quinta-feira, 4 de março de 2010

E, após tudo isto, se fez assim...

Final de batalha, momento de recolher a bandeira, de abandonar os mortos, de contar os vivos, de entoar um cântico de choro ou riso.

No caminho de volta se vê uma trilha de sangue e suor marcado de pólvoras e dor. O que resta agora é pôr as medalhas no que sobrou, onde cada membro arrancado vale uma medalha, menos um membro uma medalha a menos, dois membros duas medalhas.

O campo de batalha já virou passado estará apenas na memória dos vivos à lembrança dos mortos.

Se houve algum enterro é pouco provável, se existe algum ressentimento é quase impossível, pois, na memória de cada sobrevivente só existe a certeza do dever cumprido. E, para que está voz de comando seja executada não há nada ou ninguém que possa impedir, ainda que pereçam vidas, mesmo que desabem sonhos, por mais que rolem as lágrimas.

Estes são os dominadores deste mundo, todos com o mesmo perfil, desde, o início dos tempos, autoritários, soberbos, bárbaros, algozes de crianças, velhos e jovens, pessoas ingratas, mentirosas, e insensíveis.

É, assim, como nos sentimos em nossas batalhas interiores, o campo de batalha é a nossa mente, nossas bandeiras são os nossos ideais, os mortos são as nossas decepções, os vivos são as nossas conquistas.

E ao final de cada conflito que travamos com o nosso maior inimigo, um ser invisível, silencioso, chamado “consciência”, seremos contados entre os mortos ou vivos. Receberemos medalhas por nossas vitórias ou seremos abandonados com os nossos fracassos. É a luta diária de o Homem ter de matar ou morrer.

Então, certo dia, Alguém alertou para que não ajuntássemos tesouros neste mundo, onde a traça, a ferrugem e o ladrão se apossam, mas, para que ajuntássemos nosso tesouro num lugar onde a traça, a ferrugem e o ladrão não podem roubar. Todavia, este lugar seguro continua sendo rejeitado, e poucos são os que têm guardado lá o seu depósito.

E, se aproxima o tempo onde Aquele que julgará este mundo virá. E aquele Grande Dia virá como um ladrão. E terrível coisa será se o nosso depósito não estiver bem guardado nas mãos Daquele que têm as chaves da Vida e da Morte.

Então, guardemos o nosso depósito nas mãos do Único que pode guardá-lo, até o Grande Dia, a saber, Jesus Cristo.


Amém!








Rio 03/03/2010
23h21min
4° Feira.

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