faz é ignorá-las para que não seja envergonhado o nome de Deus”. Como disse o papa Paulo V no séc. XV “Não sabeis como a leitura das Escrituras estraga a religião Católica”. Meus irmãos, este também tem sido o discurso dos protestantes radicais que condenam a Crítica Textual, a Arqueologia, a Ciência, a História do Cristianismo Primitivo, a História das Religiões. Tudo isso por que basta apenas um olhar racional para que toda farsa da Bíblia desapareça.

Mas eu, creio num Deus que um dia irá revelar toda a Verdade; creio num Deus que irá punir aqueles que fraudaram os seus atos e palavras, quer seja apóstolo, discípulo, santo ou pecador; creio num Deus que condenará todos os covardes que duvidando da mentira, ainda assim, resolveram se unir a ela; creio num Deus que isentará de culpa todos os que ousaram questionar levando-o em juízo pelos seus supostos atos e omissões, creio num Deus que tomará como culpado todo aquele que incitou os homens a falarem o que não era reto sobre Ele.

AMÉM!

Quem Irá Julgar os Atos de Deus?


Ah! Quem me dera alguém que me ouvisse!
Eis a minha defesa, que o Todo Poderoso me responda;
que o meu adversário (Deus)escreva a sua acusação. (Jó. 31.35)

Em primeiro lugar, gostaria de enfatizar que meu propósito com este esboço, que na verdade se parece mais com um grito por justiça, não tem a intenção de confundir, desfazer ou inibir a fé de nenhum dos meus destinatários. Tenho alguns projetos, e sei que Deus irá me abençoar, (parece até uma contradição) de escrever futuramente literaturas que abordem o problema do sofrimento humano, pelo menos três livros, o primeiro sobre Jó, o segundo sobre Eclesiastes, e o terceiro sobre “Os Absurdos de Deus e as contradições da Bíblia”.

Jó e Eclesiastes são dois livros do Antigo Testamento que em minha opinião são Universais, ou seja, servem de manuais para a vida prática. Representam as vicissitudes da vida e fazem eco ao grito por justiça dado por Asafe: Sl. 73; Habacuque: 1:2; Jeremias: 12.1:6, e tantos outros profetas e homens que se sentiram enganados, humilhados, injustiçados por Deus.

O grande conflito entre teólogos e cristãos leigos reside justamente na fé cega. Costumo dizer que “a ignorância é a mãe da devoção”. E um aspecto interessante acontece quando as ciências: arqueologia, física, biologia, antropologia, corroboram com algumas afirmações da Bíblia, e aí, os cristãos de plantão se apressam em dizer: Estão vendo! A Bíblia sempre precede a Ciência, a Bíblia nunca falha! Porém, quando as próprias ciências acadêmicas que compõem o estudo das Escrituras se opõem a Inerrância bíblica; negam a cronologia dos acontecimentos; desfazem afirmações bíblicas sobre ciência, biologia, física, antropologia, dinastias; desacreditam a autoria dos escritos, jogam por terra a infalibilidade da Escrituras, confirmam a interpolação e supressão de textos, revelam que muitas profecias foram escritas posteriormente aos acontecimentos, caracterizam alguns textos como espúrios. Aí, a coisa já muda de figura, e todos que não comungam da “Inerrância das Escrituras” estes são chamados de filhos do diabo, não convertidos, inimigos de Deus, agentes de Satanás.

Agora, falando em particular, acredito e sempre acreditarei na existência de Deus “Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis. Pois tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças antes seus raciocínios se tornaram fúteis, e seus corações insensatos se obscureceram”. Romanos 1. 20.21. Como disse o apóstolo Paulo somente a dureza do coração do homem pode negar a existência de um Ser Criador de todas essas coisas.

Agora, o outro lado do problema.

Desde que ingressei no seminário e passei a estudar a Bíblia, eu disse estudar e não apenas ler e fazer de contas que tudo aquilo soaria como verdades universais, comecei a verificar que muitas coisas não se encaixavam, porém como era um recém convertido e um aluno novo no seminário, creditei tudo como sendo minha falta de conhecimento ou a falta de “revelação do Espírito Santo”, á propósito um jargão muito usado contra todos que se mostram críticos (estudiosos) das Escrituras Sagradas.

E, embora, nunca tendo sido um cristão ortodoxo, ou seja, um cristão tradicional que aceita tudo como sendo inspirado por Deus, ainda assim, hoje me arrependo de ter acreditado em dogmas, doutrinas, arranjos teológicos, profecias incompatíveis, que tinham apenas a intenção de dar sentido a um macabro enredo de mortes, assassinatos, traições, homicídios, infanticídios, incestos, invasões, estupros, ciúmes, violência, racismo, acepções, discriminações, pragas, maldições, invejas, aberrações e mentiras, tudo em nome do Deus Santo de Israel.

Ditados populares são criados dentro de suas respectivas “culturas” e a maioria deles longe de representarem verdades incontestáveis apresentam certa coerência. Entre os ditados populares existe um que acho pertinente com o assunto proposto: “O pior cego é aquele que não quer enxergar”. Digo isto porque, sempre me destaquei nos seminários onde estudei não que fosse o mais competente, mas por ser o mais ousado, praticamente o único a me levantar contra as incoerências, absurdos, injustiças e atrocidades cometidas por Deus ao longo das narrativas da Bíblia. Não é por acaso que Jó se constitui no Antigo Testamento o meu “herói preferido”, ele é um justo que foi, injustiçado, violentado, alijado, ultrajado, desmoralizado, escarnecido, por capricho do Deus de Israel que travava uma batalha de vaidades contra Satanás e, diga-se de passagem, Satanás venceu, pois nada do que Deus acrescentou a Jó poderia curá-lo de seus traumas e terrores.

Qualquer homem sensato, provido de razão ou humanidade, livre de uma religiosidade que escraviza consegue tranquilamente identificar o absurdo cometido contra Jó, homem que era integro e reto; temia a Deus e se desviava do mal. Com certeza depois da experiência infernal que Jó teve com Deus o seu “temor” antes, com uma conotação de respeito, passou a ser de medo, vulnerabilidade, inconstância e pavor, pois se o próprio Deus que testemunhou em favor dele o castigou impiedosamente o que não faria adiante.

Basta ler e querer enxergar, e não querer se enganar ou tentar representar o advogado de Deus ou do Diabo. Se ainda assim, persistir alguma dúvida sobre a injustiça praticada por Deus, leia-se as palavras do pobre Jó:

“Quando penso que a minha cama me consolará, e o meu leito aliviará a minha queixa, (leia-se dor excruciante) então me espantas (Deus) com sonhos, e com visões me assombras”. 7.13:14;

“Não existe árbitro entre nós que ponha a mão sobre nós ambos, alguém que tire a sua vara (Deus) de cima de mim, para que não me amedronte o seu terror”. 9.33:34;
“Se fosse uma questão de forças, ele é poderoso! “Se fosse uma questão de justiça, quem o citará? Se eu me justificar, a minha boca me condenará, (medo) se reto me disser, então ele me declarará perverso. Embora eu seja inocente, não levo em conta a minha alma, desprezo a minha vida. Tudo é o mesmo, portanto digo: Ele consome ao reto e ao ímpio. “Quando o açoite mata de repente, ele ri do desespero dos inocentes”. 9.19:23.

Poucos dias atrás conversava ao telefone um irmão em Cristo, este com certeza cristão de verdade, homem de muita fé, que não tenta contender com Deus e, falava que o palco da tragédia humana se iniciou no Éden evoluindo, para um contexto de guerras, vejamos: Por quais motivos os descendentes de Sem (Gn. 10.12) da árvore genealógica de Abraão, pai de todos os hebreus, foi escolhido para habitar nas terras dos cananeus, descendentes de Cão, erradamente amaldiçoado por Noé, logo após, uma embriagues de vinho. A partir dessa “apartheid racial” entre irmãos promovidos pelo Deus de Israel, o que se desenrola a seguir, é uma série de barbáries, mortes, homicídios, usurpações, estupros, violência sem fim, etc. Muita coisa ainda deveria ser comentada, isso representa apenas, a ponta de um Iceberg de erros, contradições, maldições.

Lembro-me quando certa vez no curso de Mestrado Bíblico indaguei o professor com duas “pedradas”: “Será que Deus é realmente bom? Deus sempre fez acepções de pessoas e sempre utilizou de critérios diferentes para atitudes semelhantes e citei nomes de alguns personagens da Bíblia que foram favorecidos enquanto outros preteridos: Saul (coitado do Saul esperou os dias necessários, três dias, pelo profeta Samuel e mesmo assim foi punido por oferecer sacrifício) Davi e Salomão (não eram sacerdotes e cansaram de oferecer sacrifícios sem terem autoridade para tal coisa, e nem por isso foram punidos); Moisés (coitado do Moisés, segurou uma responsabilidade que não era sua, bem que ele tentou devolver para Javé, mas este disse: Segura Moisés que esse povo é teu. E covardemente foi impedido de entrar em Canaã. Que coisa!) e Raabe (grande mulher trabalhadora e de grande fé); Isaque e a filha de Jefté (coitada da menina, pagou pela loucura de seu pai, e Deus não interveio. Sorte do Isaque), Pedro (Se safou em Pedrão, pois a bola da vez era você) e Judas (o Judas, coitado, entrou de bucha); e muitos outros.

Queridos irmãos, analisem e sejam honestos consigo mesmo.

Alguns dos autores bíblicos acreditavam que o sofrimento tinha um fim redentor, e é verdade que com freqüência pode haver benefícios nas dificuldades que encontramos. Mas eu simplesmente não vejo nada de redentor quando bebês etíopes morrem de subnutrição, quando milhares de pessoas morrem de epidemias ou quando um jovem, um pai de família, uma criança é brutalmente assassinado por violentos assassinos.

Alguns pensam no sofrimento como um teste de fé. Mas eu me recuso a acreditar que Deus assassinou (ou permitiu que Satanás assassinasse) os dez filhos de Jó para ver se Jó iria amaldiçoá-lo, e perdeu, porque Jó o xingou de tudo de ruim: algoz, covarde, injusto, insensível, opressor, zombador,etc., pena que no final, quando Deus aparece bancando o ofendido, Jó botou a viola no saco e disse “Eu sei que tudo podes, nenhum dos teus planos pode ser impedido (sentiu na carne). Certamente falei do que não entendia, coisas maravilhosas demais para mim, (só desgraça) e que eu não compreendia. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza.
Coitado do Jó, quando Deus apareceu a sua frente, Jó devia ter pensado “Já era. Agora o que de pior poderá Ele me fazer ainda. Acho melhor dizer que eu estava errado”.

Responda amados irmãos, se alguém matasse seus dez filhos, você não teria o direito de amaldiçoá-lo? E pensar Deus que podia compensar Jó dando a ele outros dez filhos é desonesto, imoral, indigno, indecoroso.

Alguns acham que o sofrimento no mundo é provocado por forças que se opõem a Deus, forças que oprimem seu povo quando tenta obedecer a Ele. Essa visão pelo menos leva a sério o fato de que o mal existe e é disseminado. Mas no fim ela é baseada em visões mitológicas deste mundo (um universo de três andares, demônios). Também fica baseada em uma fé cega, levando a acreditar que no final tudo o que está errado será consertado.

Certos autores sustentam que o mal é um mistério. Eu encontro eco nessa visão, mas não tenho grande apreço por ela uma vez que não podemos pedir uma resposta para o mistério do sofrimento (Jó), pois Deus é o Todo Poderoso e não temos base para chamá-lo às falas pelo que fez: assassinatos de bebês, crianças, mulheres amamentando, mulheres grávidas, velhos, jovens.

Meus amados irmãos: Se Deus nos fez, se somos feitos a sua imagem e semelhança (Gn. 1.27 ), então supostamente nossa noção de certo e errado vem Dele. Se este é o caso, não há outra noção de certo e errado que não a Dele. Se Ele fez algo errado, então é culpado pelos seus próprios princípios de julgamento que Ele nos deu como seres humanos conscientes. E assassinar bebês, matar multidões de fome causando canibalismo e permitir ou causar genocídio é errado.
Observem as duras palavras de Rubem Alves “A teologia cristã ortodoxa, católica e protestante – excetuada a dos místicos e hereges – é uma descrição dos complicados mecanismos inventados por Deus para salvar alguns do inferno, o mais extraordinário desses mecanismos sendo o ato de um Pai implacável que, incapaz de simplesmente perdoar gratuitamente (como todo pai humano que ama sabe fazer), mata o seu próprio Filho na cruz para satisfazer o equilíbrio de sua contabilidade cósmica. É claro que quem imaginou isso nunca foi pai. Na ordem do amor são sempre os pais que morrem para que o filho viva”.

Irmãos, não é por causa de Rubem Alves, Karl Barth, Paul Tillich, Karl Rahner, Rudolf Bultmann, Platão, Hegel, Espinoza, Kierkegaard ,Immanuel Kant, David Hume, Bart D. Ehrman, Elaine Pagels, não é por nenhum desses homens, é simplesmente por mim. Não posso mais acreditar em tudo o que está escrito na Bíblia.

Tempos atrás, não conseguiria me ver como um adepto Parcial do Deísmo que se caracteriza pela crença na existência de Deus, porém acreditando que Deus não intervém nos eventos desse mundo.

Acredito que posso afirmar que Deus existe, porém Ele não é mais ou o mesmo Deus que acreditava. Um Deus de batalhas, muitas vezes cruéis e sem finalidades no Antigo Testamento, mas um Deus de vitórias, provimentos e livramentos, Um Deus pessoal que tinha o poder final sobre este mundo e interferia nos assuntos humanos de modo a impor sua vontade sobre o seu povo.

Velhas dúvidas que remetem a velhos tempos, e velhas perguntas feitas como fez Epicuro e que ainda e nunca serão respondidas:

Deus quer impedir o mal, mas não consegue? Então ele é impotente.
Ele é capaz, mas não quer? Então ele é malévolo.
Ele é capaz e quer? Donde, então, provêm o mal?

E colocar a culpa no livre-arbítrio dado por Deus ao Homem, além de não ter base bíblica, também, não responde em nada as questões do mal. Por que juntamente do livre-arbítrio Deus não concedeu sabedoria ao Homem para fazer uso?

Então, se Deus pode curar o câncer, porque milhões de pessoas morrem dessa doença? Se Deus alimenta os famintos, por que há pessoas com fome? Se Deus cuida dos seus filhos, por que milhares de crianças morrem de epidemias? Se Deus cuida de seus filhos, por que há milhares de pessoas destruídas? Se Deus cuida dos seus filhos, por que milhares de pessoas morrem por catástrofes naturais todo ano? Se Deus cuida dos seus filhos, por que muitos cristãos são alvo de balas perdidas, estupros, roubos, assassinatos, acidentes e muitas vezes a caminho ou voltando de um culto oferecido a Ele?

Se a resposta é que isso é um mistério é o mesmo que dizer que não sabemos o que Deus faz ou como ele age. Então, por que fingir que sabemos?

Não posso mais acreditar num Deus que se envolve ativamente com os problemas deste mundo. E o que eu poderia fazer, a não ser continuar fingindo, quando fui confrontado com os fatos que contradizem a minha antiga fé?

E se fosse solicitado para resumir a Bíblia, diria: Antigo Testamento um amontoado de guerras e atrocidades sem razão e por nada. Novo Testamento a presença Maravilhosa de Jesus, O Cristo, mas que em nada modificou a malignidade do coração do homem nem melhorou a vida dos seus filhos, dos pobres e dos oprimidos.

Devo admitir que hoje, compreendo, ou melhor, sempre compreendi a confusão na mente de Marcião, pois conciliar as ações do Deus do Antigo Testamento e as ações de Jesus no Novo Testamento é impossível, mas isso é outro assunto polêmico.

Devo admitir que no final das contas, ainda tenho uma visão bíblica sobre o sofrimento. É a visão apresentada nos livros de Eclesiastes e Jó: “Existem muitas coisas que não podemos saber sobre este mundo. Muitas situações desse mundo não fazem sentido. E na maioria das vezes não existe justiça”. E a síntese de tudo isso!

Queridos do meu coração fiquem com A Paz, A Consolação, A Humildade, A Mansidão, O Amor de Pai, O Amor de Irmão, do Nosso Mestre, Senhor e Salvador Jesus Cristo, O Justo.



O Senhor de Todas as Vontades: Agradecendo ou Disfarçando nossa Decepção com Deus?

Estava com o assunto já selecionado abordaria Romanos 9.11:23 que trata da Soberania de Deus em preparar os vasos de honra e de desonra e em se compadecer e endurecer o coração de quem Ele quer. Contudo, decidi abordar um tema que há muito tempo vem chamando minha atenção e de contínuo me incomoda “As Ações Do Senhor De Todas As Vontades (Agradecendo Ou Disfarçando Nossa Decepção Com Deus?)”.

Todos os dias, alguns, se antecipando ao romper do sol, acordam em suas camas espaçosas, caminham até o banheiro e despertam com uma maravilhosa ducha de água fria, ou morna, seguem, após isso, para uma mesa já posta onde encontram o que lhes servirá de sustento para o período matinal, depois se acomodam em seus veículos e tranquilamente se dirigem para as salas de aula ou escritórios. E este círculo se completa com a tarde e noite.

Temos o pão, a água, a cama, o emprego, o veículo, a saúde, nossos pais, os filhos que nos rodeiam, e por tudo isto agradecemos a Deus pela sua misericórdia. Mas, é quase impossível que, em algum momento recebamos essas benesses concedidas por Deus como um ato de Sua injustiça. É óbvio que não! Afinal de contas, achamo-nos Bem-Aventurados e que a Graça de Deus (favor imerecido) está sobre nossas vidas. Aleluia!

Mas, segundo uma organização conhecida como Global Walter há no mundo mais de 1bilhão de homens, mulheres e crianças (algo como um em cada cinco seres humanos vivos) que não têm água potável para beber. A situação que essas pessoas enfrentam é terrível. Para começar, muitas delas são subnutridas, e a água contaminada que bebem é infestada de parasitas que continuam a se multiplicar nos seus corpos enfraquecidos, tirando delas os nutrientes e a energia de que necessitam para manter a saúde. O Global Walter diz que 80% das doenças infantis fatais em todo o mundo são causadas não por falta de alimentos e remédios, mas pelo consumo de água contaminada. Algo como 40 mil homens, mulheres e crianças morrem todos os dias de doenças diretamente relacionadas à falta de água potável. Outro dado assustador é sobre a malária, uma doença horrível com efeitos devastadores e disseminados, e que teoricamente pode ser prevenida. Segundo os médicos, o grau de infelicidade que ela produz é de tirar o fôlego. O Instituto Nacional de Alergia e doenças Infecciosas dos Estados Unidos estima que entre 400 e 900 milhões de crianças, quase que todas da África, contraem um caso agudo de malária todos os anos. Em média 2,7 milhões de pessoas morrem da doença todos os anos. São mais de 7 mil por dia, trezentas pessoas por hora, cinco a cada minuto. Algo que a maioria de nós nunca deu um segundo de atenção. Quase todos os mortos são crianças. Faltam ainda os registros diários dos óbitos por escassez de alimentos, saneamento básico, falta de vacinas, remédios, infecções, guerras, suicídios, homicídios, rituais de magia, e muitas outras mais.

Os teólogos judeus sempre procuraram entender o motivo de haver sofrimento no mundo. A teologia judaica se baseou primeiramente no Êxodo do Egito sob a liderança de Moisés, conforme relatado na Bíblia. Ela demonstrava em termos gerais que Deus havia escolhido Israel para ser seu povo e que interviria em seu favor quando Israel estivesse em dificuldades. E de fato foi o que aconteceu.

Porém, o que deveriam pensar os teólogos, quando em tempos posteriores o povo de Israel sofreu, sem a interferência de Deus? Muito da Bíblia hebraica tem a ver com essa questão.

A resposta padrão vem de escritos dos profetas hebreus, como Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias e Amós. Para esses escritores, Israel sofre reveses militares, políticos, econômicos e sociais porque o povo pecou contra Deus e está sendo punido por isso. Quando, porém, eles retornassem aos caminhos de Deus teriam novamente uma vida próspera e feliz.

Mas o que acontece quando as pessoas realmente se voltam a Deus, tentando verdadeiramente seguir seu caminho e, mesmo assim, ainda sofrem? A grande dificuldade da clássica visão profética do sofrimento é que ela não explica por que os perversos prosperam e os justos sofrem. Essa falha resultou em algumas teologias variantes em Israel na Antiguidade, incluindo as dos livros de Jó e Eclesiastes (ambos direcionados contra essa visão profética) e a de um grupo de pensadores judeus que os estudiosos modernos chamam de “apocalípticos”. O termo vem da palavra latina apocalypsis, que significa “desvendamento” ou “revelação”, e é usado para definir essas pessoas, porque elas acreditavam que Deus lhes havia “revelado” os derradeiros segredos do mundo, o que explicava por que o mundo contém tanto mal e sofrimento.

Então, deveria haver alguma outra razão para o sofrimento, e assim, algum outro agente responsável por ele. Apocalípticos judeus desenvolveram, então, a idéia de que Deus tinha um adversário pessoal, o Diabo e, este de fato, era o responsável pelo sofrimento. Além disso, havia forças cósmicas no mundo, forças malignas com o Diabo à frente, que estavam afligindo o povo de Deus. De acordo com essa perspectiva, Deus ainda era o Criador deste mundo e seria seu Redentor final. Mas, no momento, as forças do mal haviam sido libertadas (por quem?) e estavam lançando a devastação sobre o povo de Deus.

Os apocalípticos judaicos, porém, sustentavam que Deus logo interviria e derrotaria essas forças do mal em uma demonstração cataclísmica de poder, destruindo todos os que se lhe opusessem, incluindo os reinos que estavam causando o sofrimento de seu povo. Mas, quando seria esse “logo”? “Em verdade vos digo que, dos que aqui estão alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegando o Reino de Deus com poder”. Essas são palavras de Jesus (Mc 9.11), provavelmente o apocalíptico judeu mais famoso da Antiguidade. Ou, como ele diz mais tarde: “Em verdade vos digo, não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam” (Mc 13.30).

Jesus e seus primeiros seguidores eram judeus apocalípticos, esperavam a iminente intervenção de Deus para derrotar as forças do mal. Jesus parecia pensar que Deus logo enviaria do céu o Filho do Homem como um juiz contra todos aqueles que se aliam contra Ele. No entanto, após a morte de Jesus, seus seguidores começaram a pensar que era o próprio Jesus que logo retornaria do céu sobre as nuvens como um juiz cósmico da terra. O apóstolo Paulo acreditava que ainda em vida veria Jesus retornar para o julgamento (1 Ts 4.14-18; 1 Cor 15.51-52). Mas os dias de espera se transformaram em semanas, depois em meses, em anos, e então em décadas. E o fim não chegou. E agora! O que aconteceria a uma crença que é radicalmente desmentida pelos acontecimentos da história?

Como o fim não veio do modo esperado, alguns dos seguidores de Jesus transformaram este dualismo temporal em um dualismo espacial, entre o mundo abaixo e o mundo acima. Os cristãos começaram a pensar que o julgamento era algo que não se daria aqui, neste plano terreno, em algum futuro evento cataclísmico. Aconteceria na vida após a morte, depois que cada um morre. O dia do juízo não seria algo que aconteceria daqui a pouco. É algo que acontece o tempo todo. Na morte, aqueles que se aliaram ao Diabo irão receber sua recompensa eterna sendo enviados para viver para sempre com o Diabo, nas chamas do inferno. Aqueles que se aliaram a Deus terão sua recompensa eterna com a garantia de vida eterna com Deus, para sempre desfrutando das bem-aventuranças do céu.
Nessa visão transformada, o Reino de Deus já não é imaginado como um Reino futuro aqui na terra; é, agora, o Reino que Deus já comanda, no céu.

Sei que este é um pensamento reconfortante para muitas pessoas, uma espécie de reafirmação de que Deus realmente está no controle e sabe o que está fazendo. Contudo, não me convence!

Além do que tenho uma convicção de que, o sofrimento de crianças inocentes não pode ser explicado. Para mim, se torna difícil, porém, não impossível, que possa haver uma solução divina que torne todo o sofrimento destes infantes “merecido”, uma resposta que justificará a crueldade feita às crianças. Acredito que, se todos devem sofrer de modo a comprar a Vida Eterna com seu sofrimento, o que as crianças têm a ver com isso? E repito: Que mesmo uma resposta de Deus seria difícil fazer compreender por que as crianças sofrem?

Há alguns anos atrás li um livro chamado Quando coisas ruins acontecem a pessoas boas, escrito pelo rabino Harold Kushner. Para Kushner, não é Deus que causa nossas tragédias pessoais. Nem mesmo ele as “permite”. Simplesmente há algumas coisas que Deus não pode fazer. Ele não pode interferir para impedir que soframos. Mas o que ele pode fazer é igualmente importante. Ele pode nos dar força para lidar com o nosso sofrimento quando passamos por ele. Deus é um pai amoroso que está aqui por causa de seu povo; não para garantir miraculosamente que nunca terá dificuldades, mas para dar a ele a paz e a força necessárias para enfrentar a adversidade.

Mas, a afirmação do rabino Kushner revela um sério problema. Para a maioria dos autores da Bíblia, o poder de Deus é ilimitado. Além do que, acreditar que um Deus Todo-Poderoso se comporta ao lado dos que sofrem como um mero espectador impotente é totalmente cruel.

Alguns dos autores bíblicos acreditavam que o sofrimento tinha um fim redentor, e é verdade que com freqüência pode haver benefícios nas dificuldades que encontramos. Mas eu simplesmente não vejo nada de redentor quando bebês etíopes, indianos, ou africanos morrem de subnutrição, quando milhares de pessoas morrem hoje (e ontem, e no dia anterior) de malária, ou quando toda uma família é brutalizada por marginais drogados que invadem sua casa no meio da noite, ou quando um tiro põe fim à vida de pessoas honestas.

Devo admitir considerar uma única visão bíblica do sofrimento, é a visão apresentada nos livros de Jó e Eclesiastes “Existem muitas coisas que não podemos saber sobre este mundo. Existem muitas coisas que não acontecem como o planejado ou como deveriam. Existem muitas coisas que atribuímos a Deus, todavia, não passam de simples casualidade”.

Pense! Pense com sinceridade todas as noites a respeito de tudo o que você têm, e veja se é “Justo” diante dos que nada possuem, e depois, responda se estamos Agradecendo ou disfarçando nossa decepção com Deus? O Senhor de todas as vontades.

Onde está o Deus que nos fez? Que responda Ele sobre Os bens e os males da vida.

Os bens e os males da vida
Uma abordagem sobre o texto de Lc. 16.19:31
(O Rico e Lázaro)

Uma vez que é do conhecimento de todos, não posso negar que o meu sentido crítico em relação à Bíblia fala mais alto, porém não deve ser comparado ao ceticismo total, pois se assim fosse, estaria passando do liberalismo teológico para a loucura ateísta. Prefiro me manter no equilíbrio agnóstico. Acredito sim, que a Bíblia revela os misteriosos, partidários, favoráveis, “injustos”, parciais, e apaixonados caminhos de Deus e que incompreensivelmente é através deste livro mitológico, místico, semita, histórico, dogmático, cruel, e muitas vezes débil, que Ele se revela. Mistério!

Tenho também a convicção de que a Bíblia estabelece-se sobre dois pilares: A Revelação de Deus ao Homem e A não Revelação de Deus à Bíblia. Explico! É inegável que Deus em alguns momentos entrou em contato com o Homem, e por mais lendário que possa parecer os relatos da Criação; Queda; Dilúvio; Êxodo; Nascimento virginal; Anjos; Demônios; é bem verdade que quase toda a tradição oral precedeu uma tradição escrita, e por mais exagerada que seja a redação final de um texto, alguma verdade se percebe. E por meio de processos como: Deus e Homem; Homem e Deus; Deus sem Homem; Homem sem Deus, toda a Bíblia foi escrita. Muitas vezes revelada por Deus, muitas vezes inventada pelo Homem. E assim foi imprescindível que, após, a primeira relação entre Deus e Homem e Homem e Deus fossem perpetuados o épico de YHWH e Israel, através de estórias bíblicas, plagiando assim, os grandes feitos dos deuses mitológicos da Mesopotâmia: Sumérios, Acadianos, Amoritas ou antigos babilônicos, Assírios, Caldeus. Sem esquecer as religiões de Mistério do Antigo Egito.

Apesar de tudo este livro é maravilhoso. Constituindo-se sagrado para os que assim o consideram; respeitado para os que o estudam; conflitante para os que o confrontam; detestável para os que o racionalizam. E eu, particularmente, considero a Bíblia a maior relíquia que já existiu e que jamais será superada em importância, pois narra o sobrenatural; fala sobre o incompreensível; expõe o insondável; revela o oculto: Deus em questão! E após esse preâmbulo ingresso na problemática “Os Bens e os Males da Vida”.

Fazia uma leitura das Palavras do Senhor Jesus a respeito do texto que se encontra em Lc. 16.19:31 – O Rico e Lázaro. A passagem em destaque é conhecida de todos desde o leigo até o Ph. D em Teologia, porém uma frase em especial chamou minha atenção: Lc. 16.25 “Mas Abraão respondeu:

Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, ao passo que Lázaro somente males, mas agora ele é consolado e tu atormentado”.

E para corroborar o meu posicionamento gostaria de acrescentar outro texto bastante enigmático A cura do cego de nascença que se encontra em João 9:1 “Quando Jesus ia passando, viu um homem, cego de nascença. Os discípulos de Jesus perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais, mas isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus”.

Poderia acrescentar outros textos, porém estes dois satisfazem.

O mais magnífico de tudo é que independente da Bíblia ser um livro eivado de erros e absurdos incontestavelmente contém a Palavra de Deus. Todavia, não irei abordar a questão da Origem do Mal ou Teodicéia, pois seria como perguntar: Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? E para nós Criacionistas a resposta seria a galinha, pois Deus criou primeiro todos os animais, aves, répteis, peixes. E igual resposta seria: Quem é o culpado pelo o Mal no mundo? O Homem.

Mesmo sendo Criacionista não compactuo com os seis dias literais da Criação, nem que o pecado de Adão ou que o Livre Arbítrio do Homem seja a causa principal e única de todo o Mal no Mundo. Acredito que o problema do Mal no Mundo é muito mais complexo e tem apenas Um Único Culpado ou Responsável. Mas, é melhor deixar esse assunto para depois!

Voltando ao texto de Lc. 16.19:31 – O Rico e Lázaro desperta minha atenção as palavras de Abraão dizendo: Lázaro, somente males recebeu nesta vida. E juntando estas com as palavras enigmáticas de Jesus sobre a causa de uma cegueira de nascença em João 9.1 “Nem ele pecou nem seus pais, mas isto aconteceu para que se manifestem nele as obras de Deus” fizeram-me refletir sobre um fato incontestável de que muitas pessoas nascem, vivem, e morrem no sofrimento.

Alguns exemplos de casos de violências, desgraças, injustiças, covardias do nosso cotidiano servirão para delinear o cenário Infernal que representa este mundo tenebroso. Servirá também para mostrar que se o Inferno literalmente existe, algumas pessoas injustamente já estão sendo previamente atormentadas. Tomando sempre como referência os textos apresentados em Lc. 16.19:31 – O Rico e Lázaro e João 9.1 - A cura do cego de nascença.

Tomarei a liberdade de inverter as posições para primeiramente relacionar alguns genocidas que tiveram em sua passagem neste mundo apenas um único propósito o de fazer o Mal: Hitler, Stalin, Pol Pot, Pìnochet, Saddam Hussein, Lênin, Idi Amin Dadá, e outros. Mais ainda. Com qual propósito Deus permite que bombas de guerra e armas sejam fabricadas para exterminar com a humanidade; Com qual propósito Deus permite que governantes assassinos e corruptos conduzam milhares e milhares de seres humanos ao aniquilamento; Com qual propósito Deus permite que Africanos e Palestinos sejam oprimidos durante toda uma vida; Com qual propósito Deus permite que infantes venham ao mundo por um breve momento para suspirar e morrer; Com qual propósito Deus permite que crianças nasçam com terríveis enfermidades; Com qual propósito Deus permite que crianças sejam arrastadas por quilômetros por marginais; Com qual propósito Deus permite que seus servos, saindo ou chegando ao templo para o adorarem sejam mortos, estuprados, agredidos, assaltados; Com que propósito Deus permite que crianças sejam violentadas, estupradas, abandonadas, queimadas, torturadas; Com qual propósito Deus permite que o mal seja soberano no mundo.

Diante dos textos de Lc. 16.19:31 – O Rico e Lázaro e João 9.1 - A cura do cego de nascença tive a certeza de que algumas pessoas nascem para sofrer independente do caminho que possam escolher e da mesma sorte algumas pessoas nascem para felicidade independente do caminho que possam escolher, pois estão fadados a um destino traçado. Os dois textos apresentados são bem explícitos e se fortalecem quando comparados com Eclesiastes e Jó.

Eclesiastes:
“Ainda há outra vaidade sobre a terra: há justos a quem acontece segundo as obras dos ímpios, e há ímpios a quem acontece segundo as obras dos justos. Digo que também isto é vaidade”.

“Vi as lágrimas dos oprimidos, e eles não têm consolador; o poder estava do lado dos seus opressores, mas eles não tinham nenhum consolador. Pelo que julguei mais felizes os que já morreram, dos que os que ainda vivem”.

“Vi algo mais debaixo do sol: Não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes a vitória, nem tampouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor, mas que o tempo e a sorte ocorrem a todos”.

Jó:
“Se pequei, que mal te fiz, ó espreitador dos homens? Por que me fizeste alvo dos teus dardos, para que me a mim mesmo me seja pesado? Por que não me perdoas as ofensas, e não tiras o meu pecado? Pois logo me deitarei no pó; tu me buscarás, mas já não serei.”

“Quando o açoite mata de repente, ele se ri do desespero dos inocentes. Tudo é o mesmo, portanto digo: Ele consome ao reto e ao ímpio.”

“Quando a terra está entregue na mão do ímpio, ele cobre o rosto dos juízes. Se não é ele, quem é, logo?”

“Um morre em pleno vigor, completamente despreocupado e tranqüilo, os seus baldes estão cheios de leite, e a medula dos seus ossos cheia de tutano. Outro morre, ao contrário, na amargura do seu coração, não havendo provado do bem. Juntamente jazem no pó, e os vermes os cobrem.”

“Não perguntastes aos que viajam, e não considerastes os seus relatos, que os maus são poupados no dia da calamidade, e socorridos no dia do furor? Quem denunciará diante dele a sua conduta, e quem lhe dará o pago do que faz?”

Sei que muitos dirão que nenhum destes versículos prova nada, porém, se para muitos nada do que foi dito é prova gritante das injustiças desse mundo, perguntem aos que sofrem, pergunte aos que oram sem cessar e recebe o silêncio como resposta, perguntem a mãe ou pai que teve a vida de seu bebê ceifado por uma doença fatal.

Eu cortei na própria carne quando meu filhinho de dois meses foi consumido por uma doença fatal, e de nada adiantou orar, interceder, repreender, determinar, suplicar, humilhar-me, o que recebi como lembrança foi a imagem de meu filhinho chorando, e minhas últimas palavras para ele foram “fique calmo filho, papai está aqui do seu lado, tudo vai ficar bem". Ah, meus irmãos foi triste ouvir da mãe de meu filho a seguinte frase “É assim que o senhor faz comigo, deixa o meu filho morrer e me entrega um pedaço de carne”. Foram momentos difíceis irmãos, foi um duro golpe para um novo convertido que tinha acabado de aprender que Deus é o Deus dos impossíveis; Que Deus é um Deus que cura as enfermidades; Que Deus é um Deus que sara as feridas. E vendo meu filho morto me ajoelhei ao lado do seu corpo e clamei “Senhor, sei que Tu podes tornar a dar a vida ao meu filhinho, mas ainda que tu não o faças, Tu não serás nem mais nem menos para mim, e a minha maior vergonha é não te servir melhor”. E horas depois, mães, pais, avós, e parentes de crianças que estavam na UTI vieram me perguntar “Como é que o senhor pode agüentar tudo isso calado?”, e respondi “É ele quem é Deus, não sou eu, Ele cura se quiser, Ele salva se quiser”. E me pediram para orar dentro da UTI dos recém-nascidos e por aqueles dias houve curas e mortes.

E como se não bastasse à noite meu filho Pedro sem motivo aparente começou a vomitar, e imediatamente o pavor tomou conta da minha alma e pensei: Meu Deus, já não basta à perda que tive. Graças a Deus não passou de um susto, talvez o estado emocional dele tenha se abalado com a perda do irmão. E essa foi a maior lição que tive na vida: Deus faz o que quer, a hora que quer, e certo ou errado é do jeito que ele quer.

Este é o mundo em que vivemos onde muitas mães não podem gerar filhos e dariam tudo para criarem seus filhos com amor, ao contrário de outras mulheres que geram filhos com extrema facilidade e os matam, os abandonam, os maltratam. Este é o mundo em que vivemos onde muitas pessoas não têm o pão de cada dia, ao contrário de outros que se deleitam em banquetes. Este é o mundo em que vivemos onde crianças nascem deformadas, ao contrário de mulheres e homens que usam seus corpos perfeitos para crimes e prostituição. Este é o mundo em que vivemos onde o trabalhador é assaltado e morto por um tiro, ao contrário do marginal que tem seu corpo fechado e escapa com vida e até mesmo ileso. Este é o mundo em que vivemos onde os humildes são escravizados, ao contrário dos corruptos que prosperam dia após dia.

Sempre me recordo da passagem que se encontra em Números 11:12 onde Moisés chama a atenção de Deus sobre de quem é o povo e a responsabilidade de conduzi-lo “Concebi eu porventura todo este povo? Gerei-o eu para que me dissesses: Leva-o em teus braços, como a ama leva a criança no colo, à terra que juraste a seus pais?”

E após essa contenda Moisés selou o seu destino, pois, Deus o matou e o impediu de entrar na Terra Prometida, não por ter ferido a rocha em Meribá, mas por que ousou responsabilizá-lo pela sua Criação. E desde os tempos remotos até os dias atuais permanece a mesma indagação: Onde está o Deus que nos fez? Que responda Ele sobre Os bens e os males da vida.

Milagres: É Possível Acreditar? Ação de Deus ou de Satanás? Ato Sobrenatural ou Humano? Relato da Verdade ou Engano?

MILAGRES:
É POSSÍVEL ACREDITAR?
AÇÃO DE DEUS OU SATANÁS?
ATO SOBRENATUTAL OU HUMANO?
RELATO DA VERDADE OU ENGANO?

Como aceitar supostos testemunhos de milagres onde Deus curou pessoas que passaram o culto inteiro dormindo, ou, que durante todo o culto conversaram, ou, que sequer tinha em mãos a Bíblia. Como aceitar improváveis testemunhos de milagres onde o suposto “abençoado” declara que não tinha fé para ser curado, ou, que foi até á Igreja contra a sua vontade. Como aceitar hipotéticos milagres onde Deus troca carro velho por novo; abençoa com dois carros quem já tem um; com três casas quem já tem duas; faz desaparecer dívidas no cartão de crédito e do cheque especial de consumidores compulsivos; abre as “portas” de emprego para ímpios, através da intercessão de parentes; cura enfermidades de incrédulos, por meio do “sacramento” de perfumes, lenços, toalhas, azeites, que são entregues aos seus familiares; transforma o dependente do álcool, do jogo, da droga, da prostituição, do homossexualismo, do roubo, com uma simples unção de fotos, feita com a “poderosa rosa ungida”; concede o livramento de morte a homens e mulheres avessos ao Evangelho, unicamente pela “determinação” de seus parentes em “amarrar Satanás”.

Aqui está mais um texto polêmico, porém não quero ser confundido com alguém que deseja limitar as ações de Deus, pois o meu intento é bem maior. Quero entender a quem pertence esses supostos fenômenos miraculosos: Obras de Deus ou Satanás? Ação Divina ou Humana? Relatos de Verdade ou Engano? Analisarei alguns casos, e ao final, espero ter despertado não um sentimento de incredulidade, mas de questionamento, sobre o que é falso e verdadeiro no “mercado dos milagres”.

Á princípio gostaria de dizer, que em 13 anos como aspirante ao discipulado do Senhor Jesus, e freqüentador assíduo da congregação a que pertenço (como ouvi um pastor dizendo “Muitos anos de Igreja, mas nem um dia de convertido”. Essa foi ótima prá mim, caiu feito uma luva. Oh, glória!) já presenciei, alguns testemunhos sobre curas de enfermidades, libertações, restaurações, prosperidades e livramentos. Porém, infinitamente maiores são os casos rotineiros de falsos testemunhos e milagres bizarros. Creio que a explicação sobre estes “testemunhos bizarros” seja bastante antiga, e muito bem conhecida de nosso cotidiano, pois: Não passam de mentiras e engodos; são delírios de mentes hipocondríacas e perturbadas; fazem parte de uma histeria coletiva; são conseqüências de um efeito placebo; e uma auto-sugestão momentânea. Ou, quem sabe, o cumprimento da Palavra do Senhor que adverte sobre os sinais e prodígios dos profetas de Satanás “Quando um profeta ou um sonhador se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, e se suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvireis as palavras daquele profeta ou sonhador. O Senhor vosso Deus vos prova para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma”.

Sei que algumas dessas afirmativas estão dentro do campo da lógica humana. Agora, modificando o foco de observação e, admitindo que os supostos milagres aconteçam: Como ficam as orações não atendidas dos cristãos sinceros, compromissados e tementes ao Senhor? Qual o critério usado para que somente algumas orações sejam respondidas e os milagres ocorram? Poderia ser o caso de uma escolha sem juízo crítico da parte de Deus? Ou, porventura, teria o Senhor Deus, através deste texto, revelado ao seu servo Moisés os motivos da sua escolha? “Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece”.

Para uma melhor compreensão sobre o assunto se faz necessário dizer que a presença do mal, no mundo criado por Deus, sempre foi real. Primeiramente, deve-se entender que o Deus do Antigo Testamento ou o Deus do povo judeu era um Deus de regras, limites, e leis, e que, como resultado da quebra desses preceitos deveria sobrevir uma série de implicações, ou seja, maldições.

O livro do Gênesis demonstra nitidamente a presença e a manifestação do mal já no início da Criação de Deus, pois havia no jardim a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e um astuto animal chamado a Serpente. Ambas, figuras nefastas e mitológicas, mas que faziam parte de uma trama que envolvia obediência: benção e vida, desobediência: maldição e morte.

Partindo do pressuposto de que o Mal sempre foi uma realidade, “plantada e colocada”, desde o início da Criação do Homem, o seu antídoto, então, deveria vir através de uma intervenção de Deus. Sendo assim, toda às vezes em que o Homem pecar, Deus se manifesta lhe enviando o perdão.

E uma vez que a doutrina do Pecado Original é universal, tanto no credo de protestantes, católicos, e judeus, e que, sabendo também, através do apóstolo Paulo que “Pois todos pecaram e destituídos estão da graça de Deus, e são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Jesus Cristo”, devemos, então, admitir que, os Milagres são respostas ao clamor que se faz ao Nome de Jesus, e que, qualquer atitude tomada pelo Homem, além da ação de crer em Jesus, se faz desnecessária e ineficaz. E essa afirmação é corroborada em muitos outros textos da Bíblia.

Comecemos então, com a confrontação do problema!

Se a fé é o elemento único e indispensável para a operação de sinais e maravilhas por parte de Deus, como explicar que incrédulos são curados? Se a fé é o elemento único e indispensável para a operação de curas e milagres por parte de Deus, como explicar que ímpios são libertos? Se a fé é o elemento único e indispensável para uma resposta positiva de nossas orações e súplicas, como explicar que infiéis são abençoados? E tudo isso pela fé de seus intercessores!

É bem verdade, que alguns poderão argumentar que Moisés intercedeu pelo povo que acabava de sair do Egito; que Abrão intercedeu por seu sobrinho Ló; ou que os profetas intercederam pelo povo de Israel. Sim é verdade! Mas é verdade, também, que viviam no período da Lei onde o perdão de Deus baseava-se apenas e exclusivamente no Seu próprio Amor pelo seu Nome e fazer velar pela sua Palavra, e jamais pelo amor ao Homem pecador e contumaz. Tanto é verdade, que Deus já havia destruído sua Criação pelo dilúvio, e sucessivamente fazia novas ameaças de destruição total. Sem falar do Seu profundo arrependimento em ter criado o Homem.

Porém, com o surgimento do ministério do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, concomitantemente é inaugurado o período da Graça. E a partir desse momento, a fé em Seu Nome e Naquele que o enviou se tornam peças únicas e indispensáveis para a obtenção dos milagres.

O antigo zelo em não ser visto pelas nações vizinhas como o Deus que tirou o Seu povo do Egito e posteriormente o deixou morrer no deserto (embora, tenha sido basicamente o que aconteceu), ou então, como o Deus que tirou o seu povo do Egito e posteriormente o deixou ser humilhado por sucessivos cativeiros (embora, tenha sido basicamente o que aconteceu), desaparecera e, a partir de agora, o Homem seria tratado como um indivíduo e não coletivamente, da mesma forma a fé, tornar-se-ia, agora, num dom de Deus dado ao Homem, para que ele execute ao clamar pelo nome de Jesus. De igual forma, o pecado do Homem, agora, seria tratado como uma sentença individual, e não mais uma condenação grupal sobre a família ou sobre uma nação inteira.

E com a chegada do Senhor Jesus Cristo deixou de existir o Santo dos Santos, Sumo sacerdote, sacerdotes, mediadores, intercessores, ofertas pela culpa, ofertas pela expiação dos pecados, ofertas queimadas, holocaustos, sacrifícios pacíficos pelo povo, sangue espargido no altar, imolação de bois e carneiros, como também a gordura do boi e do carneiro, a cauda, e o que cobre a fressura, e os rins, e o redenho do fígado, o incenso aromático, o Dia do Perdão, o sangue e a gordura de animais, tudo isso foi abolido, para que fosse unificado na Pessoa de Jesus Cristo, o sacrifício perfeito e único pelos pecados do mundo. A partir de então, o sacrifício acontece através da obediência aos Mandamentos de Jesus. Contudo, o sacrifício em troca do perdão pela transgressão da Lei não foi abolido, foi apenas aperfeiçoado em Jesus Cristo. Agora, ao invés do sangue de animais, arrependimento e coração contrito substituem os holocaustos cruentos. Se outrora, o derramamento contínuo do sangue de animais tinha o efeito de aplacar a ira momentânea de Deus, com o advento de Jesus Cristo, somente através do arrependimento e pela fé no Seu nome, o pecador é perdoado e os milagres acontecem.

Queridos irmãos, então, parem e reflitam!

Dito tudo isto, o que pensar sobre o clamor das orações dos justos que não se realizam? O que pensar sobre o pedido de cura do contrito de coração que não acontece? O que pensar sobre o livramento de morte do temente a Deus que não ocorre? O que pensar sobre as “portas” de emprego do ofertante e dizimista fiel que não se abrem? O que pensar sobre as lágrimas que não secam da face dos que temem ao Senhor? E ainda! O que pensar sobre supostos milagres recebidos pelos ímpios? O que pensar sobre supostos milagres recebidos pelos escarnecedores de Deus?

E o pior de tudo! O que pensar quando a diferença entre o que serve e o que não serve ao Senhor parece não mais existir?

MILAGRES: É POSSÍVEL ACREDITAR? AÇÃO DE DEUS OU SATANÁS? ATO SOBRENATUTAL OU HUMANO? RELATO DA VERDADE OU ENGANO?

...e façamos o Homem à nossa imagem e semelhança...!!!

FOI ,OU É, POR CAUSA DE ATOS BIZARROS E BÁRBAROS COMO ESTE POR EXEMPLO, PROVOCADO POR ESTE SER MALIGNO CHAMADO HOMEM, CAPAZ DE FAZER ATOS DE EXTREMO ALTRUÍSMO E AO MESMO TEMPO SER TÃO PERVERSO QUANTO SATANÁS, QUE ME TORNEI AGNÓSTICO, NÃO CREIO MAIS QUE EXISTA UM DEUS QUE CONTROLA, PUNE, E RECOMPENSA O HOMEM POR SEUS ATOS.

O QUE PENSAR QUANDO SE CRIA UM FILHO COM TANTO AMOR, DEDICAÇÃO, E TEMOR À DEUS, E A VIDA DELE É CEIFADA PELA DOENÇA, ASSASSINATO OU ACIDENTE.

O QUE PENSAR QUANDO UM FILHO, OU PAI DE FAMÍLIA É MORTO POR UMA ESCÓRIA PODRE COMO ESTÁ SEM VALOR ALGUM.

O QUE PENSAR QUANDO DEUS NÃO SE PRONUNCIA E APENAS SILÊNCIA.

"SE DEUS, DE FATO, ALGUM DIA PUNIU, EXTERMINOU E RECOMPENSOU O HOMEM PELOS SEUS ATOS, COMO ESTÁ RELATADO NAS PÁGINAS DO AT E NT, ISSO FICOU NO PASSADO..."

...E FAÇAMOS O HOMEM À NOSSA IMAGEM E SEMELHANÇA...
AINDA TENHO QUE ENGOLIR ESTÁ PIADA DE PÉSSIMO GOSTO, PORÉM DEPENDE DE QUEM AFIRMOU ESSA FRASE!
SÉRÁ QUE FOI DEUS?
SERIA MELHOR QUE NÃO FOSSE PARA NÃO COMPLICÁ-LO AINDA MAIS...
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Mãe simula crime em família
Mulher é indiciada no Mato Grosso do Sul por divulgar na Internet fotos de filhos com armas e neto fumando narguilé
Campo Grande (MS) - Uma mulher de Campo Grande (MS) divulgou fotos dos próprios filhos, de 12, 13 e 16 anos, empunhando armas no site de relacionamento Orkut. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente do Mato Grosso do Sul. A polícia esteve na casa dela, no bairro Parque Lageado, na periferia da cidade, mas não encontrou as armas que aparecem nas mãos das crianças. Ela vai responder em liberdade a processo por apologia ao crime e maus-tratos.

domingo, 19 de dezembro de 2010

“... chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos...”

Vivemos num século marcado pelo relativismo generalizado, em que as verdades bíblicas vão se evaporando a mercê das exigências do mundo, mais do que nunca é imprescindível que se procure na Palavra de Deus, respostas que atinjam as regiões mais íntimas de cada ser humano.

Os meios de comunicação de massa e a indústria do “lazer” priorizam o desrespeito, estando comprometido em produzir o “Homem Lixo Cultural”, cujo horizonte nada mais se vislumbra além de uma profunda insatisfação existencial, causada pelo vácuo de idéias.

Uma geração é sempre dependente do fundamento cultural, moral, político e religioso deixado por seus ascendentes e, se cada geração que sucede for predadora das bases sólidas deixada, toda ideologia tende a desaparecer.

Estamos presenciando décadas após décadas o abandono da moralidade, dos bons costumes, dos valores éticos de homens, mulheres e crianças, criou-se uma necessidade de destruir as bases familiares, com a vil intenção de alienação do ser humano. Somos reféns de uma mídia corrupta, hipócrita, que desajusta o ser humano com o pretexto de liberdade de expressão.

Vemos toda a sorte de degradação moral refletida em “músicas imorais, novelas que são verdadeiros manuais de destruição da ética, programações como Big Brother que tem em seu único objetivo o de promover a imoralidade, tratar a mulher como verdadeiro objeto de desejo e descartável, produzir homens irracionais, movidos pela paixão e a carnalidade, séries que a pretexto de demonstrar a realidade violenta do cotidiano, na verdade estimulam o ódio, a vingança, fazendo apologia às drogas e a prostituição.

Existe um círculo vicioso onde a mídia estimula o execrável, ensinando diariamente seus aprendizes de viciados (as), prostitutos (as), predadores (as) de sexo, desonestos (as), corruptos (as), adúlteros (as) e homossexuais.

E toda está hipocrisia vem à tona quando assassinatos, estupros, corrupções, crimes passionais, roubos, violências, explodem na vida real. E aí! Os telejornais, noticiários de TV, rádio, jornais, surgem com seus apresentadores divulgando as tragédias com seus semblantes e textos tristes, perplexos, desnorteados, como se algo excepcional estivesse acontecendo.

Todos são culpados, desde os descobridores e colonizadores do Brasil, que tinham em mente saquear a terra, passando aos governantes que perpetuam essa herança maldita, e os que “alimentam essa mídia conivente” com o roubo, violência, prostituição, adultério, fazendo-se espectadores dessa tragédia da degradação da humana.

Está semana vi um repórter perguntar a um lutador: Como foi a luta? Você esperava que fosse uma luta fácil? E o lutador respondeu: Eu não quero falar de mim, eu não gosto de mim, eu gosto de falar é do Senhor Jesus. É para Ele que eu dedico a minha vitória, Ele sim é bom!

É impossível pensar diferente do que disse esse jovem, pois só o Senhor Jesus é Perfeito. Somente o Deus Vivo Encarnado é Maravilhoso. Quão sábias e proféticas são as Palavras do Mestre.

Todavia, é muito triste perceber que nada mudou desde aquele Sermão profético do Principio das Dores sobre Israel: Jerusalém, Jerusalém! Que mata os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste! Agora a vossa casa vos ficará deserta.

De igual modo, vivemos num mundo maligno onde o império das trevas prevalece, com o consentimento do Homem, e a Palavra do Senhor Jesus, dia após dia, é escarnecida e proferida pela boca de ímpios para aprovar roubos, prostituições, pornografias, adultérios, mortes, etc. Vivemos numa sociedade que ama a maldição e caminha para a destruição total em passos largos, tendo o seu entendimento escurecido pelo príncipe deste século.

Sabemos que se cumprem em nossos dias, diversas Palavras proféticas do Senhor Jesus: Filhas de Jerusalém não chorem por mim, chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Pois virão dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Cai sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos.

E é fato, que milhares de mães, pais e, famílias inteiras, amaldiçoaram o dia em que geraram, por verem seus filhos e filhas, assassinados, mutilados, viciados, prostituídos, presos!

Lc. 23.28
“... chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos...”

AMÉM!

O Silêncio Natalino


O SILÊNCIO NATALINO

“Onde tu estavas Deus naqueles dias? Por que ficou em silêncio? Como pôde permitir esse massacre sem fim, esse triunfo do mal?” (papa Bento XVI em visita à Auschwitz fazendo uma prece que surpreendeu a muitos).

“Nossa maioridade nos conduz a um verdadeiro reconhecimento de nossa situação diante de Deus. Deus quer que saibamos que devemos viver como quem administra sua vida sem ele. O Deus que está conosco é aquele que deserta de nós. O Deus que nos permite viver no mundo sem a hipótese funcional de Deus é aquele diante do qual permanecemos continuamente. Diante de Deus e com Deus, vivemos sem ele.

[...] Deus é fraco e sem poder neste mundo, e essa é precisamente a maneira, a única maneira pela qual ele está conosco para nos ajudar.” (Dietrich Bonhoeffer preso por oposição ao regime nazista. Cartas da Prisão).

"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27, 46), fazendo eco: "Meu Deus, eu grito de dia e não me respondes; de noite, e nunca tenho descanso." (Salmo 22).

Natal é ocasião de comemoração, alegria, comoção, grande aflição, afinal o “Salvador do Mundo nasceu”.

Manjedoura ou casa, inverno ou verão, pobre ou rico, feio ou bonito, Messias ou vítima, Deus ou homem, milagreiro ou mensageiro, ressuscitado ou morto. Não importa!

Importa é saber que suas palavras foram as mais sinceras que um homem já proferiu.

Importa é saber que despido da messianidade judaica se apresentava um homem bom e justo.

Importa é saber que alijado da roupagem escatológica se apresentava um homem integro e reto.

Importa é saber que desassociado da figura davídica se apresentava um rei de humildade e bondade.

Importa é saber que destituído da divindade bíblica se apresentava um santo homem.

Importa é saber que despojado do cristo milagreiro se apresentava um curador de almas.

Importa é saber que abandonado Todo-Poder se apresentava um Jesus sofredor.

O que passa disso é duvidoso.

Jesus sofreu muito antes do Calvário, as feridas em sua alma já eram crônicas pela descrença de sua mãe e seus irmãos, que os Evangelhos insistem em proclamar como sendo uma concepção do Espírito Santo, se assim for como acreditam os autores bíblicos, então Maria se constitui numa das maiores incrédulas de todo Evangelho, pois nem ela nem os seus filhos, irmãos de Jesus, criam Nele como o Filho de Deus, e até o tinham como louco.

Jesus sofreu muito antes do Calvário por uma humanidade desumana e sem alma. Ele foi abandonado por todos. O máximo que seus “amigos e discípulos” (as) fizeram foi observar de longe mais um terrível espetáculo de sangue.

Jesus sofreu no corpo e na alma a dor dos famintos, despidos, desprezados, humilhados, desgraçados, desempregados, mutilados, enlutados, enfermados, injustiçados.

Ele bradou em alta voz do alto de uma maldita cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"

E recebeu como resposta, apenas um interminável silêncio.

O que passa disso é duvidoso.

Nesta noite de Natal separe 1 minuto, apenas um minuto para ficar em silêncio, mesmo estando tudo bem em sua casa, Silencie! Em respeito aos desesperados.

Nesta noite de Natal separe 1 minuto, apenas um minuto para ficar em silêncio, mesmo estando tudo mal em sua casa, Silencie! Divida sua amargura com o Senhor Jesus, o Pastor das almas feridas.

MESMO ASSIM, FELIZ NATAL E PRÓSPERO 2009
PARA TODOS OS MEUS AMIGOS!
Humberto

quinta-feira, 4 de março de 2010

E, após tudo isto, se fez assim...

Final de batalha, momento de recolher a bandeira, de abandonar os mortos, de contar os vivos, de entoar um cântico de choro ou riso.

No caminho de volta se vê uma trilha de sangue e suor marcado de pólvoras e dor. O que resta agora é pôr as medalhas no que sobrou, onde cada membro arrancado vale uma medalha, menos um membro uma medalha a menos, dois membros duas medalhas.

O campo de batalha já virou passado estará apenas na memória dos vivos à lembrança dos mortos.

Se houve algum enterro é pouco provável, se existe algum ressentimento é quase impossível, pois, na memória de cada sobrevivente só existe a certeza do dever cumprido. E, para que está voz de comando seja executada não há nada ou ninguém que possa impedir, ainda que pereçam vidas, mesmo que desabem sonhos, por mais que rolem as lágrimas.

Estes são os dominadores deste mundo, todos com o mesmo perfil, desde, o início dos tempos, autoritários, soberbos, bárbaros, algozes de crianças, velhos e jovens, pessoas ingratas, mentirosas, e insensíveis.

É, assim, como nos sentimos em nossas batalhas interiores, o campo de batalha é a nossa mente, nossas bandeiras são os nossos ideais, os mortos são as nossas decepções, os vivos são as nossas conquistas.

E ao final de cada conflito que travamos com o nosso maior inimigo, um ser invisível, silencioso, chamado “consciência”, seremos contados entre os mortos ou vivos. Receberemos medalhas por nossas vitórias ou seremos abandonados com os nossos fracassos. É a luta diária de o Homem ter de matar ou morrer.

Então, certo dia, Alguém alertou para que não ajuntássemos tesouros neste mundo, onde a traça, a ferrugem e o ladrão se apossam, mas, para que ajuntássemos nosso tesouro num lugar onde a traça, a ferrugem e o ladrão não podem roubar. Todavia, este lugar seguro continua sendo rejeitado, e poucos são os que têm guardado lá o seu depósito.

E, se aproxima o tempo onde Aquele que julgará este mundo virá. E aquele Grande Dia virá como um ladrão. E terrível coisa será se o nosso depósito não estiver bem guardado nas mãos Daquele que têm as chaves da Vida e da Morte.

Então, guardemos o nosso depósito nas mãos do Único que pode guardá-lo, até o Grande Dia, a saber, Jesus Cristo.


Amém!








Rio 03/03/2010
23h21min
4° Feira.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Melhor Presente

Certo jovem ia muito mal na escola. Suas notas e seu comportamento eram uma decepção para seus pais que, como bons cristãos, sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.

Um dia, seu pai lhe fez uma proposta:
"Se você, meu filho, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina, lhe darei então um carro de presente."

Por causa do carro, o rapaz mudou completamente; passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas sabia que no fundo a mudança do filho não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o carro, e isto não era satisfatório! O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado de seus esforços.

Assim, o grande dia chegou ! Fora aprovado para o curso de Medicina. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel. Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente.

Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa era uma BÍBLIA. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse.

A partir daquele dia, o silêncio e distância separavam pai e filho. O jovem se sentia traído e, agora, lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava notícias à família.

O tempo passou, ele se formou conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia o velho, muito triste com a situação, adoeceu e não resistiu. FALECEU...No enterro, a mãe entregou ao filho, indiferente, a BÍBLIA que tinha sido o último presente do pai e que havia sido deixada para trás.

De volta à sua casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, quando colocou o livro numa estante, notou que havia um envelope dentro Dele. Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A CARTA DIZIA:
"Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A BÍBLIA SAGRADA. Nela aprenderás o AMOR A DEUS e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência".

Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto. E A CARTA FINALIZAVA ASSIM:
"Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isso leva a erros terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, vai ver que há também um cheque escondido".

I Corintios 13: "Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas dos seus lugares, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.O amor é eterno.
Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará. Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face.Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor."

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

3 Conselhos...

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta à esposa: "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arranjar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e te dar uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só te peço uma coisa, que me esperes e enquanto eu estiver fora, me sejas FIEL, pois eu também te serei fiel".Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava a precisar de alguém para o ajudar na sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um contrato com o patrão, o que também foi aceito. O contrato foi o seguinte:

“Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor dispensa-me das minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor dá-me o dinheiro e eu sigo o meu caminho". Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos chegou junto do patrão e disse: "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois vou voltar para a minha casa". Então, o patrão respondeu-lhe: "Tudo bem, afinal, fizemos um contrato e eu vou cumpri-lo, só que antes quero-lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu dou-lhe o seu dinheiro e você vai-se embora, ou DOU-LHE TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai-se embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois dê-me a resposta". Ele pensou durante dois dias, depois procurou o patrão e disse-lhe: - "QUERO OS TRÊS CONSELHOS".

O patrão frisou novamente: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro". E o empregado respondeu: "Quero os conselhos".

O patrão então disse-lhe:
1. "NUNCA TOME ATALHOS NA SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem-lhe custar a vida.
2. "NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. "NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode-se arrepender e ser tarde demais."
Depois de lhe dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era assim tão jovem: "VOCÊ TEM AQUI TRÊS PÃES. Estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar a sua casa".
O homem então, seguiu o seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Para onde é que você vai?" - Ele respondeu: "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada". O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes mais curto, e você chega em poucos dias".

O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho; então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, encontrou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.

Quando estava para abrir a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou- se e adormeceu. Ao amanhecer, depois de tomar o café, o dono da pensão perguntou-lhe se ele não tinha ouvido um grito e ele disse que sim. O hospedeiro perguntou: E você não ficou curioso? Ele disse que não. Ao que o hospedeiro respondeu: VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois o meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal. O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada...

Já ao entardecer, viu entre as árvores o fumo da chaminé da sua casa, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que tinha junto dela, um homem a quem estava a acariciar os cabelos. Quando viu aquela cena, o seu coração encheu-se de ódio e amargura e decidiu correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse: "NÃO VOU MATAR A MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer à minha esposa que eu sempre LHE FUI FIEL". Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abriu a porta e o reconheceu, atirou-se ao seu pescoço e abraçou-o afetuosamente. Ele tentou afastá-la, mas não conseguiu. Então com lágrimas nos olhos disse-lhe: "Eu fui-te fiel e tu traiste-me... Ela espantada respondeu-lhe: "Como? eu nunca te traí, esperei durante estes vintes anos. Ele então perguntou-lhe: "E aquele homem que estavas a acariciar ontem ao entardecer?

E ela disse-lhe: "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando fostes embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade". Então o marido entrou, conheceu e abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão. APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele partiu o pão e ao abri-lo encontrou todo o seu dinheiro, o pagamento pelos seus vinte anos de dedicação.

Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade... Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentam... Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois.

Espero que tu, assim como eu, não te esqueças destes três conselhos e que, principalmente, não te esqueças de CONFIAR em DEUS (mesmo que a vida por vezes já te tenha dado motivos para a desconfiança).






domingo, 27 de setembro de 2009

Jesus: Senhor meu e Deus meu!

Tua fidelidade é grande
Tua fidelidade incomparável é
Nada é como Tu Bendito Deus
Grande é a Sua fidelidade.

Devo confessar que sinto todos os dias muita saudade de Ti. Quero que saibas também, que sinto grande tristeza por não o ter conhecido pessoalmente, poder ter aprendido diretamente de Ti, ouvindo Tuas Palavras sempre muito belas e muitas vezes duras. Quero dizer-te também que, infelizmente, nem sempre foi assim, pois durante muito tempo achei que nem existias, e que somente passado algum tempo foi que tomei conhecimento de que há muitos anos atrás Tu nasceste. Mas, ainda assim, não sentia a Tua falta.

Mas, este sentimento foi sendo construído de modo sobrenatural. Poderia dizer que foi “um amor solitário e sem recompensa”, pois, Tu sempre me amaste, enquanto, eu, jamais havia reparado em Ti. E assim, os anos se passaram e, enquanto Tu desenvolvias o teu amor por mim, eu cada vez mais te desconhecia. Porém, como em toda história de Amor Verdadeiro Àquele que ama nunca desiste do seu amado.

Contudo, o tempo passou! E, por não querer te conhecer comecei a sofrer. Vi muitas vezes minha vida por um fio, troquei minha saúde pela doença, desperdicei noites de sono em favor de pesadelos reais e imaginários, caminhei por vales onde as ânsias da morte quase tragaram minha vida, recusei inúmeras vezes permanecer sóbrio aceitando barganhar com a loucura. Mas, Tu te mantiveste sempre ali a minha espreita, sempre determinado.

Quem? Quem, além de Ti, seria capaz de esperar tanto tempo em busca da minha vida, se até mesmo eu já havia desistido de mim mesmo?

Até que, certo dia, algo estranho dentro de mim começou a acontecer. Surgiu em forma de angústia no meu peito acompanhado de uma profunda tristeza. Um sentimento de perda incrível, uma espécie de remorso, como se houvesse deixado de reparar algo de muito errado no meu passado e, que, agora meu coração exigia reparação.

E sem saber do que se tratava comecei a sentir-me diferente, tudo o que me dava alegria, agora, só me trazia tristeza e insatisfação. Na verdade, sentia-me como alguém que pressente que algo está prestes a acontecer, porém, não tem idéia do que será. Foi então, que Tu te apresentaste a mim. E pude então, contemplar algo que jamais haviam me dito sobre Ti: Quão Maravilhoso és. E então, minha tristeza transformou-se em alegria, minha angústia em euforia, meu choro em riso.

Por tudo isso, Senhor meu e Deus meu, permita-me dizer algo Maravilhoso sobre Ti:

Tua fidelidade é grande
Tua fidelidade, incomparável é
Nada é como Tu
Bendito Deus
Grande é a Sua fidelidade.

Maranata! O Senhor vem!