sexta-feira, 26 de abril de 2013

Série: Bereshit bara Elohim et hashmayim ve'et ha'arets - Bereshit 1:1 No princípio criou os Deuses os céus e a terra - Gênesis 1 - Ophiussa (Terra das Serpentes)


Desde os primórdios um animal tem mexido com a imaginação do homem. Ele não é forte como o urso; não é gigante como um elefante; não é inteligente como um golfinho; não é perspicaz como um gato; nem poderoso como um leão. Considerado um animal repulsivo, muitas vezes asqueroso, causa medo e pavor na maioria das pessoas, como se todas essas sensações estivessem guardadas em nosso corpo. O animal ao qual falo é a serpente, vencedora da natureza e acompanhante da aventura humana na Terra.

Ao escolher esse tema, deparei-me com uma das investigações mais cansativas e complexas que poderia imaginar. Nesta jornada muitas vezes me arrependi de mexer neste verdadeiro “ninho de cobra”, onde se escondem os maiores segredos da humanidade, e as perguntas que me fizeram entrar gratuitamente neste tema foram: Qual será o motivo de tamanho fascínio? Como podem civilizações tão distantes, tão diferentes, em ambientes diferentes, separadas pelo oceano, cultuarem a mesma serpente? Por que dar asas a um animal que não às tem?

Vejam, estas foram as perguntas iniciais! Conforme caminhei muitas outras perguntas foram surgindo, pois a serpente é com certeza a grande guardiã do conhecimento. Ela sempre foi representada assim, e ao estudar o assunto descobri muitos dos segredos que ela guarda, e gostaria de compartilhar com o leitor do blog. Mas lembrem-se: apenas aqueles que têm o conhecimento, e merecimento, podem compreender o que escrevo, pois o que a serpente guarda é por demais venenoso para as almas que não estão preparadas. Este é o grande enigma da serpente.

UM ANIMAL SELVAGEM?

Quando queremos saber algo dos povos antigos, devemos procurar um portal do tempo. Esse portal são os livros, esculturas, desenhos, que foram feitos pelas testemunhas oculares, por aqueles que chamamos de primitivos e homens sem cultura. O meu portal preferido sempre foi Heródoto, talvez seja uma mania, mas muitos historiadores concordariam comigo que é uma ótima mania. Ele é considerado o pai da história, e mesmo escrevendo coisas que as pessoas podem achar absurdas, ele ainda é uma pessoa de muita credibilidade para mim. Quando convém ele é considerado o pai da história, quando não convém apenas um homem que acreditava em qualquer mito que lhe contavam.


Continuando nos estudos da serpente, segundo Heródoto, as serpente aladas (FIG.1) eram animais que existiam na Arábia, e esses animais voavam em bando para o Egito. Heródoto viu com os próprios olhos os ossos destas serpentes, próximo a cidade de Burto. Existiam ossos pequenos, médios e grandes, e os povos da região diziam que a ave Íbis era sagrada no Egito porque comiam essas serpentes, prestando um grande serviço aos egípcios.

Com todo respeito a Heródoto, por mais interessante e confiável que seja a sua descrição, as outras fontes mostram que a serpente alada está bem longe de ser apenas um animal extinto que viveu entre os árabes.

INVASÃO DAS SERPENTES

Em tempos remotos, um fato curioso aconteceu com os primeiro povos que habitaram a península ibérica, local aos quais muitos leitores brasileiros têm a sua genética ligada. Imagine que cobras podem fazer parte do seu DNA, mas não se assuste.

Segunda a visão de Rufo Festo Avieno, escritor de Ora Marítima, um belo portal do mundo antigo, encontramos a seguinte descrição:

Dizem que Ophiussa é tão larga como a ilha de Pélope na Grécia. Chamou-se-lhe primeiro Oestrymnia, porque habitaram esses lugares e campos os Oestrymnicos; depois, enorme quantidade de serpentes obrigou os seus habitantes a fugir e recebeu novo nome.”

            Vamos nos localizar primeiro: Oestrymnicos é o nome dado aos primeiros habitantes de Portugal, significa povo do extremo ocidente, o território ia da Galiza até o Algarve. Ao ler a primeira vez faz sentido imaginar uma praga de serpentes, na segunda vez ninguém verá sentido na modificação de nome. Uma enorme quantidade de serpente invade e o local recebe um novo nome?

            De Oestrymnio, o nome foi modificado para Ophiussa (FIG. 2), que em grego quer dizer Terra das Serpentes. Como leitor atento e inteligente, deve ter percebido que os versos de Rufo referem-se a uma invasão, uma conquista, ou seja, uma guerra.

            Segundo alguns estudiosos esta invasão foi executada pelo povo da serpenteou povo do dragão, ligados aos Druidas ou aos egípcios, não se sabe ao certo. O importante é estar atento as serpentes, ao povo serpente, tanto Celtas como Egípcios tiveram a mesma origem, e o mesmo símbolo.


SERPENTES DA SABEDORIA

            A cultura Celta tem como personagens principais os famosos sacerdotes Druidas, que também eram chamados de Serpentes da Sabedoria (FIG.3). Os druidas poderiam ser juízes, médicos, filósofos, poetas, professores, porém havia uma classe especial, eram os Druidas-Filid, e a sua função era o contato direto com os deuses. Muitos acreditam que sua verdadeira sabedoria morreu com os próprios druidas, ou foi incorporada pela mitologia cristã (vemos aqui pela primeira vez em todo o texto, a serpente ligada diretamente ao conhecimento).


            Entre os Celtas era comum ter nos brasões das famílias imagens de dragões/serpente voadora, assim como no estandarte de seus exércitos. Não é toa que até hoje vemos em toda Europa, brasões familiares, e até de países ligados, a figura do dragão/serpente voadora.

A principal deusa do panteão céltico é Danu e seu povo é Tuatha dé Dannan. Ela é considerada senhora da luz e do fogo, identifico esses termos como conhecimento, tanto que o nome Dan quer dizer conhecimento. É a divindade suprema céltica, e era acessada diretamente pelas Serpentes da Sabedoria. A deusa foi tão importante na Europa que deu origem ao nome do rio Danúbio. Ela é conhecida por outros nomes como Morrígan (gralha da guerra), Blodeuwedd (Dama das Flores, simbolizando a vida) e Brighid (A Mãe, símbolo da fertilidade). Existe um conto céltico sobre o povo Tuatha dé Dannan, que achei interessante para o texto. Essa lenda diz que divindades do povo de Danu invadiram a Irlanda, vindo em nuvens negras de quatro cidades míticas do céu Falias, Gorias, Murias e Finias (existem traduções cristãs diferentes. Chamam deuses de reis, céu de norte e nuvens negras de barcos incendiados).

            Assim como as Serpentes da Sabedoria representavam o máximo da sabedoria céltica, os dragões comprovadamente são a representação das famílias e exércitos. Deixando clara a ligação entre proteção (exército e família) com conhecimento. Os dragões também estavam associados com a força primordial da natureza, o que demonstra que não estamos tratando de simples cobras.

            A impressão final que me resta é que a filosofia das Serpentes da Sabedoria foi incorporada pelo cristianismo, sendo destruída. Como o saber era passado de forma oral (assim como os Incas) fica difícil saber o real sentido de sua mitologia, com certeza muito se perdeu, restando poucas pistas.


A TERRA DOS FARAÓS

            A religião egípcia é tão complicada quanto a Celta, pois os sacerdotes só passavam os seus segredos para outros sacerdotes. Esta é uma das religiões que menos se sabe o verdadeiro sentido de sua filosofia. Tanto que deuses podem ser representados de várias formas conforme o tempo e localização.  Este é o caso de Maat (FIG.5), deusa que será citada logo a seguir.


            A serpente pode estar ligada a diversos sentido. Existe sentido de proteção, uma ligação com submundo e etc. Porém a serpente alada tem um algo mais, um Q de mistério.

Os Faraós levavam em sua testa o símbolo da serpente, que significava sua proteção. Até no Êxodo bíblico há uma luta entre as serpentes de Moisés e do Faraó, deixando claro a símbolo destes Reis. Para mim fica claro uma luta entra Yahwéh e os deuses egípcios representados pela cobra. Qual cobra é mais forte: a egípcia ou a de Yahwéh?
           
            Falemos um pouco de Maat, mulher de Toth. Maat muitas vezes era representada como uma serpente voadora, ou uma mulher com cauda de serpente. Ela representava a verdade e o justo, ou seja, um belo adjetivo para conhecimento pleno. Toth era filho de Rá (deus sol), e o deus dos escribas, segundo os mitos egípcios, este deus ensinou os humanos a escrita, a magia, a sabedoria e outras coisas. Foi o deus que ensinou aos egípcios, e sua mulher é identificada, em alguns casos, com a serpente alada. Neste momento temos um belo casamento entre A Verdade e o Conhecimento.

            As primeiras representações de Isis e Osíris foram com tronco e cabeça humanos e cauda de serpente. Essas representações remontam os tempos mais antigos dos Egito. É intrigante saber que estes deuses, fundadores da civilização egípcia, foram cultuados na forma de serpente, e no caso de Isis (FIG.6), serpente alada. 


O Livro dos Mortos, coletânea de hinos, feitiços, mágicas e orações egípcias, têm uma interessante passagem no Capítulo 108:

“Estirada no flanco da montanha dorme a grande serpente, com cento e oitenta pés de comprimento e cinqüenta pés de largura; sua barriga é adornada com sílexes e pedras cintilantes. Agora eu sei o nome da serpente da montanha. Vede, é "a que mora nas chamas”...
“Depois de navegar em silêncio, Rá lança um olhar à serpente e subitamente sua navegação pára, como se o que está escondido em seu barco estivesse de emboscada... Vede-o que mergulha na água e submerge até quarenta pés de profundidade. Ele ataca Set, lançando-lhe seu dardo de aço.”

            Essa descrição perece-me ligada a uma batalha verdadeira. Assim como no caso do dragão, a serpente é ligada as chamas, ficando claro que não se trata de uma serpente animal, e sim de uma representação, um símbolo. Neste momento que novas perguntas aparecem. As serpentes são animais, seres mitológicos ou símbolo? Se for símbolo, a quem pertence? Eles estavam fascinados pela serpente ou por algo que parecia uma serpente?

SERPENTE COMO SÍMBOLO DA SABEDORIA

            Vamos imaginar: você foi até seu médico ou dentista, olhou o cartão e viu um símbolo, são duas serpentes enroladas em um bastão. Muito estranho não?

            Este símbolo não está por acaso nos cartões, e muitas vezes nem os médicos conhecem sua origem. O símbolo apresentado é Sumério, e representava Enki/Ea, um deus muito respeitado por mim, ao qual falaremos várias vezes neste blog. Vejam que é exatamente a representação do DNA (FIG.8). Escolhido por acaso para o símbolo do DNA?


            Nestes símbolos (FIG.7) podemos ver a representação real das serpentes. Elas são o conhecimento. O número oito também são duas serpentes, ou o infinito (FIG.9), que significa razão. O oito é o número Deus, segundo algumas tradições judaicas a cabalísticas.



AS CIVILIZAÇÕES DA SERPENTE ALADA

            Até agora falei de civilizações que utilizaram a serpente alada com parte de sua cultura, porém existem três civilizações, aonde a figura das serpentes aladas vai muito além. A grande serpente veio e fundou estas civilizações, ensinando, reinando e deixando muita saudade nos corações destes povos.

            Primeiramente falarei do grande dragão, que é conhecido como China. A história chinesa é envolta em grande mistério (assim como sua própria civilização), em minha opinião é um país impenetrável e de fortes raízes culturais e nacionalistas.

            Os chineses dizem que sua civilização foi fundada por Fu Xi ou Fu-Hsi (Taihao, Grande Luminoso e Paoxi), há cinco mil anos. Assim como em outras civilizações sua irmã, também era sua esposa, e tinha o nome Nu Wa ou Nu Kua. A ela é atribuída à criação da humanidade. É atribuído a Fu Xi a invenção da escrita, da caça e pescaria, do sistema de trigramas e hexagramas do Livro das Mutações (I-Ching). A disposição específica dos hexagramas, chamado de Disposição de Fu xi, é idêntica ao sistema de números binários (zeros e uns), introduzida na Europa e que é atualmente utilizado como a base de matemática moderna.

            Fu xi, senhor dos céus, civilizador e sábio, dono de um grande conhecimento. Nu Kua, mãe da China e criadora da humanidade. Apesar destes grandes atributos, sua aparência não agradaria a maioria das pessoas: ambos tinham corpo de serpente, cabeça de homem (isso mesmo) e virtude de sabedoria (FIG.10). Em representações mais recentes, Nu Kua aparece com cabeça de mulher (FIG.11).



           Huangdi, imperador amarelo, considerado o primeiro soberano da China, veio do céu em um dragão. Ele tinha o poder da luz (sabedoria), e podia voar em seu dragão no momento em que bem entendesse, assim como o leitor tem seu carro na garagem. Seu dragão voava pelo céu em impressionante velocidade, o no fim, em sua grande despedida, o grande dragão amarelo o levou embora para céu, do qual nunca mais voltou.

            Falarei de Yu, primeiro imperador da Dinastia Xia e do seu pai Gun. Primeiramente, Yu nasceu da barriga do próprio pai. Após nascer Yu desceu das alturas, e seu pai, Gun, virou um dragão amarelo (ou peixe negro). Ele não podia caminhar de maneira adequada, e seu andar ficou conhecido como “o andar de Xiu”.Este imperador venceu a grande inundação ou dilúvio. É lembrado pelas técnicas de controle de cheias e barragem, e por medir as dimensões do mundo, de norte a sul e de leste a oeste.

            O dragão chinês, muito venerado na China, é um ser de grande sabedoria, que participou da criação do mundo. É auspicioso e extremamente poderoso.  Como na Europa é utilizado em bandeiras nacionais e representa a civilização chinesa. Assim como Nu Kua, o dragões são regentes do tempo.

Atravessando todo o pacífico outra grande civilização amou e venerou a serpente alada. Como na China, a origem destes povos está diretamente ligada a ela. Estou falando dos Maias e dos Astecas, que se localizavam na América central.

            A China está a milhares e milhares de quilômetros da América, e mesmo assim, o mesmo “dragão” aparece.

            Quetzalcoatl (Asteca) (FIG.12), “serpente emplumada verde”, Kukulcan (Maia) (FIG.13 e 14), “serpente celeste”. São os principais deuses destas civilizações. Eles são os criadores do universo, senhores dele, residiam nas nuvens, ensinaram os humanos, criaram a civilização mesoamericana, a escrita e o calendário. Foram imperadores amados e sua partida deixou saudade. Ao partir prometeram voltar, e os espanhóis se aproveitaram disso na conquista do povo Asteca. Os moradores da região acreditavam que Hernan Cortes, espanhol conquistador, era Quetzalcoatl. 



Quetzalcoatl e Kukulcan eram ligados ao Sol (luz e conhecimento) e a Vênus (estrela da manhã). As marcas da aparição das serpentes aladas estão por todas as partes: em esculturas, desenhos e relatos, demonstrando que esta serpente emplumada ou celeste, era um meio de locomoção, assim como os dragões chineses. O Filho do Sol, Wiracocha (FIG.14), deus principal dos Incas, também teve os mesmo atributos, e uma serpente vem no alto de sua cabeça.

  
Existe uma escultura magnífica da serpente a qual Kukulcan viajava. Em Chichén-Itzá, é mostrada uma cobra, porém dentro de sua cabeça há um rosto bem humano (FIG.15 e FIG.16). Outra figura bastante interessante pode ser encontrada em um templo Asteca (FIG. 17).


Algumas respostas começam aparecer com as evidências que chineses, maias e astecas nos deixaram: a serpente está ligada ao conhecimento e sabedoria divina; está ligada a um poder inimaginável; é um meio de locomoção; é ligação entre o homem e o céu; é o símbolo de deus.

UMA BREVE HISTÓRIA TENETEHARA

            Para ilustrar o mito que irei contar é necessário que o leitor saiba quem são os Teneteharas ou Guajajaras:

            “Os guajajaras (também conhecidos como teneteara ou tenetehára) são um dos povos indígenas mais numerosos do Brasil. Habitam onze terras indígenas na margem oriental da Amazônia, todas situadas no Maranhão. Em 2000 sua população era de 13.100 pessoas.
A língua falada por eles é o teneteara, da família tupi-guarani. Sua história de mais de 380 anos de contato foi marcada tanto por aproximações com os brancos como por recusas totais, submissões, revoltas e grandes tragédias. A revolta de 1901 contra os missionários capuchinhos teve como resposta a última "guerra contra os índios" na história do Brasil.”

A lenda do povo teneteara ou Guajajaras (FIG.17) diz: O homem primitivo vivia na inocência, mas tinha o problema de andar em toda a parte com o pênis em estado de ereção. Tentava resolver, porém tudo era inútil. Sua mulher, compadecida de seu marido, procura ajudar. Consulta a serpente pedindo conselhos. A serpente responde que só com ato sexual isso seria resolvido. A mulher não sabia o que era aquilo. A serpente então tem relações com a mulher, ensinando-a como fazer. O criador ficou enfurecido e lhe disse: “De hoje em diante, teu membro genital permanecerá caído. Terá filhos e depois morrerás. Teus filhos também vão gerar outros filhos, mas todos morrerão.”

Qualquer semelhança com a Gênesis não é mera coincidência.


UMA BREVE HISTÓRIA NÓRDICA

Para ilustrar novamente, peguei na Wikipédia o conceito inicial de mitologia nórdica:

mitologia nórdica, também chamada de mitologia germânica,mitologia viking ou mitologia escandinava se refere a uma religião pré-cristã,crenças e lendas dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia, onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas. Esta é a versão mais bem conhecida da mitologia comum germânica antiga, que inclui também relações próximas com a mitologia anglo-saxônica. Por sua vez, a mitologia germânica evoluiu a partir da antiga mitologia indo-européia.”

Na narrativa mitológica nórdica, os deuses viviam em paz no céu. Essa felicidade começou a acabar quando os habitantes do céu descobriram que o mágico Gullveig sabia os segredos da fabricação do ouro, mas não os revelava a ninguém, nem aos deuses.

Os deuses furiosos pegaram o mágico a força e o torturaram, e foi a origem de todos os males e todos os crimes. O pecado original não aconteceu na terra e sim no céu. Daí em diante nunca mais cessaram as tragédias e guerras no mundo. A violência e falsidade, a tirania, os assassínios invadiram todos os recantos do universo.

A catástrofe mundial provocada pelos deuses foi pavorosa: o sol foi engolido pelo lobo gigante; o mundo se cobriu de trevas e de neve; as montanhas se abriram, as rochas arrebataram; terremotos e maremotos sacudiam a terra; o ar se encheu de veneno; o céu ficou em chamas; os navios no mar eram guiados por fantasmas; cavalos de fogo passavam a galope pela ponte do arco-íris, que estremeceu e caiu aos pedaços.

Até os deuses bons morreram, envenenados pelo ar e foram tragados pelo Lobo. Incêndios, terremotos, cataclismos, enchentes, miasmas tornavam a vida impossível. Os homens e os deuses bons desapareceram; as estrelas se desprezaram do céu.

Felizmente essa catástrofe foi apenas um episódio, causado pelo pecado original do céu. Um novo mundo surgiu da tragédia universal. A grande Águia reapareceu voando pelo céu. Os prados cobriram-se de relva e flores. As cachoeiras voltaram a cantar.

            Surgiu uma nova geração de deuses. Os deuses bons ressuscitam e renovam o mundo. A grande catástrofe da tempestade tinha lavado o céu e a terra.  Os homens e os deuses puderam reiniciar a história sem a ambição do ouro. O novo mundo seria feliz e eterno. Desapareceram os monstros e os gigantes que fabricavam armas. Tem início uma nova era porque o Dragão Negro fugiu para longe.

O MESTRE DAS SERPENTES

            Um personagem bastante famoso entre islâmicos, cristãos e judeus, apareceu nos meus estudos de forma surpreendente. Esse personagem é o Arcanjo Gabriel (FIG.18).

            Ao ler pela décima quinta vez o Livro de Enoque, com foco no estudo das serpentes, eis que recordo deste versículo: “Gabriel, um dos santos anjos, o qual preside sobre Ikisat, sobre o paraíso e sobre os querubins.”

            Vamos por partes. Começo falando sobre presidir o paraíso e os querubins, lembrando do versículo da Genesis 3:24, tradução de Almeida corrigida e revisada: “E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”

            O interessante neste versículo é que ele fala de uma só vez em querubins e paraíso. Esse capítulo da Genesis trata da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, e da condenação da serpente. Podemos imaginar que se tratando de expulsão do paraíso e querubins trabalhando na defesa deste local, o anjo Gabriel deve ter participado ativamente deste episódio, executando as ordens divinas.

            Adão e Eva foram expulsos por comerem o fruto da árvore do conhecimento, do bem e do mal. Eles foram tentados por uma cobra que estava por ali, a espreita. Ao invés de asas ela falava e dava conselhos, assim como no mito da tribo dos Guajajaras.

Igual ao mito indígena, homem e mulher não conheciam o sexo, e foram ensinados pela serpente. Algum leitor pode achar que a Genesis não tem conotação sexual, porém afirmo que tem, pois, em 2:25, está escrito que homem e mulher não se envergonhavam de sua nudez, e quando comeram o fruto proibido o primeiro sentimento que os abate é a vergonha de estarem nus, segundo 3:7.

Voltemos a falar de Gabriel. Entre seus principais feitos estão: a revelação do Corão para Mohammad ou Maomé, o anúncio para Zacarias do nascimento de João Batista. Ele é chefe dos quatro anjos mais próximos de Deus, e viu o que Os Sentinelas ou Anjos Decaídos estavam fazendo na terra, denunciando-os, conforme O Livro de Enoque: “A Gabriel também o Senhor disse: Vai aos bastardos, aos réprobos, aos filhos da fornicação; e destrói os filhos da fornicação, a descendência das Sentinelas de entre os homens; trá-los e excita-os uns contra os outros. Fá-los perecer por mútua matança; pois o prolongamento de dias não será deles.”. Ele preside sobre tudo que é poderoso, e anunciou a Daniel a sucessão das potências mundiais e a vinda do messias. A ele coube a “mensagem” (em minha opinião a inseminação) da chegada de Jesus para sua mãe, a Virgem Maria. Segundo as tradições cristãs, por deus lhe foi confiada à maior das missões, o anúncio do filho de Deus.

Por esse incrível currículo, Gabriel torna-se peça importante na cultura religiosa das maiores religiões, as quais este texto não tem a intenção de ofender.

Gabriel, além de “administrar” o paraíso e os querubins, também presidia Ikisat. Ikisat, quer dizer As Serpentes! Associando paraíso, querubins e serpentes, temos a visão perfeita do Jardim do Éden, e imaginamos: ele esteve lá?
  

YAHWÉH X SERPENTE
           
            Dois clássicos exemplos da luta entre Yahwéh e a serpente estão representados na Gênesis e no Êxodo bíblico.

O Êxodo já foi apresentado como uma guerra entre os deuses egípcios e Yahwéh. Os deuses e seus sacerdotes contra Yahwéh e Moisés. O episódio do cajado que vira serpente é uma bela representação.

            Na Gênesis, Yahwéh adverte aos humanos sobre os perigos e sofrimentos do conhecimento, e ao mesmo tempo, Adão e Eva, vivendo feito animais irracionais no Jardim do Éden, adquirem a sexualidade e a inteligência, ao serem convencidos pela serpente a experimentar o fruto da árvore do conhecimento.

 A serpente novamente aparece relacionada à sabedoria, porém aqui ela ganha ares de ser malicioso. É claro que a visão do sexo mudará de povo para povo, mas a do conhecimento é sempre igual. Como disse no início do texto: nenhum conhecimento pode ser adquirido sem sofrimento, ou seja, sempre será necessário abrir mão de algo para possuí-lo. Neste caso Adão e Eva abriram mão de muitas coisas.

Há uma grande dúvida nas escrituras: Muitos dizem que a serpente era má, e maliciosa, mas o que ela fazia no Jardim, falando pelos cotovelos? O que fazia a árvore do conhecimento naquele local? Uma espécie de armadilha? Yahwéh, que segundo a bíblia tudo sabe, do passado, do presente e do futuro, criador de todas as coisas, não sabia que Adão e Eva seriam seduzidos pela serpente?  O escritor bíblico sabia muito bem o papel da escamosa, pois quando a condena na verdade está condenado seu símbolo.

Existe uma eterna luta entre o homem e o conhecimento (serpente), e o conhecimento nos destrói e envenena. Ao mesmo tempo, o conhecimento traz um poder imenso e uma reflexão triste de quem somos; pensamentos sobre a vida e a morte.

O símbolo da serpente vai muito além do conhecimento. Segundo as tradições de todos os povos quem detém o conhecimento? Eles. Os deuses! É pertinente que a lógica nos leve a entender que serpente é conhecimento, e conhecimento é o símbolo dos deuses. “Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.” E foi exatamente isso que a Serpente ofereceu. Nesse caso ela não tinha asas, mas tinha voz e convencimento.

Os escritores bíblicos, através do seu personagem principal, condenam outros deuses por todo livro. Alertando em muitos versículos sobre a fidelidade que deveriam ter com o único e verdadeiro deus, e sendo a serpente o símbolo primordial dos deuses/sabedoria, esta deveria ser condenada eternamente na figura do mal personificado e rastejante.

Esse tipo de pensamento nos levou aos tempos de trevas, e, ainda hoje, em muitas igrejas, é pregado que nenhum saber fora o bíblico cristão deve ser adquirido, pois tudo é tentação de Satanás, a serpente.

            Em minha opinião não há como Yahwéh e a serpente estarem em times apostos neste jogo da manipulação humana pelos deuses! Eles são um só e se completam!

A SERPENTE PRIMORDIAL

            Da Suméria, considerada a civilização mais antiga, de origem incerta e fundação incerta, foi onde encontrei a Serpente Primordial. Localizava-se ao sul da mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, a eles é atribuída à invenção da escrita, da astronomia, medicina, ciência, arquitetura, arte, engenharia, das leis, ou seja, da civilização.

            Povo misterioso, que segundo os historiadores decidiu sair do Irã e se fixar na Caldeia, construindo tudo isso do nada. Deviam ser realmente geniais, pois só foram geniais na Caldeia, quando estavam no Irã eram selvagens e pré-históricos, fazendo tudo isso muito sentido, realmente!

            Esquecendo historiadores e estudiosos de origem ocidental, e provavelmente cristã, com mentalidade judaico-greco-romana, perguntemos aos próprios sumérios sobre sua origem. Eles afirmavam que o povoamento civilizado começou na cidade de Eridu (Lar Distante), trazido pelo deus Ea/Enki (fig.20).


            EA/Enki era o deus das águas doces, filho primogênito de Anu (senhor dos céus).  Por que água doce? Porque água tinha o mesmo significado de sabedoria e conhecimento. Sendo assim era muito mais que o deus das águas, era o deus do conhecimento, o mais sábio, portando os segredos da vida e da morte.

            Sendo EA primogênito de Anu, foi considerado o príncipe do céu. Em certo momento foi enviado com 50 heróis para um lugar chamado Ki (significa Planeta Terra), em uma carruagem celeste. Quando chega a Ki, EA é nomeado Enki (significa Senhor do Planeta Terra), e inicia um processo de exploração de minerais da água, principalmente ouro! Enki diz as seguintes palavras, segundo as tábuas sumérias: “Quando eu me aproximei vi verdes pradarias. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se havia água potável. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se havia alimento apropriado. Ao meu comando foi dada a ordem para provar se os gases eram respiráveis.

            Após construir Eridu (significa Lar Distante) em seis dias, Enki e os 50 heróis descansaram no sétimo! Sendo um dia a ser guardado, com festejo e recordação. Enki é pai de Ziusudra (pseudônimo do autor deste texto), o Homem de Shurrupak, que recebeu em sonho a notícia do dilúvio e instruções para construir um barco.

            Enki cria humanidade com a ajuda da deusa Nintu (Ninhursag), através de deuses sacrificados, misturando argila com a carne e sangue destes deuses. O motivo está no texto chamado “O nascimento do homem”: “Quando os deuses agiam como homens, eles faziam todo trabalho, e muito labutavam. O trabalho era enorme, grande o esforço, pois os deuses do céu, os Anunaki, faziam os Igigi, os deuses mais jovens da Terra, carregar uma carga sete vezes maior (15)”. Estes deuses mais jovens começaram a clamar, e Namu, mãe de Enki escuta o clamor. Ela chama seu filho para dar uma solução (Enki era o mais habilidoso Senhor da terra), e a solução foi criar a humanidade para trabalhar no lugar dos deuses.

            O mais impressionante desta passagem, é a demonstração de que os deuses eram carnais, e em outras palavras pediram sua própria morte, pois os mesmos não agüentavam mais o trabalho. Através de corpos de deuses, cria-se a raça humana.

            Outro mito impressionante é o de Adapa (Oannes) (FIG.21), criado para fazer o trabalho de sacerdócio no lugar de Enki: "Ele (Enki) fez com que o conhecimento amplo fosse perfeito nele, para descobrir os desígnios da terra. Para Adapa, Enki deu sabedoria, mas não lhe concedeu a vida eterna “(38).

            Adapa é convocado para uma assembléia com Anu, pai de Enki e Senhor do Céu. Enki avisa Adapa, que para fugir da fúria de Anu, não deve comer o pão e nem beber da água que Anu oferecer, pois estes são o alimento e a bebida da morte. Na assembléia Adapa não aceita a bebida e nem a comida, e revela o motivo para Anu:"Eles trouxeram-lhe pão da vida, mas Adapa recusou todo tipo de alimento. Eles trouxeram-lhe as águas da vida, mas Adapa recusou-se a beber. Eles trouxeram até Adapa novas vestimentas, que o sacerdote de imediato vestiu. Eles lhe trouxeram óleo, e Adapa ungiu-se [com prazer e reverência]. Anu, que a tudo assistia, voltou-se para Adapa: ‘Ora, Adapa, por que não quiseste comer? Por que não quiseste beber? Não queres te transformar num imortal?" (39). Na verdade o pão e a bebida eram a vida e não a morte! Logo após Adapa diz: Oh, grande Anu, eu vos saúdo! O privilégio de tornar-me divino, devo recusar, mas jamais esquecerei a honra que vós tivestes por bem conceder a mim. Sempre no meu coração recordarei vossas palavras, e minha memória irá reter para sempre a vossa grande bondade para comigo. Grande Senhor, não me culpais por demais, mas devo partir, pois meu deus aguarda o meu retorno" (40).

            Por esta ação deliberada de Enki, ele é comparado a Serpente do Jardim do Éden. Neste caso saio em defesa de Ea! Na verdade Enki ajuda o seu pupilo, Adapa, pois comer e beber da imortalidade, e ser como os deuses é um mal. Vejam as palavras de Anu: "Por que Ea ensinou à triste humanidade os segredos do céu e da terra, por que dar-lhes um coração atribulado? Foi Enki quem lhes deu este dom!" (41).

            O que Anu quer dizer com esta frase? A sabedoria é uma maldição que Ea não deveria conceder a humanidade (por que dar-lhes um coração atribulado?). Na verdade ao enganar Adapa, Enki evita dar mais um mal ao seu pupilo, que seria a imortalidade e o tédio eterno. A morte carnal é um passo importante, um recomeço que Ea nos concedeu!

O artigo trata da Serpente Alada, e Enki é a primeira! Seu símbolo era a Serpente! Como veio em uma carruagem celeste era uma Serpente Alada. As duas cobras da sabedoria são dedicadas à Ea, assim como o número 8, ou infinito, sendo o número de deus! Essa serpente da sabedoria é a chave para todas as outras dos primórdios da humanidade.

            A história de Adapa comprova que Ea é Yahwéh, e Yahwéh é a serpente. Na figura de criador nos deu a vida, e na figura de serpente nos deu o livre arbítrio, sendo deliberadamente um ato de bondade que as religiões modernas não foram capazes de entender. Ele nos deu a sabedoria e a mortalidade, para que tivéssemos oportunidade de um novo recomeço.

Vejam o tetragrama: YHWH + EA= YAHWÉH!

Abrão levou estas histórias consigo quando saiu da Suméria, assim como outros que povoaram mundo a fora, em tempos anteriores e posteriores! Vieram o judaísmo, o cristianismo e o Islamismo, mitificando, deturpando e despersonificando o seu próprio deus. 

UMA POLÊMICA CONCLUSÃO

            Consideramos o mais antigo dos homens como um grande contador de estórias, com grande imaginação, trazendo suas visões para nossa lógica de “suicidas emocionais”, onde o mundo está classificado somente naquilo que podemos ver e provar.

A primeira conclusão que tive foi que essas serpentes aladas poderiam ser algum fenômeno astronômico. Descartei! Pois deuses pousavam seus dragões e fundavam civilizações, recebendo o símbolo da serpente

            A Serpente Alada é o símbolo dos deuses, que categoricamente não eram espirituais (seus corpos poderiam ser mortos). Esses deuses eram extremamente sábios, não sendo naturais deste planeta.

Vinham do céu, nas serpentes aladas ou dragões, e acredito ser por esse motivo que tenha surgido o símbolo da sabedoria e dos deuses. Talvez o rastro deixado por essas naves seja semelhante ao dos aviões modernos, um rastro de fumaça em forma de serpente. Chineses, maias, astecas, egípcios, celtas e sumérios admitem esta visão. Eles falam por si mesmos, e isso não há como contestar, por mais que nossas mentes, judaico-greco-romanas, não consigam absorver tais fatos. 

O símbolo exerceu tanto fascínio porque é sabedoria, ao qual sempre buscamos mais e mais, ao qual queríamos adquirir com dos deuses. Uma coisa tão bela e sedutora quanto uma maçã suculenta na árvore.

E por fim: como podem civilizações tão distantes, tão diferentes, em ambientes diferentes, separadas pelo oceano, cultuarem a mesma serpente? Em minha opinião, isso foi possível pelo motivo que os próprios antigos nos explicaram. Os deuses (FIG.22) vieram em suas serpentes e fizeram acontecer!




Série: Bereshit bara Elohim et hashmayim ve'et ha'arets - Bereshit 1:1 No princípio criou os Deuses os céus e a terra - Gênesis 1 - As Montanhas Bayan Kara Ula e o mistério dos Dropas (ou Dzopa)



As Montanhas Bayan Kara Ula, são uma das áreas mais isoladas da Terra. A cidade mais próxima é Lhasa, no Tibete, a uma distância de 640 km ao sul, por um terreno inacessível. Atualmente está habitada por tribos de gente muito distinta dos povos ao redor. Autodenominados Dropas (ou Dzopa) e os Han, não se encaixam em nenhuma categoria racial estabelecida pelos antropólogos.

Em primeiro lugar, são de pequena estatura. A altura média de um adulto é de um metro e vinte e cinco centímetros. São amarelos, suas cabeças são desproporcionalmente grandes, quase calvos e seus olhos são grandes e azulados, porém não de aspecto oriental. Seus traços são praticamente caucasianos, e seus corpos são sumamente delgados e delicados. O peso médio de m adulto é de aproximadamente 50 kg.

 Esqueleto de um dos “alienígenas” Dropa encontrado nas cavernas de Byan-Kara-Ula.

Em 1938, Chi Pu Tei, professor de arqueologia da Universidade de Beijin, conduzia alguns de seus estudantes em uma expedição a uma série de grutas que se entrelaçam nas montanhas de Bayan Kara Ula, entre as fronteiras de China e Tibet. Conforme entravam, deram-se conta de mais cavernas; era um sistema completo de túneis artificiais e despensas. As paredes eram quadradas e cristalizadas, como se o corte na montanha tivesse sido realizado com uma fonte de calor extremo. Dentro das grutas acharam sepulturas, com estranhos esqueletos. Estes esqueletos eram pequenos e delgados, e com crânios muito desenvolvidos.

A princípio se pensou, que as grutas havia sido um lar de uma espécie desconhecida de primata. Porém essa idéia se descartou ao encontra os esqueletos enterrados. O mesmo professor Chi Pu Tei disse: "Quem conhece algum Primata que enterra outro?”. Outros descobrimentos realizados nas grutas excluíram definitivamente a idéia de que estes eram de monos. Sobre as paredes havia pictogramas talhados do céu: o Sol, a Lua, as estrelas e a Terra com linhas de pontos que os conectavam. Porém faltava ainda o descobrimento mais fantástico de todos. Semi-enterrado, devido à sujeira da gruta, havia um disco de pedra, obviamente feito por uma mão de uma criatura inteligente. O disco teria 22,7 centímetros de diâmetro e dois centímetros de grossura, também tinha um buraco no centro, perfeitamente circular de dois centímetros de diâmetro. Dali surgia um sulco fino em espiral; havia caracteres escritos exteriormente. Este disco é datado entre 10.000 e 12.000 anos de antiguidade (muito mais antigo que as datações das grandes pirâmides do Egito). Entretanto não foi o único, no total haviam sido encontrados 716 pratos. E cada um com caracteres diferentes.
Foto obtida pelo Karin Robin Evans durante uma expedição em 1947.

Os discos haviam sido etiquetados, junto com os restos dos achados da expedição, e guardados na Universidade de Beijin, desde o dia de seu descobrimento. No decorrer de vinte e quatro anos, outras pessoas haviam tentado decifrar as estranhas inscrições nos discos, porém sem êxito algum.


Foi o professor Tyson um dos que, em 1962 se interessou pela editoria dos discos, e se propôs a decifrar o significado destes. Ele e seus colegas descobriram que os sulcos espirais não eram simples desenhos, mas também, uma escritura incrivelmente antiga, gravada de algum modo desconhecido e de um tamanho quase microscópico. Se isto for certo, seria a escritura mais antiga do mundo, já que, como exposto anteriormente, os discos tem uma antiguidade de 8.000 a 12.000. Para começar, o professor, com ajuda de uma lupa, foi transcrevendo, minuciosamente os caracteres do disco para um papel.

Durante este processo, perguntas assaltaram o professor tais como: "Como pode um povo primitivo fazer uns discos tão exatos?"; "Como elaboraram uma escritura quase microscópica?” e "Quem eram e para quê fim produziram essas centenas de discos?". Uma vez que os caracteres dos discos foram copiados, o professor Tsum Um Nui e seus colegas começaram a árdua tarefa de tentar decifrar seu conteúdo. Finalmente, intercambiando desenho com palavras e frases, chegou a decifrar parte do código ou escritura. Feito isto, se dedicou a ordenar os discos, da forma mais coerente que pôde, e assim, fazer uma transcrição parcial. A história contada nos discos era simplesmente assombrosa.


Conforme ia estudando os discos de pedra, o professor anotava também certas perguntas como: "como pode um povo primitivo fabricar discos tão exatos na medida?", "como a escrita quase microscópica pode ser feitas na pedra?", "Por que foram feitos?", "Para que fizeram tantos discos?" e "Quem eram os seres que fizeram as pedras?" Depois de tudo copiado para papel, a equipe do professor Tsum Um Nui juntou tudo numa espécie de livro para depois tentarem traduzir o significado da estranha escrita. Foi uma tarefa muito difícil, uma vez que os símbolos não se parecem com nenhuma forma de escrita conhecida. E muitos das inscrições estavam apagados pela erosão, o que tornava mais difícil. E precisava colocar em ordem as pedras para poder ter certo sentido. Foi um processo demorado e nada fácil. Por fim, com muita dificuldade, fazendo suposições e imaginando significados, transformando alguns desenhos em palavras inteiras, ou mesmo frases completas, uma parte acabou formando uma suposta tradução plausível e lógica.  
Assim uma parte pode ser decifrada. Toda a tradução reunida pela equipe foi então traduzida para a escrita chinesa. Mas apenas uma pequena parte foi traduzida, a maior parte continua sem significado, na verdade ficou incoerente. A parte que pode ser traduzida é tão assombrosa que assusta pelo conteúdo. Tão assustadora que depois de traduzida foi recusada pela Universidade que se recusava a aceitar seu conteúdo. A Universidade de Pequim analisou suas pesquisas mas estimaram que os critérios de interpretação careciam de argumentação cientifica. Frustrado pela recusa de publicação, Tsum Ui Nui se exilou no Japão até sua morte, pouco depois.

Em 1965, inesperadamente, um artigo escrito pelo filólogo russo Vyacheslav Saizev, apareceu na revista alemã Das Vegetarische Universum, e na revista anglo russa, Sputnik, contando a história dos discos, sua composição, e um extrato sobre o que havia sido decifrado pelo professor Tsum Um Nui.

Segundo a publicação, os discos e as escritas somente poderiam ser feitos por meio mecânico e jamais poderiam sido feitos a mão devido a sua grande precisão. E isso há 10.000 a 12.000 anos atrás. O maior disco tinha 3 metros de diâmetro e o mais leve tinha 400 gramas. Após essas publicações, os cientistas chineses mostraram fotos dos discos Dropa que haviam sido feitos eram similares aos discos Bi, que foram encontrados aos milhares em várias regiões da China, principalmente na região sudeste. O governo sempre evitou a divulgação da descoberta de descobertas deste tipo, por isso pouco se ouvia falar sobre isso. Hoje em dia, ao se visitar a China, pode se ver e fotografar as pedras Dropa e pedras Bi em Museus. A diferença é que os discos Bi são pequenos, feitos de jade ou nefrita, com um pequeno orifício redondo ou quadrado no centro, e não têm hierógrafos como os discos Dropa. A maioria dos discos Bi é do período Neolítico (século XXX a.C.) e foram encontrados antes do período da dinastia Shang. Já os discos Bi datado depois da dinastia Shang tinham inscrições de dragões, peixes e serpentes e usados em cerimônias rituais. Já os discos Bi encontrados no período Neolítico estavam em tumbas, enterrados debaixo das cabeças ou pés dos defuntos. Nenhum disco Bi tem caracteres, nem sulcos em espiral como os discos Dropa.

Já os discos Dropa têm propriedades exclusivas com alta concentração de cobalto e outros materiais que conferem às pedras uma dureza maior do que normal. Mais uma peculiaridade que os torna tão especiais. Os discos Dropa são mais resistentes do que granito, indicam uma tecnologia avançada em um tempo tão remoto. Isso reforça ainda a teoria de que para gravar as pedras era necessário maquinário e tecnologia que não existia há 12.000 anos. Mais uma vez a única explicação seria equipamentos que teria sido trazida na espaçonave dos Dropa. E mais ainda pelo reduzido tamanho em que foram escritos. A parte ordenada e decodificada conta a história de uma máquina de viagem intergaláctica (nave espacial) que foi obrigada a pousar neste planeta, justamente nas montanhas de Baian Kara Ula. Os tripulantes interplanetários eram os Dropa (Na língua chinesa, no dialeto Mandarim se pronuncia Djo-Pah). Provenientes de um universo distante e também tendo seu transporte sido danificado, tiveram que fazer uma aterrissagem forçada. O local da aterrissagem foi exatamente perto das montanhas, e com a nave estragada, não podiam mais voltar. Sua máquina voadora estava por demais danificada e não podia mais levantar vôo e não encontraram aqui material para concerto. Teriam de ficar no planeta e tentar sobreviver. Parecia que não podiam se comunicar com o planeta de origem.

Assim os Dropa resolveram se refugiar nas montanhas. Havia machos, fêmeas e crianças. E viveram nas grutas e fizeram as galerias das cavernas, onde fizeram as inscrições na parede e fizeram os discos de pedra contando o ocorrido. Suas intenções eram pacíficas. Tentaram contato com os habitantes do planeta, mas não foram compreendidos. Os humanos que os viram os confundiram com demônios inimigos e armados de lanças os caçaram e mataram a maioria deles.  Pois a aparência dos Dropa era feia e repugnante. E causava temor aos humanos. Pois nunca haviam visto seres com aquela aparência e não compreendiam sua linguagem. Os confundiam com demônios das antigas crenças religiosas. Os humanos que os Dropa tentaram contatar eram os nativos da tribo Han, que também habitavam em cavernas. Mas em cavernas das montanhas vizinhas. Os Ham os consideravam inimigos que estariam tentando invadir o seu território. Depois de varias tentativas, finalmente os Han compreenderam através de desenhos feitos pelos Dropa e enviados para eles sem que vissem. Por fim, após diversas tentativas de comunicação, os Han conseguiram entender as finalidades pacíficas dos Dropa. Foram admitidos pelos Han e convidados ao seu território. Assim os Dropa sobreviventes puderam viver juntamente com os Han até que todos morreram e foram enterrados nas cavernas onde viveram. Seja qual for à verdade por trás das pedras Dropa, os estudiosos e pesquisadores continuam fascinados com sua existência. A alta concentração de cobalto e a alta dureza delas aumentam o mistério acerca destes objetos. Arqueólogos e Antropólogos continuam tentando saber mais do seu significado. A sua origem continua desconhecida.


As maiorias dos especialistas não aceitam a tradução feita por Tsum Um Nui, acreditando que ele foi influenciado por um dos diversos mitos que é sempre contado na China, onde contam que os antigos povos vieram de outras estrelas. Alguns mitos simplesmente contam que navios vindos das estrelas trazendo estranhos seres de barba branca e longa (é bom lembrar que os chineses não têm barba, no máximo tem barbicha e bigode), carecas e de olhos grandes vieram a terra e ensinaram a escrita, o cultivo do bicho da seda, as técnicas de cultivo, a utilização do fogo, uso de ervas curativas e criação de animais.  Depois voltaram para seus navios e voltaram para as estrelas de onde tinham vindo. Tsum Um Nui é a tradução para o chinês de um  nome em japonês. Outros continuam afirmando que as pedras dropas são a prova que os extraterrestres possam ter influenciado o progresso da civilização terráquea. Outros que a Terra era habitada por seres extraterrestres e sua cultura influenciou os humanos. E que as pedras Dropa seriam a primeira evidencia da sua presença no planeta.

Os chineses dizem que sua civilização foi fundada por Fu Xi ou Fu-Hsi (Taihao, Grande Luminoso e Paoxi), há cinco mil anos. Assim como em outras civilizações sua irmã, também era sua esposa, e tinha o nome Nu Wa ou Nu Kua. A ela é atribuída à criação da humanidade. É atribuído a Fu Xi a invenção da escrita, da caça e pescaria, do sistema de trigramas e hexagramas do Livro das Mutações (I-Ching). A disposição específica dos hexagramas, chamado de Disposição de Fu xi, é idêntica ao sistema de números binários (zeros e uns), introduzida na Europa e que é atualmente utilizado como a base de matemática moderna.

            Fu xi, senhor dos céus, civilizador e sábio, dono de um grande conhecimento. Nu Kua, mãe da China e criadora da humanidade. Apesar destes grandes atributos, sua aparência não agradaria a maioria das pessoas: ambos tinham corpo de serpente, cabeça de homem (isso mesmo) e virtude de sabedoria. Em representações mais recentes, Nu Kua aparece com cabeça de mulher. Huangdi, imperador amarelo, considerado o primeiro soberano da China, veio do céu em um dragão. Ele tinha o poder da luz (sabedoria), e podia voar em seu dragão no momento em que bem entendesse, assim como o leitor tem seu carro na garagem. Seu dragão voava pelo céu em impressionante velocidade, o no fim, em sua grande despedida, o grande dragão amarelo o levou embora para céu, do qual nunca mais voltou.


Para aqueles que se interessaram sobre estes e outros mistério da antiga China, recomendo ler o texto  O Mistério das Serpentes Voadoras , aqui mesmo neste blog.

 
W. Saitsew, cientista russo em 1968 conduziu pesquisas nas pedras que revelaram certas peculiares. Foi ele quem descobriu a alta concentração de cobalto, e outros materiais. Estranhou que com a dureza do material conseguiram fazer inscrições sobre a pedra. Outro fato interessante foi ao verificar com osciloscópio, ficou num ritmo oscilante. A conclusão é que essas pedras são condutoras de eletricidade.

Particularmente, acredito que são fatos por demais destoantes, no que cerne a ordem cronológica do desenvolvimento da tecnologia, na civilização oriental. É um caso onde as evidências falam por si próprias, e acabam até mesmo por impedir outra interpretação (ou fuga de entendimento, frente a revelações tão bizarras).

É importante salientar que estes fatos ocorreram durante a revolução socialista na China e dada a grande tensão social e a intensa intervenção do Estado, vários dados coletados e discos desapareceram e nunca mais foram encontrados. É realmente triste perder as provas de tal revelação, ou será que oportunamente elas foram confiscadas, para manter o status quo da sociedade e permitir um estudo mais aprofundado do governo Chinês sobre tais evidências, em sigilo? Bom, a história nos mostra que nem sempre nos é revelado o que é real, e o que tornamos por real nem sempre o é. Assim, deixo livre a própria interpretação de cada um sobre o ocorrido, lembrando sempre de manter expandida nossa compreensão e interpretação sobre o universo que nos rodeia, a fim de evoluirmos juntos e podermos compreender um pouco melhor nossas origens e qual nossa função no cosmos. Cosmos e universo este que possivelmente ajudaremos a criar e construir em breve, tal como nos ajudaram a crescer e construir quando estávamos no princípio da criação de nossas sociedades.

Série: Bereshit bara Elohim et hashmayim ve'et ha'arets - Bereshit 1:1 No princípio criou os Deuses os céus e a terra - Gênesis 1 - Zacharia Sitchin e a saga dos habitantes do planeta Nibiru


A história dos Anjos Caídos é um desses eventos que aparece em quase todas as civilizações da antiguidade. Faz parte da mitologia hindu, judaica, sumeriana, inca... Sempre me chamou atenção tudo que envolve esse evento bizarro onde criaturas celestiais descem a terra, como o nome diz, e tomam pra si as humanas que eram belas aos olhos deles naquela época...
 Antes de desenvolvermos qualquer teoria a respeito de quem eram os anjos caídos e o porquê desta atitude ser tão condenável aos olhos dos deuses ou de Deus, é necessário fazer rápida passagem por todas as histórias que descrevem esse evento trágico e decisivo para humanidade.

Lembrando que mito, ao contrário do que muitos pensam, não são estórias inventadas aleatoriamente e de pouco valor na elucidação da nossa gênese ou teoria de como tudo começou. Muito pelo contrário o mito é a forma ou formato da expressão de um povo sobre acontecimentos reais, sendo de menor importância a veracidade de cada detalhe contado no mito. O interessante é deter-se na forma, nos arquétipos que nada mais são que a visão ou o olhar de um povo sobre eventos reais de sua história.

Partindo do princípio de que o mito é um registro válido e importante é interessante apurar o olhar e tentar analisar quais os pontos em comum nesses mitos de diferentes povos que relatam o mesmo acontecimento (cada um a sua maneira), neste caso o evento dos anjos caídos, ou os neflins que vem ao planeta Terra e quebram as regras tendo relações com as filhas dos homens, gerando inclusive uma raça híbrida, seres de grande estatura descritos na bíblia como gigantes sem moral e perversos. Vindo mais tarde a ser o motivo da ira de YAVEH que varreu a humanidade da Terra mandando o dilúvio também descrito em todos esses povos.

No Livro (apócrifo) de Enoque é descrito com detalhes todo o desenrolar da desgraça que se abateu a esse grupo de seres, que por hora chamaremos de celestiais, liderados por Samyaza, um anjo de grande poder que liderou a rebelião e deste grupo de anjos e não LUCIFER.

A palavra Lúcifer, do latim Lux + fero = que traz luz é citado na Vulgata (versículo 12 cap. 14 Isaias) Mas na tradução das bíblias grega e hebraica esse nome não aparece , veja na tradução correta: “Como caíste do céu, estrela filha da manhã. Foste atirada na Terra como vendedora das nações” e São Gerônimo a reescreve desta forma: "quomodo cecidisti de caelo LUCIFER (astro brilhante, ou luz matutina) qui mane oriebaris corruisti in terram qui vulnerabas gentes".

Fica evidente que o termo é latino e lançado por São Gerônimo quando da tradução da Vulgata.
Essa correção é necessária para que possamos abandonar um pouco a interpretação religiosa que se utilizou deste evento para criar ou dar explicação do bem e do mal, colocando Lúcifer como o anjo caído (moralmente) que desafiando a Deus tornou-se Satanás ou Diabo ou qualquer dos diversos nomes dados a este ser que sendo quase perfeito, decaiu, involuiu, degradando-se a ponto de tornar-se o próprio mal e causador de toda iniquidade. Da mesma os outros anjos decaídos tornaram-se os demônios, espíritos sem moral e atormentadores do homem. Porém isto nada mais é que uma interpretação conveniente para a igreja e vigente até hoje nos meios religiosos. 

O que nos interessa, como já foi dito é juntar os pontos, linkar as informações contidas nos vários relatos de outros povos e assim encontrar elementos parecidos, quem sabe assim podemos chegar a vislumbrar o que realmente pode estar por trás do episódio dos anjos caídos.

O Dilúvio é relatado, segundo Antropólogos, em centenas de povos e culturas diferentes do mundo é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, egípcias e persas,  entre outras, de forma  semelhante ao episódio bíblico.

O Deus Inca Viracocha teria mandado o dilúvio para acabar com uma raça de gigantes (neflins) e após este evento teria designado a repovoação da Terra a dois irmãos.

No Dilúvio Maia, deuses após criarem seres para povoar a Terra, percebem que estes seres eram arrogantes, não obedientes e insatisfeitos mandaram o dilúvio para acabar com essa raça de seres (não poupando nenhum deles).

No Dilúvio Sumeriano, o grande Gilgamesh semideus em suas andanças em busca da imortalidade encontra a Utnapishtim e sua esposa (únicos imortais) os quais contam a ele a história do dilúvio (do qual foram poupados pelo Deus EA), que havia sido mandado pelos deuses para exterminar com a humanidade desobediente.

No Dilúvio Grego, Poseidon a mando de deus resolve inundar a terra para por fim a vida da humanidade que havia aceitado o fogo de prometeu no Monte Olimpo.

No dilúvio Hindu, nas escrituras védicas da índia, Svayambuva Manu foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu.

Os elementos em comum sempre são que algum Deus insatisfeito com a raça de viventes na Terra, resolve por fim a esses seres mandando um dilúvio, em quase todos os relatos, algum ser é poupado desse castigo (testemunha que conta os fatos).

Há um consenso nessas histórias que seres que habitavam o planeta não obedeciam aos deuses e foi necessário um evento a nível mundial que os exterminasse, destruindo também quase toda a humanidade.

Interessante verificar que os tais gigantes, ou seres desobedientes não eram humanos comuns, já que para destruí-los era necessário destruir junto à humanidade inteira, portanto não se tratavam de rebeldes comuns.

Bem e afinal quem eram esses seres, anjos caídos, neflins ou gigantes?  Recorrendo as escrituras bíblicas encontramos uma passagem interessante, com interpretação dúbia por parte dos teólogos principalmente:
"Também vimos ali gigantes, filhos de Enoque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos. Números 13:33"
Eram como gafanhotos é sempre interpretado como se referindo a quantidade, porém o mais provável é que fosse quanto à aparência desse seres (diferentes na sua aparência). O termo Neflim é traduzido como gigante, porém analisando esta passagem podemos ver que o termo Neflim não é adjetivo para designar o tamanho desses seres:

"E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Números 13:32"
Comparando essas duas passagens nota-se que Neflins e homens de grande estatura são dois tipos de seres, se não fosse assim porque a diferença na designação desses seres, nessas duas passagens.
Além disso, temos esta outra passagem, de tradução que omite a diferenciação entre os vários seres que habitavam aqui naquela época. Vejam a diferença:
"Também essa foi considerada terra de gigantes; antes nela habitavam gigantes, e os amonitas os chamavam zamzumins; Um povo grande, e numeroso, e alto, como os gigantes; e o SENHOR os destruiu de diante dos amonitas, e estes os lançaram fora, e habitaram no seu lugar; Deuteronômio 2:21"
A tradução como originalmente escrita:
"Também essa foi considerada terra dos Rephaim; os Rephaim habitavam ali anteriormente, e os amonitas os chamavam zamzumins; Um povo grande, e numeroso, e alto, como os Anaquins e o SENHOR os destruiu de diante dos amonitas, e estes os lançaram fora, e habitaram no seu lugar; Deuteronômio 2:21"
Ao traduzir tudo como gigantes, perde-se uma informação crucial: de que havia mais de uma raça de seres, diferente dos humanos, habitando nosso planeta.
Zacharia Sitchin, pesquisador e especialista de escrita cuneiforme dedicou sua vida a tradução das tabuinhas sumerianas, povo que descreve a saga de seres alienígenas oriundos de um planeta Nibiru, que aqui chegaram em busca de um mineral (ouro) para salvar a degradação da atmosfera de seu planeta. Estes seres, os Anunnakis, exímios geneticistas precisaram criar uma raça de seres que os servissem no trabalho de mineração e para isso misturaram seu próprio DNA com o do símio que habitava o planeta para criar o homem. Toda a saga dos Anunnakis é descrita nas tabuinhas sumérias com precisão de detalhes, o povo sumeriano considerava os Anunnakis os deuses criadores, os que do seu vieram. Na bíblia encontramos a correspondência nos Elohim palavra que designa o criador, mas que está no plural, portanto criadores. 
Os neflins seriam segundo as traduções de Sitchin, fruto do cruzamento de alguns Anunnakis com as humanas, onde retornamos ao episódio dos anjos caídos.
Para mim fica muito claro que anjos caídos nada mais são que seres advindos do espaço, divinizados e contados em forma de mitos por todos os povos e culturas. Nada mais natural que interpretar desta forma. Inconcebível para o homem simples e tacanho descrever seres de alta tecnologia que chegaram aqui numa época em que nem a roda existia, o que dizer espaçonaves e toda tecnologia que cercava estes seres que chegaram como criadores e colonizadores aqui no planeta.
Porém ouso dizer que não foram só os Anunnakis que habitaram a Terra nessa época primordial, outras raças parecem ter passado por aqui. Os Anunnakis criaram o homem a sua semelhança, portanto aspecto humanóide. Porém há inúmeros registros de outro tipo de ser, também vastamente descrito em toda a mitologia, que são seres de aspecto mais bizarro, geralmente reptóide, descrito em várias culturas como o povo Serpente, ou dragão. Este povo pode ter habitado o planeta até anterior aos Anunnakis, ter sido tão ou mais avançado tecnologicamente e que por algum motivo não deixou descendência, como foi o caso dos Anunnakis.
Sobre esse assunto há varias teorias, a grande maioria especulativa e não conclusiva, sendo a mais difundida de todas a do canalizador David Icke, que se autodenomina contatado ou escolhido, e que através de revelações foi informado que uma raça reptiliana vive ainda aqui na Terra em mundos subterrâneos, ligadas a algumas famílias detentoras do poder atual. Alex Collier, outro famoso canalizador, também se denomina contatado e apregoa que essa raça de reptilianos é maligna, carnívora e é responsável pelo desaparecimento de crianças e pessoas por todo o mundo.
Tirando o excesso de especulação e fantasia que cerca o assunto, não podemos ignorar que são centenas de registros em centenas de culturas que falam desse povo de aparência híbrida meio humano, meio réptil.



Voltando ao assunto deste texto, anjos caídos, podemos conjecturar que talvez a história envolvendo seres rebeldes que tomaram humanas para si e foram amaldiçoados pelos deuses podem ser na verdade, duas raças distintas de seres que habitaram este planeta. Uma disputa interplanetária pelo comando do planeta. Não se trata de uma teoria, afinal não temos fundamentação para isto. Mas há indícios de que este evento dos anjos caídos seja uma das pistas de que a história da humanidade e do nosso planeta possa ter começado muito longe daqui, envolvendo disputa de poder, recursos naturais, engenharia genética e muito mais. Cabe a nós sempre abrirmos nossa mente e expandirmos nossa consciência, para conectar as várias informações disponíveis que passam despercebidas e sofrem todo tipo de distorção no decorrer da história por tantos grupos e seus interesses escusos.