O Verdadeiro Discípulo de Jesus
Pessoas de meu convívio diário, social, e desconhecidos, ficam surpresos com minha resposta quando sou perguntado: Você é crente? É cristão? É evangélico? E respondo: Não! Sou apenas um simpatizante da Bíblia e da pessoa do Senhor Jesus.
Para muitos essa afirmação pode parecer honesta, depreciativa, ou escárnio. Mas, de acordo com a Bíblia, e segundo as palavras do próprio Mestre, quem é “O Verdadeiro Discípulo de Jesus”.
A Bíblia relata as profundas palavras de Jesus dirigidas aos judeus que criam nele “Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sereis meus discípulos”. O versículo citado apresenta a palavra “verdadeiramente” que merece relevância, pois, de acordo com Jesus existem duas classes de discípulos: Os falsos discípulos e os verdadeiros discípulos.
Agora, fazendo uso de um dicionário da língua portuguesa, vejamos o que significa a palavra Discípulo: Quem recebe ensino de alguém; aluno; Quem segue as idéias ou as doutrinas de um mestre.
Até quando se faz uso de um dicionário escrito por homens falhos encontra-se a Sabedoria do Mestre Jesus, pois, em concordância com as suas palavras, o dicionário apresenta duas classes de Discípulos: 1° o aluno: aquele que recebe o ensino de alguém; 2° o seguidor: aquele que segue as idéias ou as doutrinas de um mestre.
Nem as multidões, os discípulos, os apóstolos, as mulheres fiéis, sua mãe e irmãos, foram seus verdadeiros discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais miraculosos que vistes, mas porque comestes do pão, e vos fartastes. Não quereis vós também retirar-vos?” Sim, este era o sentimento dominante entre todos os seguidores de Jesus: O de saciar suas necessidades.
Longe se ser um modelo de fé para judeus e gentios, o testemunho dos seguidores de Jesus muitas vezes serviu como pedra de tropeço para a pregação do Evangelho. Nenhum deles tinha fé, eram apenas movidos pela emoção, impulsividade e, uma forte ideologia nacionalista. Desejavam um Messias popular, alguém com status de libertador. Eram homens e mulheres de raciocínio acanhado que traziam consigo ressentimentos dos exílios, deportações, destruições, nutriam ódio pelos samaritanos, romanos, pelos homens e pelo mundo. Jamais conseguiram compreender a verdadeira missão de Jesus.
A maior prova de suas dificuldades em serem verdadeiros discípulos ficou evidente com a morte de Jesus. O abatimento foi total, nenhum dos discípulos, apóstolos, seguidores, ninguém teve fé nas palavras proféticas de Jesus “Todos vós está noite vos escandalizareis por minha causa, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois de eu ressurgir, irei adiante de vós para a Galiléia”.
Jesus ao se apresentar aos discípulos de Emaús descreveu de forma incontestável o momento espiritual de todos aqueles que por três anos conviveram diariamente com ele: “Ó néscios, e tardios de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?”
Todos eram judeus, descendentes de uma raça incrédula por índole, um povo desprezível que em momento algum chamou a atenção de Deus, a não ser pela sua própria fragilidade.
Não necessitavam crer em Jesus, pois ainda não tinham sentido sua falta. Eram crédulos somente aos seus próprios olhos sempre em busca de sinais e prodígios. Seus irmãos e sua mãe certa feita saíram para prendê-lo, pois achavam que estava louco. Como pode uma mulher (supostamente) receber a visitação de um anjo, anunciando que o ente que ela conceberia era fruto não da relação de homem-mulher, mas obra do Espírito Santo, ser tão incrédula e cometer tamanho desatino. A verdade é que muitos perderam o tempo da visitação do Senhor Jesus e poucos tiveram fé para crer.
Eram pessoas sem fé, tinham apenas uma leve disposição em ouvir e muito pouca vontade de obedecer. Algo muito parecido com os falsos discípulos que são formados pelas religiões e seus religiosos. Gritam e batem o pé, mandam o diabo sair e amarram o mal, se dizem fortes e imunes ao sofrimento, mas não vivem o Evangelho, não trazem as marcas de Cristo no espírito, são sepulcros caiados bem adornados por fora, porém cheios de podridão no interior. Clamam em alta voz como os convencidos discípulos de Jesus “Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma, (os samaritanos) assim como fez Elias?”. Achavam-se fortes, mas, na verdade eram covardes e incrédulos “Quando ouviram que Jesus vivia e que tinha sido visto pelas mulheres, não acreditaram”.
A história do jovem rico demonstra o protótipo dos falsos discípulos “Ainda te falta uma coisa. Vende tudo o que tens, reparte-o com os pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem, e segue-me”. _ “Mas, ouvindo ele isto, encheu-se de tristeza, porque era muito rico”. É como crêem e agem os falsos discípulos. Deturpam a Verdade e seguem os seus próprios conselhos: Compro mais bens, além dos que já tenho, e desfaço-me do imprestável dando aos pobres. Nunca receberam o firme fundamento da fé O Senhor Jesus.
Somente, após, a ressurreição e a ascensão de Jesus, houve uma transformação na vida espiritual daqueles homens e mulheres. A partir de agora, sabiam que a missão de levar o Evangelho a toda criatura deveria ser realizado por cada um. Seu mestre Jesus não estaria mais presente e, a escassez de pão e água, o temor da morte e da prisão, o pavor dos açoites e escárnios, agora, seria presente todos os dias e precisaria ser enfrentado com a própria vida.
Foi necessário que perdessem toda a segurança que tinham ao lado de Jesus para que ganhassem a confiança e a virtude de serem feitos Os Verdadeiros Discípulos de Jesus.
Por tudo isso, somente poderá ser chamado O Verdadeiro Discípulo de Jesus, o homem ou mulher que ousar ser igual a Ele, ou que tenha um testemunho semelhante do apóstolo Paulo “Eu combati o bom combati, acabei com a minha carreira (dinheiro, fama, fortuna, saúde, amigos, companhia, alegria, prazer), mas guardei a minha Fé”.
Amém!
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