segunda-feira, 16 de março de 2015

A imagética no cristianismo primitivo


Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do cristianismo, recaiu sobre os ombros dos apóstolos, logo, quando finalmente se expandiu por diversas áreas principalmente por Roma e pelos territórios dominados por ela. Com o passar do tempo, a ação dos apóstolos se mostrou mais eficaz, então o cristianismo se tornou para os dirigentes romanos, uma afronta aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos.
 Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados vivos. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-lo nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam fugir dos soldados romanos, entoarem cantos e pintar imagens que manifestavam sua fé. As primeiras catacumbas encontradas são datadas do século II d.C
 A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O que mostra que desde o cristianismo primitivo as imagens eram utilizadas pra expressão de fé e devoção. As imagens mais freqüentes eram o crucifixo, que lembrava o sacrifício de Jesus. A âncora que significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois peixe em grego é ICTUS que é eram as mesmas iniciais de: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” e diversas passagens bíblicas.  
 As catacumbas e os pais da Igreja
Entre o final do quarto e do início do século quinto, os Padres da Igreja descreveu as catacumbas. São Jerônimo foi o primeiro a contar como ele quando ainda era estudante ia aos domingos visitar os túmulos dos apóstolos e dos mártires, juntamente com seus companheiros de estudo: “Gostaríamos de entrar as galerias escavadas das entranhas da terra... luzes raras vindas de cima da terra atenuam a escuridão um pouco... Nós avançamos lentamente, um passo de cada vez, completamente envoltos em trevas”. O poeta ibérico, Prudêncio, também lembra que, nos primeiros anos do século quinto, que muitos peregrinos para Roma e até mesmo de regiões vizinhas para venerar o túmulo do mártir Hipólito que foi enterrado nas catacumbas da Via Tiburtina.
 Abaixo fizemos uma seleção de imagens das catacumbas que nos ajudam entender como desde os apóstolos as imagens eram utilizadas:
Fotos da Catacumba de Priscila em Roma.
Imagem que retrata a história dos 3 jovens na fornalha cantada pelo livro de Daniel, nas paredes da Catacumba de Priscila em Roma
Retratação de Jonas sendo vomitado pela baleia – Catacumba de São Marcelino e Pedro em Roma.
Noé na Arca - Catacumba de São Marcelino e Pedro em Roma.
Inscrições funerárias com símbolos – Catacumba de São Sebastião em Roma
Maria e o Profeta – Catacumba de Priscila em Roma (Século III)
Essa é a imagem mais antiga preservada de Maria, que é retratada em uma pintura no cemitério de Priscila na Via Salaria. O afresco, é datado da primeira metade do século III, mostra a Virgem com o Menino de joelhos na frente de um profeta (talvez Balaão ou Isaías), que aponta para uma estrela para se referir a previsão messiânica. Nas catacumbas outros episódios com Nossa Senhora também são representados, como a Adoração dos Magos e cenas do presépio de Natal, acredita-se que antes do Concílio de Éfeso, todas essas representações tiveram um significado cristológico.
O bom pastor -Catacumba de Priscila em Roma (Século III)
 Inscrições devocionais – Catacumba de São Sebastião em Roma 
 
Peixe Eucarístico (Representação de Jesus) – Crípita de São Gaio e Eusébio

GALERIA DA CATACUMBA DE SÃO CALISTO

 
Lóculos (nichos de inumação) - Catacumba de São Calisto.
Chi-Rho e o símbolo do peixe - Catacumba de São Calisto 

Cristo como bom pastor - Catacumba de São Calisto
Cristo como bom pastor – Catacumba de Domitila.
Afresco do Pão e Peixe Eucarísticos - Catacumba de São Calisto
Afresco com Cristo de barba - Catacumba de Comodila.
Epitáfio na Catacumba de São Sebastião
Pyxis Retratando mulheres no sepulcro de Cristo (Século IV)
Narrativa cenas como essa, feita visível as palavras dos Evangelhos.De um lado da Pyxis, em uma cena baseada no Evangelho de Lucas (24, 1-10), três mulheres, a Virgem Maria, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, ficarem com as mãos levantadas no orant (oração) pose. Do outro lado da caixa, duas das Maria’s balançar turíbulos medida que se aproximam um espaço abobadado onde as cortinas amarradas para trás revelam um altar iluminado por uma lâmpada suspensa.A iconografia da área do altar é familiar a partir do quinto século Pola Marfim (Museo Archeologico, Veneza), uma representação da área do antigo santuário de São Pedro em Roma.

Sobre o altar é o livro do Evangelho.No início da igreja, o altar passou a ser entendido como o símbolo da tumba de Cristo, essa fusão é parcialmente baseado no fato de que os elementos da Eucaristia foram colocadas no altar durante a liturgia, e especialmente preservadas porções depositada no altar para uso em emergências.recipientes do Marfim, como neste exemplo finamente esculpida trabalhou a partir de uma seção transversal de presa de um elefante, pode ter sido usado para transportar o pão da Eucaristia com os demais doentes ou idosos para participar do serviço.
 Jesus, Pedro e Paulo (Século IV)
 
Catacumba dos Santos Marcelino e Pedro na Via Labicana . Cristo
entre Pedro e Paulo. Para os lados são os mártires Gorgonius,
Pedro Marcelino , Tiburtius. Este cemitério está no terceiro marco na Via Labicana, perto de uma vila imperial pertencente a Constantino.
 
Rosto de Cristo da Foto anterior mais de Perto.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Salmo 2: um texto ideologicamente maligno?


Os textos bíblicos, como quaisquer textos, são usados por seus leitores para diferentes finalidades. Não é difícil encontrar leitores empregando a Bíblia para legitimar suas próprias ideias. Mas apesar dessa autonomia interpretativa exercida pelo leitor, a maioria deles encontram nas páginas da Bíblia conteúdos que incentivam o amor ao próximo, a caridade, a religiosidade... O Salmo 2 me surpreendeu justamente porque não lida com esses conteúdos mais habituais; antes, é um texto ideologicamente maligno. Noutras palavras, é um texto ditatorial, que justifica a violência e a opressão, e eu nunca tinha notado isso.
No estudo que farei empregarei a versão de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida (ARA), e isso simplesmente porque estou mais acostumado a ler o Salmo nessa versão. Farei ainda alguns comentários sobre as questões técnicas, conjeturas sobre o contexto social e histórico, mas com brevidade, para que a análise não se desvie de seus objetivos iniciais.
Façamos a leitura dos primeiros versículos:
Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs?
Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo:
3 “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas”.
As primeiras palavras nos colocam em contato com o narrador, sujeito anônimo como geralmente acontece na Bíblia. Ele nos fala de eventos e personagens bem específicos, que parecem nos remeter ao período monárquico em Judá, também chamado de Reino do Sul (em oposição a Israel, Reino do Norte), antes da invasão babilônica e do exílio. Não cheguei a empreender pesquisas extra-textuais que me permitissem apontar com maior precisão se esse texto condiz com algum momento histórico vivido por aquele reino, mas o que importa é que o mundo do texto, o cenário criado, nos remete à monarquia judaíta em dias de apogeu.
Segundo o narrador, os gentios, que são todos os que não são de Judá, planejam inutilmente se libertar do domínio político que este exercia sobre eles. Os gentios supostamente clamavam por liberdade e planejavam um motim contra Judá, o dominador. O versículo 3 deixa isso muito claro: Judá e os hebreus, que na maior parte de sua história estiveram sujeitos a reinos e impérios, surpreendentemente estão por cima. Daí minha estranheza frente ao contexto sugerido pelo texto; estamos ouvindo a voz do opressor, e não do oprimido como quase sempre acontece.
Peço licença para falar do que o texto não diz: Normalmente, o domínio de um reino sobre o outro era expresso de forma violenta, num controle militar rigoroso, na expropriação de terras, na escravização das pessoas, na cobrança de taxas... Imagino, portanto, que era desse tipo o domínio que Judá poderia estar exercendo sobre algumas nações vizinhas, domínio sempre ditatorial que o texto figurativiza através de expressões como laços e algemas.
Vale destacar que o plano de liberdade dos gentios, dos reis da terra, é considerado inútil por esse narrador porque ele acredita que o domínio de Judá é um estado que o próprio Deus estabeleceu. Por isso, no versículo 2 ele diz que se levantar contra Judá é lutar contra Deus. Também diz que o rei de Judá é o “Ungido”, isto é, aquele que Deus elegeu e capacitou para exercer uma missão especial.
A prova de que sua confiança na manutenção do domínio judaíta está em Deus aparece nos próximos versículos:
Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles.
Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá.
“Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião”.
Os versículos 4 e 5 falam de Deus. Como é comum nos textos bíblicos, um narrador onisciente e anônimo fala como quem conhece Deus, como quem entende seus planos, ouve sua voz. A suposta rebelião dos gentios seria dissipada pela ira de Deus, que é tão superior, são poderoso, que ri dos rebeldes e de seus projetos libertários.
Sugiro que o meu leitor atente para o versículo 6, e para o fato de que eu o coloquei entre aspas. Fiz isso porque entendo que nesse ponto o narrador cita o próprio Deus. Entenda: o narrador continua falando, mas usa a voz de Deus, seu personagem, como um recurso literário, com propósitos estilísticos e retóricos. O problema é que isso não está indicado no texto por nenhum sinal gráfico nem por palavras; cabe ao leitor atento descobrir de quem é as palavras. Essa é uma das questões técnicas às quais me referi no começo: os salmos não costumam marcar para o leitor as transições da voz narrativa; não costumam anunciar quem está se expressando com a clareza que vemos, por exemplo, nos evangelhos.
Seja como for, o conteúdo que as supostas palavras divinas querem transmitir é simples: Foi Deus quem instituiu o rei de Judá, que habita provavelmente num palácio localizado no Monte Sião, que é Jerusalém. Isso, como vimos, já fora dito pelo narrador, mas agora é Deus quem fala, e isso torna qualquer asserção mais confiável para o leitor.
Seguindo como a leitura, eu acredito que há uma nova transição não anunciada pelo narrador. Eu diria que a partir do versículo 7 quem fala não é nem o narrador, nem Deus, mas o próprio rei, também chamado de Ungido. Todavia, o tal Ungido também faz como o narrador e cita supostas palavras de Deus:
7“Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse:
‘Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.
Pede-me, e eu te darei as nações por herança
e as extremidades da terra por tua possessão.
Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro’”.
O objetivo dessas linhas é anunciar um decreto divino, que elegeu este tal rei para exercer o cargo de governante de Judá e, por meio desse cargo, das nações das redondezas. O decreto deixa claro que ele tem o direito de dominar toda a terra, isto é, de fundar um verdadeiro império.
O rei ganha um novo epíteto, o de Filho de Deus, e isso tem conduzido muitos leitores a ignorar os problemas desse texto em nome de uma leitura cristológica. Sua proximidade para com Deus é, portanto, fator determinante para que se aceite seu domínio como um domínio divinamente fundamentado.
Para os leitores mais devotos, ofereço dois argumentos para defender a posição de que esse rei não é Jesus: Primeiro, sabemos que esse império israelita ou judaíta nunca existiu. Embora não saibamos com exatidão de que período histórico esse texto está falando (se é que fala de algum), é fato que Judá não exerceu um domínio tão extenso e duradouro quanto o que autor acredita que exerceria. Segundo, o versículo 9 nos mostra que o projeto imperialista desse Ungido é violento, ditatorial, maligno... Ele quer que Judá despedace seus dominados, e não sei como isso pode ser lido como um projeto divino.
Enfim, discordo do projeto ideológico do salmo; discordo de sua teologia, de sua política, e conhecendo um pouco da história fico feliz por saber que esse judeu não realizou seus objetivos. Mas passemos às últimas estrofes dessa poesia ditatorial que por algum motivo desconhecido ganhou um lugar privilegiado no cânon bíblico:
10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra.
11 Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor.
12 Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira.
Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.
O narrador retoma o controle e cala seus personagens. Depois de várias linhas empenhado em nos fazer acreditar que esse reino é divinamente fundamentado, e que seu governante é uma espécie de líder messiânico, ele passa ao que realmente queria. O narrador coloca os imperativos, dá ao leitor as ordens que queria transmitir desde o começo.
Ele pede aos narratários, os reis da terra, que sejam prudentes, que se deixem advertir pelo salmo, que sirvam ao Senhor com alegria e respeito, e que se submetam ao domínio exercido pelo rei que habita em Jerusalém. Na verdade, o salmo nada mais é que uma tentativa de suprimir a revolta dos gentios, anunciada nos primeiros versos. Para convencer seus narratários, para levá-los finalmente a aceitar o contrasto proposto, ele usa de vários recursos: 1) ele usa principalmente de intimidação; ameaça-os com a ira de Deus, que segundo ele está prestes a se irritar com os rebeldes que não aceitam servi-lo (isto é, submeter-se ao governo de Judá); 2) ao mesmo tempo lhes oferece segurança, refúgio àqueles que atendem a seus pedidos, que beijam o filho e passivamente se deixam dominar; 3) e ainda provoca dizendo que seu modo de agir é imprudente, já que seria prudente deixar-se advertir.
Lido o texto, passo a propor algumas poucas reflexões de caráter mais pragmático.
·       O texto que lemos nos mostra que a Bíblia não é unânime, não apresenta apenas um tipo de religiosidade, não defende apenas um projeto político ou social e, portanto, não é um simples guia para a vida cristã como muitos acreditam. A Bíblia deve ser lida como um registro de diferentes pontos de vista, de diferentes momentos históricos, e que não podem ser recebidos sem a devida reflexão. A Bíblia é apenas um ponto de partida para nossas próprias experiências, uma inspiração, cheia de bons e maus exemplos que ao cabo sempre podem nos instruir. Assim, uma leitura fundamentalista, que pretende “viver”, obedecer cada imperativo contido em suas páginas, só pode resultar em confusão.
·       Se o leitor concordou comigo e chegou à conclusão de que esse texto defende um projeto ditatorial, será obrigado a admitir que o relacionamento do cristão com a Bíblia deve ser bem mais sério do que geralmente se pratica. Os versículo 8, por exemplo, costuma legitimar o cristianismo e ser usado por teólogos da prosperidade, mas do meu ponto de vista ambos estão errados, estão se aproveitando do texto ao isolar esse versículo dos demais. O versículo 9 nos revela que não há nada do Cristo no tal Filho Ungido que o Salmo 2 nos apresenta, e que o verso não é uma promessa universal de prosperidade, não autoriza qualquer um a pedir, determinar e receber dádivas de Deus. Na verdade, o que vimos é que só o tal Ungido se achava nesse direito, e mesmo assim, a história de Israel nos prova que esse homem, se existiu, nunca recebeu as nações por herança. Essas são questões que geralmente surgem nas aulas de exegese.
·       Na leitura que fiz mostrei que a realidade histórica por traz do texto pode iluminar nossa compreensão, mas não é determinante. Procurei mostrar como a ideologia está sendo defendida, e não sabemos se as afirmações correspondem a qualquer realidade histórica passada. Ou seja, a Bíblia pode ser lida como ficção, útil para quem a recebe, independente de dizer a verdade ou não. Vale dizer que não estou dizendo que as histórias bíblicas são falsas, mas que elas podem ser e nem Sempre seremos capazes de avaliar isso; todavia, isso não é tão importante quanto se julga por aí. O que vale numa narrativa lida não é sua historicidade, e sim, sua mensagem.
·       Também gostaria de dizer que esse texto, se ele realmente preserva a memória de um opressor, pode servir para desencadear uma reflexão sobre a religiosidade humana: Os homens usam Deus, falam em seu nome, e sempre acham que estão fazendo a coisa certa. Todo vilão é herói desde seu ponto de vista, e julga ter Deus a seu lado, contar com sua bênção, e espera ir para o céu um dia. Nem o mais abusivo dos ditadores admitiria servir ao Diabo, e por isso nós temos que ser cuidadosos quando as pessoas falam em nome Deus. Como aconteceu nesse salmo, isso pode ser apenas um truque para manipular os outros. Os líderes religiosos, em especial, usam das mesmas estratégias que o salmista: apoiam-se num suposto “chamado” ou “eleição”, num título religiosamente fundamentado, ameaçam os seguidores com o inferno, e prometem que Deus vai recompensar os que fazem o que eles querem. Pois é, a história sempre se repete.

Enfim, certamente há mais lições para extrair desse texto e da nossa leitura, mas penso que as acima apontadas são suficientes. Como sempre, desejo que o leitor concorde comigo e aprenda a ler a Bíblia de um modo que considero mais maduro; contudo, se o leitor discorda (e ele tem todo o direito), ele pode seguir lendo como desejar, enquanto minha esperança é a de que ele tenha sido aperfeiçoado de algum modo pelo meu trabalho. Então, sigamos refletindo, discutindo, compartilhando, discordando... Mas resistamos aos opressores; mesmo quando eles são bíblicos.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Inscrições para o curso '(Des)Construindo Paulo. Do Ícone Conservador ao Visionário Radical.'

Inscrições para o curso '(Des)Construindo Paulo. Do Ícone Conservador ao Visionário Radical.'


O curso será oferecido aos Sábados, das 9h às 12h, e acontece entre os dias 7 de março a 11 de abril (6 sábados), no Instituto de História da UFRJ - Largo de São Francisco, S/N, Centro, Rio de Janeiro - RJ.
Professores Daniel Justi(UFRJ), Juliana Cavalcanti (UFRJ)e Lair Amaro dso Santos Faria (UFRJ);
Valor: R$ 120.
Mais informações: jesushistorico@gmail.com
Realização: Laboratório de História das Experiências Religiosas:
(LHER IH-UFRJ); Apoio: UFRJ, Instituto de História - UFRJ, Kliné Editora.



Instruções para a Inscrição:
1) Preencha os campos abaixo e clique em OK.
2) ao visualizar a mensagem "Inscrição realizada com sucesso!" clique no botão 'voltar' de seu navegador clique em um dos botões 'pagar' abaixo.
3) Realize o pagamento no PagSeguro da forma que desejar (cartão, boleto, depósito, etc..) e depois envie o comprovante de pagamento para o e-mail 'jesushistorico@gmail.com' com o assunto 'Comprovante de pagamento da inscrição' e com seu Nome completo. Aguarde na sua caixa de e-mail o e-mail de confirmação da sua inscrição e você já estará inscrito. Este e-mail pode demorar alguns dias. 

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Filme (O Eterno Judeu) Legendas em português.

                                   

Uma visita ao gueto Lodz, na Polônia ocupada, documentada por cinegrafistas alemães, enquanto ingênuos figurantes da comunidade judaica, aparentemente deixavam-se filmar, sem perceber a finalidade da matéria. O filme também possui raras imagens de clips internacionais extraídos de cinejornais e outras que procuram mostrar os judeus como trapaceiros e parasitas.

O Eterno Judeu

É um filme muito polêmico e sua venda e distribuição é proibida em países como Alemanha, França, Itália e Áustria.

É bom lembrar que foi idealizado pelos nazistas, com a intenção de “fazer a cabeça” do povo alemão, para que acreditassem que os judeus eram responsáveis pelas desgraças do mundo, inclusive da Alemanha, e que esta ameaça precisava ser eliminada. Contém cenas muito fortes, há uma parte em que a própria narração avisa que “pessoas sensíveis” não devem assistir.

Ficha técnica

Direção:Fritz Hippler

Duração:65 min

Formato: Avi

Tamanho: 532 MB

Legenda: PT-BR

Clique acima para download

domingo, 25 de janeiro de 2015

Terra Prometida "Canaã: A Terra que nunca aconteceu.



Por volta de dois mil anos antes de Cristo, Abraão e seus familiares moravam na cidade de UR dos caldeus ao sul da Babilônia (hoje sul do Iraque). Gênesis 11.31. Então Deus disse a Abraão que saísse dessa terra para se dirigir a uma outra. Gênesis 12.1.
Abraão se deslocou para a cidade de Harã (atualmente na Turquia) e depois seguiu para a Terra de Canaã que nos dias de hoje está ocupada pelo Estado de Israel e Jordânia. Gênesis 12.5.
Da cidade de Harã, conhecida como Pátria dos Patriarcas, Abraão dirigiu-se rumo ao sul com uma distância de mais de mil quilômetros. Nos dias de hoje, para seguir o caminho de Abraão, é preciso de quatro vistos; o da Turquia, o da Síria, isto para atravessar o trecho que vai do Eufrates passando por Damasco, até o Jordão, alem dos vistos da Jordânia e do Estado de Israel.

Características de Canaã

A antiga Canaã é uma faixa de terra estreita e montanhosa que localiza-se entre a costa do Mediterrâneo e a orla do deserto. Desde Gaza, no sul, até Emat, no norte.
Canaã significa "terra da púrpura" este nome foi devido a um produto local muito cobiçado na antiguidade. Os habitantes extraiam de uma espécie de caracol do mar a tinta mais famosa do mundo antigo que servia para tingir tecidos e que se chamava púrpura.
Em Canaã, por volta de 1900 a.C., os habitantes viviam em permanente estado de alerta, as povoações pequenas e isoladas eram presas fáceis para audaciosos assaltos dos Nômades que derrubavam tudo, levando o gado e as colheitas. Por essa região insegura vagueou Abraão com Sara sua mulher, Lot seu sobrinho, sua gente e seus rebanhos. ver (Gênesis 12.5 a 9). No cap.12 de Gênesis fala que Abraão ganhou a Terra Prometida chamada Canaã e no cap. 16.3 Abraão já estava vivendo nela há 10 anos.

Fome em Canaã - Emigração para o Egito

"Sobreveio porém uma fome no país e Abraão desceu ao Egito para aí viver algum tempo". (Gênese.12.10).
No cap. 42.1,3 de Gênese, fala que os irmãos de José, e posteriormente seu pai Jacó também fizeram o mesmo.
Contam os pesquisadores que do ano 1730 ao ano 1580 a.C, não se tem relatos sobre o Povo de Abraão. Em 1730 a.C. o Egito foi conquistado pelos hicsos, tribos semitas de Canaã e da Síria, tribos estas que desconheciam a piedade (violentas).
A Bíblia descreve que os filhos de Israel já estavam morando no Egito - Gênesis 45.18 - 46.32 - 47.3
Os viajantes israelitas que levaram José para o Egito, tinham camelos, carregados de aromas, resina e mirra (Gênesis 37.25).
"Israel habitou, pois, no Egito, isto é na terra de Gessém, e possuiu-a: e aumentou, e multiplicou-se extraordinariamente. (Gênesis 47.27).

Povo de Deus na escravidão - Época de Moisés

Êxodo 1.8 e 11 - "e os egípcios odiavam os filhos de Israel, e os afligiam com insultos e faziam-lhes passar uma vida amarga com penosos trabalhos de barro e tijolos".
Moisés após ter matado o capataz dos trabalhadores escravos, fugiu da jurisdição do Egito para o oriente. Como Canaã era um território ocupado pelo Egito, Moisés escolheu como exílio a montanhosa madian, a leste do golfo de Ácaba.

Saída do Egito e a indignação do Povo.

Tempo depois, Moisés conduziu o povo de Israel (6 mil homens), até que chegarem ao deserto do Sinai onde acamparam em frente ao monte. (Êxodo 19.2,3). Vagaram durante 40 anos a procura da Terra Prometida.
Anos mais tarde a vida miserável do deserto fez com que o povo de Israel se lamentasse. Muitos até arrependidos de terem saído do Egito.
"Antes fossemos mortos na terra do Egito pela mão do Senhor, quando estávamos sentados juntos às panelas de carnes, e comíamos pão com fartura", (Êxodo 16.3). "Quem nos dará carnes para comer?. Lembramo-nos dos peixes que comíamos de graça no Egito; vem-nos à memória os pepinos e os melões, e os alhos bravos, e as cebolas, e os alhos". Quem nos dará a comer carnes? Nós estávamos bem no Egito". (Números 11.4,5 e 18).
Muito tempo depois de Abraão, seus descendentes e seu povo ter deixado a Terra de Canaã, Moisés teve de se informar sobre a Terra, por isso mandou 12 observadores para lá. (Números 13.16,19).
Entre os observadores enviado por Moisés, encontrava-se Josué, homem de habilidade estratégica que veio se revelar mais tarde na conquista de Canaã..
O Povo de Israel, ao pressentir que para conquistar a Terra de Canaã teriam que guerrear contra tribos consideradas fortes, se lamentaram ao ponto de "Toda multidão se pôs a gritar e chorou aquela noite: Oxalá.... o Senhor não nos introduza nesta terra, para não sermos passados à espada..." (Números 14:1,3).

Nada de Terra Prometida.

Em Números 32:13, fala que Deus estava irado contra Israel, e que por esse motivo fez com que o povo andasse errante pelo deserto durante 40 anos.
A Bíblia fala que nenhum dos homens que conduziram a fuga do Egito, poria os pés na Terra Prometida, nem mesmo Moisés. Isso nos dá a entender que a Promessa de Deus feita à Abraão não era para seus descendentes de imediato, e que Canaã na verdade não era a Terra Prometida, já que Abraão e seus descendentes já haviam morado nessa região antes de imigrarem para o Egito e portanto já conheciam perfeitamente essa terra.
Veja que se Canaã fosse a Terra Prometida ao povo de Deus, Abraão, Isaac, Jacó e seus filhos não precisariam ter abandonado aquelas terras e se deslocado para morar no Egito. Quando Moisés tirou o povo do Egito, Israel não precisaria derramar sangue para conquistar Canaã. Seu povo não teria passado fome e miséria, e também não precisaria que passassem mais de duzentos anos para entrarem nela, era só atravessar o mar vermelho e se dirigir a essa terra.
Toda essa demora e tormento passado pelo povo nos faz entender que Israel andava em busca de uma outra terra que fora visualizada pelos profetas e não Canaã pois esta já era conhecida há muito tempo. Outra, que as características de Canaã é diferente das Características da Terra Prometida conforme citam os trechos bíblicos, que irei mostrar no próximo capitulo.
Ao contrário do que pensavam os antigos e em desacordo com versões espalhadas em compêndios de religião, a Terra Prometida, embora já existente em qualquer lugar do planeta, não foi oficialmente alcançada pelo povo de Deus. Alerto aos leitores que se aventuram a ler a História Sagrada, sobre as dificuldades que encontrarão em sua interpretação, não só pela técnica empregada pelos profetas e pregadores como pela deficiência dos textos adulterados que nos chegam as mãos.

Entrada em Canaã

No fim do século XIII aC, estrangeiros procedentes do norte do mar Egeu tinham por objetivo conquistar Canaã e Egito. Mas Israel ainda não tinha adentrado na Terra de Canaã, pois ainda se encontrava junto ao Jordão e nada tinha a temer. A hora de Israel havia chegado: "Levantando pois todo o povo a gritar, e soando as trombetas..... caíram de repente os muros.... e tomaram a cidade..... E puseram fogo à cidade e a tudo o que nela havia. (Josué 6:20 e 24).
No museu do Cairo há uma lápide, procedente de um templo fúnebre de tebas no qual se canta a celebre vitória do Faraó Merenptah sobre os líbios. Contem a parte final de um cântico que relata a desolação de Israel: "Canaã foi capturada com todos os maus. Ascalão foi aprisionada, Gézer, ocupada e Jenoam, aniquilada. O povo de Israel está desolado, não tem juventude; a Palestina tornou-se viúva para o Egito".
Esse canto foi escrito em 1229 a.C., e segundo os pesquisadores, ele é valioso e instrutivo sob muitos pontos de vista, e que através deste cântico, é que aparece pela primeira vez perpetuado na história da humanidade o nome de "Israel" e isso por um estrangeiro e contemporâneo. Israel é citado expressamente como povo, além disso relacionado com nomes de cidades da Palestina, o que é sem dúvida uma prova de que pelo ano de 1220 a.C. Israel já estava estabelecido em Canaã e não era mais desconhecido.
Tendo em vista as disparidades análogas, os cientistas cogitaram da eventualidade de a descrição bíblica da "tomada da terra" condensar um processo extremamente complexo e lento continuado ao longo de vários séculos, apresentado pela Bíblia em ritmo de "tempo recorde" e concentrado na pessoa de Josué. Ademais a Bíblia é seletiva na apresentação dos acontecimentos, que reúne para um "filme contínuo", nem sempre coincidente em seus detalhes.
Alguns cientistas chegam inclusive a confirmar que jamais houve uma "tomada de terra", conforme a descrita pela Bíblia, e de maneira surpreendente, também essa tese pode ser provada com base nos próprios textos bíblicos, como segue: Após suas primeiras vitórias no país dos cananeus, Josué reúne "todo o Israel" junto aos montes de Garizim e Hebal, que se elevam acima do Nablus moderno (Josué 8:33). Neste contexto a Bíblia distingue expressamente entre "estrangeiros" e "naturais".
O pesquisador pergunta porquê?, já que todo povo de Israel já teria entrado na terra?. indaga ainda o pesquisador: porque fala então de "naturais"?. Veja que esta profecia não era para aquela época por isso de tanto moldarem ficou incompreensível pelo fato de parte das profecias de Josué serem feitas para os dias de hoje e acabaram enxertando para aqueles dias.

Canaã foi dividida como sendo a Terra Prometida?

"E o Senhor deu a Israel toda a terra que havia prometido com juramento a seus pais que lhes daria, e eles possuíram e habitaram nela" (Josué 21.43).
Aqui cabe uma observação: Como deu a terra? Se Canaã foi conquistada a custa de derramamento de sangue muito tempo depois de Abrahão e seus descendentes terem abandonados esta terra.
Teria Josué confundido Canaã como sendo a Terra Prometida? ou esse trecho bíblico teria sido uma visão de Josué para os dias de hoje, que fora mal interpretado com todo direcionamento à Canaã? Como ser Canaã a Terra Prometida se o Povo de Deus nunca teve paz naquela região? Veja que as características da verdadeira Terra Prometida são bem diferentes, como vamos ver mais adiante.

Os profetas relatam: Nada de Terra Prometida.

Chamo atenção aos leitores que os profetas e o povo daquela época só conheciam aquelas regiões e que muitas profecias foram moldadas, ajeitadas e direcionadas pelos tradutores antigos para terra de Canaã como sendo a Terra Prometida. Já que desconheciam o Novo Mundo.
De uma, das muitas bíblias pesquisadas, já que na maioria das vezes possuem traduções diferente. Vimos que em Juízes 18.1 diz que "Já se passaram 500 anos depois que saíram do Egito e a Tribo de Dan continua em busca da Terra" (observe que a maioria das bíblias não citam o nº 500).
Neste, nos dá mais uma pista no sentido de que Canaã não é e nunca foi a Terra Prometida, haja visto que o Povo de Deus, através de Abraão já havia habitado nela há muito tempo e que depois que o povo saiu do cativeiro do Egito (1500 a.C) só entraram na terra de Canaã por volta de 1230 a.C. Portanto haviam-se passado apenas 270 anos desde que saíram do Egito. Este capítulo também nos informa que mesmo vivendo em Canaã o povo ainda estava em busca ou a procura da Terra Prometida. E que em Canaã não havia farturas e riquezas por isso Abrão e seus descendentes tiveram que vir para o Egito.
Em Hebreus 11.13, Relata de maneira clara que todos morreram sem atingir a Terra Prometida. Veja que a interpretação dada pelos "sabidos e certos" é bem diferente.
Aprox. 500 aC, Em Jeremias 16.14, é bem claro: "Nossos pais não ganharam nada de Terra, mas chegará o dia em que dirão viva o Senhor que nos reuniu na Terra Prometida e não o Senhor que nos tirou do Egito". E continuando no capítulo 16.19 diz; "Senhor o que nossos pais receberam de partilha na Terra Prometida, não passa de um nada".
No capítulo 23.7 ainda de Jeremias diz: "Chegarão dias diz o Senhor, em que não se dirá mais viva Deus que nos tirou do Egito, mas sim viva Deus que fez vir todos os israelitas de todo o mundo para reunir-se na Terra Prometida".
Tudo isso nos prova que ao saírem do Egito, e após vagarem 40 anos pelo deserto e depois de terem se estabelecido as margens do Jordão, foram apenas para Canaã. E confirmando mais, em Jeremias 4.10 Relata: "Então disse eu: Ah! Senhor Deus! Enganaste este povo e a Jerusalém".
Em Números 16.12 "O Egito era a terra que corria leite e mel, na verdade não nos conduzistes a uma terra que corre leite e mel, pensas que taparás os olhos de toda uma gente?".
Leite e mel quer dizer fartura e riquezas, esta é uma das características da Terra Prometida. Quando o povo morava no Egito, tinham fartura e em Canaã miséria e fome.
Veja que Jeremias morava na região de Canaã. Esse trecho do livro de Número também nos mostra que o povo não estava na Terra Prometida e sim em Canaã. Lembre-se que por volta de 1900 a 1750 a.C., Abraão, Jacó e seu povo emigraram para o Egito por estarem passando fome em Canaã. E que em Canaã não existia leite e mel (fartura, riquezas) como é uma das características da Terra Prometida. Depois quando o povo retornou a esta terra tiveram que enfrentar muita dificuldade como descrito na 2ª dos Reis onde ressalta que: "As mães querem matar seus próprios filhos para comerem".
Na época de Jesus, em Atos dos apóstolos Cap.7.5, fala bem claro que Abraão não ganhou um palmo de Terra ou seja o Povo de Deus (Israel) não alcançou a Promessa de Deus.
Em Números 20.12 diz que assim como o povo, Moisés não entrou na referida terra porque pecou e confirma em Deuteronômio 28.63 onde diz que por desobediência Deus tiraria a promessa, isso para aquela época ou seja não permitiu que os israelitas alcançassem a promessa.
Na Primeira dos Reis 14.14 diz; "Tirarei vossa Terra e levarei para além do Eufrates como o caniço levado pelo vento".
Nesta nos dá entender que a promessa de Deus não era Canaã e que estaria longe daquela região e que para chegar a estas terras o povo teria que caminhar pelos mares (caniço levado pelos ventos - náus, navios a vela). Terra essa que vamos conhecer no segundo capítulo deste livro.
Na 2ª dos Reis 17.13 fala que "Os israelitas desobedeceram e pecaram, por isso Deus os expulsou da Terra Prometida até os dias de hoje".
Prova de que a Terra Prometida não foi alcançada pelo Povo de Deus. Quando diz que "Deus os Expulsou da Terra Prometida". Posso dizer que este versículo está moldado. Pois o correto é: Deus tirou-lhes a Terra Prometida até os dias de hoje ou seja Deus suspendeu a promessa até os dias de hoje. E após a tribulação do mundo todos os cristãos ficarão maravilhados em saber que estão dentro das benignidades do Senhor.
Na 2ª das Crônicas 36.11 diz que "Deus retirou a Terra Prometida e ainda mandou Nabucodonosor exterminar mulheres, velhos e crianças". Em Hebreus 3.11 Deus jurou que eles (povo da velha aliança) não entrariam na Terra, Haja visto que Jesus fez jura diante deles conforme Mateus cap. 24 vers.24, "Em verdade eu vos digo, esta raça não morrerá antes que tudo aconteça".
-- Quando Jesus se refere à "esta raça", subjuga-se sendo os judeus, pois além de não aceitarem Cristo como o filho de Deus, foram os maiores inimigos de Cristo e perseguidores dos cristãos conforme João cap.8 vers.59, cap.10 vers.31, cap.16 vers.3 e outros.
A história conta que no início da era cristã, fora encontrado em Roma, seis milhões de esqueletos de cristãos mortos pelos judeus, e na segunda guerra mundial Hitler judiou e matou seis milhões de judeus, teria sido isso só coincidência?. E nos Atos dos Apóstolos 13.13 diz que os Eleitos (cristãos) não têm a cidade permanente mas vão em busca da futura.
Em Eclesiástico 48.13 diz que os israelitas foram expulsos e andam dispersos por todo o mundo. (Referência aos Judeus) Na oração do Pai Nosso, Jesus intercede pelos seus ao dizer: "Pai nosso que estás no Céu, Santificado seja o Vosso Nome, Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade assim na terra como no Céu".
Fica bem claro que na época de Cristo, o povo de Deus antes representado pelos judeus, ainda não havia localizado a Promessa de Deus. E que Cristo fez a nova ramagem do Povo do Senhor, os escolhidos e que mais tarde alcançariam a Terra Prometida que iremos ver adiante.
Em Salmo 105.40 "Então se inflamou contra seu povo a cólera divina e Deus tomou de volta a sua herança".
Neste capítulo de Salmo, está claro que Deus fez uma promessa à Abrahão, mas devido ao pecado do povo, Deus suspendeu a promessa. E como o povo Judeu não reconheceu Jesus como Filho de Deus, Deus tomou de volta a Herança, para dar aos cristãos nos dias de hoje, após destruição do mundo onde a Terra de Deus estará a salva com os eleitos.
Na 2ª dos Reis 18.31 "Assim vos fala o Senhor: deveis fazer as pazes com o rei da Assíria, para levar-vos a outra Terra semelhante a esta". Mais uma prova de que o povo não estava na Terra Prometida, e sim em Canaã.
1ª de Samuel 10.1 "Saul saiu para procurar as mulas e passou pelo túmulo de Raquel...".
Esta passagem mostra que depois de andarem tanto e de Josué já ter dividido as terras, ainda estavam em cima dos restos mortais de seus antepassados. "Um dia, Saul atravessou a pé as terras de Efraim, Benjamim, e outras..."
Estas terras pertenciam a Canaã e não a Terra Prometida. Apesar disso, por desconhecimento da nova revelação, teólogos continuam afirmando que Canaã é a Terra da Promessa de Deus. Se isso fosse verdade, como explicar que até hoje estão matando uns aos outros. Porque as características da terra de Canaã não bate com as da Terra Prometida? 

As citações das profecias bíblicas foram se sucedendo de tal forma que por providência divina, somente nos dias de hoje fosse revelado sobre onde está localizada a Terra Prometida. Se esta Terra fosse descoberta na época que saíram do Egito, os povos de todas as nações teriam se transportado em massa para ela e nos dias de hoje não caberia mais ninguém. Só que por revelação do Mistério de Deus. A Terra antes visualizada pelos profetas e hoje tão cobiçada pelo mundo, está reservada por Deus no meio das grandes águas para que seus habitantes, os eleitos através do reconhecimento em Cristo, testemunhem o "Grande Dia do Senhor".

sábado, 27 de setembro de 2014

(Download) Novo Comentário Bíblico São Jeronimo: Novo Testamento e Artigos Sistemáticos

                                               








        


   
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domingo, 21 de setembro de 2014

A Imaginação apocalíptica paleocristã: entre o êxtase religioso e a crítica social


Prezados alunos e ex-alunos recomendo:
Inscrições para curso "A Imaginação apocalíptica paleocristã: entre o êxtase religioso e a crítica social".
O curso será oferecido de 3 a 6 de novembro de 2014 (Segunda à Quinta, das 18h às 21h, no Instituto de História da UFRJ - Largo de São Francisco, S/N, Centro, Rio de Janeiro - RJ)
Professores: Daniel Justi (UFRJ), Juliana Cavalcanti (UFRJ) e Lair Amaro dos Santos Faria (UFRJ);
Valor para alunos da UFRJ: R$50; Demais: R$ 60.
Mais informações: jesushistorico@gmail.com
Realização: Laboratório de História das Experiências Religiosas (LHER IH-UFRJ); Apoio: UFRJ, Instituto de História - UFRJ, Kliné Editora.