1- Teísmo é um conceito filosófico - religioso desenvolvido para se compreender o Criador. Esta filosofia defende que este Ser é a única entidade responsável pela criação do Universo; é Onipotente, capaz de realizar tudo sem a ajuda de ninguém; Onisciente, ou seja, Aquele que tudo conhece; detém infinita liberdade e suprema generosidade.
2- Teísmo Aberto ou Teologia Relacional se propõe a rever os conceitos da igreja histórica sobre Deus, por julgá-los inadequados e ultrapassados, e tem por objetivo apresentar uma nova visão de Deus, e da sua maneira de se relacionar com a criação. Rejeita alguns dos atributos de Deus, tais como:- Onisciência, Onipotência, Imutabilidade, e, inclusive a soberania de Deus!
Podemos resumir o pensamento do Teísmo Aberto ou Teologia Relacional mais ou menos assim:
Principal atributo de Deus é o Amor - Deus é sensível e se comove com os dramas de suas criaturas.
Deus não é soberano - Deus abriu mão da sua soberania. Ele é incapaz de realizar tudo o que deseja como impedir tragédias e erradicar o mal. O homem tem capacidade e liberdade para cooperar ou contrariar os desígnios de Deus. Deus se molda às decisões humanas e, ao final, vai obter seus objetivos eternos, redesenhando a história de acordo com as decisões humanas.
Deus ignora o futuro - Ele não é atemporal, ele vive no tempo. O futuro inexiste. Deus não sabe antecipadamente que decisões as pessoas haverão de tomar, pois os seres humanos são absolutamente livres para tomarem as suas decisões. O futuro é determinado pela combinação do que Deus e as suas criaturas decidem fazer.
Deus se arrisca - Ao criar seres racionais livres, Deus se expôs a riscos... Deus não sabia qual seria a decisão dos Anjos, no céu, e nem a de Adão e Eva, no Éden. E ainda hoje, por respeitar a liberdade concedida ao homem, Deus se arrisca diariamente.
Deus não é onipotente - Ele pode sofrer e cometer erros em seus conselhos e orientações. Seus planos podem ser frustrados. Ele se frustra e expressa esta frustração quando os seres humanos não fazem o que ele gostaria.
Deus é mutável - Ele é imutável apenas em sua essência. Deus pode se arrepender de decisões tomadas, como reação às decisões das suas criaturas. Deus é mutável e aprende com o passar do tempo histórico. Esta postura é chamada de teologia do processo.
3- D(d)eus Intermediário - “Não acredito que Deus fez isso. Eu não tenho Deus no meu coração. Não acredito que Deus quis fazer isso com elas. Minha dor não passa. Eu fiquei presa e não consegui salvar minhas filhas. Por que Deus prendeu as minhas pernas?"
São palavras de uma mãe que teve três filhas soterradas no deslizamento de terras no morro do Bumba em Niterói. Estas palavras de desespero definem a 3º maneira de se conceber Deus.
Explico! É um D(d)eus ao nosso bel prazer, um D(d)eus segundo as nossas vontades e interesses pessoais, um D(d)eus tão terrível com qualquer deus adorado na forma das entidades que repudiamos, presente nas chamadas religiões Espíritas, Afro-Brasileiras ou de Mistério.
Falta na maioria de nós, cristãos, sinceridade, primeiro com nós mesmos e segundo para com o Deus Verdadeiro, O Soberano Criador dos Céus e da Terra e de tudo que nela existe e habita.
É verdadeiro o desepero dessa mãe ao experimentar a maior dor que o ser humano pode sentir, a perda de um filho, e no caso em destaque foram três vidas ceifadas. Mas são blasfemas ou no mínimo emotivas as afirmações feitas sobre a culpabilidade de Deus sobre tais acontecimentos.
A origem do sofrimento humano consiste em três falsos pilares que são construídos em relação a Pessoa do Verdadeiro Deus:
1º- Deus é compreensível e tolerante.
2º- Deus é capaz de transformar maldição em benção.
3º Deus está em tudo e em todos.
Infeliz Homem!
Pensar dessa forma sobre Deus é o mesmo que atravessar uma via de mão dupla sem querer ser atropelado e esmagado pelos carros. É justamente o contrário que Deus diz na sua Palavra:
1º- ...visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira geração e quarta geração daqueles que me odeiam.
2º- ...por causa da maldição a terra chora.
3º- ...Ouvi isto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos faça em pedaços, sem haver quem os livre.
Resumindo:
"O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará". 2 Crônicas 15.1:2.
Que direito o Homem tem de se queixar dos infortúnios, das calamidades, dos males que lhe assolam, uma vez que não buscam ao Verdadeiro Deus, e sim, a um deus do tipo robô, vodu, de madeira, mudo, de gesso, cego, de prata, surdo. Este é o deus que se busca. Somos a semelhança do povo que pereceu no deserto, dos traiçoeiros membros do Sinédrio, dos interesseiros discípulos, da multidão faminta e doente, só queremos o melhor de Deus para saciar as nossas necesidades humanas e carnais. Quanto ao buscar o Reino dos céus e a sua justiça. Passa de mim Senhor este cálice!
Sentimos a dor dos nossos amigos, parentes, desconhecidos sempre superficialmente, ou seja, até desligarmos o telefone ou fecharmos a nossa porta. E isso se dá por três motivos:
1º- Somos realmente limitados e incapaz de absorver problemas em grande quantidade.
2º- Somos de fato egoísta e acreditamos que jamais passaremos por tal desgraça, até que nos ocorra tal coisa.
3º- Somos juízes dos outros ao arbitrar que tais desgraças é fruto de pecado.
Temos sempre a primazia de achar que somos sempre corretos, somos especialistas em realizam julgamentos imediatos, e aqueles que, até então nos eram queridos e sinceros, de um momento para o outro passam a ser nossos algozes. É como bem disse Salomão "O que apresenta primeiro a sua causa se diz correto, até que vem outro e o contradiz".
Somos mestres em não reconhecer totalmente a nossa culpa e gostamos de dividir nossa inteira injustiça com o outro. Massageia o nosso ego mentiroso, satisfaz a nossa alma doente, acalenta nossos maus desígnios.
Aonde esteve Deus na vida desses construtores de "Babel" do morro do Bumba?
"Quem deu crédito a nossa pregação?"
"Qual de vós fez do "braço do Senhor " a sua força?"
"Aonde está o meu louvor, a minha honra, e a minha glória?"
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