sábado, 10 de outubro de 2009

A INjusta doutrina da Reencarnação

“Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10:3-4).

Em muitos automóveis, podemos ver a seguinte frase: “Reencarnação, uma questão de JUSTIÇA!” Porém, o ensino sobre a “reencarnação” é, na verdade, uma questão de INJUSTIÇA dos homens, para com o Criador.

Dentre as inúmeras falsas “religiões”, destacam-se algumas que crêem na falácia da “reencarnação”: Espiritismo, Budismo, Hinduísmo, Cabala, Seicho-no-iê, Umbanda, Taoísmo, Confucionismo, Bramanismo, Jainismo, Zoroastrismo, Xintoísmo, Islamismo esotérico (Surate II, 26 e Surate XVII: 52 do Corão), Esoterismo, Eubiose, Gnose, Maçonaria, Xamanismo, Teosofia, Igreja Messiânica Mundial, Fraternidade Rosacruz, Ordem dos Templários, Santo Daime, Candomblé, etc.

Porém, a origem desse ensino, vem dos Vedas dos Hindus (as escrituras dos hindus). Pode ser que essas crenças também foram influenciadas pela filosofia dos gregos, começando com Pitágoras (580-500 a.C.) e passando por Platão (428-348 a.C.). Pois, há similaridades estranhas entre os ensinos dos gregos e dos hindus. Nas duas formas, a perfeição final não vem da graça de Deus, através do arrependimento dos pecados e fé em Cristo, mas por outros meios ou por outras pessoas, que no final das coisas revela que essas crenças não vêm de Deus, pois mostram outros salvadores”.

Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, ensinou que “a reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo”. Para os espíritas, é a única forma de Deus fazer a sua justiça, levando o homem a muitas existências sucessivas, oferecendo um meio de resgatar os seus erros, com o objetivo de atingir a perfeição”. Ao que tudo indica, a tal doutrina da “reencarnação” veio da mente do próprio Kardec e não dos tais “espíritos”, como ele alegou. É interessante observar que esta doutrina não é unânime entre os “espíritos”, nem entre os “espíritas”.

Vejamos esta citação do próprio Allan Kardec:
“Mas o grande problema para os espíritas, é que não se pode identificar o ensino unânime dos espíritos sobre a reencarnação. Diz ele: ‘Seria o caso, talvez, de examinar-se porque todos os Espíritos não parecem de acordo sobre este ponto’. E mais: ‘De todas as contradições que se observa nas comunicações dos Espíritos, uma das mais chocantes é aquela relativa à reencarnação, como se explica que nem todos os Espíritos a ensinam?’” (O livro dos espíritos. Allan Kardec – Obras Completas. Opus Editora Ltda, p. 94, 2ª ed., 1985).

A Bíblia refuta a tola idéia da “reencarnação”, em várias passagens (2 Sm 12:22-23; Jó 7:9-10; Ec 12:7; Mt 13:38-43; Lc 23:43; Jo 1:19-21; Hb 9:27-28; Ap 20:11-15). Em Hebreus 9:27, por exemplo, lemos que: “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Lemos também que: “Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá” (Jó 7:9-10).

O que a Bíblia ensina é a Ressurreição (Dn 12:2; Is 26:19; Os 6:2; Jo 5:28-29, 11:11-44; At 24:15; 1 Co 15:12-22; Ap 20:6), que é o retorno do morto ao próprio corpo, implicando em uma só existência.

Enquanto os espíritas dizem que a “reencarnação” é necessária para que o homem evolua, rumo à perfeição, a Bíblia afirma que o mesmo é aperfeiçoado quando nasce de novo (Jo 3:3, 5), arrependendo-se de seus pecados; ocasião em que recebe Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10:14).

Em Cristo, somos regenerados, como lemos: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17). Regeneração é a mudança das disposições dominantes da alma (no mesmo corpo e existência em que vivemos): “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3:5). Lemos, ainda, que: “... quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4:22-24).

A Bíblia nos ensina que a salvação é mediante a graça, por meio da fé em Jesus Cristo e não por obras: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9). [Vide: Mt 16:26; Rm 3:24-26, 28, 4:5, 5:1; Gl 3:11, 24; Tt 3:5-7]. A graça de Deus é contrária à reencarnação. O karma é intolerável. O que faz na vida ceifará em outra. Não há exceções nem perdão. Por Cristo, há perdão, pois há uma imputação da condenação dos pecados de todos que se arrependem e crêem com fé na pessoa de Cristo, e há uma imputação da Sua justiça nestas (II Cor 5:21). Se por Cristo são pagos os nossos pecados e por Ele há paz com Deus, não há lugar para uma doutrina karmaica de reencarnação”.

A conhecida Parábola sobre o Rico e Lázaro (Lc 16:19-31) prova a inexistência de “outras vidas”, e revela que só há uma vida. A Bíblia nos ensina que, após a morte, o destino das pessoas está selado, eternamente: uns para a perdição eterna e outros para a salvação eterna, pois “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3:18).

Os adeptos do Espiritismo são atraídos, em sua maioria, pelo fato de acharem que a tal “religião” espírita, uma mistura de fé/ciência/religião/filosofia, é “lógica”, pois responde às suas indagações. Aliás, eles adoram apelar para a tal “lógica humana”, para provar suas teses.

A Bíblia, entretanto, diz que: “... a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia” (1 Co 3:19). Como sabemos, “... a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1 Co 1:18). Infelizmente, as vãs filosofias (e “religiões”) têm agradado a muitos (1 Co 1:17-31; Cl 2:8).

Vejamos algumas perguntas “lógicas”, que foram retiradas de um site espírita, e suas refutações bíblicas:
1)“Por que algumas pessoas já nascem defeituosas ou doentes e outras não? Seria justo que Deus fizesse pessoas sofrerem, desde o nascimento, por algo que elas não fizeram, ou pelo que outras pessoas fizeram?”
R) Certa ocasião, Jesus e os discípulos viram um cego de nascença e Jesus deixou claro que a cegueira não é nenhuma conseqüência de erros (pecados) de “vidas anteriores”. Vejamos: “E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (Jo 9:2-3)
O homem foi criado perfeito, “reto”, à imagem e semelhança do seu Criador: ... Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias” (Ec 7:29). Os anjos que caíram foram criados santos, mas “... não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação...” (Jd 6). Sobre satanás está escrito: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti” (Ez 28:15).
Como se vê, mesmo tendo sido criado reto e perfeito, o homem (tal como satanás e alguns anjos) preferiu a desobediência e o pecado. Com isto, vieram as doenças e a morte: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. Lemos, ainda: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Co 15:22).
A origem de todo o mal que há na Terra é o pecado original (a desobediência, a rebelião do homem contra seu Criador): “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2:16-17). Portanto, a culpa não foi de Deus, mas, da própria humanidade.
As conseqüências desta rebelião foram as doenças, a morte, as injustiças, as desigualdades, etc.: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5:12). “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Rm 5:17-18).
Entretanto, mesmo que nós tenhamos herdado o pecado original de Adão (e, com o pecado, a morte eterna), felizmente, em Jesus Cristo, recebemos a vida eterna: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6:23), “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem”. (1 Co 15:21).

2) “E como explicar o caso de pessoas que, mesmo tendo sido boas durante toda sua vida, são surpreendidas com doenças terríveis, que lhes causam terríveis sofrimentos, ou ainda são vítimas de terríveis acidentes, enquanto outras passam por toda a vida sem conhecer tal infortúnio? Poderíamos alegar azar de uns e sorte de outros?”
R) Quanto às pessoas que foram “boas”, durante sua vida, a Bíblia diz que: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec 7:20).
Quanto às tragédias, lemos que: “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.” (Ec 9:2). [Vide: Ec 7:15, 8:14; Jó 21:17; etc.].
Conforme disse R. C. Sproul: "Não há pessoas inocentes no mundo!" (Vide: Gn 6:5-6; Gn 8:21; Jó 4.17; Jó 14:4; Sl 51:5; Sl 58:3; Pv 20:9; Ec 9:3; Jr 13:23; 17:9; Mc 7:21-23; Jo 15:5; Rm 3:10-18, 3:23, 5:12, 8:7-8; Ef 4:17-19; 2 Tm 2:25; Tt 1:15).

3) “Se houvesse apenas uma vida, e tivéssemos como objetivo atingir a chamada ‘Salvação’, por que então alguns nascem com mais condições para atingir esse objetivo do que outros?”
R) As Escrituras nos ensinam, claramente, a doutrina BÍBLICA da Eleição: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1:4-5). [Vide: Mc 13:20; Jo 5:21, 40; Jo 6:37, 44, 65; Rm 8:29-30, 11:7, 16:13; Cl 3:12; Tt 1:1; 1 Pe 1:2; Ap 17:14].
Deus é Soberano e, segundo Sua perfeita justiça, “O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal” (Pv 16:4), "E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?" (Dn 4:35).
Para quem acha Deus injusto, o apóstolo Paulo pergunta: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? (Rm 9:20-21).

4) “Uns nascem em famílias estruturadas, que lhes dá educação e bons exemplos de moral e os encaminham para o bem... Outros nascem em famílias desestruturadas, no meio à extrema miséria, sem nenhum tipo de referencial moral, às vezes vítimas já cedo de violência, estupro e todos os tipos de mazelas...”
R) Esta “lógica” espírita é totalmente ilógica! Ora, muitos nascem em “berços de ouro” e cometem terríveis crimes, envolvem-se com drogas, etc. Outros nascem na mesma condição e, por sua vez, são pessoas direitas, justas, honestas, etc. Muitos nascem pobres e são cidadãos de conduta ilibada, honestos, trabalhadores, etc. Outros nascem na mesma condição e seguem caminhos errados.
Como se vê, a situação do nascimento, nada tem a ver com o futuro da pessoa e pobreza não é sinal de maldição: “Há alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros que se fazem de pobres e têm muitas riquezas.” (Pv 13:7). [Vide: Pv 22:1, 4; Ec 5:19].
Deus distribui a cada um (bens, dons, etc.), conforme Lhe apraz: “Ouve tu então nos céus, assento da tua habitação, e perdoa, e age, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens” (1 Rs 8:39).

Como vimos, a tal “lógica” espírita não passa de um conjunto de divagações humanas, conjecturas e vãs filosofias.

A Bíblia nega, veementemente, qualquer afirmação de existência de outras vidas. A doutrina da “reencarnação” é, na verdade, uma grande questão de INJUSTIÇA dos homens para com o seu Criador, que, em total demonstração de amor e misericórdia, entregou Seu Filho Unigênito, para morrer por nós.

Ora, não é à JUSTIÇA de Deus que devemos apelar, mas à Sua MISERICÓRDIA. Graças à misericórdia divina é que somos salvos (a partir do momento em que depositamos nossa fé em Jesus Cristo), pois: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22).

Mas, para a doutrina espírita, Jesus Cristo seria apenas um espírito elevado, evoluído, o melhor médium que já viveu. Eles não O consideram Deus. Entretanto, a Bíblia nos ensina: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1 Tm 3:16). O próprio Jesus Cristo afirmou, diversas vezes, que Ele é Deus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30); “... Quem me vê a mim vê o Pai (Jo 14:9b); “... Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14:6).

Vejamos esta citação:
“Ele não é apenas “um caminho”, mas o ÚNICO. Isso neutraliza as afirmações dos líderes religiosos de todos os tempos, confirmando a exclusividade de Cristo como Salvador. Realmente, não existe outro meio de se chegar a Deus, a não ser pelo reconhecimento da morte vicária de Cristo. O primeiro acontecimento, após Sua morte, foi o véu do Templo se rasgando, a fim de permitir livre acesso a Deus e estabelecer uma Nova Aliança, na qual os pecadores têm livre acesso ao Pai, sem a necessidade de outro mediador que não seja Cristo.

Ele é a Verdade porque representa total segurança e confiabilidade no que diz e realiza, tendo feito tudo que o Pai O incumbiu de realizar, sendo a própria Verdade encarnada (João 1:1-14).
Ele é a Vida por ser capaz de dar vida até a quem já morreu, como no caso de Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim. Ele é Auto-existente, como o Pai (João 5:16) e com a Sua morte e ressurreição Ele Se tornou a fonte da vida eterna para todos os que Nele crêem (João 3:16). “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer”. (João 5:21).

Quando Ele usava a frase “EU SOU”, conforme a revelação de Deus em Êxodo, estava confirmando a Sua Divindade e comprovando que Ele, de fato, era o Messias prometido a Israel, anunciado pelos profetas do V.T.”

Infelizmente, muitas “religiões” inventam outros meios para a “salvação”, à sua própria maneira, enganando muitos que pensam estar no caminho certo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3:13).

Ora, Jesus Cristo morreu naquela infame cruz, cumprindo todo o propósito de Deus, pagando o preço exigido para a remissão dos pecados e tudo isto para nos propiciar a salvação, através de um sacrifício perfeito e definitivo: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”. (Rm 3:25)

Deus é tão misericordioso que “... prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). O que Ele podia fazer para salvar o homem, já foi feito, pois “... Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

ESTA É A MAIS PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DE AMOR, JUSTIÇA E MISERICÓRDIA!
Apesar disto, o ser humano quer comparar seus padrões falíveis de justiça (que são contaminados pelo pecado e, portanto, imperfeitos) com o justo padrão de Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64:6).

A perfeita justiça divina exigiu a morte de um Justo (Jesus Cristo), para possibilitar a salvação dos pecadores, pois: “... sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9:22).

Ele próprio o reconhece no Salmo 22. Quando o Senhor afastou dEle o Seu risonho rosto e Lhe fincou no coração aguda faca, provocando Seu terrível brado, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl 22:1). Ele adora esta perfeição – “Porém tu és santo” (vs. 3).”

As pessoas se esquecem que Deus, além de Justo (Jó 4:17; Sl 19:9; 116:5; 119:62, 75, 137: 129:4; 145:17; Is 45:21; Jr 11:20; Dn 9:14; Sf 3:5; Jo 17:25; Ap 16:5), também tem outros atributos, quais sejam: Ele é Perfeito (Dt 18:13; Jó 37:16; Mt 5:48), Soberano (Is 46:10; Dn 4:35; Sl 115:3, 135:6; Ec 3:14), Santo (Êx 15:11; Sl 30:4, 145:17; Is 6:3; Hc 1:13; Ap 15:4), um fogo consumidor (Êx 24:17; Dt 9:3; Is 30:27, 30; Hb 12:29), etc.

Só mesmo uma pessoa sem conhecimento bíblico exigiria a JUSTIÇA divina, pois, por este atributo seríamos condenados. A Bíblia nos mostra que já nascemos condenados, visto que “... Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3:10), “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23).

O homem natural (não regenerado) anda “... segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar” (Ef 2:2), é por natureza filho da ira (Ef 2:3), “... não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Ef 2:12b).

O ser humano já nasce morto em ofensas e pecados (Jó 15:14; Ef 2:1, 5, 5:14; Cl 2:13), sendo um sério candidato ao lago de fogo, se não nascer de novo, pela fé em Jesus Cristo; pois, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3b).

Somente com o novo nascimento, tornamo-nos justos diante de Deus, em virtude do sacrifício vicário de Cristo, conforme lemos: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). [Vide: Rm 5:12; Ef 2:1, 5, 5:14; Cl 2:13].

Os espíritas usam textos isolados das Escrituras, quando lhes convém (para dar um “ar cristão” aos seus ensinamentos), tirando-os do contexto, distorcendo-os ao seu bel prazer, etc. Porém, quando a Bíblia é contrária aos seus ensinos, eles a descartam, como o fazem as demais seitas.

Eles chegam ao absurdo de dizer que João Batista foi a “reencarnação” de Elias, mesmo tendo o próprio João Batista negado tal heresia, veementemente. Vejamos: “E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?... E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou... ” (João 1:19, 21).

Quando o anjo do Senhor apareceu a Zacarias (pai de João Batista), disse-lhe que João iria diante do Senhor “no espírito e virtude de Elias” (Lc 1:17). Os espíritas conseguem “ver”, nesta passagem, a “prova” de que João era o mesmo espírito de Elias. Mas, vejamos que a Bíblia não diz que João iria “com” o espírito de Elias, mas “no” espírito de Elias. Isto faz uma grande diferença!

Na 2 Rs 2:15, lemos: “... O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. Porém, Elias tinha acabado de ser arrebatado aos céus, num redemoinho (sem morrer). Assim, os dois não eram a mesma pessoa, pois eram contemporâneos, não tendo como Eliseu ser a “reencarnação” de Elias (conforme entendem os espíritas)!

Outro fato a ser considerado é que, segundo a doutrina espírita, o espírito do morto, ao se manifestar aos vivos, apresenta-se no último corpo em que viveu aqui na Terra. No Livro dos Espíritos, lê-se que a alma “tem um fluído que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta, e que representa a aparência de sua última reencarnação”.

Ora, a Bíblia nos mostra que Elias não morreu, mas foi arrebatado aos céus: “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2 Rs 2:11). Então, se Elias não morreu, não poderia ter “reencarnado”, como crêem os espíritas!

Lemos, também, que, em certa ocasião, Jesus Cristo Se dirigiu a um alto monte, levando consigo a Pedro, Tiago e João (Mt 17:1) e, ao Se transfigurar diante deles, “... eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele” (Mt 17:3).

Como se vê, quem apareceu juntamente com Moisés foi “Elias” e não João Batista, sendo que este já havia morrido (Mt 14:10; Lc 9:9, 28:31). Portanto, se João Batista fosse a “reencarnação” de Elias, era João (conforme a doutrina espírita) que deveria ter aparecido no Monte da Transfiguração e não Elias.

Em Malaquias 4:5, lemos: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. Também, com base nesta passagem, os espíritas alegam que João Batista foi a “reencarnação” de Elias, que voltou no N.T. Porém, João Batista veio, com qualidades semelhantes às de Elias, e cumpriu seu ministério (Lc 1:15-17), conforme a passagem de Malaquias 4:5.

De qualquer forma, no Livro do Apocalipse vemos que Elias retornará (juntamente com Moisés, sendo eles “as duas testemunhas”), apenas no período da Grande Tribulação (tal como foi visto pelos discípulos, no Monte da Transfiguração), para anunciar o evangelho a todas as nações, antes que venha o fim: “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco” (Ap 11:3).

Como se vê, jamais devemos usar textos das Escrituras fora do contexto. Isto é pretexto para heresias. Portanto: “... sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso...” (Rm 3:4)

A Bíblia contém toda a revelação de Deus aos homens. Mas, infelizmente, muitos preferem cometer uma grande INJUSTIÇA para com o Criador, crendo em falácias, tais como a que diz que a “reencarnação é uma questão de justiça”.

Eles, também, são INJUSTOS para com o Senhor, ao consultarem os “mortos”, o que é, terminantemente, proibido por Deus. O Senhor advertiu Israel: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Is 8:19). Infelizmente, muitas pessoas, ao perderem entes queridos, vão aos médiuns à procura dos “espíritos familiares”...

Agindo em desobediência às ordenanças divinas, eles são enganados por demônios: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (1Tm 4:1) e permanecem em caminhos de morte (apesar da aparência de caridade): “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14:12).

Os espíritas deveriam ouvir o que disse Allan Kardec: "No cristianismo encontram-se todas as verdades" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5).

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; e não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5:39-40).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bar Kochba, O Messias guerreiro

Bar Kochba, o Messias guerreiro.
Uma figura controversa que liderou uma revolta judaica contra o Império Romano no século 2º.

Na história do judaísmo, poucos personagens são tão enigmáticos e polêmicos como Bar Kochba. Para alguns, ele foi um grande comandante militar que liderou os judeus contra a opressão do Império Romano no século 2º. Para outros, ele não passou de um indivíduo egocêntrico que, em função das circunstâncias da época, foi alçado à condição de messias, ou seja, de redentor de seu povo.

São poucas as informações escritas disponíveis sobre essa figura quase lendária. Seu nome original era Simão Bar Kosiva. O sobrenome Kosiva pode ter vindo de seu pai (“Bar Kosiva” significa “filho de Kosiva”) ou ser uma referência a uma vila rural onde ele teria sido criado como filho único. Ao ser consagrado como líder dos judeus, teve seu nome alterado para Bar Kochba, que significa “filho de uma estrela”, em alusão a um versículo bíblico do livro Números. Essa estrela seria uma referência à vinda do messias – a profecia de que um descendente do rei David chegaria ao mundo para restaurar a nação de Israel e a paz na Terra.

Como líder militar, Bar Kochba revelou-se um chefe ao mesmo tempo talentoso e brutal. Dizia-se que ele costumava testar seus soldados exigindo que eles cortassem um dedo das mãos, como prova de bravura. De todo modo, por sua audácia, Bar Kochba logo se tornaria reconhecido como um grande guerreiro, principalmente entre os membros de sua seita, os zelotes. De acordo com Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os zelotes eram um grupo religioso com forte caráter militarista. “Eles se recusavam a reconhecer o domínio romano. Respeitavam o Templo e a Lei. Opunham-se ao helenismo. Professavam um messianismo radical e só acreditavam em um governo teocrático, ocupado por judeus. Viam na luta armada o único caminho para enfrentar os inimigos e acelerar a instauração do Reino de Deus”, afirma Andréia Cristina em seu texto “A Palestina no Século 1º d.C.”.

Roma versus Judéia

Estamos falando de uma época em que a Judéia era uma província romana. Povo monoteísta contrário à idolatria de imagens, os judeus viviam em conflito com a Roma politeísta, veneradora de ídolos. Embora existissem membros da elite judaica interessados em manter uma boa relação com os romanos, havia também um crescente sentimento de insatisfação popular. É nesse ambiente que começaram a crescer as diversas ondas de messianismo entre judeus, incluindo a de Jesus Cristo. Esse movimento gerou uma primeira grande revolta, nos anos 66 a 70, ferozmente esmagada pelo imperador Vespasiano, que ordenou a destruição do Templo de Herodes. As rebeliões populares contra Roma ressurgiram por volta do ano 115, já sob o governo de Trajano. O imperador romano reprimiu duramente esses movimentos, o que apenas tornou a situação ainda mais difícil para seu sucessor, Adriano, que assumiu o Império no ano 118.

No início, Adriano parecia simpático aos judeus, tanto que permitiu que eles retornassem a Jerusalém e reconstruíssem seu Templo Sagrado. No entanto, educado em Atenas, Adriano logo mostrou sua intenção de helenizar todo o Império, unificando-o não apenas politicamente, mas também do ponto de vista cultural. Algumas de suas políticas adotadas em Jerusalém, como a abertura de escolas para o ensino de letras gregas, escandalizou os judeus da velha cidade. Outra medida que enfureceu os judeus foi a publicação, em 127, de uma lei proibindo a circuncisão dos recém-nascidos.

É nesse contexto que, a partir de 131, começou a ganhar forma uma nova revolta dos judeus. Na clandestinidade, os zelotes foram se organizando, formando milícias, preparando passagens secretas subterrâneas e dando consistência a seu plano de retomar Jerusalém. Foi aí que se destacou Bar Kochba, um homem comum que, de repente, tornou-se um importante líder e foi considerado até mesmo um messias, graças ao decisivo apoio do rabino Akiva, a maior liderança espiritual da Judéia. Bar Kochba logo demonstrou seu talento militar. Ciente das limitações de seus comandados, ele evitou o combate aberto com as forças romanas, claramente superiores, recorrendo a táticas de guerrilha. Organizou pequenos grupos regulares de combate e, pouco a pouco, conseguiu expulsar as tropas romanas de suas posições. Cerca de três anos após o início da revolta, Bar Kochba conduziu seus soldados até Jerusalém, reconquistando a cidade e proclamando o restabelecimento da independência do Estado Judeu.

Nomeado nasi (príncipe), Bar Kochba obteve amplos poderes e estabeleceu um Estado teocrático. Nos anos que governou, ele ficou conhecido por seu estilo centralizador e pragmático, adaptando as formas de administração romanas às novas condições. Suas preocupações mais urgentes foram organizar um novo Exército nacional, controlar pontos estratégicos para evitar a reação romana e redistribuir terras ao maior número possível de agricultores a fim de garantir suprimentos em casos de emergência.

A resistência em Betar

Após os primeiros reveses, porém, a poderosa Roma reestruturou suas forças para contra-atacar, enviando para a região mais soldados e seus melhores generais. Os romanos começaram a construir estradas desde os portos no Mediterrâneo até os centros das rebeliões. Com isso, foram derrubando posições importantes, menos ocupadas, mas que eram fundamentais para o avanço militar. Já a partir de 133, Roma devastou regiões como as de Beit Govrin (área de cultivo agrícola) e assentamentos das chamadas “montanhas reais”. O objetivo era derrubar as posições, uma a uma, de forma que elas não pudessem retornar às mãos dos judeus, isolando-os em Jerusalém e em outros pontos afastados. Assim, Roma foi deixando os judeus sem suprimento de alimentos e outros itens essenciais para a manutenção da estrutura do Reino de Israel.

Na primeira investida, que foi até 134, os judeus ainda resistiram. Mas já na primavera do mesmo ano, os romanos atacaram de novo, cercando Jerusalém e isolando a cidade. Os líderes da revolta, incluindo Bar Kochba, escaparam com suas tropas e refugiaram-se em Betar, cidade próxima a Jerusalém. Ali resistiram até agosto de 135, quando finalmente a fortaleza de Betar ruiu. Bar Kochba foi preso pelos soldados romanos e condenado à morte. Decapitado, teve sua cabeça levada ao imperador Adriano como troféu. Para os romanos, não bastou. A reação, espalhou-se por toda a Judéia, onde cerca de 5 mil fortificações foram destruídas, quase mil aldeias foram arrasadas e mais de 500 mil pessoas foram mortas. Dezenas de milhares de judeus, homens e mulheres, foram capturados e vendidos como escravos. Foi a tragédia definitiva que arrasou Jerusalém. Os judeus foram proibidos de pôr os pés na Terra Santa. Banidos do Império, no evento conhecido historicamente como Diáspora, milhares deles espalharam-se mundo afora. Depois disso, Jerusalém seria reconstruída pelos romanos, mas o imperador Adriano ordenou a mudança do nome para Aelia Capitolina, para evitar qualquer associação com a cidade sagrada que ele acabara de destruir.

A revolta liderada por Bar Kochba até hoje divide os historiadores. Alguns descrevem esse episódio histórico como resultado de uma ação estúpida e desnecessária, que causou sofrimento a um grande número de judeus. Outros consideram a rebelião como um exemplo épico do heroísmo desse povo na luta contra a opressão dos romanos.

Outros candidatos a Messias. Além de Bar Kochba, vários outros personagens despontaram, ao longo da história, como possíveis candidatos a messias para libertar os judeus.

Veja os principais:
Menachem Ben Yehuda
Entre tantos líderes messiânicos, o mais conhecido é Jesus Cristo. Mas, pouco depois do ano 33, surgiu Menachem Ben Yehuda. Como Bar Kochba, ele também era um zelote e liderou uma revolta contra Agripino II, atacando a fortaleza de Massada. Acabou assassinado.

Nissin Ben Abraham
Viveu no século 13 na cidade de Ávila, Espanha. Dizia ser um operador de milagres e seus seguidores acreditavam que era abençoado por um anjo. Nissin fixou uma data em 1295 para a vinda do messias. Mas a previsão não se confirmou.

Shabbetai Zevi Viveu em Izmir no século 17, à época parte do Império Otomano. Conquistou muitos seguidores, mas foi expulso e migrou para Salônica. Posteriormente, conquistou a confiança de um rabino da cidade de Gaza, que corroborou suas pretensões messiânicas. O sultão Memeht IV, no entanto, deu a ele a opção de morrer ou converter-se ao Islã. Para surpresa de todos, Zevi ficou com a segunda alternativa.

Menachem Mendel Schneerson

Último dos modernos proclamados messias, é o sétimo nome das lideranças do movimento judaico ortodoxo Chabad Lubavitch, originário da Europa Oriental e hoje sediado em Nova York. Essa onda expandiu-se especialmente a partir dos anos 1980, encerrando-se após a morte de Schneerson, em 1994. Embora apontado por seus seguidores como messias, ele nunca viajou para o Estado de Israel.


3 Conselhos...

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta à esposa: "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arranjar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e te dar uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só te peço uma coisa, que me esperes e enquanto eu estiver fora, me sejas FIEL, pois eu também te serei fiel".Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava a precisar de alguém para o ajudar na sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um contrato com o patrão, o que também foi aceito. O contrato foi o seguinte:

“Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor dispensa-me das minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor dá-me o dinheiro e eu sigo o meu caminho". Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos chegou junto do patrão e disse: "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois vou voltar para a minha casa". Então, o patrão respondeu-lhe: "Tudo bem, afinal, fizemos um contrato e eu vou cumpri-lo, só que antes quero-lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu dou-lhe o seu dinheiro e você vai-se embora, ou DOU-LHE TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai-se embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois dê-me a resposta". Ele pensou durante dois dias, depois procurou o patrão e disse-lhe: - "QUERO OS TRÊS CONSELHOS".

O patrão frisou novamente: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro". E o empregado respondeu: "Quero os conselhos".

O patrão então disse-lhe:
1. "NUNCA TOME ATALHOS NA SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem-lhe custar a vida.
2. "NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. "NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode-se arrepender e ser tarde demais."
Depois de lhe dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era assim tão jovem: "VOCÊ TEM AQUI TRÊS PÃES. Estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar a sua casa".
O homem então, seguiu o seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Para onde é que você vai?" - Ele respondeu: "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada". O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes mais curto, e você chega em poucos dias".

O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho; então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, encontrou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.

Quando estava para abrir a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou- se e adormeceu. Ao amanhecer, depois de tomar o café, o dono da pensão perguntou-lhe se ele não tinha ouvido um grito e ele disse que sim. O hospedeiro perguntou: E você não ficou curioso? Ele disse que não. Ao que o hospedeiro respondeu: VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois o meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal. O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada...

Já ao entardecer, viu entre as árvores o fumo da chaminé da sua casa, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que tinha junto dela, um homem a quem estava a acariciar os cabelos. Quando viu aquela cena, o seu coração encheu-se de ódio e amargura e decidiu correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse: "NÃO VOU MATAR A MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer à minha esposa que eu sempre LHE FUI FIEL". Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abriu a porta e o reconheceu, atirou-se ao seu pescoço e abraçou-o afetuosamente. Ele tentou afastá-la, mas não conseguiu. Então com lágrimas nos olhos disse-lhe: "Eu fui-te fiel e tu traiste-me... Ela espantada respondeu-lhe: "Como? eu nunca te traí, esperei durante estes vintes anos. Ele então perguntou-lhe: "E aquele homem que estavas a acariciar ontem ao entardecer?

E ela disse-lhe: "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando fostes embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade". Então o marido entrou, conheceu e abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão. APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele partiu o pão e ao abri-lo encontrou todo o seu dinheiro, o pagamento pelos seus vinte anos de dedicação.

Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade... Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentam... Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois.

Espero que tu, assim como eu, não te esqueças destes três conselhos e que, principalmente, não te esqueças de CONFIAR em DEUS (mesmo que a vida por vezes já te tenha dado motivos para a desconfiança).






domingo, 4 de outubro de 2009

O Massacre de Massada

Massada: a Última Fortaleza

O ano 72 d.C. estava próximo de seu fim quando um sentinela judeu, que montava guarda num posto avançado nas montanhas, avistou uma nuvem de poeira aproximando-se no horizonte. Ele sabia que aquilo só podia significar uma coisa: os romanos estavam chegando. Foi dado o alarme. A última fortaleza da resistência judaica despertou. A guerra havia chegado a Massada.

A fortaleza

Massada, que, provavelmente, significa "lugar seguro" ou "fortaleza", é um imponente planalto escarpado, situado no litoral sudoeste do Mar Morto. O local é uma fortaleza natural, com penhascos íngremes e terreno acidentado. Na parte leste, a face do penhasco se eleva 400 metros acima da planície circundante. O acesso só é possível através de uma difícil trilha que serpenteia pela montanha.

As vertentes norte e sul são igualmente escarpadas, mas o lado oeste é um pouco mais fácil de atingir. Ali, embora a montanha ainda se eleve a mais de 100 metros de altitude, o terreno sobe com uma inclinação de vinte graus até cerca de 13 metros do topo. O platô de Massada tem a forma aproximada de um losango, com cerca de 600 metros de comprimento e 300 metros na parte mais larga.

Flávio Josefo, o famoso historiador judeu do primeiro século, é a principal fonte de informação sobre a história de Massada. Embora alguns de seus relatos e números sejam muitas vezes questionados, grande parte do que ele descreveu foi confirmado pela arqueologia.

Massada tornou-se uma fortaleza judaica durante o período dos hasmoneus (cerca de 150-76 a.C.). Mais tarde, o rei Herodes fez ampliações e reforçou suas defesas (37-31 a.C.). Como era de se esperar, as reformas de Herodes foram impressionantes. Uma dupla muralha de pedra, com 140 metros de extensão e quase seis metros de altura em alguns pontos, estendia-se por todo o perímetro do platô. No espaço de 4 metros de largura que separava as duas muralhas, foram construídos vários quartos, que eram usados para guardar armas e alojar as tropas. A muralha tinha quatro portões e mais de trinta torres.

Herodes também construiu dois palácios com todo conforto e luxo da época: pisos de mosaicos, afrescos, colunatas e até uma piscina. Para garantir a auto-suficiência de seu refúgio no deserto, Herodes mandou plantar hortaliças e grãos na montanha, além de construir enormes cisternas escavadas na pedra para coletar água da chuva, com capacidade para mais de 40 milhões de litros. Suas despensas guardavam jarros de azeite, vinho, farinha e frutas. Herodes também tinha um estoque de armas suficiente para um exército de dez mil homens.

Após a morte de Herodes, a fortaleza de Massada foi ocupada por uma guarnição romana que ficou aquartelada ali por quase cem anos.

Os sicários

Durante o censo de Quirino (6 d.C., cf. Lc 2.2), surgiu entre os judeus daquela região uma quarta filosofia ou seita (além dos fariseus, saduceus e essênios). Josefo apontou essa seita como responsável pela destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C. Esse partido defendia a rebelião contra Roma e não reconhecia nenhuma autoridade, senão a divina. Seus seguidores eram conhecidos como sicários, do latim sica, que significa "adaga curva". Alguns estudiosos identificam os sicários com os zelotes.

Josefo não tinha muitas palavras boas a dizer sobre os sicários. Ele os definiu como bandidos, que não assassinavam só os romanos, mas matavam e saqueavam seus próprios compatriotas, cometendo crimes bárbaros e fomentando a revolta, sob uma capa de patriotismo e ideais libertários.

No ano de 66 d.C., um grupo desses rebeldes entrou furtivamente na fortaleza de Massada e dizimou a guarnição romana aquartelada ali. Pouco depois, o líder dos sicários, Manaém, chegou a Massada com seus homens, saqueou o arsenal e seguiu em direção a Jerusalém, como líder autoproclamado da revolta contra Roma. Chegando em Jerusalém, Manaém agiu com extrema crueldade, assassinando todos os que não se submetiam à sua autoridade. Sua opressão tornou-se tão insuportável que provocou um levante num grupo de judeus de Jerusalém que consideravam sua tirania pior que a de Roma. Nessa revolta, Manaém foi preso e executado. Muitos de seus seguidores, inclusive um parente seu chamado Eleazar ben Jair, fugiram para Massada, onde Eleazar tornou-se líder dos sicários.

Durante os seis anos seguintes, os sicários de Massada demonstraram fervorosa devoção religiosa. Entretanto, em total incoerência com essa aparente piedade, Eleazar e seus homens costumavam atacar as povoações vizinhas, até mesmo as de judeus, para roubar provisões. A vila de En-Gedi, situada a cerca de 25 quilômetros ao norte de Massada, foi alvo de seu ataque mais cruel. Os sicários investiram contra a aldeia durante a Festa dos Pães Asmos, roubaram todos os mantimentos, expulsaram os habitantes judeus e, segundo Josefo, mataram setecentas pessoas.

Quando Jerusalém foi finalmente destruída pelos romanos, no ano 70 de nossa era, um pequeno punhado de sobreviventes dirigiu-se para Massada. Na época em que os romanos atacaram a fortaleza na montanha, no final de 72 d.C., a população judaica que ali vivia já somava 967 pessoas.

O cerco

Após a tomada de Jerusalém, os romanos começaram a operação de limpeza das áreas conquistadas. Dois baluartes judaicos remanescentes – Herodion e Maqueronte – foram rapidamente esmagados. Massada foi deixada para o novo procurador, Flávio Silva.

Silva marchou em direção a Massada com a Décima Legião e uma tropa auxiliar de milhares de soldados, além de milhares de prisioneiros judeus que trabalhavam como escravos, produzindo alimentos e fornecendo água para o exército.

Ao chegar à base da fortaleza de Massada, Silva começou a elaborar uma estratégia para enfrentar o desanimador desafio que se erguia à sua frente. Após avaliar a situação, ele decidiu, primeiramente, construir oito acampamentos de base em torno da fortaleza. Um deles foi colocado na montanha que dava vista para Massada, no lado sul. O local era um ótimo posto de observação, permitindo acompanhar as atividades dos sicários. O quartel-general de Silva estava localizado num dos acampamentos maiores, a noroeste da fortaleza.

O primeiro objetivo de Silva era impedir que os sicários escapassem. Para isso, construiu uma muralha de três quilômetros de extensão e quase dois metros de espessura, circundando toda a montanha.

O segundo objetivo de Silva era transpor a muralha defensiva no alto da montanha e penetrar na fortaleza. Ele sabia que um cerco prolongado estava fora de questão, pois Massada tinha uma abundante reserva de provisões. Então, decidiu construir uma rampa de assalto sobre a elevação natural na encosta oeste de Massada. Esse feito não foi nada desprezível. As tropas de Silva levaram grande quantidade de terra e pedras para o local, e usaram vigas de madeira de tamargueira, com 60 centímetros a 1 metro de comprimento, para escorar a pilha de entulho. Com esse material, construíram um plano inclinado que deve ter tido uns 160 metros de comprimento, 15 metros de largura e 8 metros de profundidade.

O general Silva decidiu construir uma rampa de assalto sobre a elevação natural na encosta oeste de Massada, um plano inclinado que deve ter tido uns 160 metros de comprimento, 15 metros de largura e 8 metros de profundidade, e que ainda hoje pode ser visto.

Mas os sicários sabiam muito bem quais eram as intenções dos romanos, e não ficaram assistindo de braços cruzados. Enquanto os romanos tentavam construir sua rampa, os judeus juntavam grandes pedras, pesando uns 50 quilogramas cada uma, e as mandavam rolando morro abaixo. Além disso, outros sicários arremessavam pedras menores com suas fundas.

Mas a resistência foi em vão. O plano inclinado foi concluído e as enormes máquinas de guerra dos romanos entraram em ação. Uma dessas torres tinha entre 20 e 30 metros de altura, e, lá de cima, os romanos lançavam uma chuva de setas e pedras sobre os atarantados rebeldes.

A torre também tinha um poderoso aríete, composto de uma enorme tora de madeira com uma ponta de ferro no formato de cabeça de carneiro. A tora era suspensa por cordas, dentro da máquina de guerra. Os soldados empurravam a máquina até perto da muralha ou dos portões e, ao chegarem a uma distância suficiente, puxavam a tora para trás e depois a empurravam para a frente com toda a força. Josefo comentou que nenhuma muralha ou torre conseguia resistir à violência desses golpes.

Sabendo disso, os sicários usaram um sistema engenhoso para reforçar a muralha exterior. Usando as vigas dos telhados de 90 por cento das construções de Massada, eles construíram uma muralha de madeira por dentro da muralha de pedra e encheram de terra o espaço entre as duas. A muralha interna "deveria ter entre 20 e 25 metros de extensão, cerca de 18 metros de espessura e 7 a 8 metros de altura". Aparentemente, o aríete tinha pouco efeito sobre este tipo de muralha, exceto o de compactar ainda mais a terra, a cada novo golpe. Mas o sucesso da nova muralha de madeira não durou muito, pois ela tinha uma grande fraqueza: podia ser queimada.

Silva ordenou que suas tropas lançassem tochas flamejantes sobre a muralha, e, em pouco tempo, ela estava em chamas. Quando um vento vindo do norte soprou as chamas de volta na direção dos romanos, os judeus cercados sentiram a esperança renascer. Mas os ventos mudaram outra vez, levando as chamas novamente para a muralha. Enquanto suas defesas queimavam rapidamente, os sicários perceberam que o fim estava próximo.

O suicídio

Em vez de investirem para a matança, os legionários voltaram a seus acampamentos para passar a noite, preparando-se para desferir o ataque final pela manhã. Porém, durante a noite, Eleazar ben Jair convenceu seus compatriotas, embora com certa dificuldade, de que era melhor morrerem livres do que sofrerem a tortura que certamente estaria reservada para eles e suas famílias, nas mãos dos romanos. O suicídio coletivo era preferível à escravidão. Com grande tristeza, cada chefe de família matou sua mulher e seus filhos. Em seguida, foram sorteados dez homens para matar os restantes. Desses, um foi selecionado para matar os outros nove, incendiar o palácio onde todos haviam tombado e, depois, suicidar-se.

Com o raiar do sol, as tropas romanas precipitaram-se pelas fendas da muralha, preparadas para entrar em combate contra a resistência, mas tudo o que encontraram foi o silêncio. Intrigados, os soldados gritaram para atrair os guerreiros. Em vez disso, viram surgir das sombras duas mulheres e cinco crianças, que haviam escapado do massacre da noite anterior escondendo-se em cavernas subterrâneas. Os sobreviventes contaram aos romanos o que os sicários tinham feito, mas eles só acreditaram quando entraram no palácio incendiado e contemplaram o monte de cadáveres.

As mortes ocorreram no décimo quinto dia do mês de nisã, segundo o calendário judaico, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos do ano de 73 d.C.

Atualmente, o moderno Estado de Israel – a única verdadeira democracia do Oriente Médio – homenageia Massada, não necessariamente por seus defensores, mas por seus ideais. As palavras do hino nacional israelense expressam o anseio do coração de todo judeu, desde que os romanos romperam as defesas de Massada: "Viver em liberdade na terra de Sião e Jerusalém".

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma Defesa Apologética sobre A Ressurreição de Cristo

Jesus Cristo - Sua Morte e Ressurreição
Uma das obras mais famosas e influenciáveis de todos os tempos foi escrita por Nicolau Maquiavel, em 1532. Em seu clássico - O Príncipe - ele exalta o poder, o sucesso, a imagem e a influência, colocando-os acima da liberdade, da fé e da honestidade. Para Maquiavel, a mentira é correta quando aplicada a um fim político.

Será que Jesus Cristo foi motivado pelos princípios de Maquiavel? A verdade é que os Seus oponentes estavam sempre tentando acusá-Lo de ser uma fraude, um homem mentiroso. Eles O importunavam com perguntas capciosas, na tentativa de confundi-Lo e de fazê-Lo Se contradizer. Contudo, Cristo respondia a todas as perguntas com admirável consistência.

O que poderia motivar Jesus a levar uma vida de mentiras? Ele ensinava que Deus Pai Se opunha à mentira e à hipocrisia; portanto, Ele jamais iria praticá-las, para não desagradar o Pai. Certamente, Ele não mentiria para beneficiar os Seus seguidores. Deste modo, só nos restam duas alternativas para admitir que Ele fosse um mentiroso, embora sejam ambas problemáticas".

Benefício - Muita gente tem mentido em benefício próprio. A maior parte das mentiras contadas sempre tem em vista beneficiar o mentiroso... Ou alguém que ele queira beneficiar. O que Jesus Cristo esperaria ganhar, mentindo sobre a Sua identidade? A resposta óbvia seria - poder. (Os césares, por exemplo, tanto visavam o poder que afirmavam ter origem divina). O problema com esta explicação é que Jesus evitava todas as tentativas dos Seus seguidores de ser levado a uma posição de poder temporal. Em vez disso, Ele acusava os que estavam no poder e os que viviam almejando ansiosamente consegui-lo. Além disso, Ele preferia o contato com os marginais (prostitutas e leprosos), sem poder algum, atraindo uma multidão de pessoas, cuja influência estava abaixo de zero. De um modo que somente poderia ser descrito como excêntrico, tudo o que Jesus fazia e dizia era diametralmente oposto ao que faria alguém que almejasse o poder.

Se o poder fosse a meta de Jesus Cristo, Ele teria evitado a cruz, a qualquer preço. Contudo, em muitas ocasiões, Ele disse aos Seus discípulos que a cruz era o Seu destino e Sua missão. Como poderia resultar em poder o fato de alguém morrer pregado numa cruz romana? Certamente, a morte conduz todas as coisas a um foco apropriado. Conquanto muitos mártires tenham morrido por uma causa na qual eles acreditavam, poucos teriam desejado morrer por uma óbvia mentira. Certamente, todas as esperanças de Jesus, no sentido de obter um lucro pessoal, teriam acabado na cruz. Contudo, em Seu último suspiro, Ele não renunciou à afirmação de ser o Filho de Deus. Ele costumava usar o título de “Filho do Homem”, para identificar a Sua dupla natureza - humana e divina.

Megalomaníaco - A outra alternativa é que Jesus poderia ser um megalomaníaco, o qual imaginava ser Deus e, contudo, era apenas um homem... Esta teoria deve ser descartada, porque Ele ressuscitou da morte, comprovando que, de fato, era um Ser Superior aos anjos e aos homens criados por Ele.

Quem é Jesus Cristo? - Vocês já conheceram alguém com tal magnetismo ao ponto de se tornar o centro das atenções? Possivelmente, sua personalidade e inteligência, além de algo mais, eram enigmáticas nessa pessoa. Pois, foi exatamente isso o que aconteceu com Jesus, no tempo em que Ele andou pela Terra. Sua grandeza era óbvia a todos os que O viam e O escutavam. Porém, enquanto a maior parte das figuras humanas vai perdendo o seu valor, nos livros de história, à medida que os anos vão passando, Jesus Cristo vai Se tornando mais focalizado em toda a literatura secular e religiosa, jamais sendo superado por qualquer outra figura mundial. E grande parte dessa controvérsia tem girado em torno das radicais afirmações que Ele fez a respeito de Si mesmo.

Como foi possível que um simples carpinteiro nascido numa obscura vila chamada Nazaré, em Israel, tivesse feito afirmações que, no caso de serem verdadeiras, teriam profundas implicações na vida de todos nós? Muitas de Suas afirmações chocavam todos os que as ouviam. Eram, principalmente, essas contundentes afirmações que O tornavam excêntrico e desagradável, tanto para as autoridades romanas como para a hierarquia judaica. Mesmo sendo um excluído, sem quaisquer credenciais ou base política, dentro de três anos, Jesus iria mudar o mundo e essa mudança tem perdurado por quase vinte séculos... E quanto mais o tempo avança, mais se adianta a Sua figura inigualável. É verdade que outros líderes morais e religiosos causaram um certo impacto moral e espiritual; mas, nenhum deles pode se comparar ao carpinteiro de Nazaré, Àquele que foi muito mais que um simples carpinteiro. Mas, o que teria acontecido para que Jesus fizesse tanta diferença? Será que Ele foi apenas um grande homem e nada mais que isso? Ou será que Ele é, realmente, o Deus Criador do universo, o Filho de Deus, conforme Hebreus 1:1-12?

Aqui, chegamos ao âmago do que Jesus foi e continuará sendo por toda a eternidade. Alguns acreditam que Ele foi apenas um excelente mestre moral, outros, que Ele foi simplesmente o fundador e líder de mais uma religião mundial... Contudo, uma grande multidão acredita que Ele foi muito mais que isso. Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Deus que nos visitou na forma de Homem e crêem na evidência para isso. Neste caso, vamos examinar quem é Jesus Cristo.

À medida que examinamos essa Figura tão controversa, podemos começar com a pergunta: Será que Jesus Cristo foi simplesmente um grande mestre moral?

Quase todos os eruditos reconhecem que Jesus foi um grande mestre moral. De fato, Sua grande visão sobre a moralidade humana é a meta reconhecida até mesmo pelos adeptos de outras religiões. Em seu livro - Jesus de Nazaré - o erudito judeu Joseph Klausner escreveu: “É universalmente reconhecido… que Cristo ensinou a mais pura e sublime ética de vida... a qual ultrapassa todos os preceitos e máximas dos homens mais sábios da antiguidade, colocando-os muito aquém dEle”. O Sermão do Monte pregado por Jesus tem sido considerado o mais importante ensino já proferido por um indivíduo sobre a ética humana. De fato, muito do que sabemos a respeito da igualdade de direitos e dos direitos humanos é o resultado dos Seus ensinos.

O historiador Will Durant disse o seguinte sobre Jesus: “Ele viveu e lutou incansavelmente pela igualdade dos direitos. Nos tempos modernos, Ele teria sido enviado para a Sibéria, por ter dito: ‘O maior dentre vós será vosso servo’ (Mateus 23:11). Isto é uma inversão de toda sabedoria política e humana.”

Muitos têm tentado separar os ensinos de Jesus sobre a ética de Suas afirmações a respeito de Si mesmo, acreditando que Ele foi apenas um grande homem, o qual ensinou excelentes princípios morais. Era este o pensamento de muitos dos patriarcas fundadores da América do Norte.

O presidente Thomas Jefferson, considerado como o iluminado racionalista, sentou-se na cadeira da Casa Branca com duas cópias idênticas do Novo Testamento, com uma navalha e uma folha de papel. Durante algumas noites, ele foi cortando as folhas de um volume e construindo a sua própria bíblia, num volume chamado “A Filosofia de Jesus de Nazaré”. Após ter cortado todas as passagens que afirmavam a Divindade de Jesus, ele concluiu que Jesus era nada mais, nada menos do que um bom e ético guia de moralidade.

Ironicamente, as memoráveis palavras de Jefferson, na Declaração da Independência, foram embasadas no ensino de Jesus de que cada pessoa é de imensa e igual importância diante de Deus [que não faz acepção de pessoas] sem importar o sexo, a raça ou a condição social. Esse famoso documento especifica: “Achamos que essas verdades são por si mesmas evidentes; que todos os homens foram criados iguais e que o Criador lhes concedeu certos direitos inalienáveis!” Mas, a pergunta que Jefferson nunca se fez foi esta: Como poderia Jesus ter sido um grande mestre moral, se Ele havia mentido dizendo ser Deus? Nesse caso, não seria Ele apenas um mentiroso? Será que Ele foi realmente um grande mestre moral, ou apenas um visionário, cujo objetivo teria sido fundar uma grande religião?

Jesus ainda é importante hoje? Muita gente acha que Jesus deseja que nos tornemos pessoas religiosas. Elas pensam que Ele veio para nos privar de todas as diversões que a vida nos oferece, tendo deixado uma porção de regras para serem obedecidas. Acham que Ele pode ter sido um grande líder, no passado, mas que, hoje em dia, com o avanço da ciência, da tecnologia e da cultura humana, Ele já não é tão importante em nossas vidas. Vamos falar sobre Josh MacDowell, um cristão americano, que tem escrito livros sobre a divindade e a ressurreição de Jesus Cristo.

Josh era um universitário, que considerava Jesus apenas um líder religioso, o qual estabeleceu uma porção de regras a serem seguidas pelos Seus discípulos, sendo absolutamente dispensável em sua vida. Foi então que, certo dia, numa mesa redonda de estudantes, Josh se sentou perto de uma jovem colega, a qual exibia um sorriso radiante. Intrigado, ele lhe perguntou por que ela se mostrava tão feliz. A isto, ela deu uma resposta rápida: “Jesus Cristo!”. Josh perguntou agastado: “Jesus Cristo? Pelo amor de Deus, não me venha com essa bobagem de religião. Não me venha com esse lixo. Estou saturado de religião, saturado de igreja, saturado de Bíblia. Desisti desse lixo chamado religião”.

Diante dessa enxurrada de palavras agressivas, a jovem explicou: “Senhor, eu não falei de religião, eu falei de Jesus Cristo”. Josh ficou abalado. Ele jamais havia considerado Jesus além de uma figura religiosa e não queria compartilhar desse tipo de hipocrisia. Contudo, ali estava uma jovem cristã, feliz e realizada, falando de Jesus, como se Ele tivesse trazido uma enorme significação à sua vida!
Cristo garantiu que poderia responder a todas as perguntas profundas sobre o significado de nossas vidas. Quem já não observou as estrelas piscando, numa negra noite, e fez a pergunta: “Quem colocou todas elas ali?” Quem já não contemplou um por de sol e ficou pensando sobre as questões mais importantes da vida? Quem não se perguntou algumas vezes:

Quem sou eu?
De onde eu venho?
Para onde irei depois da morte?


Embora outros filósofos e líderes de religiões tenham oferecido respostas sobre a significação da vida, somente Jesus Cristo comprovou suas credenciais, quando ressuscitou da morte. Céticos como Josh MacDowell, os quais, antes zombavam da ressurreição de Cristo, após terem feito cuidadosas pesquisas, descobriram que existe uma forte evidência de que, realmente, Jesus Cristo é Deus e Sua ressurreição é um fato incontestável.

Jesus Cristo nos oferece uma vida repleta de verdadeira significação. Ele ensinou que a vida é muito mais que simplesmente ganhar dinheiro, divertir-se, ficar famoso, ser bem sucedido e, finalmente, ser colocado dentro de um túmulo. Mesmo assim, muitas pessoas ainda tentam encontrar uma significação para as suas vidas, através do sucesso, inclusive os astros e estrelas mais famosos do planeta.

Madona tentou encontrar respostas às perguntas acima; engajou-se no ocultismo e, finalmente, confessou: “Por muitos anos, eu achei que a fama, a fortuna e a aprovação do público iriam me tornar uma pessoa feliz... Mas, um dia, eu acordei e descobri que não era aquilo. Vi que algo estava me faltando... Queria saber qual era o verdadeiro significado da vida; queria encontrar uma verdadeira e duradoura felicidade... Como poderia consegui-la...” [N.T.: Enquanto ela não descobrir que somente Jesus Cristo pode lhe dar todas as respostas, vai continuar nessa angustiosa busca].

Pior tem acontecido a quem desistiu de encontrar tal significação e acabou caindo nas garras do desespero. Kurt Corbain, o cantor principal do grupo musical Nirvana, de Seatle, desistiu de viver, tendo se suicidado aos 27 anos de idade. [N.T.: Pelo nome do grupo podemos concluir que o cantor estava engajado no Budismo, buscando significação para a sua vida]. O astro da Era do Jazz, Ralph Barton, convencido de que a vida não tinha qualquer significação, resolveu dar cabo da mesma, tendo deixado este bilhete: “Tive poucas dificuldades, poucos amigos e muito sucesso. Tive várias mulheres, as quais eu ia trocando; mudei de uma casa para outra; visitei vários países do mundo e agora estou cansado de inventar novos esquemas, a fim de preencher o vazio das 24 horas do meu dia”. O que faltava a esse jovem incrédulo era exatamente o verdadeiro significado do nosso viver - Jesus Cristo.

Pascal, o grande filósofo francês, acreditava que o vazio interior que todos nós experimentamos, somente pode ser preenchido com a presença de Deus em nós [N.T.: ou seja, o Espírito de Deus habitando em nosso íntimo]. Ele declarou: “Existe um vazio no coração de todo homem e este só pode ser preenchido por Jesus Cristo”. Pascal estava certo. Por isso confiamos em que Jesus não é apenas a resposta a todas as perguntas sobre a nossa identidade e significação da vida, mas que Ele, e somente Ele, pode nos oferecer a esperança de uma gloriosa vida eterna, quando a morte chegar...

Será que a vida pode ter alguma significação sem a crença em Deus? Bertrand Russell escreveu: “A não ser que você tenha um deus, a vida não tem significação alguma”. O incrédulo Russell até pode ter tido “um deus” ou “deuses” na vida: sua obra, a fama, a mulher, mas não teve “o Deus bendito eternamente”, Jesus Cristo”; portanto, ele foi um miserável pecador não remido dos seus pecados. Por isso, ele mesmo desistiu de buscar uma significação para o seu viver, até que, finalmente, apodreceu dentro de um túmulo, de onde vai ressurgir para a vergonha eterna. Em seu livro - “Por Que Não Sou Cristão” - Bertrand Russell descartou tudo que Jesus falou sobre o significado da vida, inclusive a garantia da vida eterna.

A verdade é que Jesus venceu a morte e isso foi confirmado por muitas testemunhas oculares. Somente Ele pode nos responder a pergunta: “Para onde irei depois da morte?” Tudo que precisamos saber sobre Jesus Cristo está escrito nas páginas de um LIVRO chamado Bíblia (N.T.: principalmente no Novo Testamento), o qual retrata o Homem-Deus, do primeiro ao último capítulo, mostrando que Ele é a própria significação da vida.
Jesus Cristo morreu - Ele avisou aos Seus que iria morrer.
Mateus 16:21 - “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia”.
Mateus 20:17-19 - “E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou de parte os seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte. E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará”.
Marcos 15:37-39 - “E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”.
João 19:30 - “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.

A ressurreição de Cristo é o fato supremo da história da humanidade... Ou então seria uma tremenda balela. Se a ressurreição de Cristo é verdadeira e nós a ignoramos, isso implicará em sério perigo para o futuro de todos nós. Se ela de fato não aconteceu, então esta seria a maior fraude da história mundial. Sua ressurreição exige a definição entre ser um item filosófico ou um fato histórico. Contudo, Sua ressurreição é um fato confiável e ninguém consegue negá-la, após ter examinado cuidadosamente a evidência da mesma. Somente quem nunca estudou esta evidência e quem se recusa a entender os fatos apresentados pelas testemunhas, pode negar a ressurreição de Cristo.

Quem não estudou cuidadosamente o assunto, como pode tomar uma decisão inteligente? Muitos homens letrados têm tentado descartar a possibilidade de Jesus ter ressurgido da morte, para, no final, terem se tornado convencidos deste fato. Algumas pessoas têm se recusado a examinar a evidência, porque não querem crer em Jesus Cristo, nem desejam se submeter ao Seu senhorio. Mesmo assim, os fatos permanecem inabaláveis. Os túmulos de Confúcio, Buda, Maomé e Lênin continuam ocupados com os seus restos mortais. Mas, o túmulo de Jesus está VAZIO!!! Vamos ler Apocalipse 1:17-18: “...Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.
Jesus garantiu que iria ressuscitar - Ele predisse Sua morte e Sua ressurreição, no terceiro dia. Morrer e ressuscitar para a vida eram os Seus planos. Os soldados romanos não Lhe quebraram as pernas porque tinham certeza de que Ele já estava morto, o que foi confirmado pelo centurião, depois que o lado de Cristo foi perfurado e, dali, jorrou uma mistura de sangue e água. De fato, Jesus estava morto.

João 19:33-34 - “Mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.
Mateus 28:11-15 - “E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram. E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje”.

Jesus foi sepultado - Conforme as passagens abaixo:

Marcos 15:43-45 - “Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido”.
João 19:39-42 - “E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro. E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto. Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus”.
Mateus 27:62-66 - “E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda; ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra”.
Lendo estas passagens, podemos ver que, realmente, Jesus morreu e não apenas “desmaiou”, conforme dizem os mestres das seitas gnósticas. Ele foi sepultado “com o rico na sua morte” (Isaías 53:9);
Jesus ressuscitou - Ele ressuscitou gloriosamente, conforme veremos:

Mateus 28:2-7 - “E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como neve. E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos.
Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito”.

A gigantesca pedra foi removida e o selo romano foi quebrado, apesar da guarda vigiando o túmulo. Depois que o túmulo ficou vazio, nem mesmo os mais ferrenhos inimigos de Jesus - o sumo sacerdote e os anciãos - duvidaram de Sua ressurreição, pois tinham visto Jesus morrer. Os discípulos também sabiam de Sua morte. Eles temiam por suas vidas e não esperavam que Jesus ressuscitasse, até que o fato aconteceu. Tomé até se recusou a acreditar que Jesus estivesse vivo e só o conseguiu, quando viu o Mestre com os seus próprios olhos. Ele se ajoelhou diante de Jesus e exclamou: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20:28).

No primeiro século, ninguém conseguiu dizer onde se encontrava o corpo de Jesus. A verdade é que o Seu túmulo estava vazio. Os judeus tinham inventado uma lorota de que os discípulos haviam furtado o corpo de Jesus, mentira que ainda hoje é acreditada por muitos. Mas, eles sabiam que o túmulo estava vazio: “E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram”. (Mateus 28:12-13).

Todos (amigos e inimigos de Jesus) sabiam que Ele havia sido sepultado e todos ficaram sabendo que o Seu túmulo estava vazio. Em Atos 26:26, vemos Paulo dizendo a Herodes: “Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto”. Se as autoridades tivessem levado o corpo de Cristo, por que não falaram sobre isso, a fim de, em seguida, poderem neutralizar a pregação sobre a Sua ressurreição? Bastava-lhes apresentar o cadáver e, assim, liquidariam o assunto, impedindo que os discípulos pregassem a ressurreição, na própria cidade onde Jesus havia sido condenado à morte.

Atos 6:7 - “E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé”.

Será que os sacerdotes, inimigos de Jesus, estavam enganados sobre a Sua ressurreição? E se os discípulos tivessem furtado o corpo de Jesus, para escondê-lo em algum outro lugar, como é possível explicar a extraordinária mudança de vida em todos eles? Com toda a proibição de pregarem o evangelho, eles continuaram pregando, ousadamente, a ressurreição do seu Senhor, em Jerusalém, em vez de fugirem para o local onde poderiam ter escondido o Seu corpo. A verdade é que os judeus não puderam contradizê-los e o povo passou a acreditar na ressurreição. Desse modo, o Cristianismo prosperou em Jerusalém e dali se espalhou pelo mundo inteiro. Exatamente porque Jesus ressuscitou foi que os Seus inimigos não conseguiram neutralizar o Cristianismo incipiente. Os romanos tentaram detê-lo, mas não o conseguiram. Vejamos como Pedro, o líder dos discípulos judeus, dirigiu-se aos judeus.

Atos 2:22-24,32 - “Homens israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela”... “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas”.

Os discípulos de Jesus mudaram
- Antes da ressurreição, eles estavam possuídos de medo. De repente, mudaram de atitude e se tornaram ousados missionários do evangelho e, assim, conseguiram transtornar o mundo. Com exceção de um, todos eles deram suas vidas pela causa de Cristo. Preferiram morrer a negar a Sua ressurreição, a renegar o senhorio de Cristo sobre eles. Todos sabiam que algo extraordinário havia acontecido; que o seu Mestre e Senhor estava vivo; portanto, não havia razão para temer os judeus. Até mesmo Pedro, aquele homem fraco que havia negado Jesus diante de uma criada, temendo ser identificado como um dos Seus discípulos, havia se tornado o mais ousado de todos, desafiando as autoridades judaicas. Ninguém conseguia silenciá-lo. Eis o que ele disse às autoridades em Jerusalém:

Atos 3:14-15 - “Mas vós negastes o Santo e o Justo, e pedistes que se vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas”.
Atos 4:19-20: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
Saulo de Tarso, o fariseu [N.T.: que iria se tornar o maior apóstolo de Cristo e iria escrever grande parte do Novo Testamento, transformando o Cristianismo na maior bênção mundial], garantia ter visto Cristo ressuscitado. Isso mudou completamente a sua vida; pois, antes, ele fora o maior perseguidor dos cristãos.

1 Coríntios 15:3-8 - “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por derradeiro de todos me apareceu também a mim, como a um abortivo”.

Os irmãos de Jesus, que antes não acreditavam nEle (João 7:5), após a ressurreição, tornaram-se Seus discípulos.

Atos 1:14 - “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos”.

Outro ponto de evidência é o caráter das testemunhas de Cristo. Elas viviam vidas honestas, praticando os maiores valores éticos e morais, tanto que até os seus inimigos eram forçados a admiti-lo. Desse modo, seria impossível que elas tivessem inventado uma mentira tão prejudicial à humanidade. Poderia uma mentira deliberada ter transformado tão maravilhosamente aquela turma de covardes numa turma de heróis? Por que nenhum daqueles “conspiradores” [N.T.: como os classificam alguns incrédulos antigos e modernos] hesitou, mesmo sob tortura, em dar a sua vida por amor à causa de Cristo? Por que os judeus cristãos (da igreja primitiva) mudaram o seu dia de adoração - que era o sábado - para o domingo, dia da ressurreição - se nela não acreditassem de fato?

Se Jesus Cristo ressurgiu dos mortos, então Ele é, realmente, Aquele que dizia ser - o Filho de Deus, o Messias de Israel. Aquele sobre quem Paulo disse: “... morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos”. - (Romanos 14:9); “Deus bendito eternamente” (Romanos 9:5); “a imagem do Deus invisível... O primogênito de toda a criação”; (Colossenses 1:15); Aquele que é “antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (verso 17); “a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos” (verso 18); “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Colossenses 2:3); “Cristo, que é a nossa vida... (Colossenses 3:4), etc., etc., etc.

A ressurreição de Cristo é a pedra fundamental do Cristianismo, pois dá toda autoridade às Suas doutrinas. Ele foi “declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos” (Romanos 1:4).

As seguintes declarações de Jesus encontram-se em: João 8:24 - “Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados”; João 14:6 - “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 3:16-19 e 36). “(Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más... Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”.

Que todos nós possamos crer em Jesus Cristo, como o nosso único Salvador e que a Sua ressurreição seja um fato incontestável em nosso coração.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

As Maldições do dia 9ª de AV


Quando: 
O Tishá B´Av acontece no 9º dia de Av (julho ou agosto).

O que é:
Durante o Tishá B´Av realiza-se um dos grandes dias de jejum no Calendário Judaico, quando o Povo Judeu lamenta a data das destruições do Primeiro e do Segundo Templos, a derrota da fortaleza de Betar, a expulsão dos judeus da Espanha, o início das deportações dos judeus do Gueto de Varsóvia e a conseqüente perda da soberania e exílio da Terra Santa. O Tishá B' Av é o ponto culminante do período de três semanas de luto, cujos nove últimos dias são mais intensos, com o cumprimento de vários costumes similares aos praticados em época de luto pela perda de pessoas próximas. Estas três semanas começam no dia 17 de Tamuz, dia em que Jerusalém teve o acesso às fontes de água bloqueadas durante o cerco e Moisés quebrou as primeiras Tábuas da Lei quando desceu do Monte Sinai, após quarenta dias, para encontrar o povo idolatrando o Bezerro de Ouro. A prática tradicional inclui a leitura do Livro das Lamentações (Kinot), jejum de 25 horas e privação de confortos e contato físico. Em Jerusalém, centenas de pessoas se dirigem ao Kotel, o Muro Ocidental e único remanescente do Segundo Templo para lembrar sua destruição e rezar por redenção. Restaurantes e locais de entretenimento são fechados na véspera do dia e só reabrem na manhã do dia seguinte. O Tisha beav é interpretado por seu significado religioso e também por sua importância histórica, já que representa a perda da soberania nacional judaica na Terra de Israel, mesmo entre as pessoas que optam por não jejuar.

O mês de Av 
Simcha Raz

O mês de Av é o décimo primeiro mês do calendário judaico na contagem a partir da Criação do mundo, e o quinto na contagem a partir da saída do Egito. O nome "Av" não é mencionado na Bíblia; seu nome em assírio era "A-bu", e há quem sugira ser esta uma redução do nome "Abu Sareni", que significa "o mês das colheitas".

No calendário do agricultor hebreu, encontrado nas escavações de Guezer, o mês é denominado "a lua [o mês] do verão" (colheita das frutas do verão). O mês de Av era um dos seis meses nos quais partiam enviados do Beit Din (tribunal religioso) de Jerusalém para avisar aos judeus da Diáspora qual fora o dia estipulado pelo Sanhedrin como início do mês (Rosh Chodesh), para que pudessem cumprir na data certa o jejum de 9 de Av.

No passado remoto, o mês de Av era considerado um bom mês, por ser a época da colheita da uva e das primícias das frutas do verão. Com o passar dos tempos, porém, ocorreram neste mês muitas desgraças e infortúnios, e ele tornou-se um mês de luto e tristeza, conforme definiram nossos sábios: "Quando começa o mês de Av, diminui a alegria". Por isso, acrescentaram a seu nome o adjetivo "consolador" (Menachem Av): que possamos alcançar o consolo e a redenção, e que nosso sofrimento se transforme em júbilo. Trata-se ainda de uma alusão ao nome do Messias, que é Menachem, e que, segundo a tradição, nasceu no dia em que o Templo foi destruído (9 de Av).

Durante os nove primeiros dias de Av não comemos carne, não bebemos vinho nem realizamos nenhum festejo, inclusive casamentos. Há muita gente que já adota esses costumes de luto a partir de 17 de Tamuz. Os dias entre 17 de Tamuz e 9 de Av são chamados "os dias de angústia" ou "as três semanas".

O sábado que antecede o dia 9 de Av é chamado "o sábado da calamidade", lembrando as desgraças que sofreu o Povo de Israel neste mês; e o sábado posterior a 9 de Av é conhecido como "o sábado do consolo", por causa da Haftará que é lida neste dia, e que começa com as palavras: "Consolai, consolai o Meu povo" (Isaías 40:1). A partir daí contam-se "sete sábados de consolação".

A única festa que o Povo de Israel celebrava no passado remoto no mês de Av era o dia 15 de Av, quando as jovens da Judéia vinham dançar nos vinhais; os rapazes solteiros vinham, então, escolher uma noiva entre elas. Assim diz Rabi Shimon ben Gamliel: "Não havia dias melhores em Israel do que o 15 de Av e o Yom Hakipurim, quando as jovens de Jerusalém saem com vestes brancas emprestadas, para não envergonhar aquelas que não possuem uma" (Tratado Taanit IV 5). O costume de vestir roupas emprestadas tinha por objetivo anular as diferenças de classe social ou econômica.

Foi em 15 de Av que Oséias filho de Elá retirou os sentinelas que Jeroboão filho de Nebate havia colocado nos caminhos, a fim de impedir que os habitantes do Reino de Israel fizessem peregrinação a Jerusalém. Tais sentinelas tinham sido colocados por Jeroboão, Rei de Israel, por recear que o outro reino ? o de Judá ?aproveitasse a presença dos peregrinos, tornando-se mais poderoso do que Israel. Os sentinelas, portanto, impediam à força que o povo fosse ao Templo em Jerusalém; ao mesmo tempo, Jeroboão tentou criar substitutos do Templo, e colocou duas imagens de bezerro, uma em Dan e outra em Beit-El. Dessa maneira a divisão em dois reinos tornou-se um fato consumado, o que causou a disseminação da idolatria. O último dos Reis de Israel, Oséias filho de Elá, retirou os sentinelas no dia 15 de Av, deixando livre para os peregrinos o caminho a Jerusalém, trazendo a reconciliação entre as duas partes do povo. 

Acontecimentos do mês de Av:

1 de Av - Morte de Aarão, o sacerdote, conforme está escrito em Números 33:38: "E subiu Aarão, o sacerdote, ao monte de Hor, por mandado do Eterno, e morreu ali, no quinto mês do quadragésimo ano da saída dos Filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro do mês". Retorno a Sion (458 a.C.) ? Esdras, o escriba, chega a Jerusalém (Esdras 7:9). 

4 de Av - Neemias inicia a reconstrução da muralha de Jerusalém. 

7 de Av - 5660 (1920) Fundação do Keren Hayessod 

9 de Av - Destruição do Primeiro Templo, no ano 3174 (586 a.C.) e destruição do Segundo Templo, no ano de 3828 (68 d.C.). É dia de luto e jejum pela destruição do Templo: "Queimaram a Casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém; todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos objetos. Os que escaparam da espada, a esses levou ele para Babilônia" (II Crônicas 36:19- 20). O jejum de 9 de Av é chamado na Bíblia "o jejum do quinto mês". A Mishná diz: "Cinco desgraças ocorreram a nossos antepassados em 9 de Av: a 'geração do deserto' recebeu o castigo de não entrar na Terra de Israel (por causa dos espiões que caluniaram a Terra de Israel); o Primeiro e o Segundo Templo foram destruídos; a cidade de Betar foi conquistada e a cidade de Jerusalém arrasada" (Tratado Taanit IV 6). Expulsão dos judeus da Inglaterra (5050 ? 1290). Expulsão dos judeus da Espanha (5252 ? 1492). Os judeus de Roma são transferidos para o gueto (5315 ? 1555). Início da 1ª Guerra Mundial (5674 / 1914).

OBS: Este dia é o mais temível para os israelitas e o Código da Bíblia prevê para este ano (5766) um atentado nuclear!

10 de Av - (1306) Expulsão dos judeus da França. 

15 de Av - A "geração do deserto"? os hebreus que saíram do Egito ? foram condenados a morrer no deserto, por causa do pecado dos espiões (Números, capítulos 13-14). Os soldados de Bar Cochbá que caíram na luta pela defesa de seu último baluarte, Betar, foram finalmente enterrados (os romanos haviam proibido anteriormente seu enterro, e nesta data mudaram sua decisão). Este acontecimento encerra um duplo milagre: a autorização para os mortos serem enterrados, e o fato de que os cadáveres terem-se mantido conservados, embora tivessem permanecido no campo da batalha (135 d.C.). Fundação do Congresso Judaico Mundial, para a proteção dos direitos do judeus em todo o mundo, a luta contra o anti- semitismo e a união do Povo de Israel (5696 ? 1936). 

16 de Av - 5689 (1929) Início de sangrentos distúrbios em Eretz Israel (provocados pelos árabes). 

18 de Av - A lâmpada perene (Ner Tamid) do Templo apagou-se, no tempo do Rei Acaz, e isto foi considerado um mau sinal. 

22 de Av - 5709 (1949) Os restos mortais de Theodor Herzl foram trasladados a Jerusalém, sendo sepultados no alto da colina que passou a chamar-se "Monte Herzl". 

24 de Av - Os hasmoneus saíram vitoriosos e novamente passaram a ser cumpridas as leis da Torá; por causa disso nossos sábios estabeleceram ser este um dia de festa. 

25 de Av - 5718 (1958) Realizou-se em Jerusalém o primeiro Certame Bíblico (Chidon HaTanach) oficial. Amós Chacham foi o primeiro Campeão Bíblico de Israel. 

28 de Av - Moisés desceu do Monte Sinai e quebrou as Tábuas da Lei. No dia seguinte, subiu novamente ao Monte Sinai e recebeu pela segunda vez as Tábuas da Lei. 

A personalidade do mês: Aarão, o sacerdote, que faleceu em 1 de Av

Aarão foi o primogênito de Amram filho de Kehat e de Iocheved, da tribo de Levi, e irmão de Moisés e Miriam. Foi o principal ajudante de Moisés durante a saída dos hebreus do Egito e na liderança do povo em suas andanças no deserto. Desde o início da missão de Moisés, foi seu porta-voz diante do povo. Aarão e seus filhos foram escolhidos por D'us para serem sacerdotes, servindo no Tabernáculo. Aarão foi o primeiro Sumo Sacerdote, e todos os sacerdotes que serviram no Templo depois dele são denominados Filhos de Aarão. Por ocasião da rebelião de Coré e sua congregação, foi a vara de Aarão que deu brotos, dentre todas as varas das tribos de Israel, num sinal de que Aarão e sua descendência tinham sido os escolhidos como sacerdotes para todo o sempre.

De seus quatro filhos: Nadab, Abiu, Elazar e Itamar, os dois primeiros (Nadab e Abiu) morreram ainda em vida do pai, ao acenderem um fogo estranho diante do Eterno. Aarão é considerado pela tradição rabínica como a personificação da piedade e do espírito da paz: "Ama a paz e procura a paz, ama as criaturas e aproxima-as da Torá" (Avot I 12)

Seu maior pecado foi condescender com a exigência do povo, permitindo que fosse feito o bezerro de ouro, pois o povo estava impaciente com a demora de Moisés em descer do Monte Sinai. Quando Aarão e Moisés, no deserto de Tsin, receberam a ordem de falar com a rocha para que dela brotasse água, e eles, ao invés, golpearam a rocha com o cajado, Aarão recebeu também o castigo de não entrar na Terra de Canaan.

Aarão morreu no Monte Hor, na fronteira de Edom, no quadragésimo ano da saída do Egito, com a idade de 123 anos. Depois de sua morte, seu filho Elazar foi nomeado Sumo Sacerdote. 

A história do mês:

Rabino Chaim HaLevi Soloveichik, que faleceu em 21 de Menachem-Av de 5678 (1918) na cidade de Brest-Litovsk, na Lituânia.

A casa do Rabino Chaim HaLevi Soloveichik, rabino de Brest-Litovsk, estava sempre aberta aos pobres e amargurados. Quem quer que estivesse sofrendo, ou enfrentando uma situação difícil, podia vir ao rabino e contar-lhe suas mágoas. Rabi Chaim consolava os aflitos e os reconfortava, dava-lhes conselhos e até mesmo ajuda financeira.

Uma vez, entrou em sua casa uma jovem, que lhe disse num cochicho que tinha um segredo para contar. Rabi Chaim pediu que todos os presentes saíssem da sala; assim que todos saíram, a jovem rompeu em pranto. Contou-lhe que tinha-se deixado seduzir por um homem desonesto, e que estava grávida e não sabia o que fazer. Rabi Chaim contemplou aquela jovem filha de Israel, tão desesperada, falou-lhe com carinho e acalmou-a. Antes de despedir-se dela, deu-lhe algum dinheiro para que pudesse sustentar-se durante a gravidez, e disse-lhe que viesse a ele com o bebê, tão logo nascesse. A moça prometeu que lhe entregaria o nenem, pessoalmente, e que ninguém saberia do ocorrido.

Passaram-se alguns meses; um dia, tarde da noite, quando o rabino estava só em sua sala estudando Torá, ouviu que batiam de leve à sua porta. Ao sair para ver quem era, encontrou a jovem que o procurara, com o bebê nos braços. Tomou-lhe o bebê, acalmou-a, e disse-lhe que seguisse seu caminho. Depois disso, acordou sua esposa, pedindo-lhe que cuidasse do bebê. Pela manhã mandou chamar uma ama-de-leite, combinou com ela o preço e entregou-lhe a criança, para que a alimentasse e criasse.

Depois disso, o rabino encontrou mais de uma vez à porta de sua casa bebês abandonados; para todos encontrava uma ama, a quem pagava de seu próprio bolso. Certa vez, um bebê foi abandonado na porta de um dos judeus mais ricos da cidade. Quando rabi Chaim soube disso, mandou chamar o ricaço e disse-lhe: - O senhor deve saber que é uma grande mitzvá criar as crianças abandonadas. Eu mesmo a venho praticando há muito tempo. Porém agora, tendo o senhor sido o escolhido para receber esse privilégio, não quero retirar-lhe o direito a essa boa ação, mas gostaria de repartir a mitzvá com o senhor. Por isso, proponho dividir com o senhor o pagamento da ama: metade o senhor, metade eu ? 

Mais sobre o 9 de Av:

Três semanas inteiras de nosso ano — as três semanas "entre os apertos" de 17 de Tamuz e 9 de Av — são designadas como um período de luto pela destruição do Templo Sagrado e o conseqüente exílio físico e deslocamento espiritual — no qual ainda nos encontramos.O jejum de 17 de Tamuz, o dia em que Moisés quebrou as Tábuas da Lei ao ver o povo judeu adorando o bezerro de ouro, "coincidentemente" provou ser o mesmo dia em que os romanos irromperam pelas muralhas de Jerusalém para dar início à destruição do Segundo Templo."Quando começa o mês de Av, reduzimos nosso júbilo..." (Talmud, Tratado Ta'anit 26). Começando em 1º de Av, usualmente nos abstemos de diversas atividades que estão associadas à alegria.O dia 9 de Av, Tish'á Beav, celebra uma lista de catástrofes tão graves que é claramente um dia especialmente amaldiçoado por D-us. 

O Primeiro Templo foi destruído neste dia. Cinco séculos mais tarde, conforme os romanos se aproximavam do Segundo Templo, prontos para incendiá-lo, os judeus ficaram chocados ao perceber que o Segundo Templo foi destruído no mesmo dia que o Primeiro.Quando os judeus se rebelaram contra o governo romano, acreditavam que seu líder, Shimon bar Kochba, preencheria suas ânsias messiânicas. Mas suas esperanças foram cruelmente destroçadas quando os judeus rebeldes foram brutalmente esquartejados na batalha final em Betar, em 9 de Av.Os judeus foram expulsos da Inglaterra também em Tish'á Beav. Em 1492, a Idade de Ouro da Espanha terminou, quando a Rainha Isabel e seu marido Fernando ordenaram que os judeus fossem banidos do país. 

O decreto de expulsão foi assinado em 31 de março de 1492, e os judeus tiveram exatamente três meses para colocar seus negócios em ordem e deixar o país. A data hebraica na qual nenhum judeu mais teve permissão de permanecer no país onde tinha desfrutado de receptividade e prosperidade foi 9 de Av.A Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, concluem os historiadores, foi na verdade a finalização arrastada da Primeira Guerra. 

E a Primeira Guerra Mundial começou, no calendário hebraico, em 9 de Av - Tish'á Beav.Os judeus vêem estes fatos como outra confirmação da convicção profundamente enraizada de que a História não ocorre por acaso; os acontecimentos — mesmo os terríveis — são parte de um plano Divino, e têm um significado espiritual. A mensagem do tempo é que há um propósito racional, muito embora não possamos entendê-lo.

Tishá Beav

O dia 9 de Av – Tishá Beav – é um dia de jejum publico (semelhante ao de Iom Kipur) e luto pela destruição dos dois Templos de Jerusalém. Depois do Iom Kipur, Tishá Beav é o dia de jejum mais importante do calendário judaico. Ele marca o último dia do período de três semanas de intenso luto nacional pelos eventos que levaram à perda da independência judaica. Tal como no Iom Kipur, o jejum começa antes do pôr-do-sol e termina após o pôr-do-sol no dia seguinte. Nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Na sinagoga a cortina existente na frente da Arca é retirada. No serviço do anoitecer, acendem-se velas suficientes para a leitura do serviço e os fiéis não se sentam em bancos ou cadeiras, mas no chão ou em banquinhos baixos e descalços que são sinal de luto. Na ultima refeição antes do jejum, come-se pãezinhos redondos e ovos e às vezes se espalham cinzas sobre os ovos. 

O círculo não tem começo nem fim, assim como a eternidade. Portanto, estes alimentos têm sido, desde longa data, associados com o luto e a vida eterna. Após o serviço ao anoitecer, lê-se o Livro das Lamentações, e isto é seguido pela leitura de elegias, hinos e preces de luto, que são publicadas num livreto especial e mantidas na sinagoga para este dia. Há cinco coisas proibidas em Nove de Av: comer e beber, lavar-se, untar-se com óleo, vestir sapatos de couro e coabitar.Todos devem jejuar em Nove de Av, incluindo mulheres grávidas e mães em fase de amamentação.

Quem estiver doente, porém, pode comer, mesmo se sua doença não lhe ameaça a vida. Entretanto, uma pessoa doente deve abster-se de comer iguarias e deveria ingerir somente o que for absolutamente necessário para seu bem-estar físico.Costuma-se dizer que a pessoa que come ou bebe em Nove de Av sem ter de fazê-lo por razões de saúde não merecerá ver o júbilo de Jerusalém. E quem prantear sobre Jerusalém merecerá ver sua felicidade, como promete o versículo (Yeshayahu/Isaías 66:10): "Rejubile-se grandemente com ela, todos que por ela pranteiam."