terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Epístola de Publius Lentullus

Há provas arqueológicas de que Jesus realmente Existiu? 
Vamos a elas:


A Epístola de Publius Lentullus (Públio Lêntulo) ao Senado:

Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca de Lord Kelly, anteriormente copiada de uma carta original de Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores romanos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas respectivas províncias no tempo do imperador Tiberio César. Públio Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escreveu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado Yeshua (Jesus), no princípio das pregações:


"Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshua, que ainda vive entre nós, que pelos Gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelhada; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos - reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem, pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens".



A carta de Pontius Pilate (Pôncio Pilatos) para Tiberius Caesar (Tibério César)



Este é um reimpresso de uma carta de Pôncio Pilatos para Tibério César que descreve a aparência física de Jesus. As cópias estão na Biblioteca Congressional em Washington, D.C. É bem provável que tenha sido escrita nos dias que antecederam a crucificação.

PARA TIBÉRIO CÉSAR:

"Um jovem homem apareceu na Galiléia que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo dispersados. Jesus de Nazaré falava mais como um amigo dos romanos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde calmamente se dirigia a multidão. Me falaram que era Jesus. Este eu pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproximadamente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos ensinos de Jesus. Ele me contou que Jesus não era nem sedicioso nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso". 

"...Depois, escrevi a Jesus lhe pedindo uma entrevista no Praetorium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu eu estava em meu passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar presos com uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqüilo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extraordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personalidade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias.

Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Jesus de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes assuntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vinho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranqüilizar os mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente este é o filho de Deus.

Seu criado mais obediente,

Pôncio Pilatos



O Volume Archko:

Outra descrição de Jesus foi encontrada em "O Volume Archko" que contém documentos de tribunais oficiais dos dias de Jesus. Esta informação confirma que Ele veio de segmentos raciais que tiveram olhos azuis e cabelos dourados (castanhos claros). No capítulo intitulado "A Entrevista de Gamaliel" está declarado relativo ao aparecimento de Jesus (Yeshua):

"Eu lhe pedi que descrevesse esta pessoa para mim, de forma que pudesse reconhece-lo caso o encontrasse. Ele disse: 'Se você o encontrar [Yeshua] você o reconhecerá. Enquanto ele for nada mais que um homem, há algo sobre ele que o distingue de qualquer outro homem. Ele é a "cara da sua mãe", só não tem a face lisa e redonda. O seu cabelo é um pouco mais dourado que o seu, entretanto é mais queimado de sol do que qualquer outra coisa. Ele é alto, e os ombros são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma aparência morena, por causa da exposição ao sol. Os olhos são grandes e suavemente azuis, e bastante lerdos e concentrados....'. Este judeu [Nazareno] está convencido ser o messias do mundo. [...] esta é a mesma pessoa que nasceu da virgem em Belém há uns vinte e seis anos atrás..."

- O Volume de Archko, traduzido pelos Drs. McIntosh e Twyman do Antiquário Lodge, em Genoa, Itália, a partir dos manuscritos em Constantinopla e dos registros do Sumário do Senado levado do Vaticano em Roma (1896) 92-93

Flavio Josefo, historiador judeu, em "Antiguidades dos Judeus" ELE É UM FAMOSO HISTORIADOR - Historiador que se preze, conhece a autenticidade dele.

Esta é uma citação de Flavio Josefo, em suas escritas históricas do primeiro-século intituladas, "Antigüidades dos Judeus" Livro 18, Capítulo 2, seção 3:

" Agora havia sobre este tempo Jesus, um homem sábio, se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um feitor de trabalhos maravilhosos, professor de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si ambos, muitos judeus e muitos Gentios. Ele era o Cristo. E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeiramente não o abandonaram; pois ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez mil outras coisas maravilhosas relativas a ele. E a tribo de cristãos, assim denominada por ele, não está extinta neste dia".

Também encontramos em Josefo uma alusão a Tiago, o irmão de Jesus. Em Antigüidades XX9:1 ele descreve a conduta do sumo-sacerdote Anano:

"Mas o jovem Anano, que, como já dissemos, assumia a função de sumo-sacerdote, era uma pessoa de grande coragem e excepcional ousadia; era seguidor do partido dos saduceus, os quais, como já demonstramos, eram rígidos no julgamento de todos os judeus. Com esse temperamento, Anano concluiu que o momento lhe oferecia uma boa oportunidade, pois Festo havia morrido, e Albino ainda estava a caminho. Assim, reuniu um conselho de juízes, perante o qual trouxe Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, junto com alguns outros, e, tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados".

Cornélio Tácito, historiador romano

Cornélio Tácito foi um historiador romano que viveu entre aproximadamente 56 e 120 DC. Acredita-se que tenha nascido na França ou Gália numa família aristocrática provinciana. Ele se tornou senador, um cônsul, e eventualmente o governador da Ásia. Tácito escreveu pelo menos quatro tratados históricos. Por volta de 115 DC, publicou Anais nos quais declara explicitamente que Nero perseguiu os cristãos para chamar atenção para longe de si do incêndio de Roma em 64 DC. Naquele contexto, ele menciona Cristo que foi pôsto a morte por Pôncio Pilatos:

Christus: Anais 15.44.2-8
"Nero fixou a culpa e infligiu as torturas mais primorosas em uma classe odiada para as suas abominações, chamados pela plebe de cristãos. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu a máxima penalidade durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais danosa, assim conferidas para o momento, novamente falida não só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas até mesmo em Roma..."

Reparem que em todas as cartas que descrevem a aparencia de Jesus, sua descrição é extremamente identica uma à outra. Cabelo Dourado (castanho claro), Olhos acinzentados (levemente azuis), Rosto e testa lisa (parecido com sua mãe) porte alto e "magro", barba... e o principal que foi citada em todas: Ele era muito diferentes dos outros Judeus. Era fácil notar a diferença. Bastaria olhar e saberia quem era Jesus.


Luciano de Samosata:

Foi um escritor satírico do século segundo, tendo zombado de cristo e dos cristãos. Luciano relacionou os cristãos com as sinagogas da Palestina e referiu-se a Cristo como

"... o homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu uma nova seita no mundo... Além disso, o primeiro legislador dos cristãos os persuadiu de que todos eles seriam irmãos uns dos outros, após terem finalmente cometido o pecado de negar os deuses gregos, adorar o sofista crucificado e viver de acordo com as leis que ele deixou".

 Luciano também menciona várias vezes os cristãos em Alexandre, o Falso Profeta, seções 25 e 29.

Suetônio (120 A.D.)

Um outro historiador romano, oficial da corte de Adriano, escritor dos anais da Casa Imperial, diz:
"Como os judeus, por instigação de Chrestus (uma outra forma de escrever Christus), estivessem constantemente provocando distúrbios, ele os expulsou de Roma".
Vida de Cláudio


Escreve também:

"Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas dadas a uma supertição nova e maléfica".

Vidas dos Césares


Plínio segundo, Plínio Jovem:

Governador da Bitínia, na Ásia Menor (112 A.D.), Plínio escreveu ao imperador Trajano, solicitando orientação sobre como tratar os cristãos.

Na carta ele explicava que vinha matando homens e mulheres, meninos e meninas. Eram tantos os que estavam sendo mortos que tinham dúvidas se deveria continuar matando todos os que se descobrisse serem cristãos ou apenas determinados cristãos. Ele explicou o que fizera os cristãos se curvarem perante as estátuas de Trajano. Prossegue dizendo que ele também "os fez aladiçoarem a Cristo, o que não se consegue obrigar um cristão verdadeiro a fazer". Na mesma carta ele fala das pessoas que estavam sendo julgadas: "Eles afirmavam, no entanto, que sua única culpa, seu único erro, era terem o costume de se reunirem antes do amanhecer num certo dia determinado, quando então cantavam responsivamente os versos de um hino a Cristo, tratando-o como Deus, e prometiam solenemente uns aos outros a não cometerem maldade alguma, não defraudarem, não roubarem, não adulterarem, nunca mentirem, e a não negar a fé quando fossem instados a fazê-lo".

Epístolas X.96 Tertuliano:
Jurista e teólogo de Cartago, ao fazer em 197 A.D. uma defesa do cristianismo perante as autoridades romanas na África, Tertuliano menciona a correspondência trocada entre Tibério e Pôncio Pilatos:

"Portanto naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo. O Senado, por não haver dado a ele próprio a aprovação, rejeitou a proposta. César manteve sua opinião, fazendo ameaças contra todos os acusadores dos cristãos". Apologia, V.2


Talo, o historiador samaritano
Talo, que escreveu em 52 A.D. é um dos primeiros escritores gentios a mencionar Cristo. No entanto, seus escritos se perderam, e deles temos conhecimento só através de peqeunas citações feitas por outros escritores. Um desse é Júlio Africano, um escritor cristão que viveu por volta de 220 A.D. Um trecho bem interessante diz respeito a um comentário feito por Talo. Júlio Africano escreve:

"Talo, no terceiro dos livros que escreveu sobre a história, explica essa escuridão como um eclipse do sol - o que me parece ilógico (é claro que é ilógico, pois um eclipse solar não poderia acontecer em época de lua cheia, e foi na época da lua cheia da Páscoa que Cristo morreu)."
"Na Crucificação de Jesus, o mundo inteiro foi atingido por uma profunda treva... As pedras foram rasgadas por um terremoto, muitos lugares na Judéia e outros distritos foram afetados".

Assim, a partir dessa citação percebemos que o relato dos Evangelhos acerca das trevas que se abateram sobre a terra por ocasião da crucificação de cristo era bem conhecido, e exigia uma explicação naturalista por parte daqueles não-crentes que haviam testemunhado o acontecimento.

Flêgão, um historiador do primeiro século:
Suas crônicas se perderam, mas um pequeno trecho dessa obra, que confirma a escuridão sobre a terra na hora da crucificação. também é mecionado por Júlio Africano. Depois de comentar a opinião ilógica de talo sobre a escuridão, Júlio Africano cita Flêgão:
"Durante o tempo de Tibério César, ocorreu um eclipse do sol durante a lua cheia".

Flêgão também é mencionado por Orígenes em Contra Celso (Livro 2, seções 14, 33, 59).

Filopão (De opif.mund.II 21) diz:

"E sobre essas trevas... Flêgão meciona-as em Olimpiadas (o título do livro que escreveu)".
Ele diz que:

"Flêgão mencionou o eclipse que aconteceu durante a crucificação do Senhor Jesus Cristo e não algum outro eclipse; está claro que ele não tionha conhecimento, a partir de suas fontes, de qualquer eclipse (semelhante) que tivesse anteriormente ocorrido... e isso se vê nos próprios relatos históricos sobre Tibério César".

A Carta de Mara Bar-Serapião:

F. F. Bruce assinala:

"... no museu britânico um interessante manuscrito que preserva o texto de uma carta escrita um pouco depois de 73 A.D., embora não possamos precisar a data. Esta carta foi enviada por um sírio de nome Mara Bar-Serapião a seu filho Serapião. Na época Mara Bar-Serapião estava preso, mas escreveu para incentivar o filho na busca de sabedoria, tendo ressaltado que os que perseguiram homens sábios foram alcançados pela desgraça. Ele dá o exemplo de Sócrates, Pitágoras e Cristo:

´Que vantagens os atenienses obtiveram em condenar Sócrates à morte? Fome e peste lhes sobrevieram como castigo pelo crime que cometeram.`

´Que vantagem os habitantes de Samos obtiveram ao pôr fogo em Pitágoras? Logo depois sua terra ficou coberta de areia.`

´Que vantagem os judeus obtiveram com a execução de seu sábio Rei? Foi logo após esse acontecimento que o reino dos judeus foi aniquilado.`

Com justiça Deus vingou a morte desses três sábios:


* Os atenienses morreram de fome;

* Os habitantes de Samos foram surpreendidos pelo mar;

* Os judeus, arruinados e expulsos de sua terra, vivem completamente dispersos.

Mas...

* Sócrates não está morto; ele sobrevive nos ensinos de Platão.

* Pitágoras não está morto; ele sobrevive na estátua de Hera.

* Nem o sábio Rei está morto; Ele sobrevive nos ensinos que deixou...".


Justino Mártir:

Por volta de 150 A.D., Justino Mártir, ao escrever a Defesa do Cristianismo, enviada ao imperador Antonio Pio, sugere ao imperador que consulte o relato de Pilatos, o qual Justino supunha que devia estar guardado nos arquivos imperiais. Ele diz que as palavras "transpassaram meus pés e mãos" são uma descrição dos cravos que prenderam suas mãos e pés na cruz; e depois de o crucificarem, aqueles que o crucificaram sortearam suas roupas e dividiram-nas entre si. E se tais coisas assim aconteceram, poderás verificar nos ´Atos` que foram escritos no governo de Pôncio Pilatos. Posteriormente ele diz: "Poderás facilmente conferir nos ´Atos`de Pôncio Pilatos que Ele realizou esses milagres" (Apologia).


Elgin Moyer, em Who was who in church history (Quem foi quem na história da igreja), descreve Justino Mártir como um: "... filósofo, mártir, apologeta, nascido em Flávia Neápolis. Com boa formação, parece ter tido recursos suficientes para levar uma vida de estudos e viagens. Sendo um ávido inquiridor da verdade, bateu sucessivamente às portas do estoicismo, aristotelismo, pitagorismo e platonismo, mas detestou o epicurismo. No início teve algum contato com os judeus, mas não se interessou pela religião seguida por eles. O platonismo foi o que mais exerceu atração sobre ele, e ele imaginava que estava em vias de atingir o alvo de sua filosofia - a visão de Deus - quando, num certo dia, numa caminhada solitárian à beira-mar, o jovem filósofo econtrou um idoso e venerável cristão, pessoa de semblante agradável e de uma serena dignidade. Esse humilde cristão abalou a confiança de Justino na sabedoria humana e mostrou-lhe os profetas hebreus, ´homens que viveram antes do que todos aqueles filósofos de renome, homens cujos escritos e ensinos predisseram a vinda de Cristo...`Seguindo o conselho daquele senhor idoso, esse zeloso platonista tornou-se um cristão de verdade. Ele afirmou: ´Descobri que só sta filosofia é segura e proveitosa`. Depois da conversão se tornou um grande defensor da fé cristã.

Os Talmudes Judeus:

Tol´doth Yeshu: Há referência a Jesus como "Ben Pandera".

Talmude Babilônico. Diz: "... e penduraram-no na véspera da Páscoa".
O título que o Talmude dá a Jesus: "Ben Pandera (ou ´Ben Pantere`)" e "Jeshu ben Pandera". Muitos estudiosos afirmam que "pandera"é um jogo de palavras, um trocadilho com a palavra grega panthenos, que significa "virgem" chamando-o de "filho da virgem". Joseph Klausner, um judeu, afirma que "o nascimento ilegítimo de Jesus era uma idéia corrente entre os judeus...".

Os comentários na Baraila são de grande valor histórico: "Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu (de Nazaré) e antes disso, durante quarenta dias o arauto proclamou que (Yeshu de Nazaré) ia ser apedrejado ´por prática de magia e por enganar Israel e fazê-lo se desviar. Quem quer que saiba algo em sua defesa venha e interceda por ele`. Mas ninguém veio em sua defesa e eles o penduraram na véspera da Páscoa" (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a)".

O Amoa ´Ulla`("Ulla" foi um discípulo do rabino Youchanan e viveu na palestina no final do século terceiro) acrescenta: "E acreditas que em favor de Yeshu de Nazaré houvesse qualquer direito de apelação? Ele era um enganador, e o Misericordioso disse: ´Não o pouparás nem o esconderás`. Não foi assim, pois que Jesus tinha o apoio da autoridade civil".
As autoridades judaicas não negavam que Jesus operasse sinais e milagres (Mt 9:34; 12:24; Mc 3:22), mas atribuíam-nos a atos de magia.

O Pesquisador judeu Joseph Klausner escreve que "o Talmude fala de enforcamento em vez de crucificação, pois essa terrível forma de execução utilizada pelos romanos só era conhecida dos estudiosos judeus através de julgamentos efetuados pelos romanos, sendo desconhecida no sistema legal judeu. Até mesmo Paulo, o apóstolo, (Gl 3:13) explica que a passagem bíblica ´maldito todo aquele que for pendurado no madeiro`, isto é, enforcado (Dt 21:23), é aplicável a Jesus".
Sanhedrim 43a também menciona os discípulos de Jesus.

A Enciclopédia Britânica:

A Eciclopédia britãnica emprega 20.000 palavras para descrever a pessoa de Jesus. Tal descrição ocupa mais espaço do que o que foi dado a Aristóteles, Cícero, Alexandre, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.

Acerca do testemunho de muitos relatos seculares independentes sobre Jesus de nazaré, essa enciclopédia registra que:

Esses relatos independentes comprovam que nos tempos antigos até mesmo os adversários do cristianismo jamais duvidaram da historicidade de Jesus, a qual, pela primeira vez e em bases inadequadas, veio a ser questionada por vários autores do fim do século dezoito, do século dezenove e do início do século vinte".

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

IMPERDÍVEL! REVISTA MENORAH EDIÇÃO Nº 635 AGOSTO entrevista André Leonardo Chevitarese mostrando como a teologia transformou o Jesus judeu em messias cristão.


EDIÇÃO DE AGOSTO


Menorah 635
Já está circulando a edição 635 da Revista Menorah com uma análise profunda da crise egípcia. Entenda porque, apesar do Egito ser um dos países mais antigos da humanidade, apenas agora, dois meses atrás deixou de ser dominado e teve seu governo escolhido pelo povo pela primeira vez. E ainda uma matéria especial contundente com o professor de história da UFRJ, e da pós graduação da UNICAMP, André Leonardo Chevitarese mostrando como a teologia transformou o Jesus judeu em messias cristão.




O professor de história da UFRJ, André Chevitarese nos dá uma aula imperdível sobre a formação da teologia cristã, citando um a um os mitos criados por Roma para culpar os judeus e enaltecer seu alegado messias. Entenda como a teologia se transformou em história e como mudou os rumos da humanidade.

Como Roma usou a teologia para transformar um Jesus judeu num messias cristão? Quem de fato escreveu os evangelhos? Quando Judas foi introduzido nessa estória? É um programa polêmico com o professor de história da UFRJ André Chevitarese. Obviamente é uma análise sociológica e histórica que não tem intenção de atacar crenças pessoais, pois a fé é indiscutível, contudo a história é fato inequívoco.

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terça-feira, 18 de setembro de 2012

(VÍDEO) Karen King: O Evangelho da Mulher de Jesus


Papiro do século 4 faz referência a 'esposa de Jesus'

Pedaço de papiro do século 4, que seria fragmento de um evangelho apócrifo, traz, pela primeira vez, um trecho que faz referência direta a "esposa de Jesus". Segundo historiadora de Harvard, o texto, no entanto, não prova nada

Pergaminho
Papiro traz o seguinte trecho, em copta: "Jesus disse a eles: 'Minha mulher...'" ( Karen L. King)
Um pedaço de papiro de apenas quatro por oito centímetros pode reacender o debate — e as teorias da conspiração — sobre a vida de Jesus Cristo e, em especial, sobre a possibilidade de ele ter sido casado. Uma historiadora especializada nos primeiros anos do cristianismo recebeu um papiro, que seria fragmento de um evangelho apócrifo, com uma frase nunca antes vista em nenhuma documento antigo: "Jesus disse a eles, 'Minha esposa (...)'." Embora outros evangelhos apócrifos façam referência a um Jesus que teria se relacionado, em especial,  com Maria Madalena, nunca nenhum deles trouxe a palavra 'esposa'.
O papiro é escrito em copta, um antigo idioma egípcio que usa caracteres gregos. A peça, trazida a público por Karen King, historiadora eclesiástica da Universidade Harvard, em um encontro de especialistas em copta em Roma, nesta terça-feira, teria sido escrita no século IV, mas provavelmente é uma cópia de um texto anterior feito por volta de 150 d.C. 

Arquivo digital:  A Busca pelo Jesus da história
Não é prova — Karen já se antecipou à principal discussão que seu estudo provocará: em um texto publicado no site de Harvard, ela afirma que a referência não constitui prova de que Jesus Cristo tinha uma esposa. No entanto, se de fato datar do século 2 d.C., o fragmento indica que o debate sobre se aquele que é considerado filho direto de Deus pela cristandade era ou não celibatário era uma realidade 150 anos após a sua morte.
No artigo publicado no site de Harvard, Karen King batizou o achado de The Gospel of Jesus’s Wife (O Evangelho da Mulher de Jesus, em tradução livre). O texto apócrifo, composto por oito linhas, está totalmente fragmentado, o que dificulta qualquer tentativa de interpretação, segundo a própria historiadora. Mas ela é enfática ao comentar a quarta – e mais importante – linha, na qual se lê claramente: "Jesus disse a eles: 'Minha mulher'."
"Essas palavras não podem significar nada diferente”, disse Karen King ao jornal The New York Times. A quinta linha prossegue: "Ela estará preparada para ser minha discípula", mas é incerto se Jesus estaria se referindo àquela que seria sua esposa ou a outra mulher. A historiadora tampouco acredita na tese de que a esposa em questão fosse Maria Madalena. Em entrevista publicada na Harvard Magazine , ela disse que nos textos antigos as mulheres eram sempre definidas pelo seu vínculo com homens (como na fórmula "Maria, esposa de José"). Jesus e Maria Madalena não são mencionados dessa forma em nenhum documento conhecido. “Toda a informação mais antiga e confiável sobre o Jesus histórico se cala a esse respeito", diz a pesquisadora.
Celibatário — A Igreja Católica sustenta que Jesus Cristo era celibatário. Os quatro evangelhos que narram a vida de Jesus (Mateus, Marcos, Lucas e João) não fazem referência a qualquer companheira. Nos últimos anos, essa tese foi contestada em filmes e livros, a exemplo de A Última Tentação de Cristo, dirigido por Martin Scorsese, o que atraiu duras críticas da Igreja, e do livro O Código Da Vinci, de Dan Brow, inspirado no evangelho apócrifo de Felipe. Mas Karen King diz que seu trabalho não tem nada a ver com a trama. "Não me venha dizer que isso prova que Dan Brown estava certo", disse ao The New York Times.   
De táxi — Karen King conta no site daHarvard Magazine que tomou conhecimento do fragmento em 2010. Estava em poder de um colecionador de artefatos históricos, que não quer se identificar. A princípio, ela desconfiou da autenticidade do documento. O proprietário insistiu num segundo contato um ano depois. Ela concordou em encontrá-lo.
Já com o original em mãos, ela diz ter passado os últimos meses levando o papiro, cuidadosamente preservado entre duas lâminas de vidro, a diversos especialistas. O ceticismo morreu num encontro com Roger Begnall, diretor do Institute for the Study of the Ancient World (ISAW), da Universidade de Nova York, ao qual estavam presentes outros papirologistas. Afirma ter saído do encontro confiando que o fragmento era autêntico. "Não voltamos de metrô. O papiro merecia andar de táxi", afirmou a historiadora ao site de Harvard. Ela também recebeu uma análise positiva de Ariel Shisha-Halevy, especialista em língua copta da Universidade Hebraica de Jerusalém.
O atual dono do papiro ofereceu doá-lo a Harvard caso a universidade compre uma parte de sua coleção. Segundo Karen King, a entidade está considerando a possibilidade. 
Apesar da apresentação nesta terça-feira, ainda não foi realizado um teste com carbono-14 na tinta do fragmento, o que permitiria estimar com precisão o quão antigo é o documento. Segundo Karen King, isso poderia danificar o material. Ela planeja testar a idade do papiro por uma técnica conhecida por espectroscopia.
No vídeo abaixo (em inglês, com legendas em português), a historiadora Karen King fala sobre o papiro 

Saiba mais


O QUE SÃO OS EVANGELHOS APÓCRIFOS?
São livros que descrevem a vida de Jesus, mas que a maioria das igrejas cristãs não considera legítimos. Por isso eles não entram no cânone — conjunto de textos sagrados — da Bíblia. Além dos evangelhos, porém, há outros tipos de apócrifos que descrevem, por exemplo, a origem e o fim do mundo, como fazem o Gênesis e o Apocalipse bíblicos, respectivamente. A maior parte desses relatos foi destruída ou se perdeu com o tempo. Em 1945, porém, foram descobertos vários textos escondidos em cavernas no Egito. De lá pra cá, especialistas passaram décadas na busca de novos textos e tentando traduzi-los. Entre os relatos já estudados, estão evangelhos atribuídos a Maria Madalena e aos apóstolos Tomé e Judas.

DE ONDE VIERAM OS EVANGELHOS APÓCRIFOS?
São vestígios de cristianismos perdidos. O cristianismo, no começo, não era um só, eram vários. "Nos séculos 2 e 3, havia cristãos que acreditavam em um Deus. Outros insistiam que Ele era dois. Alguns diziam que havia 30. Outros, 365", escreve Bart Ehrman, professor de Estudos Religiosos na Universidade da Carolina do Norte, no livro Lost Christianities ("Cristianismos Perdidos", sem versão em português). Os primeiros cristãos viviam em comunidades clandestinas, que se reuniam às escondidas nas periferias das cidades e que tinham pouco contato umas com as outras. Essas comunidades eram lideradas muitas vezes por pessoas que conheceram Cristo ou pelos próprios apóstolos. Como Cristo não deixou nada escrito, coube a essas primeiras lideranças do cristianismo construir a religião.

QUEM FOI MARIA MADALENA?
Há um consenso entre os estudiosos do cristianismo antigo: Maria Madalena realmente existiu. O seu segundo nome indica que ela nasceu em Magdala, na Baixa Galiléia, região considerada o berço do movimento de seguidores de Jesus Cristo. Madalena fez parte do núcleo de discípulos que acompanharam o líder religioso desde o início de suas pregações. A primeira referência bíblica a ela surge no Evangelho de Marcos, mas o grande acontecimento atribuído a sua vida está na narrativa de João. Lá podemos ler que ela foi a primeira pessoa a ver e anunciar a ressurreição de Jesus. Essa primazia fez com que Madalena se tornasse referência para os fiéis da então jovem religião. Desde o século 2, seu nome é motivo de debate entre os cristãos. Enquanto alguns a tacharam de pecadora, outros a vêem como uma mulher independente e com espírito de liderança.

RELAÇÃO JESUS E MARIA MADALENA
Os evangelhos de Filipe e de Maria Madalena afirmam que Madalena recebia revelações privilegiadas do Salvador. "O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijou na boca repetidas vezes", afirma o de Filipe. Há também um diálogo entre Pedro e os demais apóstolos no Evangelho de Maria Madalena (Papiro 8502, II, 13 e 14): "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós." Para Karen King, historiadora eclesiástica da Universidade Harvard, Madalena estava tão autorizada a pregar a palavra de Jesus quanto os 12 apóstolos. "Os textos mostram que Maria Madalena entendeu os ensinamentos de Jesus melhor do que ninguém", afirmou, em entrevista à revista National Geographic, editada no Brasil pela Editora Abril.

EVANGELHO DE FELIPE
Apresenta Maria Madalena como possível companheira de Jesus. É neste texto que se baseiam os que acreditam existir uma linhagem de descendentes de Cristo. O texto apócrifo influenciou o livro O Código Da Vinci.

SEXO HÁ 2.000 ANOS
Apesar de não haver nenhuma restrição para que um líder religioso judeu tivesse relações com mulheres em seu tempo, ninguém sabe ainda se entre as práticas espirituais de Jesus estaria o celibato. Da mesma forma, afirmar que ele teve relações com Maria Madalena, como no enredo de livros como O Código Da Vinci, também não passaria de uma grande especulação.

Opinião do especialista

André Chevitarese: Professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e autor do livro Judaísmo, Cristianismo, Helenismo. Ensaio sobre Interações Culturais no Mediterrâneo Antigo.

"Quando estudamos um texto em copta, estamos discutindo a literatura cristã do final do século 3. Entre o advento de Jesus, que teria acontecido no ano 30, e a redação desse texto nós temos cerca de 350 anos. Como essa citação não está presente em nenhum texto anterior, e nem no Evangelho de João em grego, que deve ter servido de base para o copta, a única conclusão possível é que a comunidade que escreveu o texto acreditava em um Jesus casado. 
"Não existe um único cristianismo, mas vários. As experiências religiosas cristãs são muito diversas. O fato de um texto dizer que Jesus foi casado não pode ser encarado como uma revelação teológica, e nem como uma representação de como pensavam todos os cristãos da época. O fragmento diz mais sobre a comunidade que o produziu do que sobre o verdadeiro Jesus histórico. Como acontece com todos os evangelhos, aliás. Eles dizem mais sobre as primeiras experiências cristãs do que sobre o Jesus que existiu.
"A professora Karen King é uma cientista da religião, muito respeitada na área. Mas ela é uma pesquisadora do tempo presente, cujas interpretações também falam do nosso tempo. Suas pesquisas destacam a presença e importância das mulheres no início do cristianismo, gozando de primazias no interior das igrejas antigas. Essas reivindicações antigas são transplantadas para os dias de hoje, quando as mulheres são excluídas da igreja. São as feministas que retomam essa experiência antiga, para usá-las em apoio às suas posições.
"Usar esse fragmento para dizer que Jesus era casado é sensacionalismo. Seria fazer algo parecido com o que Dan Brown fez emO Código Da Vinci, onde usou trechos do Evangelho de Felipe em copta para dizer que Jesus beijou Maria Madalena. De novo, esse evangelho diz mais sobre as vivências dessa comunidade do que sobre o Jesus real.
"O relato mais antigo a colocar as mulheres na centralidade do apostolado é o Evangelho de João em grego, mais antigo que o copta, e base do usado até hoje pelos católicos. Nele, Maria Madalena é colocada em pé de igualdade com os apóstolos. Ela é única pessoa a ver Jesus ressuscitado, que a incumbe de anunciar sua ressurreição. Esse evangelho abre brechas para discutir questões de gênero dentro do cristianismo. Ele foi escrito pela comunidade joanina, situada provavelmente no mediterrâneo oriental. E mostra que, dentro dessa comunidade, as mulheres poderiam gozar de primazia. 
"As religiões baseiam suas práticas pensando em que modelos Jesus deixou para seus sucessores. Sugerir que essa figura central era casada poderia mudar todo o modelo de vida dos religiosos. Obviamente, passaríamos a ter sacerdotes casados. Com a ideia de um núcleo familiar cercando Jesus, o modelo do padre ermitão estaria implodida. Isso também traria mais poder para as mulheres dentro da comunidade cristã. Elas poderiam ser apóstolas, e ministrar cultos.
"Com o encontro das diferentes culturas cristãs, elas foram se unificando. Por fim, o encontro do cristianismo ortodoxo com o império romano fez com que os homens se tornassem o centro da religião e essa visão se tornasse dominante."

Inédito! Karen King: "O Evangelho da Esposa de Jesus"


Karen King, pesquisadora de Harvard, segura fragmento de papiro que sugere casamento de Jesus
Um fragmento de um antigo papiro escrito no antigo idioma copta, e até agora desconhecido, contém frases que sugerem que Jesus foi casado, numa descoberta que deve alimentar o acalorado debate sobre esse tema no mundo cristão. Nesse pedaço, leem-se as palavras: "Jesus disse a eles: minha mulher...".
A existência do fragmento da metade do século 2, não muito maior do que um cartão de visitas, foi revelada na terça-feira (18) em conferência em Roma por Karen King, professora da Escola de Divindade de Harvard, de Cambridge (Massachusetts). 
"A tradição cristã, por muito tempo, manteve que Jesus não foi casado, embora nenhuma evidência histórica confiável exista para amparar essa afirmação", disse Karen em nota divulgada por Harvard. "Esse novo Evangelho não prova que Jesus foi casado, mas nos diz que toda a questão só apareceu como parte dos inflamados debates sobre sexualidade e casamento."
Apesar da posição oficial da Igreja Católica de que Jesus nunca se casou, o tema reaparece regularmente - especialmente em 2003, quando a publicação do best-seller O Código da Vinci irritou muitos cristãos por se basear na ideia de que Jesus se casou e teve filhos com Maria Madalena.
A pesquisadora disse em Roma que o fragmento, apresentado no Décimo Congresso Internacional de Estudos Coptas, representa o primeiro indício de que os primeiros cristãos acreditavam que Jesus havia sido casado.
Roger Bagnall, diretor do Instituto para o Estudo do Mundo Antigo, em Nova York, disse acreditar que o fragmento, chamado por Karen de "O Evangelho da Esposa de Jesus", seja autêntico. Mas especialistas ainda irão analisar melhor o fragmento e submetê-lo a testes, com especial atenção para a composição química da tinta.
O fragmento, esfarrapado e amarelado, pertence a um colecionador privado anônimo, que contatou Karen para que o ajudasse a analisar e traduzir o material, que teria sido descoberto no Egito ou talvez na Síria.
King disse que só por volta do ano 200 a afirmação de que Jesus era solteiro começou a aparecer, por meio de um teólogo conhecido como Clemente de Alexandria.
"Esse fragmento sugere que outros cristãos desse período estavam dizendo que ele foi casado", afirmou ela, ressaltando que o papiro não comprova a existência de uma esposa de Jesus. "A tradição cristã preservou apenas aquelas vozes que diziam que Jesus nunca se casou. O ‘Evangelho da Esposa de Jesus' agora mostra que alguns cristãos pensavam o contrário."
A análise deve ser publicada em janeiro de 2013 pela Harvard Theological Review, mas ela já divulgou um esboço do trabalho (em inglês) e imagens do fragmento no site da universidade.