segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LBV "Qual é o teu nome? "Legião é o meu nome, pois somos muitos". Mc. 5:9

POEMA DO IRMÃO SATANÁS
por Alziro Zarur - fundador da Legião da Boa Vontade - (extraído do “Livro de Deus”, página 288, da LBV)

Lembro-me bem: eu era uma criança
Calada e triste, sem saber por quê.
Menino, às vezes, pensa. E também vê
Que é triste o carnaval da vizinhança.

Em minha paz de criança pessimista,
Desconfiado de risos e festinhas,
Ninguém sabia ler as mágoas minhas
Naquele isolamento fatalista.

Um dia, eu fui com meus irmãos à igreja,
E um padre perturbou a minha paz:
Ele falou de um certo Satanás
Que as almas brutaliza e mercadeja.

Mas falou com uma raiva tão bravia
Do Diabo vil, com um coração de pau,
Que eu perguntei à minha avó Maria:
- Será que o Diabo é mesmo assim tão mau?

E Lúcifer, com todo o seu quartel,
Me preocupou, de fato, muitos anos:
Quis, até, devassar os seus arcanos,
Aprofundando a história do Lusbel.

Mais tarde, eu lia a Bíblia, de manhã -
E são 72 livros ou partes -
Para surpreender todas as artes
Daquele infernalíssimo Satã.

Até que, um dia, o Novo Testamento
Me revelou, na sua estranha luz,
O Sermão da Montanha, de Jesus,
Que não me saiu mais do pensamento.

Fiquei pasmado, oh! sim, perante aquelas
Palavras da misericórdia-mor!
E tanto as li que, até hoje, sei de cor
Estas palavras mansamente belas:

“Bem-aventurados os humildes ...
(nota da redação do DS: o texto continua
referindo-se às bem-aventuranças).

Ouvistes que foi dito:
amarás teu amigo
e odiarás teu inimigo.

Eu, porém, vos digo:
amai até mesmo aos vossos inimigos;
bendizei aqueles que vos maldizem;
fazei bem àqueles que vos odeiam;
orai por todos aqueles que vos
perseguem e maltratam...”

Nessa altura, já entrara em minha vida
- E lhe fiz um cordial salamaleque -
A obra portentosa de Kardec,
A jorrar luz na Bíblia envelhecida.

Na grande Metapsíquica dos sábios,
Que estudam essas coisas sem rituais,
Algumas perguntinhas, bem banais,
Naturalmente vieram aos meus lábios:

- Se Deus sempre é perfeito no que faz,
E nada do que fez ao mal destina,
Por que odiarmos nós a Satanás,
Se ele, também, é criação divina?

- E, se Jesus nos veio esclarecer
Que amássemos até “ao inimigo”,
Por que não transformar num bom amigo
A Satanás, em vez de o combater?

Amigos meus, oremos por Satã,
Amemo-lo de todo o coração,
E respondamos sempre com perdão
Aos males que nos faça, hoje e amanhã.

E, um dia, todos nós iremos ver
Satanás redimido, a trabalhar
Por aqueles que veio tresmalhar
Dos rebanhos do Cristo, e reviver!

Porque se assim, amigos, não quiserem
Aqueles que se chamam “os cristãos”,
Lavemos, desde já, as nossas mãos,
Ante as iniqüidades que fizerem.

Por mim, com honra, eu amo Satanás,
Meu pobre irmão perdido nos infernos,
Com este amor dos sentimentos ternos,
Para que ele, também, receba a paz.

Parece incrível, mas não é, pois você acabou de ler algo da própria literatura da LBV. Tal conceito tem sua origem no Kardecismo que assim explica o significado do termo Satanás: “Satanás não era um Espírito especial, mas a síntese dos piores Espíritos que ... perseguiam os homens, desviando-os do caminho do Senhor.” (O Espiritismo de A a Z, p.444, FEB, 1996) Isto quer dizer que são espíritos desencarnados que ficam a perturbar as pessoas.

Outro conceito herético da LBV diz respeito à pessoa de Jesus. No livro A Bíblia para o povo, página 31, de José de Paiva Netto, “diretor perpétuo da LBV”, lemos o seguinte: “Jesus também começou como nós: na estaca zero. Ele não foi criado com uma perfeição sem jaça (N.R. isto é, falha). Foi simples e ignorante como cada um de nós, claro que anteriormente à fundação do Planeta Terra. Jesus evoluiu em outro mundo e foi desenvolvendo o Seu Espírito, de encarnação em encarnação, até chegar à unidade com o PAI, a ponto de poder dizer: EU E O PAI SOMOS UM. Isto prova que todos são rigorosamente iguais perante a Lei de Deus.” Fica claro que o “Jesus” da LBV, não é o Jesus dos Evangelhos, mas um outro “Jesus” (2 Co.11.4).

A Bíblia nos ensina que Satanás foi criado em total perfeição, mas rebelou-se contra Deus (Ez.28.15). Jesus afirma que o inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt.25.41). Ainda diz que ele jamais se firmou na verdade, e que não há verdade nele, é mentiroso e pai da mentira (João 8.44). Paulo esclarece que ele cega os entendimentos dos que não crêem (2 Co.4.4). E Jesus não pode ter reencarnado porque a Bíblia nos revela que ELE é Deus (João 1.1, Heb.1.8). Sendo Deus não teve princípio nem terá fim - “...de eternidade a eternidade, tu és Deus” Salmo 90.2.

Aos adeptos da LBV e do Kardecismo peço que reflitam à luz da Palavra de Deus, e que experimentem praticar o conselho de Pedro em Atos 3.19: “Arrependei-vos e pois e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério...”.

Diz-nos parte do poema do fundador da LBV, Alziro Zarur: "Por que odiarmos nós a Satanás, se ele, também, é criação divina?...Por que não transformar num bom amigo a Satanás, em vez de o combater? Amigos meus, oremos por Satã, amemo-lo de todo coração, e respondamos sempre com o perdão aos males que nos faça, hoje e amanhã. E, um dia, todos nós iremos ver Satanás redimido, a trabalhar por aqueles que veio tresmalhar dos rebanhos de Cristo, e reviver! Porque se assim, amigos, não quiserem aqueles que se chamam "os cristãos", lavemos, desde já as nossas mãos, ante às iniqüidades que fizeram. Por mim, com honra, eu amo Satanás, meu pobre irmão perdido nos infernos, com este amor dos sentimentos ternos, pra que ele, também receba a paz". (Mensagem De Jesus Para os Sobreviventes, Poema completo: p.130/132/133).

O que pensarmos de uma religião, que apesar de usar a Bíblia, faz tamanha afirmação? O que pensar de uma pessoa que nos induz a louvar e bendizer Satanás? Jesus afirmou positivamente que o diabo é e sempre será o Pai da mentira (Jo. 8:44), deixando-nos certos de sua condenação eterna.

Leiamos:

"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira (JO 8:44). "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos(Mt.25:41).

Vamos nesse estudo fazer alguns comentário sobre a parte religiosa da LBV, pois se a parte religiosa estiver em dias, as caridades serão apenas uma conseqüência boa e dentro de uma ética abençoadora, pois para tal somos transformados; "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas(Ef.2:10). Boas obras para Deus é, em primeiro lugar, atitudes de uma nova criatura e andar segundo a Palavra de Deus: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo(II Cor.5:17). "De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida(Rm.6:4). Ou seja, para agradá-lo precisamos não apenas ter boas obras, mas sermos as boas obras e isso envolve um comprometimento com a Sua Palavra: " Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho" (Sl.119:105).

Nessa ótica bíblica vamos tomar a liberdade de observar as doutrinas dessa entidade.

HISTÓRICO

ALZIRO ZARUR

O nome do fundador da LBV é Alziro Elias Davi Abraão Zarur e nasceu aos 25 de dezembro de 1914, de pais sírios, católicos ortodoxos. Zarur considerava-se a reencarnação de Allan Kardec como declara no livro "Jesus - A Saga de Alziro Zarur II". Casou-se com Iracy de Abreu, criou o Partido Trabalhista Nacional - PTN e se candidatou à presidência da república, perdendo as eleições. Em 4 de março de 1949 lançou o programa "Hora da Boa Vontade" na rádio Globo do Rio. Lá criou a "prece do copo d'água" (hoje este gesto é imitado por algumas denominações evangélicas). Alziro Zarur citava textos bíblicos na Rádio e dentre eles repetia Lc.2:14: "Paz na terra para os homens de boa vontade"(versão católica). Na verdade esse texto indica a boa vontade de Deus para com os homens no envio de Cristo a esse mundo - " Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens" (versão Almeida). O Texto usado na versão católica, se fosse o correto, não estaria dentro do contexto e da mensagem apresentada pelos anjos aos pastores.

A LBV foi fundada oficialmente em 7 de setembro de 1959 e se declarava uma organização criada pelo próprio Jesus Cristo (Religião do 3o milênio, p.95). E diziam ainda ser uma religião santíssima (idem p.115).

JOSÉ PAIVA NETO

Nascido a 2 de março de 1941, no Rio de Janeiro, tornou-se em 1979, com a morte de Zarur, presidente da entidade, é jornalista, radialista e escritor. Sua infância e juventude foram marcadas por uma preocupação incomum com temas filosóficos, espirituais, sociais, políticos, científicos, econômicos e por um profundo senso de auxílio aos necessitados. Deixou de seguir a vocação pela medicina para dedicar-se, ainda jovem, à LBV. Foi sempre o auxiliar de Alziro Zariur, tendo o cargo de Vice Presidente. O crescimento da LBV chega a uma estimativa de 70.000% (dados da própria LBV).

A MÁQUINA DE ARRECADAR

Geralmente nos vemos diante de um pedido telefônico, feito por uma voz feminina muito delicada, elogiando-nos como cidadão de bem e se, como tal, não estaríamos dispostos ao pagamento mensal para o custeio de uma criança.

Certa senhora e amiga, evangélica e simples em seus costumes, de tanto receber telefonemas da LBV, sentiu-se constrangida a colaborar mensalmente, sendo que o débito era colocado na conta telefônica. Quando tomei conhecimento fiz duas coisas; expliquei sobre a parte doutrinária para ela e, depois, liguei para a Telefônica que me disse, até um tanto bruscamente, que não podia dar explicações, pois para tal precisaria enviar um ofício à diretoria da mesma.

O mais triste disso tudo não é fazer uma doação a uma determinada instituição, mas de sabermos que o dinheiro de muitos evangélicos têm servido para alimentar não só o físico mais a alma de milhares de crianças, que se tornarão espíritas praticantes num futuro próximo, agindo contrárias à Palavra de Deus. Que possamos ajudar as nossas crianças de rua, mas que nessa ajuda elas estejam recebendo também um bom alimento espiritual.

Já pensou meu amigo leitor o seu filho chegando em casa dizendo que Satã é seu irmãozinho e que o ama de todo coração? Não nos enganemos, a caridade tem que ser completa, por isso disse Jesus: " Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus"(Mt.4:4). O TEMPLO DA LBV

O Templo: Inaugurado em 21 de outubro de 1989, em Brasília, por J. P. Neto. É o monumento mais visitado da capital do Brasil (Livro: "As Profecias Sem Mistério", PVN, p.215).Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica da LBV: Inaugurado pelo Diretor-Presidente da LBV, em 25 de dezembro de 1994, em Brasília. O ParlaMundi da LBV é chamado pela imprensa brasileira de Parlamento dos Espíritos, porque Paiva Neto assim o definiu: "O Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, que erguemos com o indispensável auxílio do Povo, ao lado do Templo da LBV,... manterá suas portas abertas a todos os seres de Boa Vontade, na matéria ou fora dela. Ele propõe a conciliação universal de todo o conhecimento humano e espiritual, numa poderosa força a serviço dos povos".

Paiva Neto, pelo que vemos, gastou uma boa quantidade de dinheiro na construção desses prédios religiosos, não sabemos quanto foi gasto, mas temos certeza, pelo que conhecemos de construção, que AQUELE PRÉDIO DARIA PARA CUSTEAR MUITAS CRIANÇAS. Outra questão fundamental, seria saber se o povo, que sempre contribuiu especificamente para obra social, estava informado de que a sua contribuição estava sendo destinada para a suntuosa construção do Templo da LBV, pois afirma Paiva Neto: " que erguemos com o indispensável auxílio do Povo". Não me lembro de propagandas avisando o povo sobre tais gastos com essas construções.

O TEMPLO E O ECUMENISMO PROMOVIDO PELA LBV

A respeito do Templo de Deus e porque a LBV é a "Religião de Deus" lemos o seguinte: "Que templo é esse no versículo 15?(capítulo 7 de Apocalipse). Tudo indica, pelo seu papel altamente solidário, que se trata do Templo do Ecumenismo Irrestrito, que a Legião da Boa Vontade levantou em Brasília"( As Profecias sem Mistério, P. Neto, p.193)

Bom, em primeiro lugar, o Templo citado no contexto do cap.7 de Apocalipse é o céu onde Deus habita e a partir do seu trono delibera todas as diretrizes universais. Em segundo, se a LBV entendesse a Bíblia verdadeiramente e conhecesse o evangelho de Cristo, jamais gastaria dinheiro com tamanho "descalabro Ecumênico" para promover um ato anti-bíblico - O ECUMENISMO IRRESTRITO. Nem Jesus e nem a sua Palavra, nunca ensinaram ao seu povo ser ecumênicos, mas sempre se preocuparam em ser o contrário: " Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações"(Dt.18:9); " Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso" (IICor.6:14-18). O que o texto das sagradas Escrituras nos ensina a fazer é o contrário do ensinado pela LBV e, dentro da idéia Bíblica, separar-se (tornar-se santo) do mal e de todas as religiões que não professem crer nos ensinamentos de Deus, é o mandamento do Senhor. É claro que não vamos discriminar as outras expressões de religiosidade, pois cada um pode expressar sua fé da maneira que lhe bem parecer, mas biblicamente falando é nos apresentado uma única opção - DEVEMOS SERVIR A DEUS DENTRO DE UMA PERSPECTIVA BÍBLICA. A apologia que estamos fazendo acontece pelo fato do uso indevido da Bíblia por essa religião. Não podemos nos esquecer que o diabo até aceita dividir a sua glória, mas o nosso Deus é bem diferente: "Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura"(Is.42:8). Queremos que você leitor entenda, que de acordo com as Escrituras Sagradas, religião de Deus é aquela que prega a santificação(consagração), pois sem isso ninguém verá à Deus (Hb.12:14).

JESUS CRISTO VOLTARÁ NO TEMPLO EM BRASÍLIA

Assim afirma a LBV, dando a entender que na sua volta, Cristo virá sobre Brasília: "Quando Jesus voltar encontrará erguido o Templo da Boa Vontade, o TBV"( As Profecias sem Mistério, P. Neto, p.193). Mais uma vez equivoca-se a LBV e, com tais afirmações, mostra sua ignorância em relação à Palavra de Deus. Jesus Cristo, quanto voltar fisicamente(Mt.24:27), virá sobre Israel, no Monte das Oliveiras, leiamos: "e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito" (Zc.12:10); "... e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio..."(Zc.14:4); " Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória"(Mt.24:30). O ponto de referência mundial que serve de base para os acontecimentos bíblicos é a nação de Israel. O próprio Senhor mandou que observássemos nesta direção: " Aprendei, pois, esta parábola da figueira (simbolizando a nação de Israel): Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão" (Mt.24:32, parênteses nosso). Que o leitor não se deixe passar por desconhecedor da verdade. Essa grande obra assistencial, que tanto empolga e até realiza bons trabalhos sociais, é uma grande camuflagem para uma nova religião e, como de costume das seitas, o "único" ou "mais certo caminho" à Deus.

O QUE PENSA A LBV SOBRE A BÍBLIA?

"...Que a fé dos cristãos míopes é refutar fatos concretos, e justificar contradições na Bíblia dos Hebreus. Senhor, não creio que este Livro Santo tenha , todo ele, inspiração Divina porque tua santíssima doutrina não pode rebaixar-se tanto e tanto!". (Livro da LBV: "Mensagem de Jesus Para os sobreviventes, pág.179,180).

É lamentável o que certas religiões fazem com a Palavra de Deus; mormonismo, espiritismo, jeovismo... e a LBV, usam a Bíblia para enganar o verdadeiro povo de Deus, citando o que lhes interessa e chutando para escanteio o que lhes tira a autoridade. A LBV, como todos as religiões equivocadas à respeito da Bíblia, faz a mesma coisa e sofisma POR QUE DEVEMOS CRÊR NA BÍBLIA?

- “Quando vieres traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, e os livros, especialmente os pergaminhos (que eram os livros santos que formaram a Bíblia)” (II Tm.4:13 – parênteses do autor)

- “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro 1:20 -21)

O apóstolo Pedro diz que as Escrituras foram inspiradas e vieram da parte de Deus. Os apóstolos deixaram as orientações básicas, que formam o fundamento apostólico, que é o Novo Testamento, junta com o Velho Testamento, para que a Igreja se direciona-se por essa Escritura. O Velho Testamento e o Novo Testamento, que compõem a Palavra de Deus, são o fundamento e a última palavra em relação a vida da Igreja em todos os tempos. Leiamos;

- “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Coríntios 3:10-11).

- “...por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito(A Bíblia)...” (I Coríntios 4:6 – parênteses do autor).

- “edificados sobre o fundamento dos apóstolos (Novo Testamento) e dos profetas(Velho Testamento), sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina” (Efésios 2:20 – parênteses do autor ).

Veja, o evangelho de Jesus Cristo, não é de qualquer jeito como querem os líderes da LBV, que, como os espíritas, se declaram a última a revelação de Deus e possuidores da verdade. Para começar, Jesus disse que a Palavra de Deus era a verdade (João 17:17), deve ser por isso que tantas religiões querem que os seus escritos sejam tal, mas a Bíblia é o único fundamento do cristianismo verdadeiro. Paulo disse que “NINGUÉM PODE LANÇAR OUTRO FUNDAMENTO”, ou seja, os livros de Kardec, Alziro Zarur, Paiva Neto e seja lá quem for, não foram e nunca serão fundamentos das doutrinas cristãs. No cristianismo não há novas revelações (I Coríntios 2:10), pois Deus já se revelou através de Jesus (Hebreus 1:1). O que temos a fazer é ler, entender e aceitar a Palavra de Deus. Na carta aos Efésios, Paulo deixa claro que o verdadeiro cristianismo é fundamentado nos ensinamentos dos apóstolos e nos profetas, ou seja, no Velho e no Novo Testamento, pois é lá que encontramos as profecias, as doutrinas e os ensinamentos únicos e sublimes de Jesus Cristo. Paulo levava tão a sério os ensinamentos aplicado por ele e os demais apóstolos que, na carta aos Coríntios, declara: “para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito”. É lógico que Paulo estava falando do Velho Testamento que estava escrito e já era considerado Sagrado e do Novo Testamento, que em sua época estava praticamente todo escrito. Os cristão só têm uma bússola - A BÍBLIA.

NEGAM A DIVINDADE DE JESUS CRISTO

Afirma a LBV: "...Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus". (Jesus - A Saga de Alziro Zarur II, pág.112).

O Senhor Jesus, em sua forma humana, nunca disse ser o Deus - Pai, mas sempre as Escrituras reiterou a sua divindade:

“Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo.5:18).

“de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm.9:5).

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo.1:1).

Os textos acima são mais que necessários para provarmos a Deidade de Jesus Cristo, ou seja, O Filho é tão Deus como o Pai e o Espírito Santo (Mt.28:19, II Cor.13:13, Ef.4:4-6, I Jo.5:7). O Deus dos Cristãos é Trino - Pai, Filho e Espírito Santo. Mais uma vez a LBV mostra-se uma religião fora dos parâmetros da cristandade.

A LBV É UMA RELIGIÃO ESPÍRITA

Declara Alziro Zarur: "Só a reencarnação e os séculos - expiação, reparação, e progresso - poderiam preparar as inteligências e os corações..." (Jesus - A Saga de Alziro Zarur II, pág.259).

A Bíblia jamais fez qualquer referência à palavra “reencarnação”, e, tampouco, confunde-a com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário da Língua portuguesa, de F. S. Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito; enquanto que a palavra ressurreição é: levantar, erguer, surgir, sair de um local ou situação para outra. No latim, “ressurreição” é o ato de voltar a vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo ressurreição como o mesmo que ressurgir dos mortos. Para o cristianismo bíblico só existe a ressurreição. (Dicionário da Bíblia – Davis)

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo” (H.9:27).

É por isso que a LBV, como os espíritas, temem à Bíblia, pois Ela desmantela a sua teoria central, que é a reencarnação. Veja, o texto de Hebreus é claríssimo, o homem só morre uma vez, e por quê? Porque ele só nasce uma vez. E, ainda acrescenta; “vindo depois o juízo”, ou seja, a luz da Palavra de Deus não há espaço para a teoria da reencarnação. O texto deixa claro, que ao morrer, você será julgado, para ser salvo ou condenado, sem meios termos, é céu ou inferno.

CONCLUSÃO

Diante do explicitado fica a decisão do julgamento ao leitor atento. Entendemos que o lado social é muito importante e que religiões como a LBV faz até bem esse papel. Entretanto, a problemática é muita séria quando falamos de Bíblia e doutrina da salvação, ou seja, a LBV pode até ser uma boa religião, mas que não prega o caminho que leva o homem à Deus. Somente através da Palavra é que podemos conhecer o plano de salvação. Por isso, pense nisso.




sábado, 10 de outubro de 2009

A INjusta doutrina da Reencarnação

“Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Rm 10:3-4).

Em muitos automóveis, podemos ver a seguinte frase: “Reencarnação, uma questão de JUSTIÇA!” Porém, o ensino sobre a “reencarnação” é, na verdade, uma questão de INJUSTIÇA dos homens, para com o Criador.

Dentre as inúmeras falsas “religiões”, destacam-se algumas que crêem na falácia da “reencarnação”: Espiritismo, Budismo, Hinduísmo, Cabala, Seicho-no-iê, Umbanda, Taoísmo, Confucionismo, Bramanismo, Jainismo, Zoroastrismo, Xintoísmo, Islamismo esotérico (Surate II, 26 e Surate XVII: 52 do Corão), Esoterismo, Eubiose, Gnose, Maçonaria, Xamanismo, Teosofia, Igreja Messiânica Mundial, Fraternidade Rosacruz, Ordem dos Templários, Santo Daime, Candomblé, etc.

Porém, a origem desse ensino, vem dos Vedas dos Hindus (as escrituras dos hindus). Pode ser que essas crenças também foram influenciadas pela filosofia dos gregos, começando com Pitágoras (580-500 a.C.) e passando por Platão (428-348 a.C.). Pois, há similaridades estranhas entre os ensinos dos gregos e dos hindus. Nas duas formas, a perfeição final não vem da graça de Deus, através do arrependimento dos pecados e fé em Cristo, mas por outros meios ou por outras pessoas, que no final das coisas revela que essas crenças não vêm de Deus, pois mostram outros salvadores”.

Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, ensinou que “a reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo”. Para os espíritas, é a única forma de Deus fazer a sua justiça, levando o homem a muitas existências sucessivas, oferecendo um meio de resgatar os seus erros, com o objetivo de atingir a perfeição”. Ao que tudo indica, a tal doutrina da “reencarnação” veio da mente do próprio Kardec e não dos tais “espíritos”, como ele alegou. É interessante observar que esta doutrina não é unânime entre os “espíritos”, nem entre os “espíritas”.

Vejamos esta citação do próprio Allan Kardec:
“Mas o grande problema para os espíritas, é que não se pode identificar o ensino unânime dos espíritos sobre a reencarnação. Diz ele: ‘Seria o caso, talvez, de examinar-se porque todos os Espíritos não parecem de acordo sobre este ponto’. E mais: ‘De todas as contradições que se observa nas comunicações dos Espíritos, uma das mais chocantes é aquela relativa à reencarnação, como se explica que nem todos os Espíritos a ensinam?’” (O livro dos espíritos. Allan Kardec – Obras Completas. Opus Editora Ltda, p. 94, 2ª ed., 1985).

A Bíblia refuta a tola idéia da “reencarnação”, em várias passagens (2 Sm 12:22-23; Jó 7:9-10; Ec 12:7; Mt 13:38-43; Lc 23:43; Jo 1:19-21; Hb 9:27-28; Ap 20:11-15). Em Hebreus 9:27, por exemplo, lemos que: “... aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Lemos também que: “Assim como a nuvem se desfaz e passa, assim aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar jamais o conhecerá” (Jó 7:9-10).

O que a Bíblia ensina é a Ressurreição (Dn 12:2; Is 26:19; Os 6:2; Jo 5:28-29, 11:11-44; At 24:15; 1 Co 15:12-22; Ap 20:6), que é o retorno do morto ao próprio corpo, implicando em uma só existência.

Enquanto os espíritas dizem que a “reencarnação” é necessária para que o homem evolua, rumo à perfeição, a Bíblia afirma que o mesmo é aperfeiçoado quando nasce de novo (Jo 3:3, 5), arrependendo-se de seus pecados; ocasião em que recebe Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador: “Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (Hb 10:14).

Em Cristo, somos regenerados, como lemos: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17). Regeneração é a mudança das disposições dominantes da alma (no mesmo corpo e existência em que vivemos): “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3:5). Lemos, ainda, que: “... quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4:22-24).

A Bíblia nos ensina que a salvação é mediante a graça, por meio da fé em Jesus Cristo e não por obras: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9). [Vide: Mt 16:26; Rm 3:24-26, 28, 4:5, 5:1; Gl 3:11, 24; Tt 3:5-7]. A graça de Deus é contrária à reencarnação. O karma é intolerável. O que faz na vida ceifará em outra. Não há exceções nem perdão. Por Cristo, há perdão, pois há uma imputação da condenação dos pecados de todos que se arrependem e crêem com fé na pessoa de Cristo, e há uma imputação da Sua justiça nestas (II Cor 5:21). Se por Cristo são pagos os nossos pecados e por Ele há paz com Deus, não há lugar para uma doutrina karmaica de reencarnação”.

A conhecida Parábola sobre o Rico e Lázaro (Lc 16:19-31) prova a inexistência de “outras vidas”, e revela que só há uma vida. A Bíblia nos ensina que, após a morte, o destino das pessoas está selado, eternamente: uns para a perdição eterna e outros para a salvação eterna, pois “Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3:18).

Os adeptos do Espiritismo são atraídos, em sua maioria, pelo fato de acharem que a tal “religião” espírita, uma mistura de fé/ciência/religião/filosofia, é “lógica”, pois responde às suas indagações. Aliás, eles adoram apelar para a tal “lógica humana”, para provar suas teses.

A Bíblia, entretanto, diz que: “... a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia” (1 Co 3:19). Como sabemos, “... a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1 Co 1:18). Infelizmente, as vãs filosofias (e “religiões”) têm agradado a muitos (1 Co 1:17-31; Cl 2:8).

Vejamos algumas perguntas “lógicas”, que foram retiradas de um site espírita, e suas refutações bíblicas:
1)“Por que algumas pessoas já nascem defeituosas ou doentes e outras não? Seria justo que Deus fizesse pessoas sofrerem, desde o nascimento, por algo que elas não fizeram, ou pelo que outras pessoas fizeram?”
R) Certa ocasião, Jesus e os discípulos viram um cego de nascença e Jesus deixou claro que a cegueira não é nenhuma conseqüência de erros (pecados) de “vidas anteriores”. Vejamos: “E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (Jo 9:2-3)
O homem foi criado perfeito, “reto”, à imagem e semelhança do seu Criador: ... Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias” (Ec 7:29). Os anjos que caíram foram criados santos, mas “... não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação...” (Jd 6). Sobre satanás está escrito: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti” (Ez 28:15).
Como se vê, mesmo tendo sido criado reto e perfeito, o homem (tal como satanás e alguns anjos) preferiu a desobediência e o pecado. Com isto, vieram as doenças e a morte: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. Lemos, ainda: “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Co 15:22).
A origem de todo o mal que há na Terra é o pecado original (a desobediência, a rebelião do homem contra seu Criador): “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2:16-17). Portanto, a culpa não foi de Deus, mas, da própria humanidade.
As conseqüências desta rebelião foram as doenças, a morte, as injustiças, as desigualdades, etc.: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5:12). “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Rm 5:17-18).
Entretanto, mesmo que nós tenhamos herdado o pecado original de Adão (e, com o pecado, a morte eterna), felizmente, em Jesus Cristo, recebemos a vida eterna: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6:23), “Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem”. (1 Co 15:21).

2) “E como explicar o caso de pessoas que, mesmo tendo sido boas durante toda sua vida, são surpreendidas com doenças terríveis, que lhes causam terríveis sofrimentos, ou ainda são vítimas de terríveis acidentes, enquanto outras passam por toda a vida sem conhecer tal infortúnio? Poderíamos alegar azar de uns e sorte de outros?”
R) Quanto às pessoas que foram “boas”, durante sua vida, a Bíblia diz que: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque” (Ec 7:20).
Quanto às tragédias, lemos que: “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.” (Ec 9:2). [Vide: Ec 7:15, 8:14; Jó 21:17; etc.].
Conforme disse R. C. Sproul: "Não há pessoas inocentes no mundo!" (Vide: Gn 6:5-6; Gn 8:21; Jó 4.17; Jó 14:4; Sl 51:5; Sl 58:3; Pv 20:9; Ec 9:3; Jr 13:23; 17:9; Mc 7:21-23; Jo 15:5; Rm 3:10-18, 3:23, 5:12, 8:7-8; Ef 4:17-19; 2 Tm 2:25; Tt 1:15).

3) “Se houvesse apenas uma vida, e tivéssemos como objetivo atingir a chamada ‘Salvação’, por que então alguns nascem com mais condições para atingir esse objetivo do que outros?”
R) As Escrituras nos ensinam, claramente, a doutrina BÍBLICA da Eleição: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1:4-5). [Vide: Mc 13:20; Jo 5:21, 40; Jo 6:37, 44, 65; Rm 8:29-30, 11:7, 16:13; Cl 3:12; Tt 1:1; 1 Pe 1:2; Ap 17:14].
Deus é Soberano e, segundo Sua perfeita justiça, “O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal” (Pv 16:4), "E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?" (Dn 4:35).
Para quem acha Deus injusto, o apóstolo Paulo pergunta: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? (Rm 9:20-21).

4) “Uns nascem em famílias estruturadas, que lhes dá educação e bons exemplos de moral e os encaminham para o bem... Outros nascem em famílias desestruturadas, no meio à extrema miséria, sem nenhum tipo de referencial moral, às vezes vítimas já cedo de violência, estupro e todos os tipos de mazelas...”
R) Esta “lógica” espírita é totalmente ilógica! Ora, muitos nascem em “berços de ouro” e cometem terríveis crimes, envolvem-se com drogas, etc. Outros nascem na mesma condição e, por sua vez, são pessoas direitas, justas, honestas, etc. Muitos nascem pobres e são cidadãos de conduta ilibada, honestos, trabalhadores, etc. Outros nascem na mesma condição e seguem caminhos errados.
Como se vê, a situação do nascimento, nada tem a ver com o futuro da pessoa e pobreza não é sinal de maldição: “Há alguns que se fazem de ricos, e não têm coisa nenhuma, e outros que se fazem de pobres e têm muitas riquezas.” (Pv 13:7). [Vide: Pv 22:1, 4; Ec 5:19].
Deus distribui a cada um (bens, dons, etc.), conforme Lhe apraz: “Ouve tu então nos céus, assento da tua habitação, e perdoa, e age, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens” (1 Rs 8:39).

Como vimos, a tal “lógica” espírita não passa de um conjunto de divagações humanas, conjecturas e vãs filosofias.

A Bíblia nega, veementemente, qualquer afirmação de existência de outras vidas. A doutrina da “reencarnação” é, na verdade, uma grande questão de INJUSTIÇA dos homens para com o seu Criador, que, em total demonstração de amor e misericórdia, entregou Seu Filho Unigênito, para morrer por nós.

Ora, não é à JUSTIÇA de Deus que devemos apelar, mas à Sua MISERICÓRDIA. Graças à misericórdia divina é que somos salvos (a partir do momento em que depositamos nossa fé em Jesus Cristo), pois: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22).

Mas, para a doutrina espírita, Jesus Cristo seria apenas um espírito elevado, evoluído, o melhor médium que já viveu. Eles não O consideram Deus. Entretanto, a Bíblia nos ensina: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1 Tm 3:16). O próprio Jesus Cristo afirmou, diversas vezes, que Ele é Deus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30); “... Quem me vê a mim vê o Pai (Jo 14:9b); “... Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14:6).

Vejamos esta citação:
“Ele não é apenas “um caminho”, mas o ÚNICO. Isso neutraliza as afirmações dos líderes religiosos de todos os tempos, confirmando a exclusividade de Cristo como Salvador. Realmente, não existe outro meio de se chegar a Deus, a não ser pelo reconhecimento da morte vicária de Cristo. O primeiro acontecimento, após Sua morte, foi o véu do Templo se rasgando, a fim de permitir livre acesso a Deus e estabelecer uma Nova Aliança, na qual os pecadores têm livre acesso ao Pai, sem a necessidade de outro mediador que não seja Cristo.

Ele é a Verdade porque representa total segurança e confiabilidade no que diz e realiza, tendo feito tudo que o Pai O incumbiu de realizar, sendo a própria Verdade encarnada (João 1:1-14).
Ele é a Vida por ser capaz de dar vida até a quem já morreu, como no caso de Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim. Ele é Auto-existente, como o Pai (João 5:16) e com a Sua morte e ressurreição Ele Se tornou a fonte da vida eterna para todos os que Nele crêem (João 3:16). “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer”. (João 5:21).

Quando Ele usava a frase “EU SOU”, conforme a revelação de Deus em Êxodo, estava confirmando a Sua Divindade e comprovando que Ele, de fato, era o Messias prometido a Israel, anunciado pelos profetas do V.T.”

Infelizmente, muitas “religiões” inventam outros meios para a “salvação”, à sua própria maneira, enganando muitos que pensam estar no caminho certo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3:13).

Ora, Jesus Cristo morreu naquela infame cruz, cumprindo todo o propósito de Deus, pagando o preço exigido para a remissão dos pecados e tudo isto para nos propiciar a salvação, através de um sacrifício perfeito e definitivo: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus”. (Rm 3:25)

Deus é tão misericordioso que “... prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). O que Ele podia fazer para salvar o homem, já foi feito, pois “... Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

ESTA É A MAIS PERFEITA DEMONSTRAÇÃO DE AMOR, JUSTIÇA E MISERICÓRDIA!
Apesar disto, o ser humano quer comparar seus padrões falíveis de justiça (que são contaminados pelo pecado e, portanto, imperfeitos) com o justo padrão de Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64:6).

A perfeita justiça divina exigiu a morte de um Justo (Jesus Cristo), para possibilitar a salvação dos pecadores, pois: “... sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9:22).

Ele próprio o reconhece no Salmo 22. Quando o Senhor afastou dEle o Seu risonho rosto e Lhe fincou no coração aguda faca, provocando Seu terrível brado, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Sl 22:1). Ele adora esta perfeição – “Porém tu és santo” (vs. 3).”

As pessoas se esquecem que Deus, além de Justo (Jó 4:17; Sl 19:9; 116:5; 119:62, 75, 137: 129:4; 145:17; Is 45:21; Jr 11:20; Dn 9:14; Sf 3:5; Jo 17:25; Ap 16:5), também tem outros atributos, quais sejam: Ele é Perfeito (Dt 18:13; Jó 37:16; Mt 5:48), Soberano (Is 46:10; Dn 4:35; Sl 115:3, 135:6; Ec 3:14), Santo (Êx 15:11; Sl 30:4, 145:17; Is 6:3; Hc 1:13; Ap 15:4), um fogo consumidor (Êx 24:17; Dt 9:3; Is 30:27, 30; Hb 12:29), etc.

Só mesmo uma pessoa sem conhecimento bíblico exigiria a JUSTIÇA divina, pois, por este atributo seríamos condenados. A Bíblia nos mostra que já nascemos condenados, visto que “... Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3:10), “porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23).

O homem natural (não regenerado) anda “... segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar” (Ef 2:2), é por natureza filho da ira (Ef 2:3), “... não tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Ef 2:12b).

O ser humano já nasce morto em ofensas e pecados (Jó 15:14; Ef 2:1, 5, 5:14; Cl 2:13), sendo um sério candidato ao lago de fogo, se não nascer de novo, pela fé em Jesus Cristo; pois, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3b).

Somente com o novo nascimento, tornamo-nos justos diante de Deus, em virtude do sacrifício vicário de Cristo, conforme lemos: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). [Vide: Rm 5:12; Ef 2:1, 5, 5:14; Cl 2:13].

Os espíritas usam textos isolados das Escrituras, quando lhes convém (para dar um “ar cristão” aos seus ensinamentos), tirando-os do contexto, distorcendo-os ao seu bel prazer, etc. Porém, quando a Bíblia é contrária aos seus ensinos, eles a descartam, como o fazem as demais seitas.

Eles chegam ao absurdo de dizer que João Batista foi a “reencarnação” de Elias, mesmo tendo o próprio João Batista negado tal heresia, veementemente. Vejamos: “E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?... E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou... ” (João 1:19, 21).

Quando o anjo do Senhor apareceu a Zacarias (pai de João Batista), disse-lhe que João iria diante do Senhor “no espírito e virtude de Elias” (Lc 1:17). Os espíritas conseguem “ver”, nesta passagem, a “prova” de que João era o mesmo espírito de Elias. Mas, vejamos que a Bíblia não diz que João iria “com” o espírito de Elias, mas “no” espírito de Elias. Isto faz uma grande diferença!

Na 2 Rs 2:15, lemos: “... O espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. Porém, Elias tinha acabado de ser arrebatado aos céus, num redemoinho (sem morrer). Assim, os dois não eram a mesma pessoa, pois eram contemporâneos, não tendo como Eliseu ser a “reencarnação” de Elias (conforme entendem os espíritas)!

Outro fato a ser considerado é que, segundo a doutrina espírita, o espírito do morto, ao se manifestar aos vivos, apresenta-se no último corpo em que viveu aqui na Terra. No Livro dos Espíritos, lê-se que a alma “tem um fluído que lhe é próprio, colhido na atmosfera de seu planeta, e que representa a aparência de sua última reencarnação”.

Ora, a Bíblia nos mostra que Elias não morreu, mas foi arrebatado aos céus: “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2 Rs 2:11). Então, se Elias não morreu, não poderia ter “reencarnado”, como crêem os espíritas!

Lemos, também, que, em certa ocasião, Jesus Cristo Se dirigiu a um alto monte, levando consigo a Pedro, Tiago e João (Mt 17:1) e, ao Se transfigurar diante deles, “... eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele” (Mt 17:3).

Como se vê, quem apareceu juntamente com Moisés foi “Elias” e não João Batista, sendo que este já havia morrido (Mt 14:10; Lc 9:9, 28:31). Portanto, se João Batista fosse a “reencarnação” de Elias, era João (conforme a doutrina espírita) que deveria ter aparecido no Monte da Transfiguração e não Elias.

Em Malaquias 4:5, lemos: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. Também, com base nesta passagem, os espíritas alegam que João Batista foi a “reencarnação” de Elias, que voltou no N.T. Porém, João Batista veio, com qualidades semelhantes às de Elias, e cumpriu seu ministério (Lc 1:15-17), conforme a passagem de Malaquias 4:5.

De qualquer forma, no Livro do Apocalipse vemos que Elias retornará (juntamente com Moisés, sendo eles “as duas testemunhas”), apenas no período da Grande Tribulação (tal como foi visto pelos discípulos, no Monte da Transfiguração), para anunciar o evangelho a todas as nações, antes que venha o fim: “E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco” (Ap 11:3).

Como se vê, jamais devemos usar textos das Escrituras fora do contexto. Isto é pretexto para heresias. Portanto: “... sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso...” (Rm 3:4)

A Bíblia contém toda a revelação de Deus aos homens. Mas, infelizmente, muitos preferem cometer uma grande INJUSTIÇA para com o Criador, crendo em falácias, tais como a que diz que a “reencarnação é uma questão de justiça”.

Eles, também, são INJUSTOS para com o Senhor, ao consultarem os “mortos”, o que é, terminantemente, proibido por Deus. O Senhor advertiu Israel: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Is 8:19). Infelizmente, muitas pessoas, ao perderem entes queridos, vão aos médiuns à procura dos “espíritos familiares”...

Agindo em desobediência às ordenanças divinas, eles são enganados por demônios: “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (1Tm 4:1) e permanecem em caminhos de morte (apesar da aparência de caridade): “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14:12).

Os espíritas deveriam ouvir o que disse Allan Kardec: "No cristianismo encontram-se todas as verdades" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, item 5).

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; e não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5:39-40).

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bar Kochba, O Messias guerreiro

Bar Kochba, o Messias guerreiro.
Uma figura controversa que liderou uma revolta judaica contra o Império Romano no século 2º.

Na história do judaísmo, poucos personagens são tão enigmáticos e polêmicos como Bar Kochba. Para alguns, ele foi um grande comandante militar que liderou os judeus contra a opressão do Império Romano no século 2º. Para outros, ele não passou de um indivíduo egocêntrico que, em função das circunstâncias da época, foi alçado à condição de messias, ou seja, de redentor de seu povo.

São poucas as informações escritas disponíveis sobre essa figura quase lendária. Seu nome original era Simão Bar Kosiva. O sobrenome Kosiva pode ter vindo de seu pai (“Bar Kosiva” significa “filho de Kosiva”) ou ser uma referência a uma vila rural onde ele teria sido criado como filho único. Ao ser consagrado como líder dos judeus, teve seu nome alterado para Bar Kochba, que significa “filho de uma estrela”, em alusão a um versículo bíblico do livro Números. Essa estrela seria uma referência à vinda do messias – a profecia de que um descendente do rei David chegaria ao mundo para restaurar a nação de Israel e a paz na Terra.

Como líder militar, Bar Kochba revelou-se um chefe ao mesmo tempo talentoso e brutal. Dizia-se que ele costumava testar seus soldados exigindo que eles cortassem um dedo das mãos, como prova de bravura. De todo modo, por sua audácia, Bar Kochba logo se tornaria reconhecido como um grande guerreiro, principalmente entre os membros de sua seita, os zelotes. De acordo com Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os zelotes eram um grupo religioso com forte caráter militarista. “Eles se recusavam a reconhecer o domínio romano. Respeitavam o Templo e a Lei. Opunham-se ao helenismo. Professavam um messianismo radical e só acreditavam em um governo teocrático, ocupado por judeus. Viam na luta armada o único caminho para enfrentar os inimigos e acelerar a instauração do Reino de Deus”, afirma Andréia Cristina em seu texto “A Palestina no Século 1º d.C.”.

Roma versus Judéia

Estamos falando de uma época em que a Judéia era uma província romana. Povo monoteísta contrário à idolatria de imagens, os judeus viviam em conflito com a Roma politeísta, veneradora de ídolos. Embora existissem membros da elite judaica interessados em manter uma boa relação com os romanos, havia também um crescente sentimento de insatisfação popular. É nesse ambiente que começaram a crescer as diversas ondas de messianismo entre judeus, incluindo a de Jesus Cristo. Esse movimento gerou uma primeira grande revolta, nos anos 66 a 70, ferozmente esmagada pelo imperador Vespasiano, que ordenou a destruição do Templo de Herodes. As rebeliões populares contra Roma ressurgiram por volta do ano 115, já sob o governo de Trajano. O imperador romano reprimiu duramente esses movimentos, o que apenas tornou a situação ainda mais difícil para seu sucessor, Adriano, que assumiu o Império no ano 118.

No início, Adriano parecia simpático aos judeus, tanto que permitiu que eles retornassem a Jerusalém e reconstruíssem seu Templo Sagrado. No entanto, educado em Atenas, Adriano logo mostrou sua intenção de helenizar todo o Império, unificando-o não apenas politicamente, mas também do ponto de vista cultural. Algumas de suas políticas adotadas em Jerusalém, como a abertura de escolas para o ensino de letras gregas, escandalizou os judeus da velha cidade. Outra medida que enfureceu os judeus foi a publicação, em 127, de uma lei proibindo a circuncisão dos recém-nascidos.

É nesse contexto que, a partir de 131, começou a ganhar forma uma nova revolta dos judeus. Na clandestinidade, os zelotes foram se organizando, formando milícias, preparando passagens secretas subterrâneas e dando consistência a seu plano de retomar Jerusalém. Foi aí que se destacou Bar Kochba, um homem comum que, de repente, tornou-se um importante líder e foi considerado até mesmo um messias, graças ao decisivo apoio do rabino Akiva, a maior liderança espiritual da Judéia. Bar Kochba logo demonstrou seu talento militar. Ciente das limitações de seus comandados, ele evitou o combate aberto com as forças romanas, claramente superiores, recorrendo a táticas de guerrilha. Organizou pequenos grupos regulares de combate e, pouco a pouco, conseguiu expulsar as tropas romanas de suas posições. Cerca de três anos após o início da revolta, Bar Kochba conduziu seus soldados até Jerusalém, reconquistando a cidade e proclamando o restabelecimento da independência do Estado Judeu.

Nomeado nasi (príncipe), Bar Kochba obteve amplos poderes e estabeleceu um Estado teocrático. Nos anos que governou, ele ficou conhecido por seu estilo centralizador e pragmático, adaptando as formas de administração romanas às novas condições. Suas preocupações mais urgentes foram organizar um novo Exército nacional, controlar pontos estratégicos para evitar a reação romana e redistribuir terras ao maior número possível de agricultores a fim de garantir suprimentos em casos de emergência.

A resistência em Betar

Após os primeiros reveses, porém, a poderosa Roma reestruturou suas forças para contra-atacar, enviando para a região mais soldados e seus melhores generais. Os romanos começaram a construir estradas desde os portos no Mediterrâneo até os centros das rebeliões. Com isso, foram derrubando posições importantes, menos ocupadas, mas que eram fundamentais para o avanço militar. Já a partir de 133, Roma devastou regiões como as de Beit Govrin (área de cultivo agrícola) e assentamentos das chamadas “montanhas reais”. O objetivo era derrubar as posições, uma a uma, de forma que elas não pudessem retornar às mãos dos judeus, isolando-os em Jerusalém e em outros pontos afastados. Assim, Roma foi deixando os judeus sem suprimento de alimentos e outros itens essenciais para a manutenção da estrutura do Reino de Israel.

Na primeira investida, que foi até 134, os judeus ainda resistiram. Mas já na primavera do mesmo ano, os romanos atacaram de novo, cercando Jerusalém e isolando a cidade. Os líderes da revolta, incluindo Bar Kochba, escaparam com suas tropas e refugiaram-se em Betar, cidade próxima a Jerusalém. Ali resistiram até agosto de 135, quando finalmente a fortaleza de Betar ruiu. Bar Kochba foi preso pelos soldados romanos e condenado à morte. Decapitado, teve sua cabeça levada ao imperador Adriano como troféu. Para os romanos, não bastou. A reação, espalhou-se por toda a Judéia, onde cerca de 5 mil fortificações foram destruídas, quase mil aldeias foram arrasadas e mais de 500 mil pessoas foram mortas. Dezenas de milhares de judeus, homens e mulheres, foram capturados e vendidos como escravos. Foi a tragédia definitiva que arrasou Jerusalém. Os judeus foram proibidos de pôr os pés na Terra Santa. Banidos do Império, no evento conhecido historicamente como Diáspora, milhares deles espalharam-se mundo afora. Depois disso, Jerusalém seria reconstruída pelos romanos, mas o imperador Adriano ordenou a mudança do nome para Aelia Capitolina, para evitar qualquer associação com a cidade sagrada que ele acabara de destruir.

A revolta liderada por Bar Kochba até hoje divide os historiadores. Alguns descrevem esse episódio histórico como resultado de uma ação estúpida e desnecessária, que causou sofrimento a um grande número de judeus. Outros consideram a rebelião como um exemplo épico do heroísmo desse povo na luta contra a opressão dos romanos.

Outros candidatos a Messias. Além de Bar Kochba, vários outros personagens despontaram, ao longo da história, como possíveis candidatos a messias para libertar os judeus.

Veja os principais:
Menachem Ben Yehuda
Entre tantos líderes messiânicos, o mais conhecido é Jesus Cristo. Mas, pouco depois do ano 33, surgiu Menachem Ben Yehuda. Como Bar Kochba, ele também era um zelote e liderou uma revolta contra Agripino II, atacando a fortaleza de Massada. Acabou assassinado.

Nissin Ben Abraham
Viveu no século 13 na cidade de Ávila, Espanha. Dizia ser um operador de milagres e seus seguidores acreditavam que era abençoado por um anjo. Nissin fixou uma data em 1295 para a vinda do messias. Mas a previsão não se confirmou.

Shabbetai Zevi Viveu em Izmir no século 17, à época parte do Império Otomano. Conquistou muitos seguidores, mas foi expulso e migrou para Salônica. Posteriormente, conquistou a confiança de um rabino da cidade de Gaza, que corroborou suas pretensões messiânicas. O sultão Memeht IV, no entanto, deu a ele a opção de morrer ou converter-se ao Islã. Para surpresa de todos, Zevi ficou com a segunda alternativa.

Menachem Mendel Schneerson

Último dos modernos proclamados messias, é o sétimo nome das lideranças do movimento judaico ortodoxo Chabad Lubavitch, originário da Europa Oriental e hoje sediado em Nova York. Essa onda expandiu-se especialmente a partir dos anos 1980, encerrando-se após a morte de Schneerson, em 1994. Embora apontado por seus seguidores como messias, ele nunca viajou para o Estado de Israel.


3 Conselhos...

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez a seguinte proposta à esposa: "Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arranjar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e te dar uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só te peço uma coisa, que me esperes e enquanto eu estiver fora, me sejas FIEL, pois eu também te serei fiel".Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava a precisar de alguém para o ajudar na sua fazenda. O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um contrato com o patrão, o que também foi aceito. O contrato foi o seguinte:

“Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor dispensa-me das minhas obrigações. EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o senhor dá-me o dinheiro e eu sigo o meu caminho". Tudo combinado. Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso. Depois de vinte anos chegou junto do patrão e disse: "Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois vou voltar para a minha casa". Então, o patrão respondeu-lhe: "Tudo bem, afinal, fizemos um contrato e eu vou cumpri-lo, só que antes quero-lhe fazer uma proposta, tudo bem? Eu dou-lhe o seu dinheiro e você vai-se embora, ou DOU-LHE TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai-se embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos, se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois dê-me a resposta". Ele pensou durante dois dias, depois procurou o patrão e disse-lhe: - "QUERO OS TRÊS CONSELHOS".

O patrão frisou novamente: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro". E o empregado respondeu: "Quero os conselhos".

O patrão então disse-lhe:
1. "NUNCA TOME ATALHOS NA SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem-lhe custar a vida.
2. "NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. "NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode-se arrepender e ser tarde demais."
Depois de lhe dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era assim tão jovem: "VOCÊ TEM AQUI TRÊS PÃES. Estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar a sua casa".
O homem então, seguiu o seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Para onde é que você vai?" - Ele respondeu: "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada". O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes mais curto, e você chega em poucos dias".

O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando se lembrou do primeiro conselho; então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada. Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, encontrou uma pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.

Quando estava para abrir a porta, lembrou-se do segundo conselho. Voltou, deitou- se e adormeceu. Ao amanhecer, depois de tomar o café, o dono da pensão perguntou-lhe se ele não tinha ouvido um grito e ele disse que sim. O hospedeiro perguntou: E você não ficou curioso? Ele disse que não. Ao que o hospedeiro respondeu: VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois o meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal. O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa. Depois de muitos dias e noites de caminhada...

Já ao entardecer, viu entre as árvores o fumo da chaminé da sua casa, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa. Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só. Andou mais um pouco e viu que tinha junto dela, um homem a quem estava a acariciar os cabelos. Quando viu aquela cena, o seu coração encheu-se de ódio e amargura e decidiu correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade. Respirou fundo, apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho. Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.

Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele disse: "NÃO VOU MATAR A MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer à minha esposa que eu sempre LHE FUI FIEL". Dirigiu-se à porta da casa e bateu. Quando a esposa abriu a porta e o reconheceu, atirou-se ao seu pescoço e abraçou-o afetuosamente. Ele tentou afastá-la, mas não conseguiu. Então com lágrimas nos olhos disse-lhe: "Eu fui-te fiel e tu traiste-me... Ela espantada respondeu-lhe: "Como? eu nunca te traí, esperei durante estes vintes anos. Ele então perguntou-lhe: "E aquele homem que estavas a acariciar ontem ao entardecer?

E ela disse-lhe: "AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando fostes embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade". Então o marido entrou, conheceu e abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café. Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão. APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele partiu o pão e ao abri-lo encontrou todo o seu dinheiro, o pagamento pelos seus vinte anos de dedicação.

Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade... Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentam... Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois.

Espero que tu, assim como eu, não te esqueças destes três conselhos e que, principalmente, não te esqueças de CONFIAR em DEUS (mesmo que a vida por vezes já te tenha dado motivos para a desconfiança).






domingo, 4 de outubro de 2009

O Massacre de Massada

Massada: a Última Fortaleza

O ano 72 d.C. estava próximo de seu fim quando um sentinela judeu, que montava guarda num posto avançado nas montanhas, avistou uma nuvem de poeira aproximando-se no horizonte. Ele sabia que aquilo só podia significar uma coisa: os romanos estavam chegando. Foi dado o alarme. A última fortaleza da resistência judaica despertou. A guerra havia chegado a Massada.

A fortaleza

Massada, que, provavelmente, significa "lugar seguro" ou "fortaleza", é um imponente planalto escarpado, situado no litoral sudoeste do Mar Morto. O local é uma fortaleza natural, com penhascos íngremes e terreno acidentado. Na parte leste, a face do penhasco se eleva 400 metros acima da planície circundante. O acesso só é possível através de uma difícil trilha que serpenteia pela montanha.

As vertentes norte e sul são igualmente escarpadas, mas o lado oeste é um pouco mais fácil de atingir. Ali, embora a montanha ainda se eleve a mais de 100 metros de altitude, o terreno sobe com uma inclinação de vinte graus até cerca de 13 metros do topo. O platô de Massada tem a forma aproximada de um losango, com cerca de 600 metros de comprimento e 300 metros na parte mais larga.

Flávio Josefo, o famoso historiador judeu do primeiro século, é a principal fonte de informação sobre a história de Massada. Embora alguns de seus relatos e números sejam muitas vezes questionados, grande parte do que ele descreveu foi confirmado pela arqueologia.

Massada tornou-se uma fortaleza judaica durante o período dos hasmoneus (cerca de 150-76 a.C.). Mais tarde, o rei Herodes fez ampliações e reforçou suas defesas (37-31 a.C.). Como era de se esperar, as reformas de Herodes foram impressionantes. Uma dupla muralha de pedra, com 140 metros de extensão e quase seis metros de altura em alguns pontos, estendia-se por todo o perímetro do platô. No espaço de 4 metros de largura que separava as duas muralhas, foram construídos vários quartos, que eram usados para guardar armas e alojar as tropas. A muralha tinha quatro portões e mais de trinta torres.

Herodes também construiu dois palácios com todo conforto e luxo da época: pisos de mosaicos, afrescos, colunatas e até uma piscina. Para garantir a auto-suficiência de seu refúgio no deserto, Herodes mandou plantar hortaliças e grãos na montanha, além de construir enormes cisternas escavadas na pedra para coletar água da chuva, com capacidade para mais de 40 milhões de litros. Suas despensas guardavam jarros de azeite, vinho, farinha e frutas. Herodes também tinha um estoque de armas suficiente para um exército de dez mil homens.

Após a morte de Herodes, a fortaleza de Massada foi ocupada por uma guarnição romana que ficou aquartelada ali por quase cem anos.

Os sicários

Durante o censo de Quirino (6 d.C., cf. Lc 2.2), surgiu entre os judeus daquela região uma quarta filosofia ou seita (além dos fariseus, saduceus e essênios). Josefo apontou essa seita como responsável pela destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C. Esse partido defendia a rebelião contra Roma e não reconhecia nenhuma autoridade, senão a divina. Seus seguidores eram conhecidos como sicários, do latim sica, que significa "adaga curva". Alguns estudiosos identificam os sicários com os zelotes.

Josefo não tinha muitas palavras boas a dizer sobre os sicários. Ele os definiu como bandidos, que não assassinavam só os romanos, mas matavam e saqueavam seus próprios compatriotas, cometendo crimes bárbaros e fomentando a revolta, sob uma capa de patriotismo e ideais libertários.

No ano de 66 d.C., um grupo desses rebeldes entrou furtivamente na fortaleza de Massada e dizimou a guarnição romana aquartelada ali. Pouco depois, o líder dos sicários, Manaém, chegou a Massada com seus homens, saqueou o arsenal e seguiu em direção a Jerusalém, como líder autoproclamado da revolta contra Roma. Chegando em Jerusalém, Manaém agiu com extrema crueldade, assassinando todos os que não se submetiam à sua autoridade. Sua opressão tornou-se tão insuportável que provocou um levante num grupo de judeus de Jerusalém que consideravam sua tirania pior que a de Roma. Nessa revolta, Manaém foi preso e executado. Muitos de seus seguidores, inclusive um parente seu chamado Eleazar ben Jair, fugiram para Massada, onde Eleazar tornou-se líder dos sicários.

Durante os seis anos seguintes, os sicários de Massada demonstraram fervorosa devoção religiosa. Entretanto, em total incoerência com essa aparente piedade, Eleazar e seus homens costumavam atacar as povoações vizinhas, até mesmo as de judeus, para roubar provisões. A vila de En-Gedi, situada a cerca de 25 quilômetros ao norte de Massada, foi alvo de seu ataque mais cruel. Os sicários investiram contra a aldeia durante a Festa dos Pães Asmos, roubaram todos os mantimentos, expulsaram os habitantes judeus e, segundo Josefo, mataram setecentas pessoas.

Quando Jerusalém foi finalmente destruída pelos romanos, no ano 70 de nossa era, um pequeno punhado de sobreviventes dirigiu-se para Massada. Na época em que os romanos atacaram a fortaleza na montanha, no final de 72 d.C., a população judaica que ali vivia já somava 967 pessoas.

O cerco

Após a tomada de Jerusalém, os romanos começaram a operação de limpeza das áreas conquistadas. Dois baluartes judaicos remanescentes – Herodion e Maqueronte – foram rapidamente esmagados. Massada foi deixada para o novo procurador, Flávio Silva.

Silva marchou em direção a Massada com a Décima Legião e uma tropa auxiliar de milhares de soldados, além de milhares de prisioneiros judeus que trabalhavam como escravos, produzindo alimentos e fornecendo água para o exército.

Ao chegar à base da fortaleza de Massada, Silva começou a elaborar uma estratégia para enfrentar o desanimador desafio que se erguia à sua frente. Após avaliar a situação, ele decidiu, primeiramente, construir oito acampamentos de base em torno da fortaleza. Um deles foi colocado na montanha que dava vista para Massada, no lado sul. O local era um ótimo posto de observação, permitindo acompanhar as atividades dos sicários. O quartel-general de Silva estava localizado num dos acampamentos maiores, a noroeste da fortaleza.

O primeiro objetivo de Silva era impedir que os sicários escapassem. Para isso, construiu uma muralha de três quilômetros de extensão e quase dois metros de espessura, circundando toda a montanha.

O segundo objetivo de Silva era transpor a muralha defensiva no alto da montanha e penetrar na fortaleza. Ele sabia que um cerco prolongado estava fora de questão, pois Massada tinha uma abundante reserva de provisões. Então, decidiu construir uma rampa de assalto sobre a elevação natural na encosta oeste de Massada. Esse feito não foi nada desprezível. As tropas de Silva levaram grande quantidade de terra e pedras para o local, e usaram vigas de madeira de tamargueira, com 60 centímetros a 1 metro de comprimento, para escorar a pilha de entulho. Com esse material, construíram um plano inclinado que deve ter tido uns 160 metros de comprimento, 15 metros de largura e 8 metros de profundidade.

O general Silva decidiu construir uma rampa de assalto sobre a elevação natural na encosta oeste de Massada, um plano inclinado que deve ter tido uns 160 metros de comprimento, 15 metros de largura e 8 metros de profundidade, e que ainda hoje pode ser visto.

Mas os sicários sabiam muito bem quais eram as intenções dos romanos, e não ficaram assistindo de braços cruzados. Enquanto os romanos tentavam construir sua rampa, os judeus juntavam grandes pedras, pesando uns 50 quilogramas cada uma, e as mandavam rolando morro abaixo. Além disso, outros sicários arremessavam pedras menores com suas fundas.

Mas a resistência foi em vão. O plano inclinado foi concluído e as enormes máquinas de guerra dos romanos entraram em ação. Uma dessas torres tinha entre 20 e 30 metros de altura, e, lá de cima, os romanos lançavam uma chuva de setas e pedras sobre os atarantados rebeldes.

A torre também tinha um poderoso aríete, composto de uma enorme tora de madeira com uma ponta de ferro no formato de cabeça de carneiro. A tora era suspensa por cordas, dentro da máquina de guerra. Os soldados empurravam a máquina até perto da muralha ou dos portões e, ao chegarem a uma distância suficiente, puxavam a tora para trás e depois a empurravam para a frente com toda a força. Josefo comentou que nenhuma muralha ou torre conseguia resistir à violência desses golpes.

Sabendo disso, os sicários usaram um sistema engenhoso para reforçar a muralha exterior. Usando as vigas dos telhados de 90 por cento das construções de Massada, eles construíram uma muralha de madeira por dentro da muralha de pedra e encheram de terra o espaço entre as duas. A muralha interna "deveria ter entre 20 e 25 metros de extensão, cerca de 18 metros de espessura e 7 a 8 metros de altura". Aparentemente, o aríete tinha pouco efeito sobre este tipo de muralha, exceto o de compactar ainda mais a terra, a cada novo golpe. Mas o sucesso da nova muralha de madeira não durou muito, pois ela tinha uma grande fraqueza: podia ser queimada.

Silva ordenou que suas tropas lançassem tochas flamejantes sobre a muralha, e, em pouco tempo, ela estava em chamas. Quando um vento vindo do norte soprou as chamas de volta na direção dos romanos, os judeus cercados sentiram a esperança renascer. Mas os ventos mudaram outra vez, levando as chamas novamente para a muralha. Enquanto suas defesas queimavam rapidamente, os sicários perceberam que o fim estava próximo.

O suicídio

Em vez de investirem para a matança, os legionários voltaram a seus acampamentos para passar a noite, preparando-se para desferir o ataque final pela manhã. Porém, durante a noite, Eleazar ben Jair convenceu seus compatriotas, embora com certa dificuldade, de que era melhor morrerem livres do que sofrerem a tortura que certamente estaria reservada para eles e suas famílias, nas mãos dos romanos. O suicídio coletivo era preferível à escravidão. Com grande tristeza, cada chefe de família matou sua mulher e seus filhos. Em seguida, foram sorteados dez homens para matar os restantes. Desses, um foi selecionado para matar os outros nove, incendiar o palácio onde todos haviam tombado e, depois, suicidar-se.

Com o raiar do sol, as tropas romanas precipitaram-se pelas fendas da muralha, preparadas para entrar em combate contra a resistência, mas tudo o que encontraram foi o silêncio. Intrigados, os soldados gritaram para atrair os guerreiros. Em vez disso, viram surgir das sombras duas mulheres e cinco crianças, que haviam escapado do massacre da noite anterior escondendo-se em cavernas subterrâneas. Os sobreviventes contaram aos romanos o que os sicários tinham feito, mas eles só acreditaram quando entraram no palácio incendiado e contemplaram o monte de cadáveres.

As mortes ocorreram no décimo quinto dia do mês de nisã, segundo o calendário judaico, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos do ano de 73 d.C.

Atualmente, o moderno Estado de Israel – a única verdadeira democracia do Oriente Médio – homenageia Massada, não necessariamente por seus defensores, mas por seus ideais. As palavras do hino nacional israelense expressam o anseio do coração de todo judeu, desde que os romanos romperam as defesas de Massada: "Viver em liberdade na terra de Sião e Jerusalém".